segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

Irã troca ameaças com Israel e EUA; conheça arsenal do país


Míssil Sayyad: Esta família de mísseis superfície-ar foi desenvolvida para proteção antiaérea. O modelo Sayyad 2 foi apresentado este ano é uma versão mais precisa, com maior alcance e maior poder de destruição comparada ao Sayyad 1. Ele pode atingir qualquer tipo de aeronave a média e alta altitudes. Ele carrega ogivas de 200 kg e pode alcançar uma velocidade de 4,3 mil km/h  Foto: AFP
Míssil Sayyad: Esta família de mísseis superfície-ar foi desenvolvida para proteção antiaérea. O modelo Sayyad 2 foi apresentado este ano é uma versão mais precisa, com maior alcance e maior poder de destruição comparada ao Sayyad 1. Ele pode atingir qualquer tipo de aeronave a média e alta altitudes. Ele carrega ogivas de 200 kg e pode alcançar uma velocidade de 4,3 mil km/h
AFP


Japão lança satélite espião em foguete de fabricação nacional


Efe
 TÓQUIO - O Japão lançou nesta segunda-feira, 12, com sucesso de seu centro espacial de Tanegashima (sudoeste) um satélite de vigilância em um foguete H-2A, em uma operação prevista para o domingo que teve que ser atrasada um dia por causa do mau tempo.
Segundo a Agência Aeroespacial japonesa (Jaxa), o foguete foi lançado às 10h21 (horário local, 23h21 de domingo em Brasília) e 20 minutos mais tarde o satélite se separou da plataforma de lançamento e entrou na rota prevista na altura adequada.
Trata-se do sétimo satélite dos serviços de inteligência que o Japão colocou em órbita, e seu desenvolvimento e lançamento tiveram um custo de 50 bilhões de ienes, segundo a edição digital do jornal "Asahi".
O H-2A é o principal modelo de plataforma de lançamento do Japão, construído em sua totalidade com tecnologia nacional, e protagonizou 20 lançamentos desde sua estreia em 2001, dos quais 19 foram bem-sucedidos.
A operação desta segunda-feira foi coordenada pela Jaxa e o fabricante aeroespacial Mitsubishi Heavy Industries, que participa deste tipo de lançamentos depois que estes foram privatizados em 2007.
O Japão começou a pôr em órbita satélites espiões em 2003, cinco anos depois de a Coreia do Norte realizar seus primeiros testes de lançamentos de mísseis.

Helicóptero de ataque chines Zhi-10 [Z-10]



A gigante aeroespacial Chinesa  Avic II foi capaz de desenvolver secretamente o programa do helicóptero  de ataque Z-10 escondido dos olhos do mundo por vários anos.
O helicóptero de ataque Zhi-10 [Z-10] usa uma configuração típica, em tandem. Ele está sendo desenvolvido pelo Grupo de Indústrias Changhe  Aircraft e China Instituto de Pesquisa e Desenvolvimento de Helicópteros, ambos são subsidiárias da AVIC II.
Apesar da fuselagem projetada para reduzir sua seção transversal radar (RCS), o Z-10 usa trem de pouso fixo.
O projeto foi visivelmente influenciado pelo Eurocopter Tiger e o Augusta A-129. Tudo leva a crer que seu desenvolvimento [Z-10], começou em meados da década de 1990 e o primeiro protótipo voou pela primeira vez em 2003.
Fontes chinesas confirmam que o Z-10 já se encontra em produção seriada e um lote inicial foi entregue para a PLA em algum momento entre 2009-2010.
Tudo indica que o helicóptero de ataque chines Z-10, foi concebido para operar como antiblindados oferecendo apoio aproximado às tropas.
Ele usa a nova geração chinesa de míssil guiado (ATGM) HJ-10 antitanque, que é comparável ao Hellfire ATGM dos EUA.
O Z-10 também pode transportar mísseis de curto alcance TY-90 ar-ar e foguetes não guiados.

As vantagens do avião russo Sukhoi SU-35, que estranhamente foi alijado da concorrência da FAB


Francisco Vieira
Um dos pontos favoráveis ao avião russo Sukhoi SU-35 é que ele é o único que foi feito para país de tamanho continental (o francês e o sueco são para países europeus, pequenos, com a autonomia ficando em segundo plano), por isso ele foi adotado na Índia e na China. Quanto maior for o alcance da aeronave, tanto menos aeródromos serão necessários construir. Quanto mais alta for a eficiência operacional de cada caça, tanto menor será a quantidade de aeronaves necessárias para o cumprimento das missões atribuídas.
Por suas características técnicas e operacionais o SU-35 supera significativamente todas as aeronaves apresentadas pelos concorrentes: É o mais veloz (2.400 km/h em altura de 11.000m), tem maior relação empuxo/peso, tem quase duas vezes maior vantagem no alcance (3.600 km sem tanques externos de combustível) em comparação com aeronaves francesas e suecas.
O Gripen NG é equipado somente com uma turbina, um fator que diminui significativamente a segurança e a sobrevivência de aeronave no combate, pois se houver problema não dá para parar e empurrar; pode levar 8 toneladas de armamento, o que é 1,5 vezes superior às do Rafale e do Gripen.
Além disso, a fabricante russa do avião tem uma grande vantagem em relação aos nossos concorrentes: cumpriu a completa transferência tecnológica para produção das aeronaves SU-27 na China e SU-30 na Índia.
Sei que parece besteira alguém imaginar o Brasil sendo atacado. Pelo menos hoje seria besteira, mas, e daqui a cinquenta anos? Quais serão os recursos que faltarão no mundo? Quem serão os governantes da época? Não se constrói a defesa de um país do dia para a noite.
Mas a pedra da coroa russa atualmente não é esse avião, é o T-50 PAK-FA, de quinta geração, supostamente invisível (ou quase) ao radar e em desenvolvimento simultâneo com a Índia (a China também está fazendo o dela, o J-20 – para variar, pelo menos a fuselagem é uma “inspiração” do F-22 americano, o único de quinta geração a operar atualmente) e também foi ofertada participação ao Brasil.
Mas não podemos esquecer o Projeto Sivam e queda do Ministro da Aeronáutica da época, nos avisando que, no Brasil, nem sempre o melhor vence as licitações…
Acredito eu que o avião russo seja o mais adequado ao Brasil. Por que acredito? Ora, se os pilotos que irão voar e arriscar as suas vidas preferiram o russo, ele deve ser o melhor! Também acho que eles e os engenheiros aeronáuticos deveriam ser os únicos a darem “pitacos” na escolha. Perguntar ao Jobim, por exemplo, qual é o melhor avião seria a mesma coisa que pedi-lo para medir o “ângulo de permanência de uma biela”, definir o que é pós-combustor ou que fizesse a escolha entre o cateterismo ou uma cirurgia em um paciente cardíaco!

Tropas de Desembarque Aéreo da Rússia utilizarão fuzis austríacos

As divisões especiais das Tropas de Desembarque Aéreo da Rússia irão utilizar fuzis, produzidos pela companhia austríaca Steyr Mannlicher.

Os fuzis do sistema Mannlicher são a primeira arma da produção estrangeira, utilizada nas TDA. Armas de fogo austríacas começaram a ser compradas a partir do final do ano 2010.

Os fornecimentos de novos fuzis para as divisões especiais das TDA continuarão a ser efetuados no futuro.

O Brigadeiro de Infantaria Rodolfo Freire de Rezende, Chefe da Subchefia de Segurança e Defesa do Comando-Geral de Operações Aéreas (COMGAR), em entrevista ao NOTAER, destalha os caminhos da Infantaria da Força Aérea Brasileira rumo ao futuro e os projetos que já estão em andamento. Leia mais:
NOTAER - Quais são os principais desafios da infantaria para o futuro?
Brigadeiro Rodolfo freire de Rezende - Diante da constante evolução das operações militares e o desenvolvimento do emprego do Poder Aeroespacial, especialmente no que tange aos conceitos de “Force Protection”, os maiores desafios para a Infantaria da Aeronáutica estão relacionados ao desenvolvimento de uma Doutrina caracterizada por soluções logisticamente viáveis e adequadas ao atendimento das demandas operacionais.
Os cenários e hipóteses formuladas nos níveis políticos e estratégicos dão conta de que a Força Aérea Brasileira pode ser engajada em conflitos de características simétricas e assimétricas. Portanto, o emprego da tropa de Infantaria da FAB depende diretamente do nível de ameaça, que pode ser classificada em função do ambiente, que pode ser visualizado em um cenário “aeroespacial” ou de “superfície”.
Em função da gama de armamentos disponíveis nos mercados internacionais e das vulnerabilidades conhecidas, compete a um planejador forjar capacidades defensivas eficazes e oportunas, consideradas em um contexto espacial, que muitas vezes extrapola a área das instalações aeronáuticas e os recursos alocados à proteção da Força Aérea.
Todavia, o foco da Força Aérea deve permanecer colimado no emprego do Poder Aeroespacial, de modo a possibilitar sua plena eficácia na condução da campanha aérea. Neste aspecto, a Infantaria pode prestar uma significativa contribuição, inclusive no lançamento preciso de armamentos guiados ar-solo, conforme relatos divulgados sobre a utilização de tropas Operações Especiais de Forças Aéreas dos países militarmente mais desenvolvidos.
Assim, todo um universo de desafios pode ser concebido para a Infantaria da Aeronáutica, com o objetivo de orientar o preparo da tropa em quatro áreas principais: Polícia da Aeronáutica, Autodefesa de Superfície, Autodefesa Antiaérea e Operações Especiais.

NOTAER - Quais conquistas recentes podem ser destacadas?
Brigadeiro Rodolfo - Nos últimos anos, a Infantaria vem caminhando a passos firmes na busca de uma concepção para seu emprego operacional, sempre em prol dos interesses e dos condicionantes operacionais da Força Aérea Brasileira. Todavia, compete exemplificar algumas mudanças que conferiram maior notoriedade à Infantaria da Força Aérea.
Um destaque especial é dado à criação de uma vaga para oficial general após 65 anos de existência. Esta medida possibilitou reunir todas as frações da tropa terrestre sob a orientação de um órgão central sistêmico, de onde são emanadas concepções doutrinárias e logísticas, que permitem um eficaz preparo para o cumprimento de sua missão.
Dentre as conquistas operacionais, podemos citar a participação de pelotões nos dois últimos contingentes brasileiros junto à Missão de Paz no Haiti. Iniciado com a participação do Batalhão de Infantaria Especial (BINFAE) de Recife, no primeiro semestre de 2011, a atuação da Infantaria em Porto Príncipe comprova o profissionalismo e a dedicação que caracteriza os militares da Força Aérea.
Não se pode deixar de mencionar a implantação de uma Autodefesa Antiaérea orgânica da Força Aérea Brasileira, cujas Unidades se constituirão em elos permanentes do Sistema de Defesa Aérea Brasileiro. Materializando esta visão, prevê-se a ativação de um Primeiro Grupo na cidade de Canoas (RS), em janeiro de 2012. O planejamento contempla, ainda, a ativação de outras estruturas congêneres, culminando na criação de uma Brigada de Artilharia Antiaérea de Autodefesa, sendo em 2012 já ativada como núcleo.
Em termos de Autodefesa de Superfície, diversos exemplos também podem ser aludidos, incluindo o reequipamento dos Elos do Sistema de Segurança e Defesa (SISDE) e o Projeto Estratégico que prevê o aprestamento das atuais Companhias de Infantaria dos BINFAE, por intermédio da aquisição de viaturas blindadas e novos fuzis de assalto.
Por fim, convém destacar a reformulação do emprego do Esquadrão PARASAR, vocacionando-o para a condução de Operações Especiais, em proveito da campanha aérea, incluindo sua participação, também, nas ações necessárias de guiamento terminal de armamentos lançados a partir das aeronaves da FAB.

NOTAER - Atualmente, qual o principal foco na formação do futuro infante?
Brigadeiro Rodolfo - Hoje, o oficial de Infantaria é formado pela Academia da Força Aérea, em um curso que se estende por quatro anos e busca desenvolver, aperfeiçoar e avaliar os atributos militares, intelectuais e profissionais, além dos padrões éticos, morais, cívicos e sociais. Esta meta visa levar o futuro oficial a um nível de excelência em dois principais campos: o acadêmico e o técnico-especializado.
No campo acadêmico, o Curso de formação de Oficiais de Infantaria engloba diversas disciplinas relacionadas ao preparo do homem para atuar com “probidade e eficácia” na Administração Pública, sendo-lhe conferido o grau de bacharel ao término do curso. No campo técnico-especializado, aos cadetes são ministradas instruções teóricas e práticas, de maneira a habilitar o oficial na condução de tropas até o valor “companhia”. Alguns exercícios de campanha merecem destaque, tais como paraquedismo, operações helitransportadas, montanhismo militar, estágio de adaptação à selva, autodefesa antiaérea e emprego de viaturas blindadas, tudo em proveito da proteção dos recursos da Força Aérea.
Por sua vez, os sargentos são formados em um curso de dois anos na Escola de Especialistas da Aeronáutica, cujos objetivos educacionais reúnem, além dos atributos morais inerentes à profissão militar, os conhecimentos necessários para que o concludente possa conduzir grupos de combate em ações de Polícia da Aeronáutica e de Autodefesa de Superfície.
 Após o término do curso e dependendo das características da unidade de Infantaria na qual o sargento vier a servir, serão oferecidas oportunidades para especialização em diversas áreas, tais como Operações Especiais, Busca e Salvamento, Controle de Distúrbios, Autodefesa Antiaérea, entre outras.
Nossos cabos e soldados têm sua formação básica realizada nos Comandos Aéreos Regionais e dentro de suas próprias subunidades de destino, com um forte enfoque nas suas respectivas áreas de atuação. A formação especializada e sua atualização doutrinária ocorrem por intermédio de Programas de Instrução e Manutenção Operacional das Unidades de Aeronáutica.

NOTAER -  Em quais áreas (momentos) a atuação da Infantaria da FAB é decisiva?
Brigadeiro Rodolfo - Inicialmente, convém enfatizar que a Infantaria da Aeronáutica foi concebida no mesmo ano em que foi criado o ROYAL AIR FORCE REGIMENT, primeira tropa do mundo organizada para proteger especificamente aeródromos, pelo Primeiro Ministro inglês Winston S. Churchill. Nesse contexto, as primeiras companhias atuavam de modo a proteger as bases aéreas no litoral brasileiro contra possíveis ações adversas provocadas por sabotadores durante a Segunda Guerra Mundial.
Desde seu nascimento, a Infantaria sempre atuou em função das necessidades e interesses da Força Aérea. Assim, seus militares atuaram em diversas áreas operacionais e administrativas, contribuindo para a seleção e formação de pessoal, no gerenciamento dos serviços contra-incêndio nos aeródromos, na instrução e em diversas outras atividades não combatentes, porém de extrema importância para o funcionamento do então Ministério da Aeronáutica.
Depois de 1945, o mundo se bipolarizou e os combates convencionais foram superados, em termos numéricos, pelos chamados “conflitos assimétricos”. Principal exemplo dessa nova realidade, a Guerra do Vietnã sinalizou novas tendências no emprego do Poder Aeroespacial, demonstrando que as aeronaves e instalações norte-americanas encontravam-se extremamente vulneráveis a ação de grupos guerrilheiros, que a partir do solo causaram considerável prejuízo às operações.  
A concepção de emprego aludida anteriormente já havia sido prevista por Giullio Douhet que asseverava: “ser mais fácil e efetivo destruir o Poder Aéreo do Inimigo, atacando seus ninhos e ovos no chão do que caçar pássaros voando pelos céus.” Tal contexto pode se mais bem materializado quando se compara o preço de uma aeronave moderna com o de um projétil .50 disparado por um elemento infiltrado nas proximidades de uma base aérea.
Em função de suas necessidades, diversas Forças Aéreas procuraram melhorar continuamente suas defesas em superfície, resultando na atual filosofia conhecida como “Force Protection” e empregada com sucesso nas campanhas do Afeganistão e do Iraque. Deste modo, o eficaz emprego da Infantaria da Aeronáutica é decisivo para as operações da FAB e, embora demande considerável investimento, encontra plena justificativa para que nossas aeronaves possam “voar, combater e vencer”.

Fonte: Agência Força Aérea

sábado, 10 de dezembro de 2011

Rússia deve abrir caminho para que mulheres liderem voos espacias


O espaço cósmico está à espera de mulheres russas. O chefe da agência espacial da Rússia, Vladíir Popókin, informou que a unidade de cosmonautas vai promover um concurso público destinado a mulheres. Ele declarou também que Helena Serova, no momento a única mulher que faz parte desta unidade, deve fazer uma viagem espacial.
Rússia deve abrir caminho para que mulheres liderem voos espacias
Foto: Nasa
Em 1961, o governo soviético criou o grupo feminino de cosmonautas, alguns meses depois do voo espacial de Iúri Gagáin. Na época, foram recrutadas cinco jovens que começaram a treinar na nave espacial Vostok. Todas deixaram implícito que adiariam a maternidade por conta da carreria. Afirma-se que essa exigência foi imposta por Serguêi Korolev. Em março de 1963, pela primeira vez na história, deviam ser colocadas em órbita, com a diferença de apenas um dia, duas naves espaciais, Vostok-5 e Vostok-6, pilotadas por Valentina Terechkova e Valentina Ponomariova.

Tudo estava pronto para a partida mas ocorreu uma mudança inesperada. Na reunião do Comitê Central do Partido Comunista da União Soviética de 21 de março de 1963, foi decidido que os planos seriam radicalmente alterados. Valentina Ponomariova, que estava mais bem preparada do que Terechkova, foi afastada do voo. Terechkova teve que se mudar para a nave espacial Vostok-6, enquanto o comando da nave Vostok-5 de Ponomariova foi confiado a Valeri Bikóvski.

Depois de Terechkova, a União Soviética não enviou mulheres ao espaço durante 19 anos. Apenas em 1982 ficou famoso o nome de Svetlana Savítskaia, participante da expedição da nave espacial Soyuz à estação Saliut – 7. Dois anos depois, durante o seu segundo voo a essa estação, ela se tornou a primeira mulher a entrar no espaço aberto. A terceira cosmonauta russa – e por enquanto a última – é Elena Kondakova. Em 1994 e em 1997 ela realizou voos à estação Mir a bordo da nave espacial Soyuz e do foguete lançador Atlantis.  Por que motivo a lista de mulheres cosmonautas russas é tão pequena? Sabemos que a sua preparação nunca foi interrompida. 

“De acordo com o nosso conceito, o cosmonauta deve estar pronto para enfrentar qualquer problema que possa surgir em órbita, particularmente em um trabalho especialmente complicado e difícil – a saída para o espaço aberto”, disse Igor Lissov, especialista em voos espaciais. “É comum a opinião de que a mulher, por força das suas particularidades fisiológicas, não dá conta desta tarefa tão bem quanto o homem. Creio que muitas russas iriam desmentir isso com prazer, demonstrando na prática o contrário, mas acontece que não lhes proporcionam essa oportunidade. Os americanos, que já enviaram ao Espaço no mínimo 30 mulheres, demonstraram que a mulher pode exercer perfeitamente as mesmas funções que o homem.”

“Quanto à Rússia, aí entra em ação o chamado chauvinismo masculino, mais a dúvida: ‘será que ela poderá executar o programa do voo?’”, prossegue o perito.

“Desconfio que esse preconceito se enraizou na mentalidade de muitos homens que dirigem o setor. Existem certas particularidades, existem problemas, mas tudo isso pode ser superado. Especialmente agora, quando na estação trabalham permanentemente três cosmonautas nossos , a mulher bem que poderia ficar simplesmente isenta da necessidade de entrar no espaço aberto. Em órbita sempre existe muito trabalho a fazer. É preciso levar a cabo experiências científicas, fazer a manutenção dos sistemas da estação. Quando a tripulação da nossa Estação Espacial Internacional estava reduzida a "um homem e meio", não havia muita opção, cada um devia fazer qualquer tipo de trabalho. Agora pode-se escolher, pode-se mandar, inclusive, uma pessoa que não seja cosmonauta profissional para cuidar de pesquisas puramente científicas”, acrescentou Lissov.

Está cada vez mais próxima a época em que os homens irão viver permanentemente em bases lunares ou marcianas. Entre eles haverá homens e mulheres. Já hoje se discute se será possivel ou não incluir uma mulher na primeira expedição que irá a Marte. É evidente que o futuro da exploração do espaço cósmico é impossível sem mulheres e é bom que a agência espacial russa Roscosmos esteja de acordo com essa tendência.

Gerador de neutrons russo investigará solo de Marte

Um laboratório móvel (MSL, na sigla em inglês) da Nasa foi lançado no dia 26 de novembro e deve pousar em agosto de 2012 na superfície de Marte, nas imediações da cratera Gale. O objetivo da missão é a busca de vestígios de vida no planeta e o estudo de sua história geológica. O laboratório americano leva a bordo um gerador de neutrons russo, destinado a ajudar nos estudos do solo marciano.A tecnologia de neutrons com o uso de geradores em tubos de vácuo tem mais de 50 anos de história e tem sido muito utilizada em estudos das propriedades de substâncias e materiais.

Os estudos a serem realizados pelo laboratório norte-americano devem dar resposta à pergunta sobre a presença de reservas de água no planeta e avaliar as perspectivas de sua futura colonização pela humanidade.

Nos estudos marcianos será usado um detector de neutrons refletidos da superfície marciana (DAN), desenvolvido pelo Instituto de Pesquisas Espaciais da Academia de Ciências da Rússia. Os neutrons serão emitidos por um pequeno gerador, de autoria do centro de pesquisa Dukhov, empresa integrada à corporação estatal Rosatom (Energia Atômica Russa).

 
Detecção de água sob a superfície. Líquida ou congelada, a água absorve nêutrons mais que quaisquer outras substâncias. O detector de nêutrons Albedo vai se aproveitar de tal característica para buscar gelo subterrâneo em Marte. Ilustração: NASA / JPL-Caltech / Agência Espacial Federal Russa

O protótipo de gerador foi testado por especialistas dos EUA a bordo do laboratório MSL em cenários próximos de condições reais do voo espacial. Os especialistas russos construíram um gerador capaz de resistir às tensões mecânicas e climáticas surgidas durante o lançamento de uma espaçonave da Terra, o voo para Marte, o pouso e a operação no planeta vermelho.

O gerador será utilizado como protótipo para a construção de outros equipamentos para o estudo de outros objetos espaciais. Para 2013, por exemplo, está prevista uma experiência russo-indiana de estudo da Lua com a ajuda de um gerador de neutrons. Assim, os geradores de neutrons de fabricação russa se tornam uma importantíssima ferramenta para os estudos do espaço profundo.

Terminais múltiplos chegam ao Brasil


Tecnologia já está disponível em municípios da Grande São Paulo. Intenção é possibilitar pagamentos de contas, recargas de celular, compra de ingressos, entre outros serviços.
Terminais múltiplos chegam ao Brasil
Equipamento seria alternativa a bancos e casas lotéricas, onde longas filas costumam ser a regra Foto: RIA Nóvosti
A satisfação do dia de pagamento é acompanhada por um bocado de melancolia para boa parte dos brasileiros, que precisam enfrentar longas filas em bancos e casas lotéricas para pagar as contas cotidianas: água, luz, telefone, gás, internet, TV a cabo... Nesse mercado nebuloso, uma empresa russa, a MegaPay, tenta se inserir espalhando terminais de pagamentos múltiplos em locais de grande circulação de pessoas na Grande São Paulo. Segundo a companhia, serão mil máquinas até o ano que vem.

Por enquanto, terminais só aceitam dinheiro, mas cartões estarão disponíveis no ano que vem


O primeiro serviço oferecido pelos terminais no mercado brasileiro é a recarga de créditos em celulares pré-pagos. A empresa já fechou contrato com as operadoras Vivo e Claro e negocia com Tim, Oi e Nextel. As operadoras de TV a cabo Net e Sky são as próximas da fila.

O serviço por enquanto está disponível em cerca de 60 máquinas espalhadas por São Paulo, Taboão da Serra, Piraporinha e Diadema. Comércios com grande movimento, como supermercados, farmácias e postos de combustível, estão na mira da empresa. A MegaPay, que entrou no negócio em 2004 e já é líder na Rússia e nos países que formavam a antiga União Soviética, busca uma expansão rápida e oferece vantagens a empresários que abrigarem os terminais, preparados para funcionar 24 horas por dia, multiplicando as opções e evitando a formação de filas.

Para Serguêi Grekov, diretor comercial da empresa, a principal vantagem para os lojistas é oferecer mais serviços e atrair mais clientes aos estabelecimentos sem causar desconforto.

“Em supermercados, por exemplo, a recarga de celular e pagamento de contas são feitos diretamente nos caixas. Isso gera filas e não rende quase nada em comissão ao empresário. Muitos recebem contas em só um caixa para minimizar isso. Então não é muito lucrativo”, avalia.

“Com o nosso terminal, o comerciante tem a vantagem de não gastar e oferecer serviços que agregam valor ao negócio”, afirma Grekov, em um português perfeito, aprendido no período em que morou em Portugal.


Os comerciantes vão receber pelo aluguel de um espaço na loja. “É uma maneira de popularizar o serviço para atingir o nosso objetivo, que é instalar mil terminais até o ano que vem”, afirma Grekov.

Máquina não seria alvo de bandidos, segundo companhia. Foto: Photoxpress

Também para divulgar o novo serviço, a empresa está investindo em uma equipe de promotoras que ficam perto das máquinas e informam os clientes. Além disso, banners e adesivos são distribuídos nos pontos onde as máquinas são instaladas.

Por enquanto, os terminais aceitam apenas dinheiro. No início de 2012, porém, passarão a aceitar pagamentos e recargas de celular por meio de cartões de débito e crédito das principais bandeiras, segundo o diretor comercial. Leitores de códigos de barras estão previstos no pacote para 2012, para permitir o pagamento de contas.

Mercado emergente

Para o executivo, a aposta no Brasil é natural. “É um dos mercados emergentes que mais cresce. Nossa empresa trabalha no varejo e vemos muitas semelhanças entre o mercado brasileiro e o russo”, afirma Grekov. “Na telefonia móvel, por exemplo, a grande maioria dos usuários, 74%, utiliza o sistema pré-pago e são nossos clientes em potencial”, explica, deixando claro que o serviço de recarga de créditos é o carro-chefe dos terminais.

Além do Brasil, a MegaPay está se inserindo nos mercados do México, Colômbia e Argentina na América Latina.

Sem explosões


Segundo a companhia, a segurança das máquinas não é uma preocupação para a MegaPay. Apesar de o Estado de São Paulo ter registrado mais de 800 furtos em caixas eletrônicos neste ano, a maioria envolvendo a explosão do equipamento, a empresa informa que os terminais não são atrativos para bandidos.

“Não uso a internet para pagar contas porque já fui roubado e não confio”


O motivo é que as máquinas não realizam saques e não armazenam grande quantidade de dinheiro. Com isso, não seriam alvos para criminosos, como acontece com caixas eletrônicos, que podem render quantias muito maiores a ladrões.

Morador de Taboão da Serra, o publicitário André Mesquita, 29, afirma que vai usar o serviço sempre. “Trabalho no centro de São Paulo e saio tarde. Eu nunca tenho tempo de resolver essas questões burocráticas, como pagar contas. E tenho que pedir para minha mãe comprar até crédito de celular. É vexatório”, afirma.

“Uma máquina dessas, funcionando 24 horas, resolveria minha vida. Não ia depender de favores ou de pedir para sair do trabalho para resolver meus problemas. Não uso a internet para pagar contas porque já fui roubado e não confio”, completa Mesquita, que faz compras em um supermercado que acaba de receber o terminal. “Vou procurar da próxima vez que for lá. Sem falta.”

Ibama quer barreira em navio da Vale com rachadura


O Ibama do Maranhão notificou a empresa STX Pan Ocean, dona do navio Vale Beijing, para que ela instale uma barreira de contenção no entorno da embarcação.
O navio, que foi fretado pela Vale, está com uma rachadura no casco.A barreira, segundo o Ibama, deverá ter um diâmetro 3,5 vezes maior do que o comprimento do navio (361 metros) e deverá ser instalada até o final da tarde de hoje.
O Vale Beijing está, desde sábado, com uma rachadura em um de seus tanques de lastro --compartimento que dá estabilidade ao navio.
O problema ocorreu durante o carregamento de minério de ferro, pertencente à Vale, no terminal Ponta da Madeira, em São Luís (MA). Na terça, o navio foi rebocado para um local a cerca de 11 quilômetros da costa.
De acordo com o Ibama, em caso de um eventual vazamento de óleo combustível ou de minério, a barreira limitaria a dispersão.
A baía de São Marcos, para onde o navio foi rebocado, tem áreas de mangue, em que a retirada de óleo é praticamente impossível, segundo o coordenador do Ibama-MA, Fabrício Ribeiro de Castro.A STX Pan Ocean disse que a colocação da barreira está sendo providenciada.
Segundo a empresa, os mergulhadores estão com dificuldade de avaliar a extensão do dano no casco, pois as águas são muito turvas. Existe a possibilidade de rebocar o navio para outro local.
Segundo a STX, após a transferência do navio para local mais profundo, não há mais risco de afundamento.
Ontem, o presidente da Vale, Murilo Ferreira, reuniu-se com a governadora do Maranhão, Roseana Sarney (PMDB), em São Luís.
A assessoria do governo disse que o encontro estava agendado desde antes do acidente para a discussão de um novo projeto cultural da mineradora no Maranhão. O problema com a embarcação, no entanto, entrou na pauta.

Cristina Kirchner inicia segundo mandato na Argentina


Quebrando totalmente o protocolo, a presidente argentina Cristina Kirchner, 58, mencionou seu ex-marido Néstor Kirchner durante a cerimônia de posse de seu segundo mandato neste sábado em Buenos Aires. Reeleita com 53% dos votos, ela deve ocupar a Casa Rosada até 2015 e governar com o maior poder dos últimos 30 anos, com maioria no Congresso e muitas províncias sob o controle do kirchnerismo.
Visivelmente emocionada e vestida de preto, Cristina fez um juramento fora do protocolo presidencial argentino.
Juro "por Deus e a pátria sobre os Santos Evangelhos", acrescentando que se não cumprir seu dever, espera que "Deus, a pátria e ele [Néstor Kirchner], me cobrem".
A cerimônia de posse da mandatária começou por volta das 12h locais (mesmo horário em Brasília). Cristina recebeu a faixa presidencial das mãos de sua filha, Florência.
"Como todos imaginam, este não é um dia fácil para a presidente, por que falta algo e falta alguém", disse Cristina, referindo-se ao ex-marido.
"Cristina, Cristina", gritavam milhares de jovens, em frente ao Congresso e que acompanhavam a cerimônia por uma tela gigante.
Vários presidentes latino-americanos estavam presentes, entre eles, a presidente do Brasil, Dilma Rousseff, e os do Uruguai, José Mujica; Chile, Sebastián Piñera; Paraguai, Fernando Lugo, e da Bolívia, Evo Morales.
Cristina Kirchner, que foi eleita pela primeira vez em 2007, venceu as eleições presidenciais de outubro com 53,07% dos votos.

Nasa marca acoplagem da 1ª nave privada à estação espacial


A primeira acoplagem de uma nave espacial privada à ISS (Estação Espacial Internacional) já tem data para acontecer: 7 de fevereiro de 2012. A anúncio foi feito pela Nasa na tarde desta sexta-feira (9).
A manobra pioneira será realizada pela nave Dragon, da empresa de exploração espacial privada SpaceX."A SpaceX teve progressos significativos, nos últimos meses, na preparação da [nave] Dragon para essa missão à estação espacial", disse William Gerstenmaier, administrador associado do setor de Explorações Tripuladas da Nasa.
"Nós esperamos uma missão bem-sucedida, que irá inaugurar uma nova era no transporte comercial de carga para esse laboratório internacional em órbita", completou.
Apesar do entusiasmo, Gerstenmaier reconheceu que ainda há muito a ser feito. "Ainda existe uma quantidade significativa de trabalho crítico para ser completado antes do lançamento", disse.
Segundo ele, porém, as equipes envolvidas na operação apresentaram bons planos para resolver as pendências a tempo e ainda se preparar para "desafios inesperados" da missão.
CAFÉ-COM-LEITE
Embora a acoplagem seja inédita, o voo ainda é considerado de testes. Basicamente, serão avaliados sistemas, engrenagens e, principalmente, o sistema de acoplagem da nave dragon à ISS.
A Nasa, porém, não deve esperar muito mais tempo para que as missões "de verdade" comecem a acontecer.
Sem alternativas próprias de colocar seus astronautas em órbita desde a aposentadoria de sua frota de ônibus espaciais, em julho, os americanos dependem de "caronas" na nave russa Soyuz. Cada viagem de ida e volta fica em torno de US$ 60 milhões para os americanos.
Enquanto a nova geração de naves da Nasa não fica pronta --o que segundo especialistas só deve acontecer entre 2019 e 2020--, a administração do presidente Obama resolveu centrar seus esforços no incentivo à exploração privada.
Em dois anos, a Nasa distribuiu algumas centenas de milhares de dólares para algumas empresas selecionadas para "fomentar" o desenvolvimento de projetos.
O objetivo dos americanos é que empresas como a SpaceX, uma das beneficiadas com o incentivo, fiquem responsáveis pelo transporte de cargas e astronautas à órbita baixa da Terra. Ou seja, à ISS.
Para grandes missões, como o uma eventual ida à Marte, a chamada exploração do espaço profundo, o trabalho ainda ficaria sob responsabilidade de naves da Nasa.