terça-feira, 8 de novembro de 2011

Tambores de Guerra - Israel discute eventual ataque contra o Irã

IrIrã estaria colocando material nuclear em ogivasã estaria colocando material nuclear em ogivas

Relatório da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) a ser lançado nos próximos dias provocou a troca de ameaças entre Israel, seus aliados ocidentais e o Irã. O documento traria a conclusão de que o Irã estaria depositando material nuclear em ogivas e desenvolvendo mísseis. O novo estudo trouxe especulações de que um ataque de forças ocidentais contra o Irã estaria próximo.
Em entrevista ao jornal egípcio Al-Akhbar, publicada nesta segunda-feira (07/11), o presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad, advertiu sobre uma ação militar contra o seu país e reiterou que seu programa nuclear tem fins pacíficos. Ahmadinejad declarou que Estados Unidos e Israel buscam apoio internacional para uma intervenção militar.
"O Irã está aumentando suas capacidades e progredindo. Por esta razão, está se tornando capaz de competir em nível mundial. Israel e o Ocidente, particularmente os Estados Unidos, têm medo disto", disse o presidente iraniano.
O presidente de Israel, Shimon Peres, por sua vez, defende que o Irã é um problema não somente para Israel, mas para todo o mundo. Por isso, segundo ele, o  mundo deve se unir para impedir que o Irã produza armas nucleares. Ao mesmo tempo, ele ressaltou que Israel não deve agir sozinho.
Apoio interno
"Há diversos instrumentos para isto. Sanções econômicas, pressão sobre as exportações de petróleo. Ela [a comunidade internacional] deve assumir a responsabilidade e ver que o Irã é uma ameaça para todo o mundo", disse Peres à mídia israelense.

Antigos chefes do Mossad, o serviço secreto israelense, têm alertado para o perigo de um isolamento de Israel. Meir Dagan, por exemplo, que já esteve à frente da inteligência do país, chegou a declarar que um ataque militar israelense contra alvos nucleares iranianos seria uma grande estupidez.
"Eu acho que Israel em princípio tem interesse em manter o equilíbrio no Oriente Médio. Nós somos uma pequena gota neste imenso mar árabe, muçulmano, e não temos qualquer motivo para quebrar este equilíbrio", disse o ex-general israelense Amiram Levin, que foi vice-chefe do Mossad de 1998 a 2000.
Conforme especulações da imprensa israelense, o ministro da Defesa, Ehud Barak, estaria tentando apoio do gabinete do governo para um ataque. O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanjahu, se mantém calado sobre o debate. Barak, teria participado de encontros em Londres. A imprensa israelense interpretou disso que há planos concretos de ataque.
Reações internacionais
O jornal britânico The Guardian também publicou que o Reino Unido estaria preparando um ataque ao Irã. Barak concedeu entrevista à rede norte-americana de televisão CNN, dizendo que "o Irã decidiu se tornar potência nuclear" e que por isso "é extremamente importante que o mundo se decida a agir contra isso, seja através de diplomacia, sanções ou o que quer que seja".
O governo iraniano já teria acessado o novo relatório da AIEA. Segundo a agência de notícias AFP, o ministro do Exterior, Ali Akbar Salehi, disse que o estudo traz "alegações falsas". A Rússia alertou também que um possível ataque contra o Irã possa ser um "engano muito sério", que levaria unicamente à continuidade do conflito e a mortes de civis. "Isto poderia levar a consequências incalculáveis", alertou o ministro russo do Exterior , Sergei Lavrov.
A França também se manifestou contra uma eventual intervenção militar ocidental no Irã. O ministro do Exterior, Alain Juppe, disse que as sanções contra o país devem ser reforçadas, mas "tudo deve ser feito para evitar o irreversível" . "Isso [um ataque militar] poderia desestabilizar completamente a região", acrescentou.

Militares dizem que investimento em defesa é fundamental na era do pré-sal


O fortalecimento do poder naval brasileiro, com o objetivo de garantir a soberania nacional sobre riquezas como as reservas de petróleo, exigirá investimentos de R$ 223,5 bilhões até 2030. Os números foram apresentados pelo chefe do Estado-Maior da Armada, almirante de esquadra Luiz Umberto de Mendonça, em audiência pública da Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional (CRE), ontem.
Até 2030, disse o almirante, será necessária a aquisição de 20 submarinos convencionais e de seis nucleares, entre outras embarcações, além da constituição de uma segunda esquadra a ser sediada em um estado ainda não definido das regiões Norte ou Nordeste. Com o investimento previsto, explicou, será possível desenvolver os mais importantes projetos da Marinha, como o programa nuclear.
— Não é megalomania. A estratégia de dissuasão é prioritária em tempos de paz e a melhor forma de se evitar conflito armado — afirmou Mendonça durante o painel "Pré-Sal: papel das Forças Armadas na defesa do patrimônio e alocação de recursos para essa finalidade", parte do terceiro ciclo do conjunto de debates promovido pela comissão a respeito dos rumos da política externa brasileira.
Na abertura da audiência, presidida por Cristovam Buarque (PDT-DF) e que contou com a presença de diplomatas de oito países, o professor Simon Rosental, da Escola Superior de Guerra (ESG), observou que o mundo só dispõe de reservas conhecidas de petróleo para os próximos 45 anos — e os Estados Unidos, para apenas dez anos. Em sua ­avaliação, o século 21 ­marcará o fim do período ­histórico de queima de petróleo como combustível.
— O Brasil descobriu o pré-sal quando no mundo as reservas declinam. O que devemos fazer? Utilizar as três Forças conjuntamente para garantir poder de dissuasão sobre toda essa área e defender a soberania e a integridade do país. É comum ouvir que não há necessidade de recursos para as Forças Armadas, pois estamos no Atlântico Sul, o lugar mais tranquilo do planeta. Há certa verdade nisso, mas o erro é o foco. A ameaça vem da linha do Equador para cima — alertou Rosental.
Área sensível
O presidente da Comissão Coordenadora do Programa Aeronave de Combate, ­brigadeiro do ar Carlos de Almeida Baptista Junior, afirmou que a região onde estão localizadas as reservas do pré-sal será uma "área sensível" do território brasileiro, pois o país precisará estar preparado para garantir "pronta resposta" a qualquer ameaça externa. Ele informou que será montado para a região um moderno sistema de controle de tráfego aéreo e disse que aguarda "com ansiedade" a decisão final do governo a respeito da compra dos novos caças para a Força Aérea Brasileira (FAB).
— O pré-sal é e será ponto de cobiça. Trata-se de uma riqueza que precisa ser defendida, por isso a dissuasão deve ser permanente — observou Baptista.
Cristovam observou que, se os investimentos para defesa dos recursos do pré-sal forem maiores do que os previstos para a defesa do país, isso deve ser feito com recursos provenientes dessas próprias riquezas e "não da nação brasileira como um todo". Ana Amélia (PP-RS) ressaltou a necessidade de uma atenção especial à defesa da Amazônia, apesar da ênfase atual à região onde se encontram as jazidas de petróleo.

segunda-feira, 7 de novembro de 2011

Novo veículo da Nasa chega a base de lançamento para Marte


IRENE KLOTZ - REUTERS
O Mars Science Laboratory da Nasa, um veículo de 2,5 bilhões de dólares projetado para avaliar a adequação de Marte para a vida, chegou à sua plataforma de lançamento na Flórida nesta quinta-feira.

Veículo de 2,5 bilhões de dólares vai avaliar adequação de Marte à vida - Divulgação
Divulgação
Veículo de 2,5 bilhões de dólares vai avaliar adequação de Marte à vida
O veículo está em preparação para o lançamento, previsto para 25 de novembro, afirmou a agência espacial norte-americana.
A espaçonave, que tem aproximadamente o tamanho de um carro pequeno, deve ser içada por um guindaste até o topo de um foguete não tripulado Atlas 5 em uma estação da força aérea em Cape Canaveral, disse a porta-voz da Nasa Lisa Malone.
Alimentado pelo calor emitido pelo plutônio radioativo, o veículo deve passar um ano marciano --ou 687 dias da Terra-- explorando uma enorme cratera na qual há uma montanha de 5 quilômetros de altura. Isso equivale a cerca de duas vezes a altura das camadas de rocha exposta do Grand Canyon.
Os cientistas não sabem como a montanha foi formada, mas ela pode ser o remanescente erodido de sedimentos que uma vez preencheram completamente a cratera.
Com seus 10 instrumentos científicos, incluindo duas ferramentas que podem analisar quimicamente a rocha pulverizada, o veículo, chamado Curiosity, é projetado para determinar se o local, conhecido como Gale Crater, tem ou já teve os componentes orgânicos necessários para o desenvolvimento da vida.
O Curiosity se juntará ao robô menor Opportunity, que tem explorado uma outra região de Marte desde 2004, e várias sondas, incluindo a europeia Mars Express. 

Rússia gastará US$ 161 milhões para lançar nave a Marte em novembro


Efe
MOSCOU - A Rússia anunciou nesta quinta-feira que gastará US$ 161 milhões no projeto de lançamento a Marte da nave Fobos-Grunt em novembro, que deve instalar uma estação automática em um satélite do planeta vermelho.

 
"Se dividirmos esta despesa entre a população russa, cada cidadão teria que pagar US$ 0,10 por ano durante dez anos. Não é muito", garantiu Victor Jartov, designer-chefe da Associação de Produção Científica Lavochkin, segundo agências de notícias russas.

Se o projeto tivesse sido elaborado pela Agência Espacial Europeia ou pela Nasa, custaria de 300 a 400 milhões de euros, afirmou Lev Zeleni, diretor do Instituto de Estudos Espaciais da Rússia.

Jartov afirmou que cerca de 10 mil pessoas participaram do projeto, e mais de 30 farão parte da tripulação após o lançamento da nave.

Todos os módulos da estação são novos, e nunca foram utilizados antes, informou o designer-chefe. Um dos módulos da nave russa aterrissaria em Fobos, a lua marciana, que, segundo alguns cientistas, foi um asteroide atraído pela força da gravidade de Marte.

O projetista Maxim Martinov lembrou que o voo da nave espacial para Marte durará 11 meses, e o retorno à Terra, de 9 a 11 meses.

Na lua marciana funcionaria durante longo tempo uma estação automática que pesquisaria o espaço próximo e o clima do planeta.

O projeto Fobos-Grunt possibilitará testes das principais tecnologias das futuras expedições a Marte, como situações de falta de gravidade e, principalmente, a operação de aterrissagem.

As amostras que forem analisadas deverão servir para compreender como os planetas do sistema solar foram formados.

Recentemente, a Agência Espacial Russa (Roscosmos) e a Agência Espacial Europeia assinaram um acordo para utilizar os centros europeus de acompanhamento para guiar a Fobos-Grunt.

Sonda para lua de Marte leva Rússia de volta ao espaço profundo


ALISSA DE CARBONNEL - REUTERS
A Rússia espera acabar com uma ausência frustrante de duas décadas do espaço profundo com o lançamento, na quarta-feira, de uma missão ambiciosa de três anos para trazer uma amostra do solo de Phobos, uma lua de Marte.
Os cientistas russos sonham em estudar o satélite em forma de batata desde o auge das pioneiras incursões soviéticas ao espaço na década de 1960.
A poeira de Phobos, dizem, irá conter pistas para a gênese dos planetas do sistema solar e ajudar a esclarecer mistérios duradouros de Marte, incluindo se ele é ou já foi adequado para a vida.
Mas a missão Phobos-Grunt, que vai custar 5 bilhões de rublos (163 milhões de dólares) está sendo assombrada por memórias de fracassos passados nos esforços de Moscou para explorar Marte e suas luas.
"Marte sempre foi um planeta inóspito para a Rússia. Os Estados Unidos têm tido muito mais sucesso lá", disse Maxim Martynov, projetista-chefe do projeto da NPO Lavochkin, a empresa líder no setor aeroespacial russo que desenvolveu a missão Phobos-Grunt.
A Rússia manteve cosmonautas em órbita durante a década de 1990 e é agora o único país com o ofício de transportar as tripulações da Estação Espacial Internacional.
Mas o último vôo interplanetário de Moscou foi em 1988 -- antes do colapso de 1991 da União Soviética.
Aquela missão foi a segunda de duas sondas soviéticas Phobos a falhar, perdendo o sinal a 50 metros da superfície prateada da lua. Em 1996, uma sonda russa para Marte pegou fogo em um lançamento que deu errado.
Enquanto isso, os Estados Unidos já registraram centenas de horas de imagens em Marte, Índia e China enviaram sondas para a lua da Terra e o Japão visitou um asteróide e trouxe amostras.
Depois de tão longa ausência, a missão Phobos-Grunt tornou-se um teste da indústria espacial da Rússia após uma geração de orçamentos limitados. A perda de uma oportunidade de lançamento para a missão em 2009 foi vista como a razão pela qual o ex-chefe da Lavochkin perdeu o emprego.
Este ano, o novo chefe da agência espacial russa disse que Moscou supervalorizou os voos espaciais tripulados e deveria mudar o foco para projetos com maior retorno científico e tecnológico.
"Este é realmente um projeto muito difícil, se não o mais difícil interplanetária até agora", disse o cientista Alexander Zakharov, por trás de uma pilha de papéis bagunçados e de uma maquete de Phobos no Instituto de Pesquisas Espaciais de Moscou.
"Nós não temos uma expedição interplanetária bem-sucedida há mais de 15 anos. Nesse tempo, as pessoas, a tecnologia, tudo mudou. É tudo novo para nós, de muitas maneiras estamos trabalhando a partir do zero", disse.
O lançamento está previsto para 0h16 no horário de Moscou na quarta-feira (18h16 de terça-feira no horário de Brasília). Depois de uma viagem através de muitos milhões de quilômetros, o maior desafio será o pouso da sonda em um mundo desconhecido e sem peso.
Os cientistas esperam que a sonda vá tocar um local plano e encontrar chão macio o suficiente para fazer uma raspagem. "Qualquer grande rocha perto da superfície pode fazê-la capotar", disse Zakharov. "Estamos preocupados com cada fase única. É como nosso filho."
(Reportagem adicional de Irene Klotz em Cabo Canaveral, Flórida) 

Embraer anuncia venda de 30 jatos para CIT Group


Agência Estado
SÃO PAULO - A Embraer e o CIT Group Inc., empresa internacional de financiamento para a área de transportes, assinaram um acordo para a venda de até 30 jatos Embraer 190 e/ou Embraer 195, incluindo dez ordens firmes. As entregas estão programadas para acontecerem até 2015.
"Com mais de mil pedidos firmes de 60 operadores em 40 países, este investimento da CIT é mais uma confirmação de que os E-Jets atingiram um elevado nível de atratividade para a comunidade de investidores", afirmou em comunicado Paulo Cesar de Souza e Silva, Vice-Presidente Executivo da Embraer para o Mercado de Aviação Comercial.
De acordo com a Embraer, o CIT possui ou financia uma frota de aproximadamente 300 aeronaves comerciais. "Temos a satisfação de anunciar nossa primeira encomenda direta com a Embraer para as aeronaves E190/E195, as quais permitirão à CIT Aerospace oferecer maior variedade de produtos a seus clientes. Esta encomenda possibilita à CIT Aerospace continuar mantendo uma das mais novas e mais modernas frotas da indústria e nos ajudará a atender à crescente demanda dos nossos clientes por este tamanho de aeronave", disse Jeffrey Knittel, presidente de Financiamento para Transportes do CIT.
O E190 e o E195 são os dois maiores modelos da família de quatro novos jatos comerciais denominada E-Jets e entraram em operação em agosto de 2005 e julho de 2006. Podem ser configurados em uma ou duas classes e acomodam de 98 a 122 passageiros em uma cabine com dois assentos de cada lado do corredor, sem assento do meio. O alcance chega a 4.450 quilômetros (2.400 milhas náuticas), sem escalas.
Criada em 1908, a CIT é uma bank holding company com mais de US$ 34 bilhões em ativos financeiros e de leasing. Fornece empréstimos para financiamento e leasing para mais de 1 milhão de clientes de pequeno e médio portes de 30 segmentos industriais.

Alemanha ameaça pressionar Irã por programa nuclear


Agência Estado
BERLIM - A Alemanha informou nesta segunda-feira, 7, que vai pedir mais "pressão" contra o Irã para que o país cumpra com os compromissos internacionais em relação ao seu programa nuclear se um relatório-chave que será divulgado nesta semana revelar mais preocupações sobre esse assunto.
Usina de Arak, uma das instalações nucleares do Irã - Hamid Forutan/Efe
Hamid Forutan/Efe
Usina de Arak, uma das instalações nucleares do Irã

Andreas Peschke, porta-voz do Ministério das Relações Exteriores, disse, antes de um relatório de fiscalização atômica das Nações Unidas, no qual diplomatas dizem conter novas evidências de uma unidade de armas nucleares iranianas, que Berlim segue suspeitando dos planos de Teerã.
"É claro para nós que, se esse relatório mostrar que o Irã ainda não tomou nenhuma medida de fato para cumprir com seus compromissos internacionais com relação à transparência de seu programa nuclear, o governo alemão vai pedir uma maior pressão política e diplomática para que o Irã faça isso", afirmou Peschke. "Isso permanece para nós como o caminho decisivo para lidar com esse perigo para a segurança regional e internacional."
Questionado sobre o alerta feito no sábado pelo presidente de Israel, Shimon Peres, de que um ataque no Irã estava se tornando "cada vez mais provável", Peschke disse que Berlim entendeu o que levou a esses comentários, mas se recusou a desenhar uma perspectiva sobre uma possível ação militar de Israel contra Teerã.
"As preocupações e medos (sobre o programa nuclear do Irã) foram expressas nas considerações do presidente de Israel no fim de semana. A questão é como nós lidamos com essa ameaça. O Irã deve de uma vez por todas esclarecer essas questões", afirmou Peschke. O relatório das Nações Unidas deve ser divulgado nesta terça ou quarta-feira. Um diplomata ocidental disse à AFP que o documento teria fortes evidências de que o Irã está buscando uma unidade para construir armas nucleares.
A Rússia advertiu nesta segunda-feira que a possibilidade de um ataque militar contra o Irã seria "um erro muito sério", que levaria a mais conflitos e a mortes de civis. "Seria um erro muito sério repleto de consequências imprevisíveis", afirmou o ministro russo, Serguei Lavrov, após receber um aviso do presidente de Israel, Shimon Peres, de que um ataque é cada vez mais provável.
"A intervenção militar apenas leva ao aumento múltiplo nas mortes e ao sofrimento humano", afirmou Lavrov. "Não pode haver solução militar para o problema nuclear iraniano, assim como não pode haver isso para nenhum outro problema no mundo moderno", disse ele. As informações são da Dow Jones.

EUA e Israel farão exercício militar conjunto com mais de cinco mil soldados


Israel e Estados Unidos realizarão o “maior e mais significante” exercício militar conjunto já realizado na história entre os dois aliados. A afirmação foi feita neste sábado por Andrew Shapiro, secretário-adjunto de assuntos políticos e militares do Departamento de Estado norte-americano. As informações são do jornal israelense Haaretz.
Segundo Shapiro, que anunciou a decisão no Instituto de Políticas para o Oriente Médio em Washington, o exercício envolverá mais de cinco mil soldados dos dois países e irá realizar uma simulação de defesa antimíssil. “Exercícios conjuntos nos permitem aprender com a experiência israelense em conflitos urbanos e contraterrorismo”, disse.
O funcionário também revelou que, em breve, através de dispositivos legislativos, os dois países terão maior facilidade para comercializar armas, como já ocorre com Japão, Coréia do Sul, Austrália e Nova Zelândia, outros aliados dos norte-americanos.
“Nossa relação com Israel a respeito da segurança é mais ampla, profunda e intensa do que nunca”, disse Shapiro. Ele também afirmou que o fortalecimento militar israelense é uma prioridade top tanto para ele quanto para a secretária Hillary Clinton e o presidente Barack Obama.
Os EUA tem um contribuição anual de três bilhões de dólares com Israel, a qual, segundo Shapiro, a administração Obama continuará a honrar, mesmo em tempos orçamentários desafiadores.
Shapiro afirmou que a ajuda militar dos EUA para Israel é importante, pois ajuda a criar empregos para os norte-americanos. “Não damos essa assistência por caridade, nas porque também beneficia nossa própria segurança. E ajudamos Israel porque é de nosso interesse nacional fazê-lo”, disse Shapiro.
O funcionário acabou repetindo as conclusões do recente levantamento do Instituto, que argumento que o estado judeu é um aliado estratégico. “Se Israel se enfraquece, nossos inimigos se fortalecerão. Isso faria com que o conflito se espalhasse, o que seria catastrófico para os interesses norte-americanos na região. É a força militar israelense que poderá deter potenciais agressores e ajudar a forjar paz e estabilidade”.

sábado, 5 de novembro de 2011

Asteroide vai passar raspando pela Terra na terça-feira


IRENE KLOTZ - REUTERS
Um enorme asteroide passará na terça-feira bem perto da Terra, a uma distância inferior à da Lua, dando aos cientistas uma rara oportunidade de estudar esse tipo de corpo celeste sem precisar gastar tempo e dinheiro lançando sondas, segundo astrônomos.
O asteroide 2005 YU 55 chegará às 21h28 de terça-feira (hora de Brasília) a meros 323,5 mil quilômetros do nosso planeta, aproximadamente.
"É a primeira vez desde 1976 que um objeto desse tamanho passa tão perto da Terra. Isso nos dá uma grande e rara chance de estudar um objeto próximo da Terra como esse", disse o astrônomo Scott Fisher, da Fundação Nacional de Ciências dos EUA, durante conversa com jornalistas pela Internet na sexta-feira.
A rocha cósmica tem cerca de 400 metros de diâmetro, e sua órbita e posição são bem conhecidas, acrescentou o pesquisador Don Yeomans, do Laboratório de Propulsão a Jato da Nasa, em Pasadena (Califórnia). Segundo ele, não há chance de colisão do asteroide com a Terra ou a Lua.
Milhares de astrônomos profissionais e amadores irão acompanhar com seus telescópios a passagem do YU 55, que será visível apenas no Hemisfério Norte. Mas ele estará apagado demais para ser visto a olho nu, e rápido demais para ser acompanhado pelo Telescópio Espacial Hubble.
Os cientistas suspeitam que há milênios o YU 55 esteja visitando a Terra, mas, devido à atração gravitacional dos planetas, que ocasionalmente altera sua rota, é impossível dizer com certeza há quanto tempo o asteroide percorre a sua órbita atual.
Modelos computacionais para os próximos cem anos indicam que não há risco de colisão com a Terra ou seu satélite nesse período, disse Yeomans.
Estudos anteriores mostram que o asteroide, mais preto que carvão, se enquadra entre os asteroides da classe C, possivelmente composto de materiais à base de carbono e algumas rochas de silicato.
Mais informações sobre sua composição e estrutura devem ser fornecidas por imagens de radares e estudos químicos da sua luz quando da passagem rente à Terra.
"Li que seremos capazes de ver detalhes até um tamanho de cerca de 15 pés (4,5 metros) na superfície do asteroide", disse Fisher.
A Nasa trabalha atualmente em uma missão para recolher em 2020 amostras de um asteroide conhecido como 1999 RQ36, e para enviar uma tripulação a outro asteroide em meados da próxima década.
O Japão também pretende lançar em 2018 uma missão para recolher amostras de um asteroide. 

Brasil vende o dobro do esperado em títulos e Tesouro capta US$ 1 bilhão


Embora reze a cartilha de esperar momentos de calmaria do mercado internacional para buscar recursos no exterior, o Tesouro Nacional resolveu testar, em plena crise, a atratividade dos títulos públicos brasileiros. Ontem, a equipe liderada pelo secretário Arno Augustin vendeu US$ 1 bilhão em papéis soberanos do país, com prazo de 30 anos. A procura pelo Global 2041 foi tão grande que a oferta inicial, estimada em US$ 500 milhões, foi dobrada. Apesar de o governo não revelar, por motivos estratégicos, a magnitude da procura pelos ativos, o cálculo feito pelos bancos envolvidos na operação é de que a demanda superou os US$ 6,5 bilhões, 13 vezes mais que o inicialmente oferecido.

A captação de recursos foi feita nos mercados norte-americano e europeu, negociada com uma taxa de retorno ao investidor de 4,694% ao ano, o menor percentual já pago por papéis com prazo de 30 anos. No jargão dos financistas, isso significa que o Tesouro vai pagar uma remuneração mais baixa aos seus credores. Para o secretário Augustin, negociações desse tipo são uma prova de que a economia do país, aos olhos do mercado, é sólida. Na semana passada, o técnico havia dito que o governo estudava o melhor momento para lançar os títulos no exterior. Para ele, porém, a hora certa não tinha relação direta com as turbulências na Europa. “O lançamento será provavelmente em dólar, até para deixar claro os nossos fundamentos”, observou na ocasião.

Volume
Os papéis negociados ontem têm vencimento em 7 de janeiro de 2041 e a emissão de foi coordenada pelos bancos Barclays Capital e Bank of America Marril Lynch. A última vez que o Global 2041 foi ofertado no mercado externo, em setembro de 2010, o governo captou US$ 550 milhões, com retorno de 5,202% ao ano para o investidor. A operação realizada ontem foi a segunda reabertura do papel, que deverá ser ofertado também no mercado asiático em mais US$ 100 milhões. Até ontem, o volume desse tipo de ativo na mão dos estrangeiros somava US$ 2,825 bilhões. 

Ao contrário do cenário vivido pelo país há cerca de 10 anos, quando as emissões no mercado externo realizadas pelo Tesouro eram feitas mediante a enorme necessidade de financiamento da economia, atualmente as captações fora do país são feitas com o objetivo de administrar a dívida atual. Por meio desses lançamentos, o governo torna o endividamento da máquina pública mais barato (ao conseguir taxas de retorno menores), alonga os prazos de pagamento e oferece às empresas brasileiras uma referência para que elas emitam seus próprios títulos. 

Crédito rotativo
O grupo de telecomunicações Oi tomou um crédito rotativo de US$ 1 bilhão com prazo de 5 anos em contrato celebrado com um conjunto de nove bancos comerciais multinacionais. Os coordenadores da operação são o Bank of America, HSBC, RBS e Citibank. Também integram a operação as instituições Tokio Mitsubishi, Barclays, Deutsche Bank, Morgan Stanley e Sumitomo Mitsui. “Isso mostra o bom momento do país e da companhia, pois é um sinal inequívoco de que os bancos estão confortáveis com o perfil de crédito da Oi”, afirmou o diretor de Tesouraria da companhia, Bayard Gontijo.

Depois de mais de vinte anos da parceria Brasil-China que resultou no lançamento, com sucesso, das três versões do Satélite Sino-Brasileiro de Recursos Terrestres (CBERS 1, 2 e 2b), o Brasil, por meio da empresa Opto Eletrônica S/A, de São Carlos (SP), desenvolverá e produzirá as câmeras imageadoras para o CBERS 3 e 4. São câmeras modernas, com alta resolução, capazes de imagear com mais precisão e maior alcance o território brasileiro.
As câmeras para uso no espaço diferem bastante das tradicionais máquinas fotográficas disponíveis no mercado. A diferença, mais evidente, está no tamanho e no peso. Enquanto as usadas pelo público pesam gramas e são compactas, as câmeras para o uso espacial são grandes, possuem sofisticados sistema e proteção especial para suportar o ambiente espacial, chegando a pesar centenas de quilos. Além disso, a forma de capturar imagens é outra. Ao invés de imagear em quadros, como fazem os modelos comerciais, as câmeras espaciais capturam imagens por meio do registro de sucessivas linhas, em várias bandas espectrais.
Mesmo as câmeras chinesas possuindo a mesma resolução espacial que as brasileiras, em termo de qualidade, as nacionais são três vezes superiores às chinesas. A Multi Spectral Imager (MUX), uma das câmeras desenvolvidas pela Opto, produz imagens com vinte metros de resolução no solo (dimensão do menor elemento identificável no terreno é de 20×20 metros) a partir de uma órbita de 800 km da Terra. Ela capta imagens por meio de quatro bandas espectrais, uma para cada linha (vermelha, azul, verde e infravermelha) e cada uma possuí seis mil píxeis. Segundo o diretor de Pesquisa e Desenvolvimento da Opto, Mário Stefani, “a forma como essa câmera obtém as imagens permite fornecer respostas mais eficientes sobre questões ambientais”.
Avaliada em R$ 75 milhões, a câmera MUX fará, a cada 21 dias, imagens do mesmo ponto da Terra (tempo de revisita). Este projeto inovador , segundo Stefani, “será uma importante ferramenta para o monitoramento ambiental”. Cada banda espectral se combinada com outra, ou processada de forma separada, funcionará para destacar diferentes aspectos da cena imageada. A linha infravermelha, por exemplo, é usada para monitorar a ocupação urbana. A linha azul servirá para monitorar possíveis contaminações de recursos hídricos. A banda infravermelha junto com a verde verificará se a vegetação está sendo degradada. A banda vermelha junto com a azul observará como o solo está sendo utilizado. A câmera MUX deverá ser entregue em dezembro/2011, para ser integrada no satélite.
O outro projeto de câmera que também comporá as próximas versões do satélite CBERS é o subsistema WFI (Wide Field Imager – câmera de grande campo). A construção da câmera WFI é fruto de um consórcio entre as empresas Opto Eletrônica S/A e a Equatorial Sistemas. A primeira será responsável pelo desenvolvimento, fabricação e montagem dos OMBs (Opto Mechanical Blocks), incluindo sistema óptico, plano focal e eletrônica de proximidade, e a Equatorial fabricará a estrutura mecânica de suporte dos OMBs e o bloco eletrônico de processamento de sinais.
A câmera WFI, orçada em R$ 45 milhões, está prevista para ser entregue em fevereiro do próximo ano. Ela terá como objetivo imagear uma faixa de 866 km de solo, com resolução de 64 metros. A imagem final é resultado da composição das imagens captadas por duas objetivas, cada qual com um conjunto de plano focal. Para Stefani, o uso das imagens geradas por esta câmera será de extrema relevância para o País. “Com elas será possível otimizar o trabalho de alguns institutos e até mesmo de profissionais . Observando os dados gerados pelos satélites, analisados via computadores, haverá um melhor controle de lugares que estão sendo devastados, estão pegando fogo, ou com ocupação irregular de área pública ou de proteção ambiental. Ou seja, não haverá como esconder esses fatos”, afirma.
Segundo o diretor de Pesquisa e Desenvolvimento da Opto, o sucesso do projeto das câmeras imageadoras poderá impulsionar a indústria nacional do setor espacial a receber, desenvolver e produzir mais tecnologias críticas de que o Brasil necessita. “Tendo o País a capacidade de fazer, a oportunidade de agir, nós poderemos tornar a tecnologia espacial um negócio atraente e sustentável”. O diretor cita ainda, que o sucesso do empreendimento poderá gerar novas oportunidades. “Hoje estamos fazendo a Câmera MUX. Ela tem 20 metros de resolução no solo. Para fazermos uma câmera que tenha resolução de cinco, um ou que tenha até 0,5m é necessário, primeiramente desenvolver uma de vinte. A próxima etapa será desenvolver câmeras com maior resolução”, diz.
Na visão de Stefani se houver ações decorrentes de novas demandas ambientais, que estimulem o crescimento deste setor, o Brasil poderá ser, nos próximos anos, um player importante na área de imagens de satélites. “Esse é um ponto importante, onde não se consegue dar saltos. Se quisermos ser independentes no futuro, o primeiro passo deverá ser dado agora.Por isso, a importância das câmeras. Não existe país desenvolvido no mundo que não tenha capacidade de fazer suas próprias câmeras espaciais. Americanos, chineses, franceses, russos, indianos, israelenses, japoneses. Por que eles fazem câmera? Porque eles conhecem a importância dessa tecnologia, tanto para sua defesa e soberania, quanto para o uso sustentável de seu meio ambiente”.
A resolução dessas câmeras é tão grande que, para se ter uma noção, basta uma comparação simples: se elas estiverem na Terra e um alvo for colocado a uma distância igual a de sua órbita de 800 km, seria o mesmo que, a partir de São Carlos, reconhecer com precisão uma parede de apenas dez metros de altura, localizada em Brasília.
A OPTO foi selecionada para o desenvolvimento e construção das câmeras (óptica, eletrônica e estrutura) por meio de processo licitatório promovido pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) no final de 2004. A empresa também é responsável pelo desenvolvimento de um conjunto de equipamentos para calibração e testes em solo das câmeras (GSE), além de infraestrutura para ensaios térmicos e estruturais. A previsão para a entrega de três equipamentos aptos para o vôo é até o fim de 2012.
Além do projeto das câmeras do satélite CBERS, a empresa foi selecionada por meio de uma licitação do INPE para projetar, desenvolver, fabricar e testar a câmera AWFI (Advanced Wide Field Imaging). O subsistema é parte integrante da carga útil da Plataforma MultiMissão Brasileira (PMM) a ser utilizado no satélite Amazônia 1. O projeto, orçado em R$ 40 milhões, terá tempo de revisita de sete dias e será um importante componente para o monitoramento da Amazônia. Trata-se de uma missão inteiramente brasileira, primeira do gênero.

Embraer apresenta o veículo aéreo não-tripulado Harpia


O veículo aéreo não-tripulado Harpia, projeto da Embraer em parceria com a israelense Elbit. (Foto: Embraer)
divulgou hoje a imagem do novo UAV (veículo aéreo não-tripulado) Harpia, que está sendo desenvolvido pela Embraer numa parceria com subsidiária da empresa israelense Elbit, a AEL de Porto Alegre, após um contrato assinado em setembro desse ano, no qual foi criado a empresa Harpia S.A., com sede em Brasília. O modelo, com características similares ao UAV Heron, projetado pela concorrente da Elbit, a IAI (Israel Aircraft Industries).
A Força Aérea Brasileira já está operando uma aeronave não-tripulada, o UAV Hermes 450 da Elbit, e a parceria com a Embraer visa justamente ampliar essa capacidade operacional tanto em autonomia de voo como alcance do radar e sensores embarcados no UAV destinado para as necessidades da Força Aérea Brasileira.
A imagem foi divulgada pela Embraer na apresentação dos resultados do trimestre, e segundo Stephen Trimble, do  o UAV, caso seja fabricado, tem boas chances de conseguir vendas externas para competir com os UAVs Heron da IAI e o Predator A da General Atomics.

Futuros modelos de alta velocidade americana são revelados

Aconteceu nos dias 17 e 18 de setembro a convenção anual da associação da Força Aérea americana. E no evento foram revelados alguns modelos de aeronaves que representam o futuro da aviação de guerra americana. A Boeing e a Norhrop Grumman Novo conceito da Northropapresentaram conceitos para substituir a atual geração de bombardeiros, aviões de caça e de treinamento para Força Aérea e Marinha dos EUA.
Além do F-X, a Boeing revelou um conceito totalmente novo de avião para treinamentos. 
Segundo o blog especializado , ninguém dos órgãos de defesa dos Estados Unidos fala publicamente em substituir o relativamente jovem F-22A Raptor, da Lockheed Martin ainda. 
Também, não há qualquer compromisso público por parte das lideranças da Força Aérea americana para substituir imediatamente o envelhecido T-38C Talon, da Northrop. Mas esses fatos não impediram que as empresas exibissem novos conceitos na convenção.
A Boeing apresentou um conceito do seu caça F-X. O modelo, um avião a jato movido por dois motores, é um caça de superioridade aérea (destinado a entrar e tomar o controle do espaço aéreo inimigo) que não possui cauda. Perto, no estande do Northrop Grumman, uma imagem foi revelada de um conceito candidato a substituir o atual F-22. 

O mesmo    conceito  do morcego negro br 55-2    
A northrop grumman    estar de parabens venceria ate f 22