quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

Londres: bloqueio do Mercosul a navios das Malvinas é injustificado


Líderes do Mercosul participaram de encontro em Montevidéu, no Uruguai, na noite de terça-feira - Foto: AP
Brasil, Argentina e Uruguai acertaram nesta terça-feira, na Cúpula do Mercosul em Montevidéu, impedir a presença de barcos com bandeira das Ilhas Malvinas em seus portos, informou o presidente uruguaio, Jose Mujica.
Na Cúpula de Presidentes do Mercado Comum do Sul "chegamos a um acordo sobre a bandeira das Malvinas, no sentido de que esta não poderá tremular nos portos do Mercosul e, se isto acontecer, que não seja aceita em outro porto do Mercosul", disse Mujica ao relatar os resultados do encontro.
A declaração assinada pelos líderes do Bloco estabelece que os três países (Paraguai não tem litoral) adotarão "todas as medidas necessárias (...) para impedir o ingresso em seus portos de barcos com a bandeira ilegal das Ilhas Malvinas".
O texto destaca que as embarcações rejeitadas por este motivo em algum porto da região "não poderão solicitar o ingresso em outros portos dos demais membros do Mercosul ou de Estados associados...".
Além de Brasil, Argentina, Uruguai e Paraguai, o Mercosul tem como Estados associados Equador, Peru, Colômbia e Chile, enquanto a Venezuela está em processo de plena adesão.
"Quero agradecer a todos a imensa solidariedade para com as Malvinas, e saibam que quando estão firmando algo sobre as Malvinas a favor da Argentina também o estão fazendo em defesa própria", destacou a presidente argentina, Cristina Kirchner, ao assumir a presidência do bloco regional.
Mujica já havia anunciado, há alguns dias, a decisão do Uruguai de impedir a entrada de barcos das Malvinas em seus portos. A soberania das Ilhas Malvinas (Falklands para a Grã-Bretanha), situadas a 400 milhas marítimas da costa da Argentina e ocupadas pelo Reino Unido em 1833, tem sido reclamada com insistência por Buenos Aires junto às Nações Unidas e a outros organismos internacionais.
A Grã-Bretanha venceu a curta e sangrenta guerra nas Malvinas, em 1982, declarada após o regime militar argentino enviar tropas para invadir as ilhas no dia 2 de abril de 1982. Em 14 de junho, as forças argentinas se renderam, após a morte de 649 soldados argentinos e 255 militares britânicos.
 
O governo britânico considerou nesta quarta-feira "preocupante" e "injustificado" o bloqueio definido pelos países do Mercosul aos navios com bandeira das Malvinas, que não poderão entrar nos portos da Argentina, Brasil, Uruguai e Paraguai.
"Estamos muito preocupados com esta mais recente tentativa da Argentina de isolar os habitantes das Malvinas e prejudicar seu modo de vida, para a qual não há justificativa", declarou em comunicado um porta-voz do Ministério das Relações Exteriores britânico.
A fonte indicou que "ainda não está claro neste momento o efeito, se é que haverá algum, que esta declaração pode ter", mas em todo caso o governo entrará em contato "urgentemente" com os países da região. "Ninguém deveria questionar nosso empenho em proteger o direito dos habitantes das Malvinas a determinar seu próprio futuro político", acrescenta o comunicado.
O Mercosul acertou na terça-feira que impedirá a entrada nos portos do bloco dos navios com bandeira das ilhas Malvinas, arquipélago sob domínio britânico e cuja soberania é reivindicada pela Argentina.
Os presidentes do Mercosul, integrado pela Argentina, Brasil, Paraguai e Uruguai, com a Venezuela em processo de adesão, assinaram uma declaração nesse sentido, que foi anunciada pelo governante do Uruguai, José Mujica, ao final da 42ª Cúpula de Chefes de Estado.
Com Agências EFE / AFP

terça-feira, 20 de dezembro de 2011

Sobre a empresa Taurus

Astrium coloca seis satélites em órbita


A Astrium, líder europeu do setor espacial, é o principal contratante dos seis satélites que foram lançados no último dia 16, no segundo voo do foguete Soyuz que partiu da base de Kourou, na Guiana Francesa. Foi a primeira vez na história em que seis satélites construídos pela Astrium foram colocados em órbita ao mesmo tempo, utilizando um dispensador também desenvolvido pela empresa.

O satélite de observação da Terra Pléiades 1a é o primeiro de uma constelação de dois satélites de alta resolução, voltado para aplicações civis e militares. Tanto ele quanto o Pléiades 1b - previsto para ser lançado dentro de aproximadamente um ano - foram construídos pela Astrium para a Agência Espacial Francesa a partir de sua planta sediada em Toulouse.

Uma vez em órbita, Pléiades 1a será capaz de observar qualquer ponto do planeta com revisita diária. Seus principais diferenciais são agilidade (uma vez que ele pode ser rapidamente direcionado para qualquer ponto dentro de um raio de 1500 km de sua posição), acessibilidade (potencial de captar diariamente até 450 imagens ou uma área de 180.000 km2, equivalente à metade da região da França) e precisão (geração de imagens com 70 cm de resolução espacial, podendo chegar a uma resolução de 50 cm por reamostragem).

MANSUP segue em frente


A Marinha do Brasil assinou os últimos contratos que cobrem os trabalhos de pesquisa e desenvolvimento do programa MANSUP (Míssil Anti-Navio de Superfície), que está programado para entrar em serviço no final desta década.

Além da Atech, cuja atuação será a de gerenciamento complementar, e da Omnisys, responsável pelo buscador de alvos (auto-diretor) do equipamento, Avibras e Mectron foram contratadas para fornecer o propulsor de combustível sólido e construir o protótipo, respectivamente. As duas empresas já estão envolvidas no programa de modernização dos MBDA MM40 Exocet Block II da MB, sendo que o primeiro foi entregue em outubro passado.

A Marinha do Brasil irá coordenar o programa de desenvolvimento, cujo objetivo é criar um substituto para os MM40. Segundo fontes classificadas o MANSUP consumirá inicialmente US$ 50 milhões.

Projetado para alcançar alvos a 70 quilômetros de distância, o MANSUP será guiado na fase final de aproximação do alvo por um buscador de radar ativo.

Navio-aeródromo São Paulo é requalificado para operações aéreas noturnas


Durante os trabalhos de condução da Inspeção Operativa (Programa de Adestramento da Comissão de Inspeção e Assessoria de Adestramento PAD-CIASA fase mar), o navio-aeródromo (NAe) São Paulo, da Marinha do Brasil (MB), recuperou sua qualificação para operações aéreas noturnas. Essa condição foi alcançada mediante o processo de aceitação da modernização do sistema Óptico de Pouso (SOP).

O SOP é importante para orientação do piloto nos procedimentos de aproximação e pouso de aeronaves de asas rotativas voando por instrumentos e vital no caso de aeronaves de asas fixas operando no convés de voo do navio.

Desde o dia 23 de novembro, o NAe São Paulo voltou a operar com voos no período noturno, e como parte dessa recapacitação, pilotos do 2º Esquadrão de Helicópteros de Emprego Geral (HU-2) foram qualificados para conduzir aeronaves UH-14 Super Puma à noite.  

Subsecretário argentino é encontrado morto no Uruguai


MARINA GUIMARÃES, ENVIADA ESPECIAL - Agência Estado
O subsecretário de Comércio Exterior da Argentina, Ivan Heyn, foi encontrado morto há pouco, no hotel onde se hospeda a delegação argentina na capital uruguaia, onde se realiza a 42ª Cúpula do Mercosul.
A informação foi confirmada pelas secretarias de Comunicação da Argentina e do Uruguai aos jornalistas que cobrem a reunião em Montevidéu. As informações das secretarias de Comunicação dos dois países são de que Heyn teria se enforcado no quarto do hotel.
A presidente Cristina Kirchner sofreu uma aparente crise nervosa e teve de sair da sala de reunião de presidentes para ser atendida por seu médico pessoal. 

Militares argentinos invadem empresa do grupo Clarín, diz jornal


BUENOS AIRES - Reportagem publicada nesta terça-feira, 20, no site do jornal argentino El Clarín afirma que as Forças de Segurança Militares do país ocuparam a sede da Cablevisión, empresa de televisão a cabo que pertence ao grupo Clarín. A operação foi conduzida por policiais militares argentinos, a chamada Gendarmería.
Cerca de 50 militares, segundo a AFP, chegaram à sede da Cablevisión no bairro de Barracas, acompanhados de funcionários da Justiça argentina e de câmeras de TV do programa oficial do canal estatal. De acordo com a Reuters, a Cablevisión lidera o mercado local de TV por assinatura e internet.
A medida teria sido tomada, seundo o Clarín, devido a uma ordem emitida pela Justiça de Mendonza, localidade na qual o grupo de comunicação não possui operações. A operação durou três horas - entre 10h e 13h desta terça.
Denúncia
O juiz que permitiu a ação, Walter Bento, designou um interventor para a emissora de televisão por assinatura. A ordem de invasão teria sido motivada por uma denúncia do grupo Vila-Manzano, alinhado com o governo de Cristina Kirchner e que na segunda-feira expressou seu apoio ao projeto para controlar o papel de imprensa.
O site não revela os motivos da denúncia, mas o promotor de Justiça Ricardo Mastronardi disse, em uma coletiva de imprensa, que se trataria de suspeita de "concorrência desleal".
Além da invasão, os militares estariam solicitando, segundo o jornal, todo o tipo de documentação aos executivos da companhia e revisando as bolsas das pessoas que entravam na sede do grupo.
Papel jornal
A ação, que marca um sério agravamento dos ataques do governo argentino, é mais um episódio na escalada das disputas entre o governo e as empresas de comunicação que publicam os jornair Clarín e La Nación, por causa do fornecimento de papel jornal.
O governo usa sua participação acionária na Papel Prensa, única fornecedora de papel jornal do país, para tentar dominar a oposição do Clarín e do La Nación, maiores jornais do país.
Com Reuters