segunda-feira, 8 de agosto de 2011

DEFESA - Discurso Celso Amorim

Brasília, 08/08/2011– A presidenta da República, Dilma Rousseff, empossou nesta segunda-feira à tarde o novo ministro da Defesa, Celso Amorim, em solenidade realizada no Palácio do Planalto. Confira a íntegra do discurso de Amorim por ocasião da cerimônia de posse no cargo. O texto não inclui improvisos feitos ao longo da fala.
Íntegra do discurso do ministro Celso Amorim ao tomar posse como ministro da Defes

Palavras do ministro de Estado da Defesa, Celso Amorim, por ocasião da cerimônia de posse no cargo

Antes de mais nada, agradeço o honroso convite da presidenta da República, Dilma Rousseff, para assumir a pasta da defesa.

Sou grato pela confiança e pela oportunidade de participar dessa importante etapa da longa transição do Brasil rumo a uma sociedade mais livre, mais justa e mais igualitária.

Serei breve.

A realidade de uma política pública complexa e multifacetada como a Defesa não oferece espaço à pretensão.

De maneira serena, cabe a mim neste momento mais ouvir do que falar – sem com isso me furtar ao diálogo franco e transparente.

Identifico nos militares valores dignos de admiração:
- patriotismo;
- abnegação;
- zelo pela coletividade;
- respeito à hierarquia e à disciplina.

Graças a importantes iniciativas levadas a cabo em governos anteriores, e mais particularmente durante o governo do presidente Lula, o panorama da Defesa nacional é qualitativamente distinto do cenário em que nos encontrávamos no início da redemocratização.

Contamos com Forças Armadas profissionais e plenamente conscientes de sua subordinação ao poder democrático civil.

A Estratégia Nacional de Defesa e o Plano de Articulação e Equipamento da Defesa dela decorrente oferecem um horizonte de curto, médio e longo prazo para o setor.

Sob o signo da continuidade que caracteriza os estados que atingiram maturidade democrática, trabalharei para implementá-los.

Farei isso com espírito crítico e de maneira atenta aos ajustes e adaptações que se façam necessários.

Dedicarei esforços ao fortalecimento da indústria nacional de material de emprego militar e à ampliação da autonomia tecnológica de nossas Forças Armadas, em estreita coordenação com os ministérios do Desenvolvimento e da Ciência e Tecnologia.

O momento que vivemos em termos de política industrial reforça essa prioridade.

O aprimoramento da capacidade de operação conjunta entre marinha, exército e aeronáutica, a racionalização de processos e programas e o robustecimento da supervisão do Ministério da Defesa sobre as políticas setoriais das forças são compromissos do titular da pasta.

O Estado-Maior Conjunto das Forças Armadas terá importante papel nesse processo.

O Instituto Pandiá Calógeras, a ser implantado com celeridade, será importante instrumento de reflexão sobre temas estratégicos e servirá para formar os futuros analistas civis de Defesa.

Não ignoro a centralidade da questão orçamentária.

Conhecendo a atenção que a presidenta da República atribui aos assuntos de Defesa, cabe a mim empenhar-me em obter os recursos indispensáveis ao equipamento adequado das Forças Armadas. Conto para tanto com a compreensão de meus colegas da área financeira. Afinal, o próprio documento legal que instituiu a Estratégia Nacional de Defesa estabelece vínculo indissociável entre esta e a estratégia nacional de desenvolvimento.

Devemos conceber e aprovar mecanismo que permita conferir previsibilidade, estabilidade e perenidade aos projetos de equipamento e de desenvolvimento tecnológico das Forças.

Na mesma linha, não desconheço as legítimas aspirações dos militares no que se refere à garantia de condições de vida compatíveis com suas responsabilidades, vitais para toda a nação.

Um país pacífico como o Brasil não pode ser confundido com país desarmado e indefeso.

Vivemos em paz com os nossos vizinhos. Mas o B|rasil é detentor de enormes riquezas e possuidor de infraestruturas de grandes dimensões.

Cabe ao estado brasileiro resguardar extensas fronteiras terrestres e marítimas.

Além da indispensável defesa da população, devemos proteger nossos recursos naturais, a começar pelas riquezas contidas na Amazônia e nas águas jurisdicionais brasileiras.

As descobertas de significativas reservas de petróleo, sobretudo na camada pré-sal, reforçam essa necessidade.

Nosso território, da Amazônia ao Aquífero Guarani, que compartilhamos com os vizinhos do Mercosul, é repositório de enorme quantidade de água, recurso cada vez mais escasso no mundo.

É fundamental assegurar que a nossa soberania sobre o recurso água – além de sua utilização sustentável – seja preservada.

Hoje, é preciso admitir, nossas forças sofrem de carências que não permitem o efeito dissuasório indispensável à segurança desses ativos.

Há um descompasso entre a crescente influência internacional brasileira e nossa capacidade de respaldá-la no plano da Defesa. Uma não será sustentável sem a outra.

Atentos ao ecumenismo que caracteriza a inserção internacional do Brasil contemporâneo, devemos valorizar o Conselho de Defesa Sul-americano e intensificar a cooperação entre os países da região.

Pretendo também atribuir especial ênfase ao relacionamento de Defesa com os países africanos.

Juntamente com o Itamaraty, fortaleceremos a zona de paz e cooperação do Atlântico Sul.
Buscaremos assegurar que o Atlântico Sul seja uma área livre de armas de destruição em massa, em particular de armas nucleares.

Continuaremos a dar nossa contribuição a operações de paz da ONU, dentro dos preceitos do direito internacional, sobretudo naquelas áreas de maior interesse para o Brasil e onde disponhamos de clara vantagem comparativa.

Defesa e sociedade devem estar permanentemente em harmonia.

Historicamente, nossas Forças Armadas constituíram importantes instrumentos de ascensão social.

É importante, assim, que reflitam de forma crescente a diversidade da sociedade brasileira.

Devemos valorizar a discussão de temas como direitos humanos, desenvolvimento sustentável e igualdade de raça, gênero e crença.

Gostaria de encerrar com as palavras de um grande defensor das Forças Armadas, José Maria da Silva Paranhos Júnior, o Barão do Rio-Branco. Em seu último discurso, proferido no Clube Militar, em 11 de outubro de 1911, Rio-Branco afirmou:

“Toda a nossa vida como estado livre e soberano atesta a nossa moderação e os sentimentos pacíficos do governo brasileiro, em perfeita consonância com a índole e a vontade da nação.”

Essa convicção sobre nossa vocação pacifista não impediu Rio-Branco de, nas suas palavras:

“Lembrar, como tantos outros compatriotas, a necessidade (...) de tratarmos seriamente de reorganizar a Defesa nacional.”

Muito obrigado.

Afeganistão: os Rafale estão de volta aos céus do Afeganistão

Em 2 de agosto de 2011, três caças Rafale C do Esquadrão de Caça Provence 01.007, da  Base Aérea 113, em Saint-Dizier, surgiram na base aérea de Kandahar. Eles vieram substituir três Mirage F1CR do Esquadrão de Caça Savoy 02.033, que deixou definitivamente o teatro de operações em 31 de julho, após lá operar por cerca de quatro anos.Desde o início de agosto, três Rafale e três Mirage 2000-D estão destacados para  Kandahar, em trabalho conjunto para efetuar as missões de caça da Operação Pamir.
Esta não é a primeira missão do Rafale no Afeganistão. Dois destacamentos foram enviados, em 2007 e em maio de 2009. Desde então, as capacidades deste caça evoluíram muito. Na verdade, o Rafale F3.2 agora vem equipado com o pod laser Dâmocles permitindo-lhe designar alvos com um feixe de laser. Com esse pod, o Rafale também pode levar bombas guiadas GBU 12 (bombas guiadas a laser) ou AASM (amamento modular ar-superfície). Ainda, as missões podem ocorrer de dia ou à noite.
A cerimônia solene ocorreu na base de Kandahar, em 29 de julho, na presença de todo o Destacamento Aéreo, durante o qual o Mirage F1 CR “passou as chaves” dos “hangaretes’ ao Rafale.

Marinha na Operação “Ágata 1


O Ministério da Defesa e as Forças Armadas Brasileiras iniciaram a Operação “Ágata 1” para combater delitos transfronteiriços e ambientais na faixa de fronteira da Amazônia. O Brasil e a Colômbia firmaram um acordo para criação da Comissão Binacional Fronteiriça e adotaram o Plano Binacional de Segurança Fronteiriça, em uma cerimônia realizada em 4 de agosto de 2011, na cidade de Tabatinga (AM).
As ações fazem parte do Plano Estratégico de Fronteiras, lançado pela Presidenta Dilma Rousseff, em junho de 2011, com o objetivo de estabelecer alianças com os países que fazem fronteira com o Brasil.
A Marinha do Brasil vai empregar os Navios-Patrulha Fluviais “Pedro Teixeira”, “Amapá” e “Roraima”, os Navios de Assistência Hospitalar “Dr. Montenegro” e “Oswaldo Cruz” e duas aeronaves em ações de patrulha e inspeção naval e em atividades cívico-sociais nas calhas dos Rios Solimões, Içá, Japurá e Negro.
A Operação “Ágata 1” busca, ainda, reduzir índices de criminalidade, coordenar o planejamento e a execução de operações militares e policiais, intensificar a presença do Estado brasileiro na área e apoiar a população residente na região da faixa de fronteira.
Além das Forças Armadas, a iniciativa conta com o apoio da Polícia Federal, do Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis, da Secretaria da Receita Federal, do Sistema de Proteção da Amazônia, da Força Nacional de Segurança, da Agência Brasileira de Inteligência e de órgãos de segurança pública do Estado do Amazonas.
FONTE: MB

Mundo sensorial dos morcegos ainda surpreende


Em 1794, o padre italiano Lazzaro Spallanzani sugeriu que morcegos poderiam "ver com os ouvidos". A hipótese, acolhida com ceticismo pela academia, só foi comprovada em 1944 pelo americano Donald Griffin. Pesquisas publicadas nas últimas semanas comprovam que, dois séculos depois, o universo sensorial dos mamíferos alados ainda surpreende.
Todos os mamíferos são dotados de um sistema que detecta níveis perigosos de calor. A proteína TRPV1 está no centro deste termômetro biológico: ela é ativada quando a temperatura ultrapassa 43°C, causando sensação de desconforto.
Os morcegos-vampiros, por exemplo, são capazes de "ver o calor" que emana de vasos sanguíneos. Um estudo publicado na última edição da revista Nature explica em detalhe o refinado mecanismo sensorial que identifica o melhor lugar onde perfurar a pele de eventuais 
Mutações fizeram com que a temperatura de ativação da TRPV1 nos morcegos-vampiros caísse para 30°C. As células nervosas do focinho do animal, onde a proteína está presente, formaram um novo órgão do sentido: um sensor infravermelho que revela calor e fluxo de sangue sob a pele. Entre os vertebrados, só algumas serpentes - como jararacas e cascavéis - possuem estruturas semelhantes.
Há quinze dias, a Science dedicou outros dois artigos aos morcegos. Em um deles, descrevia a curiosa relação entre o morcego-beija-flor e uma espécie de trepadeira cubana. A planta tropical adaptou-se ao morcego, principal responsável por sua polinização: folhas sobre os cachos de flores adquiriram a forma de uma pequena concha acústica que guia o sonar dos morcegos até o cobiçado néctar das flores.
Outro trabalho mostrou como morcegos manipulam com maestria a frequência, a intensidade e os harmônicos dos sons que emitem para obter percepções precisas do ambiente ao redor. Tanta sofisticação faz com que não confundam o eco das asas de uma mariposa com o ruído das folhas agitadas pela brisa.
As publicações chegam em um momento oportuno: o Ano Internacional do Morcego, iniciativa do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente.
Pragmatismo. "A nova pesquisa é ótima, mas quero saber como usar os resultados", afirma Wilson Uieda, pesquisador da Unesp, em Botucatu. Ele é um dos maiores especialistas no Desmodus rotundus, principal espécie de morcego hematófago.
A taxa de natalidade do Desmodus é relativamente baixa. Cada fêmea dá à luz a apenas um filhote depois de sete meses de gestação. Mesmo assim, tornou-se um animal comum. Em um forno de carvão abandonado em Atibaia, a 70 quilômetros de São Paulo, Uieda encontrou uma colônia com cem indivíduos.
A vida do Desmodus ficou mais fácil com a chegada dos europeus ao Brasil. Ele conseguiu abrigo - edificações desabitadas - e alimento abundante - rebanhos. É possível encontrá-lo em lugares tão distintos quanto habitações ribeirinhas da Amazônia, o forro de uma igreja barroca do Pelourinho ou o Parque do Carmo, zona leste de São Paulo.
Em 2010, foram diagnosticados 1.374 casos de raiva em bois e porcos, transmitidos por morcegos-vampiros. O último surto de raiva humana transmitido pelo Desmodus ocorreu em 2005, na fronteira do Pará com o Maranhão, com um saldo de 61 mortes. No ano passado, houve um caso fatal no Rio Grande do Norte. As mortes poderiam ser evitadas com a melhora das condições de vida da população. "Casas de alvenaria, com luz elétrica, portas e janelas impedem os ataques do Desmodus", argumenta Uieda.
Ele também defende a demolição de edificações sem uso que servem de refúgio ao morcego e, em alguns casos, o uso de pasta vampiricida, um produto usado para controlar as colônias. "Mas a pasta deve ser usada nos locais de alimentação do Desmodus. Não nos seus abrigos naturais", ressalva Uieda. "Você pode prejudicar outras espécies."
presas (mais informações nesta página).

Tempestades solares ameaçam equipamentos e comunicações na Terra


REUTERS
Três grandes explosões solares recentes levaram cientistas do governo dos EUA a alertarem usuários de satélites, telecomunicações e equipamentos elétricos para a possibilidade de perturbações nos próximos dias.
"A tempestade magnética que está prestes a se desenvolver provavelmente será de nível moderado para forte", disse Joseph Kunches, cientista climático espacial do Centro de Previsões do Clima Espacial, subordinado à Administração Nacional Oceânica e Atmosférica (NOAA) dos EUA.
Segundo ele, as tempestades solares desta semana podem afetar satélites de comunicação e de GPS (posicionamento), além de poderem produzir uma aurora boreal visível em latitudes bastante baixas -- nos Estados de Minnesota e Wisconsin, por exemplo.
Auroras boreais (ou austrais, quando vistas no Hemisfério Sul) são emanações luminosas naturais causadas pela colisão de partículas eletricamente carregadas com átomos nas partes superiores da atmosfera, e em altas latitudes, ou seja, perto dos polos.
Grandes perturbações decorrentes da atividade solar são raras, mas já tiveram impactos sérios no passado.
Em 1989, uma tempestade solar derrubou redes elétricas no Québec (Canadá), deixando cerca de 6 milhões de pessoas sem energia por várias horas.
A mais intensa tempestade solar já registrada foi em 1859, quando a infraestrutura de telecomunicações se limitava às redes telegráficas.
Naquela ocasião, alguns telegrafistas sofreram choques elétricos, papéis pegaram fogo, e muitos telégrafos continuaram enviando e recebendo mensagens mesmo depois de desligados, disse a NOAA em seu site. A aurora boreal causada por aquele fenômeno pôde ser vista até no Caribe.
Hoje, uma tempestade solar daquela magnitude causaria um prejuízo de até 2 trilhões de dólares no mundo todo, segundo um relatório de 2008 do Conselho Nacional de Pesquisas.
Mas Kunches disse que a tempestade solar desta semana não deve chegar nem perto disso. "Ela será de 2 ou 3 na Escala do Clima Espacial da NOAA, que vai até 5", explicou.
A onda emanada pela primeira explosão solar desta semana já passou pela Terra na quinta-feira, causando pouco impacto; a segunda está passando agora, segundo Kunches, e "parece ser mais forte".
Quanto à terceira, ele disse: "Teremos de ver o que acontece nos próximos dias. Ela pode exacerbar a perturbação no campo magnético da Terra causada pela segunda (tempestade), ou não causar nada."
Gestores de redes elétricas recebem alertas do Centro de Previsões do Clima Espacial para se prepararem para momentos de maior atividade solar, o que costuma acontecer em ciclos de aproximadamente 12 anos, segundo Tom Bogdan, diretor do centro.
O próximo "máximo solar" está previsto para 2013. "Estamos chegando ao próximo máximo solar, então esperamos ver mais dessas tempestades vindas do sol nos próximos três a cinco anos," disse Bogdan.
(Reportagem de Scott DiSavino) 

sexta-feira, 5 de agosto de 2011

Nasa lança sonda Juno para Júpiter a bordo de foguete não-tripulado

A Nasa lançou nesta sexta-feira, 5, às 13h25 o foguete não-tripulado Atlas V do Cabo Canaveral, como parte de uma inédita missão ao coração de Júpiter. A partida da nave, que leva o satélite Juno, aconteceu apenas 8 minutos antes do fechamento da janela de lançamento.

Partida da nave, que leva o satélite Juno, aconteceu apenas 8 minutos antes do fechamento da janela de lançamento.


Juno, a deusa da maternidade e protetora das mulheres na mitologia romana, parte ao encontro de seu marido Júpiter, a principal deidade do panteão romano, na busca de respostas científicas.

A missão. A sonda robótica, chamada Juno, deve passar um ano dando voltas dentro dos letais cinturões de radiação jupiterianos, chegando bem mais perto do planeta do que suas antecessoras. O objetivo é descobrir quanta água existe por lá, o que motiva os enormes campos magnéticos do planeta, e se existe um núcleo sólido por baixo da sua atmosfera densa e quente.
A missão Juno é a segunda missão eleita sob o plano "Novas Fronteiras", um programa misto entre a Nasa e o setor privado, centrado em um projeto para a prospecção do Sistema Solar com um orçamento de US$ 1 bilhão.
A viagem de Juno a Júpiter levará cinco anos. Quando chegar lá, em julho de 2016, a sonda vai se instalar numa estreita faixa entre o planeta e a beirada interior do seu cinturão de radiação. A sonda, alimentada por energia solar, passará então um ano orbitando os pólos jupiterianos, chegando a apenas 5.000 quilômetros do topo das suas nuvens.
Quando chegar a seu destino em 2016, Juno dará 33 voltas pela órbita de Júpiter para tentar responder algumas das muitas perguntas que os cientistas têm sobre o planeta.
Só uma sonda atmosférica lançada pela Galileo, última nave enviada pela Nasa a Júpiter, chegou mais perto do que isso, mas ela foi capaz de enviar dados durante apenas 58 segundos, antes de sucumbir à pressão e ao calor extremos daquele ambiente.
Júpiter. Os cientistas acreditam que Júpiter foi o primeiro planeta a ser formado depois do nascimento do Sol, mas não se sabe exatamente como. Um dado importante que falta é a quantidade de água existente dentro do planeta gigante, que orbita o Sol a uma distância cinco vezes superior à da Terra.
O "coração" eletrônico da Juno está protegido por um baú de titânio, mas mesmo assim deve durar apenas cerca de um ano. Sua última ação será mergulhar na atmosfera do planeta, para 
Júpiter, como o Sol, é formado principalmente de hidrogênio e hélio, com pitadas de outros elementos, como oxigênio. Cientistas acreditam que esse oxigênio se liga ao hidrogênio para formar água, o que pode ser mensurado por sensores de micro-ondas, um dos oito instrumentos científicos da sonda Juno.
O conteúdo aquático de Júpiter está diretamente ligado ao lugar - e à forma - como o planeta se formou. Alguns indícios apontam que ele surgiu em regiões mais frias, e então migrou para mais perto do Sol. Outros modelos computacionais sugerem que o planeta se formou mais ou menos na sua atual posição, pelo acúmulo de antigas bolas de gelo. 
Seja como for, Júpiter acabou com pelo menos o dobro de massa do que todos os outros sete planetas somados, o que lhe dá musculatura gravitacional suficiente para preservar praticamente todos os seus materiais constituintes.
Em entrevista à Agência Efe, Adriana Ocampo, da divisão de Ciências Planetárias da Nasa e responsável pela missão, indica que, entre as incógnitas que se deseja desvendar, está o papel exercido por Júpiter na evolução e na origem do Sistema Solar e da Terra.
Este planeta de grandes dimensões tem um grande campo magnético que atuou como barreira para impedir que as moléculas dispersas no Universo no princípio de sua história ficassem de fora do Sistema Solar e permitissem o surgimento de vida.
Outro dos objetivos é analisar as mudanças climáticas de Júpiter e o impacto que elas têm para a Terra. Desde o século XVII os cientistas observaram a "grande mancha vermelha" de Júpiter, uma tempestade cuja área é duas ou três vezes o tamanho da terrestre e que permanece no planeta há mais de 300 anos.
Júpiter. Os cientistas acreditam que Júpiter foi o primeiro planeta a ser formado depois do nascimento do Sol, mas não se sabe exatamente como. Um dado importante que falta é a quantidade de água existente dentro do planeta gigante, que orbita o Sol a uma distância cinco vezes superior à da Terra.
Júpiter, como o Sol, é formado principalmente de hidrogênio e hélio, com pitadas de outros elementos, como oxigênio. Cientistas acreditam que esse oxigênio se liga ao hidrogênio para formar água, o que pode ser mensurado por sensores de micro-ondas, um dos oito instrumentos científicos da sonda Juno.
O conteúdo aquático de Júpiter está diretamente ligado ao lugar - e à forma - como o planeta se formou. Alguns indícios apontam que ele surgiu em regiões mais frias, e então migrou para mais perto do Sol. Outros modelos computacionais sugerem que o planeta se formou mais ou menos na sua atual posição, pelo acúmulo de antigas bolas de gelo. 
Seja como for, Júpiter acabou com pelo menos o dobro de massa do que todos os outros sete planetas somados, o que lhe dá musculatura gravitacional suficiente para preservar praticamente todos os seus materiais constituintes.
Em entrevista à Agência Efe, Adriana Ocampo, da divisão de Ciências Planetárias da Nasa e responsável pela missão, indica que, entre as incógnitas que se deseja desvendar, está o papel exercido por Júpiter na evolução e na origem do Sistema Solar e da Terra.
Este planeta de grandes dimensões tem um grande campo magnético que atuou como barreira para impedir que as moléculas dispersas no Universo no princípio de sua história ficassem de fora do Sistema Solar e permitissem o surgimento de vida.
Outro dos objetivos é analisar as mudanças climáticas de Júpiter e o impacto que elas têm para a Terra. Desde o século XVII os cientistas observaram a "grande mancha vermelha" de Júpiter, uma tempestade cuja área é duas ou três vezes o tamanho da terrestre e que permanece no planeta há mais de 300 anos.

Caça Rafale volta ao páreo com Celso Amorim no Ministério da Defesa?

São Paulo – A Dassault, a empresa francesa que fabrica o caça Rafale, pode ter ganho um importante aliado na disputa pela venda de 36 aviões para a Força Aérea Brasileira. Celso Amorim, que sucederá Nelson Jobim no Ministério da Defesa, já manifestou seu apoio público aos caças franceses em diversas ocasiões, quando era chanceler do governo Lula.
Como ministro do Itamaraty, no governo Lula, Amorim apoiou a escolha do caça francês, desagradando a cúpula das Forças Armadas
A compra dos caças foi um dos temas mais controversos do último governo. Avaliada em 7 bilhões de dólares, a licitação foi suspensa pela presidente Dilma Rousseff, no início de seu mandato. O argumento é que, em um ano de ajuste fiscal, não há “clima” para que o processo continue.
Seu padrinho político, Lula, e Amorim defenderem, várias vezes, a escolha do Rafale. A favor do caça francês, estariam não apenas a proposta de transferência de tecnologia – algo que os concorrentes do Rafale oferecem com restrições – mas, sobretudo, uma troca de apoio político da França às pretensões brasileiras de ocupar postos importantes em organismos internacionais.
Polêmica
A opção pelo Rafale, porém, não é um consenso nem mesmo entre a cúpula das Forças Armadas. Um relatório do Comando da Aeronáutica concluiu, por exemplo, que a melhor opção é o caça Gripen NG, da empresa sueca Saab.
Para se ter uma ideia do clima de polarização, Amorim, então chanceler brasileiro, chegou a declarar, em janeiro do ano passado, que a compra dos caças “era uma decisão política.”
Agora, como ministro da Defesa, poderá usar sua influência para continuar defendendo o caça francês junto à presidente Dilma. O problema é que a política externa brasileira mudou de rumo, chefiada agora por Antônio Patriota. E a própria presidente Dilma já teria manifestado a intenção de rever o processo de compra – e manifestado uma inclinação pessoal pelos caças da Boeing.
A batalha pelo maior contrato em jogo na área de Defesa brasileira entra em uma nova fase. E a Dassault torce para que Amorim ainda esteja na cabine de seu caça.