quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

Cyclone-4: Ucrânia investe em foguete brasileiro


O ministro da Ciência, Tecnologia e Inovação, Aloizio Mercadante, anunciou nesta quarta-feira, em audiência pública da Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional da Câmara dos Deputados, que o governo ucraniano retomou os investimentos na parceria com o Brasil para a fabricação e o lançamento do foguete Cyclone-4. A previsão é que, em novembro 2013, o foguete possa ser lançado da base de Alcântara, no Maranhão.
O andamento do projeto sofria com a falta de recursos ucranianos. Na conta do governo brasileiro, até outubro passado, o Brasil já havia desembolsado mais do que o dobro pago pelo país sócio no projeto. Segundo o diretor-geral da empresa binacional Alcântara Cyclone Space (ACS), brigadeiro Reginaldo dos Santos, em novembro, a Ucrânia fez um aporte de US$ 53 milhões e "a paridade foi restabelecida".
Mercadante disse aos deputados que a parceria com os ucranianos "é estratégica" e a perenidade de recursos para o projeto está garantida pela Ucrânia, que fez um empréstimo internacional de US$ 270 milhões para continuar investindo no projeto.
Dado apresentado pela Agência Espacial Brasileira (AEB) na semana passada, no Senado, prevê que o acordo Brasil-Ucrânica terá desembolsado R$ 695,3 milhões em 2011 e 2012. Além desses recursos, o presidente da AEB, Marco Antônio Raupp, espera que a Comissão de Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática da Câmara aporte mais R$ 165 milhões do Orçamento de 2012 para as obras da base de Alcântara, que fará o lançamento de outros foguetes, além da operação com o Cyclone-4.
Desde outubro de 2003, quando o Brasil e a Ucrânia assinaram o Tratado de Cooperação de Longo Prazo na Utilização do Veículo de Lançamento Cyclone-4, no Centro de Lançamento de Alcântara, cerca de R$ 500 milhões foram gastos com o desenvolvimento do foguete e com as obras civis na base de lançamento, que fica na cidade de Alcântara, próxima da capital maranhense, São Luís.
Ao Brasil, cabem os gastos com a construção do sítio de lançamento no Maranhão - o que inclui complexos de montagem, de armazenamento de combustível e a própria torre de lançamento; e à Ucrânia, o desenvolvimento do foguete, o sistema de lançamento e o fornecimento de combustível.
O lançamento do Cyclone-4 é um dos projetos estabelecidos no âmbito da nova política espacial brasileira a ser anunciada com a Estratégia Nacional de Ciência e Tecnologia. O Plano Plunianual (PPA) de 2012-2015 prevê crescimento constante do orçamento do setor espacial, que subirá da faixa de R$ 360 milhões, em 2011, para quase R$ 1 bilhão em 2014. Até 2020, o País quer lançar seis foguetes e oito satélites para uso militar, comunicações, observação da Terra e meteorologia.
De acordo com Mercadante, a disponibilidade de recursos depende dos projetos. "Se eu tenho bom projeto, eu tenho financiamento", disse. Para ele, "o Brasil precisa ter a conquista espacial como objetivo" porque a indústria que abastece o setor gera produtos de alto valor agregado - cinco vezes acima da indústria de aviação ¿ e gera milhares de empregos. "É só olhar para os outros (países do) Brics (grupo formado pelo Brasil, a Rússia, a Índia, a China e a África do Sul) para ver o que significa em termos de emprego", disse ao destacar que a Rússia, a China e a Índia estão mais adiantados que o Brasil.
A ampliação da base de Alcântara sofre resistência de quilombolas que moram na região. Ao falar na comissão, Mercadante defendeu o diálogo e o atendimento de reivindicações das populações tradicionais. "A comunidade tem que se beneficiar", disse aos deputados.

Irã nega alerta, mas diz estar sempre está pronto para guerra


O Irã negou nesta quarta-feira que tenha declarado alerta de guerra, mas garantiu que o país está sempre preparado para eventual enfrentamento militar, informou a televisão local em inglês, PressTV.
Segundo declarações do chefe da Comissão de Defesa do Parlamento iraniano, Gholam Reza Karami, apesar das ameaças de eventuais ataques feitas por Israel e Estados Unidos, "nas condições atuais, não há indicação de que estejamos numa nova situação militar".
A imprensa ocidental sugeriu que o Exército de Guardiães da Revolução tomou medidas defensivas, especialmente em relação aos seus mísseis.
Apesar de ter negado o estado de alerta, o parlamentar disse que "as Forças Armadas iranianas permanecem sempre preparadas e a atual situação não é uma exceção".
O país se encontra no meio de uma tempestade política devido ao relatório da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) que reforçou as suspeitas do programa nuclear do Irã ter fins militares. A nação árabe nega as acusações e diz que a AIEA baseou seu relatório em informações falsas dos EUA e de Israel. Antes mesmo da publicação do documento, esses dois países ameaçaram Teerã, que afirmou que se isso acontecesse sua resposta seria arrasadora.

PROSUB - Soldada a Última Junção do primeiro Scorpène

Ontem, a DCNS iniciou, no seu centro de Cherbourg, a última junção das seções do primeiro submarino Scorpène para o Brasil. A soldagem das seções 3 e 4, que vai permitir reconstituir a parte dianteira do submarino, é um símbolo forte em termos de transferência de tecnologia.
 
Os 12 soldadores da equipe franco-brasileira começaram esta manhã em Cherbourg as últimas operações de junção das seções do primeiro Scorpène para o Brasil. As próximas montagens serão realizadas no Brasil. Serão necessários 4 dias para a realização desta etapa que consiste em montar por fusão de metal os anéis que constituem a parte dianteira do submarino. Uma estrutura de cerca de 6 metros de diâmetro, 24 metros de comprimento e uma massa de 200 toneladas que vai posteriormente receber, entre outros, a central de operações, os torpedos e os auxiliares da plataforma (água, gás, eletricidade, etc.).Durante o primeiro semestre de 2012, serão adicionadas a este casco as caixas e as grandes estruturas mas também a vela, os tanques de lastro, o compartimento de acesso e a cúpula de ar fresco.
 
Os soldadores brasileiros receberam, no âmbito da transferência de tecnologia, uma formação de 3 meses que permitiu a aquisição das qualificações necessárias. De fato, o contrato incide sobre a concepção e a realização em transferência de tecnologia de quatro submarinos convencionais. O centro de Cherbourg recebe atualmente 36 estagiários brasileiros, o que eleva este número a 115 desde o início do contrato.
 
Bernard Planchais indicou: “Esta etapa é um novo marco bem-sucedido para a realização deste programa ambicioso. Ela demonstra a capacidade da DCNS em implementar uma parceria humana e tecnológica ao serviço de uma marinha internacional.”
 
Este contrato para o Brasil incide também na assistência para a concepção e a realização da parte não nuclear do primeiro submarino brasileiro de propulsão nuclear e o apoio à realização de uma base naval e de um estaleiro de construção naval. O primeiro dos quatro submarinos convencionais deverá entrar em serviço ativo em 2017. Esses quatros submarinos beneficiam de uma propulsão convencional (diesel-elétrica). Com um comprimento de cerca de 75 metros, sua deslocação em superfície é de 2 000 toneladas. São operados por uma tripulação de 30 a 45 pessoas.
 
Os quatros submarinos convencionais respondem às especificações particulares da marinha brasileira. Estão perfeitamente adaptados às necessidades de proteção e de defesa dos 8500 quilômetros de litoral brasileiro. São submarinos oceânicos polivalentes concebidos para todos os tipos de missões, incluindo a luta contra os navios de superfície, a guerra antissubmarina, os ataques em profundidade, as operações especiais e a coleta de informações.

DCNS em algumas palavras

A DCNS é um líder mundial do setor naval de defesa e um inovador na energia. A Empresa DCNS, de alta tecnologia e de envergadura internacional, responde às necessidades dos seus clientes graça ao seu know-how excepcional e aos seus meios navais únicos. O Grupo concebe, realiza e mantém em serviço submarinos e navios de superfície bem como sistemas e infraestruturas associadas. Igualmente, presta serviços para estaleiros e bases navais. Por fim, a DCNS propõe um vasto leque de soluções na energia nuclear civil e nas energias marinhas renováveis. Atento às questões do desenvolvimento sustentável, o grupo DCNS constitui um dos primeiros agentes do seu setor a obter a certificação ISO 14001. Além disso, a DCNS arrebatou o Troféu nacional da empresa cidadã sob o alto patrocínio do Presidente do Senado Francês; este prêmio foi atribuído ao Grupo pelo seu programa de transmissão de saber Les Filières du Talent DCNS. O Grupo conta com 12.500 colaboradores e realiza um volume de negócios de 2,5 bilhões de euros. www.dcnsgroup.com

quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

Exército do Peru e da Marinha, uma nova geração.

Scorpene SUBTICS in action

Poder aéreo do Futuro-P5 de5

Armas do Futuro:Dominator

ÁGATA 3 - "Nós vamos continuar com essas operações”, diz Vice-Presidente


Acompanhado pelo Ministro da Defesa, o Vice-Presidente da República, Michel Temer, visitou hoje (6/12) a base de desdobramento da Força Aérea Brasileira em Vilhena (RO) e disse estar satisfeito com os resultados da Operação Ágata 3. "Nós vamos continuar com essas operações. Isso já inibiu sensivelmente a criminalidade nas fronteiras e essa continuação diminuirá ainda mais", afirmou.

A visita de coordenação passou por Mato Grosso do Sul, Mato Grosso e Rondônia. Em Vilhena, a comitiva foi recebida pelo Comandante da Aeronáutica, Tenente Brigadeiro Juniti Saito, e pelo Brigadeiro Luiz Fernando de Aguiar, que comanda a parte aérea da Ágata 3. O Vice-Presidente e o Ministro conheceram os aviões e helicópteros utilizados pela FAB na Operação. Eles também voaram até Costa Marques (RO) a bordo de um cargueiro militar C-105 Amazonas, aeronave que opera na região.

O Ministro da Defesa, Celso Amorim, destacou o aparato tecnológico utilizado pela FAB e o entrosamento entre as Forças Armadas e as demais agências que participam das Operações Ágata, como o Ibama, Receita Federal, Funai e órgãos de segurança pública. Para o Ministro, a cada edição da Ágata há um crescimento da capacidade de combater os atos ilícitos na região de fronteira. "Se aprende de uma para outra. Algumas coisas são corrigidas, são aprimoradas", explicou.

Ágata 3 foi iniciada no dia 22 de novembro e tem como área de operações a região de fronteira do Brasil com o Peru, a Bolívia e parte do Paraguai. Em agosto, a Ágata 1 aconteceu na fronteira com a Colômbia e em setembro a Ágata 2 ocorreu nos limites com o Uruguai, a Argentina e o Paraguai. O objetivo dessas operações é combater atos ilícitos típicos das áreas fronteiriças, como o narcotráfico, contrabando e crimes ambientais.

Fonte: Agência Força Aérea

AEL Sistemas lança pedra fundamental de novo Centro Tecnológico


UT30BR - Sistema de Armas Remotamente Controlado
A AEL Sistemas, que este ano abriu participação na empresa para a Embraer Defesa e Segurança (25%), e depois se associou a ela para criar a Harpia Sistemas, voltada principalmente para o desenvolvimento de Veíuclos Aéreos Não Tripulados (VANTS), prepara-se para novo salto: lança hoje em Porto Alegre a pedra fundamental da ampliação de seu Centro Tecnológico de Sistemas de Defesa, no qual produzirá sistemas eletrônicos aeronáuticos, espaciais e de superfície integrados, um deles para o novo blindado do Exército, o Guarani.
Os investimentos ultrapassam os R$ 20 milhões e devem alavancar o Estado do Rio Grande do Sul à posição de um dos principais polos tecnológicos de defesa do país.

A AEL Sistemas é uma empresa brasileira que há mais de duas décadas dedica-se ao projeto, desenvolvimento, fabricação, manutenção e suporte logístico de produtos eletrônicos, militares e civis, para aplicações em veículos aéreos, marítimos, terrestres, tripulados ou não.
Pioneira no fornecimento de sistemas para a aeronave Tucano T-27 e para o caça ítalo-brasileiro A-1, a empresa também participa de diversos programas da indústria espacial, fornecendo ao Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), projetos e equipamentos para os sistemas de suprimento de energia para satélites.

A França está na corrida para o fornecimento de dois porta aviões para o Brasil



Imagem de um tipo de embarcação CATOBAR que a França poderia vender no Brasil. © Thales / DCN
Texto: Tradução e adaptação Plano Brasil
E.M.Pinto
Segundo o periódico francês Le Point, o governo e o fabricante francês DCNS, estão acompanhando com muita atenção as intenções brasileiras em adquirir navios porta-aviões. Atualmente o Brasil dispõe de apenas um navio que acaba de retornar ao serviço operacional da frota após concluído um extensivo período de reparos.
O São Paulo, antigo Foch, apesar de remodelado, é um pouco cansado com quase meio século de navegação.  Baseando-se nas pretensões brasileiras de reaparelhamento da força naval,  A DCNs e o governo Francês encontram conjuntamente uma janela de grandes possibilidades.
Segundo informações da própria Marinha do Brasil, esta nova classe de navios utilizaria sistemas de catapultas para o lançamento de aeronaves: CATOBAR (Catapult Assisted Take Off Recovery Barrier Arrested), Além do modelo RXX um conceito da DCNS outra oportunidade poderia ser baseada no modelo PA 2 que será adquirido pela marinha francesa.

Em 18 de outubro passado, o ministro da Defesa brasileiro, Celso Amorim visitou Paris abordou o tema, dizendo que seu país está
“começando a pensar a necessidade de construir um porta-aviões. Este será um navio idealmente, construído no Brasil, com a importação de algumas tecnologias. “Em Paris, a informação não caiu em  ouvidos surdos e as coisas têm sido um pouco esclarecido desde então.
O Brasil planeja construir seus dois próprios porta-aviões ( tal como o Plano Brasil pioneiramente informou em outras ocasiões).

Segundo noticiamos no Plano Brasil o PEAMB (plano de articulação da Marinha do Brasil) contempla a aquisição de dois navios desta classe, 
Os navios seriam de propulsão convencional e a intenção é construí-lo através de parcerias com estaleiros estrangeiros através de “assistência com gerenciamento de projetos.” Claramente, a ajuda no desenvolvimento de planos de concepção e implementação, bem como na construção naval suporte de engenharia militar, entre outros.
A Participação da DCNS bem como outros estaleiros como a Nortrhop Grummam e a Ficantieri na concorrência para a construção destes navios é dada quase como certa, resta saber qual modelo seria o vencedor desta concorrência, quando e como o Brasil pretende adquiri-los.

terça-feira, 6 de dezembro de 2011

Qualificação Estrutural do Sara Suborbital



Visando o vôo do veículo VS-40/Sara Suborbital a ser realizado em finais de 2012, a Divisão de Integração e Ensaios do IAE (AIE) realizou o ensaio dinâmico da estrutura completa do Sara Suborbital entre os dias 22 e 26 de novembro de 2011. O ensaio foi acompanhado pelo Grupo de Projeto do Sara, pertencente á Divisão de Sistemas Espaciais (ASE).

No ensaio, depois de realizadas as assinaturas, foram aplicadas as cargas de qualificação estrutural no regime senoidal e no regime aleatório. Segundo o gerente do projeto, Luís Loures, os resultados foram satisfatórios: “- Estamos 95% satisfeitos com os resultados do ensaio, pois o comportamento geral do veículo SARA foi muito bom, correspondendo aos nossos cálculos teóricos, restando apenas alguns pequenos ajustes em problemas pontuais encontrados”. Na opinião do Dr. Loures, nada que preocupe: “- De fato, ensaios de qualificação servem para isso mesmo, ou seja, para garantir que o projeto possa convergir para uma solução confiável e segura”. 

Na seqüência do desenvolvimento, o modelo de qualificação do SARA deverá sofrer ainda outro ensaio de vibração, agora com a eletrônica “viva”. “- O próximo passo só poderia ser realizado depois que tivéssemos a certeza de que não ocorreriam problemas estruturais que pudessem danificar a eletrônica embarcada e essa certeza foi alcançada com o ensaio realizado”.

Planeta é achado em zona habitável a 600 anos-luz


IRENE KLOTZ - REUTERS
Cientistas anunciaram na segunda-feira a descoberta do planeta mais parecido com a Terra que já foi visto, orbitando uma estrela a 600 anos-luz daqui.
O Kepler-22b entra para uma lista de mais de 500 planetas orbitando estrelas que não o Sol. Mas, entre todos, ele é o menor e o mais bem posicionado para ter água líquida em sua superfície - o que é considerado um pré-requisito para abrigar a vida tal qual a conhecemos.
"Estamos de olho em planetas realmente habitáveis, do tamanho da Terra", disse Nathalie Batalha, chefe-adjunta da equipe científica do Telescópio Espacial Kepler, da Nasa, responsável pela descoberta.
O telescópio orbital, lançado há três anos, examina cerca de 150 mil estrelas nas constelações de Cygnus e Lyra, registrando ínfimas oscilações no brilho desses astros quando um planeta passa à sua frente.
Os resultados podem ser extrapolados num cálculo sobre o percentual de estrelas da Via Láctea que pode ter planetas habitáveis, de tamanho semelhante ao da Terra. A descoberta será publicada na revista The Astrophysical Journal.
O Kepler-22b está a cerca de 600 anos-luz da Terra. Cada ano-luz mede cerca de 600 trilhões de quilômetros.
Estando mais ou menos à mesma distância da sua estrela do que a Terra em relação ao Sol, o Kepler-22b tem uma translação (o ano) semelhante ao do nosso planeta. Os cientistas querem observar pelo menos mais três translações para determinar se pode haver outras explicações para as oscilações na luz da estrela, como a presença de estrelas "acompanhantes". Os resultados também serão verificados por outros telescópios, instalados na Terra e no espaço.
Também estão sendo feitos estudos complementares para determinar se o planeta recém-descoberto, que tem cerca de 2,4 vezes o raio da Terra, é sólido ou, como Netuno, quase todo gasoso.
"Não sabemos nada sobre os planetas entre o tamanho da Terra e o tamanho de Netuno, porque no nosso sistema solar não temos exemplos desses planetas. Não sabemos qual fração será rochosa, qual fração serão mundos aquáticos, e qual fração são mundos gelados.
Não temos ideia algum até medirmos e vermos", disse Batalha em entrevista coletiva no Centro de Pesquisas Ames, na Nasa, em Moffet Field, na Califórnia.
Se o Kepler-22b tiver uma superfície e uma atmosfera semelhantes à da Terra, sua temperatura média deve ser de 22 graus Celsius - agradável para os padrões humanos.
Entre os 2.326 planetas candidatos encontrados pela equipe do telescópio Kepler, apenas dez têm tamanho semelhante ao da Terra e orbitam nas zonas habitáveis das suas respectivas estrelas.
(Reportagem adicional de Debby Zabarenko em Washington) 

Brasil terá nova política espacial para estimular a produção de satélites


BRASÍLIA - O Ministério de Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) e a Agência Espacial Brasileira (AEB) já acertou o modelo da nova política espacial que visa estimular a produção nacional de satélites e o domínio de tecnologias consideradas críticas pelo governo para o desenvolvimento de satélites de comunicações, de observação espacial e de meteorologia. A nova política estará na Estratégia Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação que a presidenta Dilma Rousseff lançará ainda este mês.

A proposta ainda inclui a criação do Conselho Nacional de Política Espacial, vinculado à Presidência da República, e um novo do modelo de governança para projetos de satélite. A ideia é replicar a forma de gestão do programa do Satélite Geoestacionário Brasileiro (SGB) - em que um comitê diretor (no caso, composto pelo MCTI, Ministério da Defesa, Ministério das Comunicações e Telebras) aprova planos, orçamentos, cronogramas para a construção do equipamento e é o responsável final pela operação do sistema.

O SGB, criado para atender demandas militares, e o Plano Nacional de Banda Larga (PNBL) serão construídos em parceria entre a Telebras e a Embraer. No começo do mês passado, as duas empresas assinaram um memorando de entendimento para constituição de sociedade (com participação de 51% da Embraer e 49% da Telebras).

“A escolha da Embraer como parceira da empresa que ficará responsável pela construção do satélite vai permitir a formação de um consórcio maior de empresas dispostas a investir em um projeto que é caro e demanda recursos intensivos”, afirmou Marco Antonio Raupp, presidente da AEB, em audiência pública na semana passada na Comissão de Ciência, Tecnologia, Inovação, Comunicação e Informática (CCT) no Senado Federal.

O desenho de governança do projeto da SGB esvaziou as participações do Instituto Nacional de Políticas Espaciais (Inpe) e do Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial (DCTA) na antiga política espacial e criou um arranjo institucional, com a participação da iniciativa privada, o que pode, segundo Raupp, dar mais agilidade à indústria nacional.

“Isso é um corolário da nossa política de incrementar o número de projetos e passar esses projetos para as empresas, não ficar nas mãos exclusivas dos institutos de governo. Por que esses institutos de governo estão sob o regime legal que atrapalha demais a condução de um projeto industrial. Não é o universo legal adequado para a execução de um projeto. É o óbvio ululante, mas tem que dizer”, defendeu o presidente da AEB, Marco Antonio Raupp, em entrevista à Agência Brasil após a audiência.

A preocupação do presidente da agência é “criar carga para a indústria para que ela tenha condições de investir em capacitação”. A falta de continuidade das encomendas do programa espacial brasileiro é apontada por especialistas como um dos entraves para o estabelecimento, no Brasil, de uma indústria no setor.

Membro da CCT, o senador Walter Pinheiro (PT-BA) defendeu a parceria público-privada entre a Telebras e a Embraer. “É uma parceria importante. Cabe ao governo brasileiro um controle maior para que esse investimento possa ser feito e que a gente possa ter domínio sobre a operação, a destinação e o uso do satélite.”
Agência Brasil

Op Ágata 3 - Exército faz controle fluvial no Rio Guaporé

Acompanhe, neste vídeo, os meios terrestres, aéreos e fluviais empregados pelo Exército Brasileiro durante a Operação Ágata 3, especialmente o Posto de Bloqueio e Controle Fluvial em Mato Grosso.

Porta-aviões “Almirante Kuznetsov” zarpa para a Síria

Espera-se que o Admiral Kuznetsov e seus navios de escolta cheguem ao porto de Tartus na primavera de 2012. Os militares russos negam qualquer ligação entre a viagem do porta-aviões à Síria e a presente situação político-militar naquele país, enquanto os peritos a encaram como fator de dissuasão de um eventual conflito armado na Síria.Porta-aviões “Almirante Kuznetsov” zarpa para a Síria
“A presença de qualquer força militar nessa região, menos aquela da OTAN, seria muito útil e permitiria evitar um conflito armado”, disse ao jornal “Izvéstia”, o ex-Chefe do Estado Maior da Marinha russa, almirante Víktor Krávchenko, recordando a esse respeito que a URSS mantinha no Mediterrâneo uma esquadra especial, a 5ª Esquadra do Mediterrâneo, cuja missão era conter as ambições militares dos países ocidentais. Para a  manutenção e abastecimento dessa flotilha, a URSS instalou no porto sírio de Tartus uma base naval, utilizada atualmente para o atendimento aos navios da esquadra do Mar Negro. Ali os navios se submetem a pequenos reparos e se abastecem de combustível, água doce e frutas. A base conta com cerca de 600 funcionários militares e civis russos e não abriga atualmente nenhum navio: a oficina flutuante da esquadra do Mar Negro, PM-138, saiu do porto de Tartus no início deste ano e nenhum outro navio chegou para substitui-la.

Enquanto isso, nas águas próximas da Síria, surgiu uma força tarefa dos EUA composta pelo porta-aviões nuclear George Bush, dois cruzadores porta-mísseis e dois destróieres de mísseis.

“Claro que as potencialidades dos navios russos são incomparáveis ao potencial da 6ª Esquadra Operacional dos EUA do Mediterrâneo, que integra um ou dois porta-aviões e vários navios de escolta. Mas hoje ninguém fala sobre um eventual confronto entre os navios russos e americanos, pois um ataque a qualquer navio russo será tomado como declaração de guerra com todas as conseqüências daí decorrentes”, disse o almirante.

Os militares russos insistem que a viagem da esquadra russa foi programada ainda em 2010, quando a situação na Síria era calma, e não encontram razões para cancelá-la ou adiá-la, disse uma fonte do Estado Maior da Marinha russa ao “Izvéstia”.

O Admiral Kuznetsov e seus navios de escolta deverão visitar também o porto libanês de Beirute, Gênova, na Itália, e Chipre. A expedição começará no início de dezembro no mar de Barents e integra, além do Admiral Kuznetsov, o navio de luta antisubmarina oceânico Admiral  Chabanenko. Os dois navios irão contornar o continente europeu pelo oeste e entrarão pelo Estreito de Gibraltar no Mar Mediterrâneo, onde ficarão aguardando pelo navio de patrulha Ládni, que virá ao seu encontro do Mar Negro, devendo visitar primeiro o porto de La Valeta, em Malta.

O Admiral Kuznetsov aloja a bordo oito caças navais Su-33 e vários novos caças MiG-29K, construídos para a Índia e levados para testes para uma viagem marítima de longo curso, assim como dois helicópteros de luta antisubmarina Ka-27. Todas as aeronaves irão realizar voos de treino em alto-mar, longe da costa síria.

O Admiral Kuznetsov leva 12 lançadores de mísseis anti-navios Granit, um sistema de defesa antiaéreo Kinjal, oito lançadores de mísseis antiaéreos Kórtik, seis canhões com seis canos de 30 mm AK-630m, dois  lançadores de foguetes RBU-12 000 Udav e outras armas.

O Admiral Kuznetsov não vai entrar no porto de Tartus devido a seu grande calado e permanecerá no ancoradouro, cabendo as funções de abastecimento da flotilha aos navios Admiral Chabanenko e Ládni.

O cruzador porta-aviões Admiral Kuznetsov é a quinta embarcação do projeto 1143,5 e a única do gênero em serviço da Marinha russa, tendo em seu currículo quatro viagens de longo curso no Mediterrâneo e no nordeste do Atlântico. Sofreu três grandes reparações com uma duração total de seis anos. Após a presente viagem, será novamente submetido às obras de reparação.

Seus congêneres, os cruzadores Variag e Admiral Gorchkov, foram vendidos à China e à Índia, respectivamente. O cruzador indiano está em obras de reconstrução na fábrica de construção naval Sevmach, na Rússia, e será armado com os aviões MiG-29K (versão naval do MiG-29), que serão testados durante a viagem do Admiral Kuznetsov à Síria.

O Admiral Kuznetsov esteve em Tartus duas vezes, em 1995 e 2007, durante suas viagens ao Mediterrâneo e ao Atlântico.