sábado, 10 de dezembro de 2011

Ibama quer barreira em navio da Vale com rachadura


O Ibama do Maranhão notificou a empresa STX Pan Ocean, dona do navio Vale Beijing, para que ela instale uma barreira de contenção no entorno da embarcação.
O navio, que foi fretado pela Vale, está com uma rachadura no casco.A barreira, segundo o Ibama, deverá ter um diâmetro 3,5 vezes maior do que o comprimento do navio (361 metros) e deverá ser instalada até o final da tarde de hoje.
O Vale Beijing está, desde sábado, com uma rachadura em um de seus tanques de lastro --compartimento que dá estabilidade ao navio.
O problema ocorreu durante o carregamento de minério de ferro, pertencente à Vale, no terminal Ponta da Madeira, em São Luís (MA). Na terça, o navio foi rebocado para um local a cerca de 11 quilômetros da costa.
De acordo com o Ibama, em caso de um eventual vazamento de óleo combustível ou de minério, a barreira limitaria a dispersão.
A baía de São Marcos, para onde o navio foi rebocado, tem áreas de mangue, em que a retirada de óleo é praticamente impossível, segundo o coordenador do Ibama-MA, Fabrício Ribeiro de Castro.A STX Pan Ocean disse que a colocação da barreira está sendo providenciada.
Segundo a empresa, os mergulhadores estão com dificuldade de avaliar a extensão do dano no casco, pois as águas são muito turvas. Existe a possibilidade de rebocar o navio para outro local.
Segundo a STX, após a transferência do navio para local mais profundo, não há mais risco de afundamento.
Ontem, o presidente da Vale, Murilo Ferreira, reuniu-se com a governadora do Maranhão, Roseana Sarney (PMDB), em São Luís.
A assessoria do governo disse que o encontro estava agendado desde antes do acidente para a discussão de um novo projeto cultural da mineradora no Maranhão. O problema com a embarcação, no entanto, entrou na pauta.

Cristina Kirchner inicia segundo mandato na Argentina


Quebrando totalmente o protocolo, a presidente argentina Cristina Kirchner, 58, mencionou seu ex-marido Néstor Kirchner durante a cerimônia de posse de seu segundo mandato neste sábado em Buenos Aires. Reeleita com 53% dos votos, ela deve ocupar a Casa Rosada até 2015 e governar com o maior poder dos últimos 30 anos, com maioria no Congresso e muitas províncias sob o controle do kirchnerismo.
Visivelmente emocionada e vestida de preto, Cristina fez um juramento fora do protocolo presidencial argentino.
Juro "por Deus e a pátria sobre os Santos Evangelhos", acrescentando que se não cumprir seu dever, espera que "Deus, a pátria e ele [Néstor Kirchner], me cobrem".
A cerimônia de posse da mandatária começou por volta das 12h locais (mesmo horário em Brasília). Cristina recebeu a faixa presidencial das mãos de sua filha, Florência.
"Como todos imaginam, este não é um dia fácil para a presidente, por que falta algo e falta alguém", disse Cristina, referindo-se ao ex-marido.
"Cristina, Cristina", gritavam milhares de jovens, em frente ao Congresso e que acompanhavam a cerimônia por uma tela gigante.
Vários presidentes latino-americanos estavam presentes, entre eles, a presidente do Brasil, Dilma Rousseff, e os do Uruguai, José Mujica; Chile, Sebastián Piñera; Paraguai, Fernando Lugo, e da Bolívia, Evo Morales.
Cristina Kirchner, que foi eleita pela primeira vez em 2007, venceu as eleições presidenciais de outubro com 53,07% dos votos.

Nasa marca acoplagem da 1ª nave privada à estação espacial


A primeira acoplagem de uma nave espacial privada à ISS (Estação Espacial Internacional) já tem data para acontecer: 7 de fevereiro de 2012. A anúncio foi feito pela Nasa na tarde desta sexta-feira (9).
A manobra pioneira será realizada pela nave Dragon, da empresa de exploração espacial privada SpaceX."A SpaceX teve progressos significativos, nos últimos meses, na preparação da [nave] Dragon para essa missão à estação espacial", disse William Gerstenmaier, administrador associado do setor de Explorações Tripuladas da Nasa.
"Nós esperamos uma missão bem-sucedida, que irá inaugurar uma nova era no transporte comercial de carga para esse laboratório internacional em órbita", completou.
Apesar do entusiasmo, Gerstenmaier reconheceu que ainda há muito a ser feito. "Ainda existe uma quantidade significativa de trabalho crítico para ser completado antes do lançamento", disse.
Segundo ele, porém, as equipes envolvidas na operação apresentaram bons planos para resolver as pendências a tempo e ainda se preparar para "desafios inesperados" da missão.
CAFÉ-COM-LEITE
Embora a acoplagem seja inédita, o voo ainda é considerado de testes. Basicamente, serão avaliados sistemas, engrenagens e, principalmente, o sistema de acoplagem da nave dragon à ISS.
A Nasa, porém, não deve esperar muito mais tempo para que as missões "de verdade" comecem a acontecer.
Sem alternativas próprias de colocar seus astronautas em órbita desde a aposentadoria de sua frota de ônibus espaciais, em julho, os americanos dependem de "caronas" na nave russa Soyuz. Cada viagem de ida e volta fica em torno de US$ 60 milhões para os americanos.
Enquanto a nova geração de naves da Nasa não fica pronta --o que segundo especialistas só deve acontecer entre 2019 e 2020--, a administração do presidente Obama resolveu centrar seus esforços no incentivo à exploração privada.
Em dois anos, a Nasa distribuiu algumas centenas de milhares de dólares para algumas empresas selecionadas para "fomentar" o desenvolvimento de projetos.
O objetivo dos americanos é que empresas como a SpaceX, uma das beneficiadas com o incentivo, fiquem responsáveis pelo transporte de cargas e astronautas à órbita baixa da Terra. Ou seja, à ISS.
Para grandes missões, como o uma eventual ida à Marte, a chamada exploração do espaço profundo, o trabalho ainda ficaria sob responsabilidade de naves da Nasa.

sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

Itaguaí - Andamento das obras

Nasa diz ter prova definitiva de que houve água em Marte


Reuters

SAN FRANCISCO - Um jipe da Nasa encontrou a prova mais convincente até agora de que Marte teve água no passado - um veio de gesso, mineral depositado pela água, projetando-se a partir de uma rocha antiga. 

O jipe Opportunity e seu "gêmeo" Spirit chegaram em 2004 a lados opostos do planeta. Com o auxílio de sondas orbitais, eles ofereceram ao longo dos anos várias pistas convincentes de que o planeta nem sempre foi tão frio e seco quanto hoje. 

A maior dessas provas, apresentada nesta semana na conferência da União Geofísica Americana, em San Francisco, é um fino veio de gesso numa rocha da beirada da cratera Endeavour, que tem 154 quilômetros de diâmetro. 

O gesso geralmente se forma pelo fluxo de água dentro de rochas. 

"É a observação mais 'à prova de balas' que acho que já fizemos em toda essa missão", disse à Reuters Steve Squyres, pesquisador-chefe dos jipes Spirit e Opportunity. 

O Spirit não está mais operacional, mas o Opportunity continua enviando dados de Marte. 

Materiais depositados pela água já haviam sido encontrados a céu aberto, o que dificulta sua interpretação, já que eles podem ser deslocados pelo vento. Já o veio de gesso oferece uma análise mais inequívoca, por estar gravado na rocha. 

Segundo Squyres, as características químicas e geológicas do veio "simplesmente gritam (que havia) água." 

Atualmente, a Nasa está enviando outra sonda para Marte, a Curiosity, para investigar a existência atual ou passada de água na cratera Gale, em outro ponto do planeta. 

AEL Sistemas investe em produção e pesquisa


A AEL Sistemas, uma das principais empresas fornecedoras de sistemas eletrônicos de defesa para as Forças Armadas Brasileiras, está quadruplicando a área de sua fábrica em Porto Alegre e investindo US$ 20 milhões na construção de um centro tecnológico de defesa.

O local vai abrigar o desenvolvimento de soluções tecnológicas para as áreas de defesa, espaço, segurança e logística, em atendimento às demandas da Estratégia Nacional de Defesa (END), que prevê o reaparelhamento das Forças Armadas Brasileiras e a capacitação da indústria em tecnologias de alto valor agregado.

Segundo o vice-presidente de Operações da AEL, Vitor Neves, o projeto de expansão da empresa foi motivado pelo crescimento dos negócios na área de defesa e as perspectivas de incremento para os próximos anos, tendo como base a previsão de investimentos do governo no setor. A expectativa da Associação Brasileira das Indústrias de Materiais de Defesa (Abimde) é que os investimentos atinjam cerca de US$ 120 bilhões num prazo de 20 anos, sendo que R$ 40 milhões já foram anunciados.

Com os negócios em crescimento, a AEL, segundo o executivo, tem dobrado seu faturamento a cada ano, tendo encerrado 2010 com uma receita de US$ 40 milhões. "Em 2011 devemos registrar um crescimento de 50%, mas com os novos projetos em desenvolvimento, a nossa expectativa é a de um incremento anual de 30%", disse. O número de funcionários, diz ele, vai passar dos atuais 240 para 500, num prazo de cinco anos.

Entre os projetos já anunciados, a AEL destaca a sua participação no desenvolvimento de sistemas eletrônicos para o novo veículo blindado do Exército Brasileiro, o Guarani, que também conta com a participação da empresa Iveco. "Temos uma carta de intenções assinada com o Exército para o desenvolvimento de 216 torretas (sistemas de armas) não tripuladas para o Guarani", disse Neves.

Especializada na fabricação de hardware e software para aeronaves militares, a AEL foi selecionada para fornecer os sistemas aviônicos (eletrônica embarcada) dos helicópteros Esquilo do Exército, que estão sendo modernizados. A Helibras, associada do grupo francês Eurocopter, também selecionou a AEL para fornecer os aviônicos dos 50 helicópteros EC725, que vão equipar as três Forças Armadas do Brasil.

A Embraer Defesa e Segurança escolheu a AEL para fornecer quatro sistemas do jato de transporte militar e reabastecimento em voo KC-390, que está desenvolvendo para a Força Aérea Brasileira (FAB). Os sistemas, de acordo com o vice-presidente Vitor Neves, compreendem o computador de missão da aeronave, um sistema de auto-proteção, que envolve equipamentos de guerra eletrônica, entre outros itens.

A Embraer é uma das acionistas da AEL, com participação de 25% no capital da empresa. As duas empresas criaram este ano a Harpia, com o objetivo de explorar juntas o mercado de veículos aéreos não-tripulados (vants). Numa primeira fase, segundo Neves, a AEL irá oferecer o vant Hermes 450, fabricado pela Elbit Systems, grupo israelense controlador da empresa brasileira.

"Nós vencemos uma concorrência da FAB no ano passado para a venda de dois vants, com os quais se pretende criar uma doutrina própria de utilização na Força, mas futuramente queremos desenvolver um vant estratégico brasileiro e isso será feito através da Harpia", afirmou. A Embraer tem participação majoritária na Harpia, com 51% do capital da empresa.

Antes mesmo da criação da Harpia, a AEL já era parceira de longa data da Embraer. Começou a trabalhar com a empresa na década de 80, fornecendo sistemas aviônicos para a aeronave EMB-312 Tucano. Nessa época, a AEL se chamava Aeroeletrônica e pertencia ao grupo gaúcho Aeromot. Em parceria com a Embraer, a AEL também faz a modernização dos sistemas aviônicos dos caças AMX e F-5, da FAB, avaliados em R$ 353 milhões.

A AEL também é responsável pela modernização dos aviônicos da frota de 50 Bandeirante da FAB e a Embraer ficou com a parte dos sistemas de ar-condicionado e de geradores. O primeiro Bandeirante modernizado será entregue hoje para a FAB no Rio de Janeiro. Outros quatro, de acordo com Neves, já estão em fase final de entrega.

Britânicos querem ‘proteger’ ilhas exigidas por Argentina



O governo da Grã-Bretanha, segundo informou o jornal londrino The Times, pretende criar uma área de conservação marítima de um milhão de quilômetros quadrados ao redor das Ilhas Geórgias do Sul. O objetivo oficial seria o de proteger o habitat de pinguins, morsas, baleias, entre outros animais do Atlântico Sul. As ilhas são reivindicadas pela Argentina, que as considera parte integrante das Malvinas, localizadas 1.475 quilômetros a noroeste das Geórgias.
Diante do plano britânico de criar uma área de proteção ao redor das ilhas, integrantes da Comissão de Relações Exteriores da Câmara de Deputados argentina protestaram: “As Geórgias são parte integral do território argentino, portanto Londres deveria devolver as ilhas à Argentina”.
As Geórgias tornaram-se o novo foco da crescente tensão entre a Argentina e a Grã-Bretanha pela disputa das Malvinas. Nos últimos meses, segundo Mike Summers, um dos principais líderes da Assembleia Legislativa das Falklands (denominação britânica das Malvinas), navios de guerra e a Guarda Costeira da Argentina “desafiaram” navios que faziam a rota entre as Malvinas e o Porto de Montevidéu, Uruguai. As Geórgias foram o pivô formal da Guerra das Malvinas em 1982.
A decisão de Londres de criar uma área de proteção marítima na região surge em meio a uma intensificação da ofensiva diplomática da presidente Cristina Kirchner para reaver o arquipélago das Malvinas.
Respaldo. Na semana passada, Cristina conseguiu dos governos da América Latina e Caribe uma declaração formal de respaldo à reivindicação das ilhas. Além disso, insiste na ONU para que a entidade internacional leve a Grã-Bretanha à mesa das negociações para discutir a soberania das Malvinas.
A ofensiva diplomática argentina promete aumentar em 2012, já que o príncipe William, segundo na linha de sucessão da coroa britânica, desembarcará nas Malvinas para um mês de treinamento militar na base que a Grã-Bretanha instalou nas ilhas após o fim do conflito bélico. O governo argentino criticou o treinamento do príncipe no arquipélago e exigiu o fim da presença militar britânica na área.
O secretário de Defesa Liam Fox afirmou que Londres protegerá os 3 mil habitantes das ilhas (conhecidos como “kelpers”) durante o tempo que eles queiram continuar sendo cidadãos britânicos.
O governo argentino planeja uma grande desfile militar para celebrar, em cinco meses, os 30 anos do desembarque nas Malvinas. O plano do Ministério da Defesa é reunir todos os veteranos de guerra em Buenos Aires e convidar os presidentes dos países vizinhos para mostrar o respaldo regional à reivindicação territorial do arquipélago que os argentinos ocuparam durante 13 anos (1820-1833). Os britânicos estão nas Malvinas há 178 anos. Londres anunciou há poucos dias que também prepara celebrações pela vitória militar.                                                        Fonte: Estadão