terça-feira, 5 de abril de 2011

IVECO Cria Divisão de Veículos de Defesa e Investe R$ 75 Milhões em nova Unidade Produtiva em Minas Gerais

Iveco Veículos de Defesa vai cuidar da produção do veículo blindado VBTP-MR – Guarani, desenvolvido em conjunto com o Exército Brasileiro


Área produtiva será construída dentro do complexo industrial da Iveco em Sete Lagoas e ocupará área de 18.000 metros quadrados

Além do blindado, a nova unidade de negócios trabalhará na adaptação especial de caminhões Iveco para o uso militar, como já faz na Europa

Acesse a matéria distribuída pelo Governo de Minas Gerais



A Iveco vai criar uma divisão de veículos militares cuja primeira ação será gerenciar o projeto do VBTP-MR, o veículo blindado anfíbio que a empresa desenvolve em conjunto com o Exército Brasileiro. Nomeada Iveco Veículos de Defesa, a nova divisão começa com um investimento de R$ 75 milhões para a construção de uma unidade produtiva dentro do complexo industrial da Iveco em Sete Lagoas (MG). Uma área de 18 mil metros quadrados será totalmente reformulada para acolher a produção seriada das 2.044 unidades do VBTP já encomendadas pelo Exército e que está prevista para começar no segundo semestre de 2012. A plena carga, a nova unidade vai empregar 350 pessoas, muitas das quais treinadas para tarefas especializadas e raras no mercado, como solda de aço balístico.



A Iveco Veículos de Defesa foi anunciada oficialmente hoje (4/4) ao governador de Minas Gerais, Antonio Anastasia, em evento realizado no Centro Administrativo do Governo do Estado e que teve a participação do Comandante do Exército Brasileiro, General Enzo Peri, entre outras autoridades civis e militares. Na cerimônia, foi apresentado também o primeiro protótipo do VBTP-MR, batizado “Guarani”, que será exibido na Latin America Air & Defence (LAAD), a maior feira militar da América Latina que começa no dia 12 no Rio de Janeiro.



Após ser exibido na LAAD, o protótipo segue para o campo de provas do Exército Brasileiro em Marambaia (RJ), para um período de testes. Ao mesmo tempo, a Iveco Veículos de Defesa iniciará a construção de um lote piloto de 16 veículos previstos no período de desenvolvimento.



A criação da Iveco Veículos de Defesa é um desdobramento natural dentro do momento de ampliação acelerada das atividades da Iveco no Brasil. Desde 2007, a empresa construiu um centro de desenvolvimento de produtos (o primeiro da Iveco fora da Itália), uma nova unidade produtiva de caminhões pesados, um novo centro de distribuição de peças e lançou, no mercado, seis novas famílias de produtos. Nos últimos quatro anos as vendas da Iveco cresceram cinco vezes no País.



“Com a Iveco Veículos de Defesa poderemos não só melhor atender ao nosso parceiro e cliente, o Exército Brasileiro, como também desenvolver novos produtos para o segmento militar, seja para o Brasil, seja para a exportação”, disse Marco Mazzu, presidente da Iveco Latin America.



VBTP GUARANI – DESENVOLVIDO NO BRASIL



O VBTP Guarani é fruto de uma licitação de 2007 promovida pelo Exército Brasileiro e vencida pela Iveco. O projeto total envolverá recursos da ordem de R$ 120 milhões, incluindo a unidade de produção. Além disso, outros R$ 35 milhões serão empregados pela FPT Powertrain, empresa do grupo Fiat Industrial, para a produção do motor diesel de 9 litros a ser utilizado no projeto VBTP (e por outros modelos Iveco).



O primeiro protótipo do VBTP Guarani foi desenvolvido no Brasil por uma equipe conjunta do Exército Brasileiro e da Iveco, além de especialistas da Comau, empresa de engenharia automotiva do Grupo Fiat, num total de 30 pessoas. Boa parte do grupo realizou treinamento especial na Iveco Defence Vehicles, na Itália, uma divisão internacional da Iveco que projeta e produz diversos veículos militares, incluindo modelos similares ao VBTP brasileiro. Neste treinamento foram abordados conhecimentos específicos deste tipo de veículo nas áreas de engenharia, qualidade, logística, compras, tecnologia, funilaria, montagem e pós-venda. Um exemplo são os técnicos em solda de aço balístico da carroçaria do modelo.



O VBTP Guarani é um veículo blindado anfíbio de 18 toneladas e tração 6x6, capaz de transportar 11 militares. Ele mede 6,91 metros de comprimento, 2,7 metros de largura e 2,34 metros de altura. O veículo possui características inéditas. Modelos deste tipo normalmente possuem carroçaria monobloco, mas o VBTP usa chassi em longarinas de aço, com o que o veículo ficou mais alto em relação ao solo, o que oferece algumas vantagens operacionais, como maior capacidade de proteção anti-minas.



Comparado ao modelo em uso hoje pelo Exército Brasileiro, o VBTP Guarani traz vantagens como proteção blindada superior, maior mobilidade, maior capacidade de transposição de trincheiras, maior capacidade de degrau vertical, maior vão livre, suspensão independente hidropneumática, sistema de freio com disco duplo e ABS. Por dentro tem melhor ergonomia, ar condicionado, GPS, sistema automático de detecção e extinção de incêndio, capacidade de operação noturna de série, sistema de detecção de laser.



Ele pode ser equipado com torre de canhão automático ou de metralhadora, operada por controle remoto. Ele pode ser aerotransportado por um avião tipo Hercules C-130.



O VBTP Guarani servirá, ainda, como plataforma base de uma família de blindados médios de rodas que poderá ter até mais dez versões diferentes, incluindo veículos de reconhecimento, carro de combate, socorro, posto de comando, comunicações, morteiro leve, morteiro pesado, central diretora de tiro, oficina e ambulância.



Boa parte dos componentes do protótipo e do lote piloto de 16 veículos será importada, mas o projeto tem como diretiva elevar o conteúdo nacional acima dos 60%, com o objetivo de reduzir custos de produção e de manutenção. Segundo a Iveco, essa meta pode ser alcançada porque o parque nacional de fornecedores é de alta qualidade em termos de componentes automotivos e motores.A cadeia produtiva deve envolver cerca de 110 fornecedores diretos e até 600 indiretos.



IVECO



A Iveco projeta, produz e vende uma ampla gama de caminhões leves, médios e pesados, ônibus, veículos para aplicações militares, fora de estrada, bombeiros, defesa civil etc. A Iveco emprega 25.000 pessoas e possui 23 fábricas em 10 países do mundo, utilizando excelente tecnologia desenvolvida nos cinco centros de pesquisa e desenvolvimento. A empresa opera na Europa, na China, Rússia, Austrália e América Latina. Mais de 5.000 mil concessionárias e pontos de serviços, distribuídos em 160 países, garantem suporte técnico onde quer que um produto Iveco esteja em serviço.



Fonte - IVECO

sábado, 2 de abril de 2011

Família de Mísseis

O Piranha foi concebido para fazer parte de uma família de mísseis. Ele também teria versões superfície-ar lançadas de terra ou navios além da versão ar-ar. O Exército e a Marinha parecem ter desistido destas versões.




A versão superfície-ar seria semelhante ao Chaparral americano, versão superfície-ar do Sidewinder, que também tem a versão embarcada chamada Sea Chaparral. O Sea Chaparral é usada em navios da Marinha de Taiwan.



A versão terrestre seria montada no blindado sobre lagartas Charrua e usada para defesa de colunas blindadas em movimento. Uma versão mais atual foi proposta para equipar o blindado sobre rodas Urutu. O Exército achou duvidoso o uso de um sistema ainda não testado.



Uma versão rebocada seria usada para defesa de alvos importantes como bases aéreas, postos de comando, pontes, usinas elétricas etc. O MAA-1A Piranha terrestre seria apoiado pelo FILA para vigilância e designação de alvos.



A falta de um sensor IR com capacidade "all aspect" torna o míssil muito limitado nesta tarefa pois só poderia atacar alvos por trás, ou seja, depois que já atacou o alvo. O míssil também sairia mais caro que sistemas dedicados com guiamento CLOS, radar semi-ativo e IR. A primeira proposta do MAA-1A Piranha antiaéreo era equipada com um motor acelerador para compensar a perda de energia usada para acelerar o míssil. O alcance chega a cair em até 70% na versão terrestre. O lançador acima está instalado no blindado CharruaUma versão terrestre do MAA-1A Piranha antiaéreo. A versão terrestre atual com o lançador é chamada SIMDABA (Sistema de Mísseis de Defesa Aérea de Baixa Altitude).

O Piranha também foi proposto para defesa de navios fluviais na Amazônia. A versão naval equiparia os navios da Marinha como fragatas, corvetas e navios de apoio
Por um tempo pensou-se que a fuselagem do Piranha estava sendo usada para um projeto de um míssil anti-radiação chamado MAR-1. O míssil seria equivalente ao SIDEARM (desenvolvido a partir do Sidewinder AIM-9C) e seria usado contra radares de controle de tiro de canhões e mísseis antiaéreos. O MAR-1 mostrado ao público tem uma configuração bem diferente.




Limitações Operacionais



Comparando o MAA-1A Piranha com outros mísseis mais atuais, a conclusão que se chega é que ele já está quase absoleto. O míssil demorou muito para ser desenvolvido e já deveria estar sendo substituído por modelos mais atuais, pois deveria ter entrado em serviço no fim da década de 80 ou início da década de 90.



Enquanto os projetos de mísseis de curto alcance atuais já estão classificados na quinta geração, o MAA-1A Piranha pode ser classificado como sendo de Segunda ou Terceira Geração (e meia).



A segunda geração é caracterizada por só poder engajar alvos por trás e os de terceira geração podem engajar alvos em qualquer quadrante. Por ter características atuais como espoleta laser, processadores modernos, algoritmos mais complexos e ângulos de visada maior que os projetos antigos ele pode ter um adicional. Com as capacidades atuais, o MAA-1A Piranha pode ser considerado apenas um bom projeto de pesquisa e capacitação de pessoal ou servir para ser um míssil de segunda linha para reserva e treinamento.







O potencial de crescimento é limitado. O sistema de navegação não permite realizar manobras agressivas típicas de mísseis de quarta geração nem aproveitar a capacidade de ser apontado muito fora da linha de visada da aeronave (high off-boresight) com miras no capacete (HMD). Com um sensor "all-aspect" o MAA-1A Piranha pode chegar no máximo na terceira geração.



O potencial de exportação também é pequeno. O míssil pode ser até mais caro que outros mísseis mais capazes e o comprador terá que integrar o míssil a uma nova aeronave se não for o F-5, ALX ou AMX.



Como exemplo, temos os mísseis russos vendidos baratos para países que já usam armas russas, principalmente caças. Os americanos devem vender mais de 200 mísseis AIM-9X de quinta geração (quase longo alcance e superagilidade) aos suíços por pouco mais de US$100 milhões e já integrado aos seus F/A-18A Hornet. Um Magic 2 com capacidade "all aspect" e com manobrabilidade maior custa US$220 mil cada. O primeiro lote do 100 mísseis MAA-1A Piranha irá custar US$20 milhões para a FAB ou US$200 mil por míssil.





Por outro lado, os mísseis de Terceira Geração como o AIM-9L e Python 3 não estão absoletos e ainda são de muita utilidade em alguns cenários. Até mesmo a USAF e US Navy irão usar o AIM-9M até 2020 até serem completamente substituidos pelo AIM-9X. Israel comprou um lote de 500 AIM-8M em 2007. Os mísseis de geração mais recente também são muito caros para substituir os mísseis mais antigos na razão de 1:1.



O uso do MAA-1A Piranha nas aeronaves de caça da FAB tem várias limitações:



O F-5E é um caça relativamente pouco manobrável comparado aos caças de última geração e não seria ideal em combate aéreo contra aeronave mais ágeis. A melhor possibilidade de sucesso do MAA-1A seria se aproveitar de táticas furtivas. A tática seria conseguir surpresa num ataque por trás, sem que o alvo faça manobras evasivas ou lance contramedidas. Isto aconteceu na maioria dos engajamentos com sucesso. Os R-99 podem ser usados como fonte de dados para o caça passando os dados direto para o HUD do F-5EM pelo datalink. No caso de perda da surpresa, o MAA-1A teria poucas chances de sucesso contra outro caça de Terceira ou Quarta geração. Um míssil ar-ar de combate aproximado de Quarta ou Quinta Geração seria necessário para garantir sucesso em todos os engajamentos a curta distância.

O AMX usaria o MAA-1A para autodefesa e cai no mesmo problema do F-5. O AMX é uma aeronave de ataque e deve sempre evitar um combate aéreo. Se tiver que lutar, então não conseguiu fugir e não vai conseguir surpresa contra um inimigo provavelmente de capacidade superior que passou pelos caças de escolta. A melhor defesa nesta situação seria um míssil última geração apontado por mira no capacete (HMD), pois permite atacar alvos sem ejetar cargas e sem apontar a aeronave para o alvo.


O A-29A/B também não precisaria do MAA-1A pelos mesmos motivos do AMX no caso de auto-defesa. O uso do ALX para interceptação de vôos ilícitos não justifica o uso de um míssil muito caro contra alvos mais baratos como o caso de pequenos monomotores a pistão. O MAA-1A também tem uso duvidoso em operações anti-helicópteros pois até os mísseis mais modernos tem dificuldades em trancar em helicópteros voando baixo.


No caso do Projeto FX, o MAA-1A estava muito desbalanceado com uma aeronave muito sofisticada como os candidatos do programa FX. Um caça de Quarta Geração precisa ser armado com um míssil ar-ar de última geração. O MAA-1A até que poderia ser uma arma de reserva ou para alvos secundários visto que a FAB não poderia comprar mísseis de última geração em grande quantidade.




A Mectron/CTA/IAE/Avibrás apresentaram a nova configuração do míssil ar-ar MAA-1B (Bravo) durante a LAAD 2007. O míssil usa a estrutura principal da fuselagem, a ogiva e a espoleta de proximidade e impacto do MAA-1A (Alpha), sendo o restante totalmente novo. O novo sensor de banda dupla (UV e IR) tem 80% de nacionalização, com grande capacidade de contra contramedidas, grande capacidade off-boresight (até 90 graus), com um buscador de altíssima velocidade, podendo ser apontada para o alvo pelo radar, pelo capacete do piloto ou ainda realizar busca autônoma. O piloto automático está programado para acompanhamento do tipo "lag pursuit" em um engajamento frontal de forma semelhante ao Python 4.






A configuração é do tipo canard duplo, com quatro canards fixos seguidos de quatro grandes canards móveis. Mais duas aletas foram adicionadas para controle de giro. A retirada dos rollerons sugere que o míssil tem um sistema de piloto automático digital que é necessário para mísseis de grande agilidade. Os atuadores tem o dobro da potência dos atuadores do modelo Alfa e pode puxar 60 g´s. O motor terá novo propelente "sem fumaça" aumentado o alcance em até 50% com impulso de dois estágios que queimam por seis segundos ao invés de dois segundos do MAA-1A. O piloto pode escolher o tipo de modo de operação de acordo com a ameaça, otimizando o desempenho para cada alvo. O comprimento e o diâmetro foram mantidos, mas o peso aumentou um pouco. O software será diferente para que o F-5EM não o perceba como sendo um MAA-1A e não aproveite toda sua capacidade. O sensor IR de antimoneto de irídio e telureto de chumbo tem seis elementos de busca com grande alcance.



O míssil pode ser considerado de Quarta Geração, considerado pelos técnicos como superior ao R-73 russo, mas inferior ao Python 4 israelense, com preço muito inferior aos similares no mercado. O custo previsto é de US$ 250 a 300 mil.





O período de desenvolvimento foi bem mais rápido em função das lições aprendidas com o MAA-1A. O projeto foi iniciado em 2005 com a produção de pré-série está prevista para o segundo semestre de 2008, com testes e homologação para o fim de 2008. A entrada em operação está prevista para 2009. O Projeto MAA-1B recebeu um orçamento de R$ 3 milhões em 2006. Ainda em 2006 foi terminada a oitava etapa do projeto (de 11 no total). A conclusão da décima primeira fase é esperado para para outubro de 2008. A pré-série do MAA-1B deve ficar pronta no terceiro trimestre de 2009 quando serão iniciados os testes. A avaliação operacional deve ser em 2010. Em novembro de 2008 foram realizados os testes de três motores do míssil MAA-1B na Avibrás.



Um lote de Python 5 (ou Python4) para armar os F-5EM/FM ainda está prevista para 2007, junto com a aparência e conceitos semelhantes ao Python 4, que off-sets tecnológicos podem estar sendo usados no MAA-1B. O projeto conjunto do A-Darter, de quinta geração, com os sul-africanos continua e deve terminar por volta de 2015, mas pode ter o projeto acelerado.

Montagem de um sistema antiaéreo montado em blindados com uma versão lançada de terra do MAA-1B com um motor foguete acelerador adicional.




Em 2004, o EB, FAB e MB estavam estudando uma versão lançada do solo do MAA-1 Piranha e o assunto voltou a ser estudado em 2007 sob iniciativa da Mectron. A Mectron provavelmente está interessada em desenvolver uma versão superfície-ar do MAA-1B com desempenho muito melhor e mais adequada para a função. O míssil teria o dobro do alcance do Igla já usado pelo EB e FAB. Um booster pode ser instalado para aumentar o alcance podendo ser usado contra novas ameaças como aeronaves atacando a média altitude com armas guiadas ou pontaria automatizada (CCIP/CCRP) quando estariam fora do alcance da artilharia antiaérea ou mísseis de curto alcance como o Igla, Mistral e Roland (não mais usado pelo EB).


sexta-feira, 1 de abril de 2011

Rafale mantém estratégia na disputa pelo programa FX-2

Um dos três concorrentes na bilionária licitação para a renovação das unidades de combate da força aérea brasileira, que está adiada por tempo indeterminado, o consórcio Rafale procura ganhar adesões na classe empresarial. Hoje, o consórcio promove um seminário com potenciais fornecedores na Federação da Indústria de Minas Gerais (Fiemg). A "joint-venture" das empresas francesas Dassault, Thales e Snecma já promoveu um encontro empresarial no início de fevereiro em São José dos Campos (SP), que concentra 80% da indústria Aeronáutica do país e ainda deve promover seminários no Rio de Janeiro e em Porto Alegre.




"O diferencial da nossa proposta é a transferência total de tecnologia e estamos agora procurando ampliar os leques de parceiros brasileiros para isso. Já firmamos acordo com 42 empresas que serão nossas fornecedoras caso sejamos escolhidos e é importante montarmos uma rede em vários Estados", disse o coronel da Aviação do Exército francês Jean Marc Merialdo, diretor do consórcio no Brasil e representante da Dassault no conselho de acionistas da Embraer.



A renovação na FAB poderá envolver a troca de 100 aviões e investimentos da ordem de R$ 10 bilhões a até R$ 25 bilhões em trinta anos. O consórcio Rafale foi selecionado durante o governo Lula para participar da disputa que ainda envolve a sueca Saab Grippen e a americana Boeing. Até o fim de 2010, quando o processo foi suspenso a pedido da então presidente eleita Dilma Rousseff, o Rafale era o favorito no meio político, embora a Aeronáutica visse com mais simpatia a proposta da Boeing, já que o caça F-18 Super Hornet é considerado tecnicamente o melhor produto.



Segundo Merialdo, Minas Gerais entrou no foco da Dassault porque o governo estadual tenta estimular a formação de dois polos aeronáuticos. Um é o de Itajubá, onde está instalada a fábrica de helicópteros Helibrás, controlada pela francesa EADS e com participação acionária do governo estadual. O outro, ainda em fase embrionária, é o de Confins, local de uma base aérea e do aeroporto internacional metropolitano. Segundo Merialdo, a rede de fornecedores e prestadores de serviço só poderá ser instalada em locais com alto nível de oferta de mão de obra especializada. "Este projeto irá ocupar pelo menos mil engenheiros por um período longo de tempo."



O caça Rafale está sendo usado na intervenção internacional na guerra civil da Líbia. "Os jatos franceses foram os primeiros a furar o bloqueio da defesa anti-aérea líbia, que era bastante eficiente", disse Merialdo, afirmando ser absolutamente cético sobre a influência que o uso do Rafale em combate poderá ter na decisão da presidente Dilma. "Será possível imaginar que alguém realmente acredita que esta será uma variável importante?", indagou o executivo.



Fonte: Valor Econômico - César Felício

segunda-feira, 21 de março de 2011

Uma análise do sistema de defesa estratégico da Líbia


O presente artigo é uma tradução do texto originalmente postado no blog “IMINT & Analysis“, especializado em análises e interpretações de imagens de satélite. Decidimos traduzir o mesmo porque o estudo foi feito de forma bastante criteriosa e, muito provavelmente, chega bem próximo da realidade do sistema de defesa antiaéreo de caráter estratégico da Líbia.




Esperamos que os nossos leitores, ao final do texto, tenham uma visão mais clara de como funciona e como estão organizadas as defesas estratégicas da Líbia. Este texto também servirá de referência para muitos jornalistas não especializados que escrevem em veículos de grande circulação e carecem de fontes técnicas mais confiáveis para suas matérias.



Introdução

A Líbia possui uma das redes de defesa terra-ar mais robustas do continente africano, perdendo apenas para o Egito, em termos de cobertura e sistemas operacionais. A rede de sistemas de SAM (mísseis superfície-ar) estratégicos está basicamente localizada ao longo da costa, aparentemente defendendo a maior parte da população da Líbia e impedindo a incursão estrangeira no espaço aéreo a partir do mar.



A Força de SAM estratégicos

A rede de sistemas SAM estratégicos da Líbia está subordinada à Força de Defesa Aérea, que por sua vez, está subordinada à Força Aérea da Líbia. Atualmente, acredita-se que ela esteja dividida em cinco comandos regionais distintos e operando uma variedade de equipamentos da era soviética. Os seguintes sistemas SAM de caráter estratégico estão em uso na Força de Defesa Aérea da Líbia:



■S-75 (SA-2 Guideline)

■S-125 (SA-3 Goa)

■S-200 (SA-5 Gammon)

Cobertura EW

Dezessete sites EW ativos e quatro EW inativos fornecem às defesas líbias uma cobertura de alerta radar antecipada, aquisição de alvos para os sistemas SAM e informações para o controle GCI (Ground Control Interceptors) das unidades de caça. Esses sites EW estão localizados principalmente ao longo das regiões costeiras ocidental e oriental, no monitoramento do espaço aéreo ao redor de Trípoli e Benghazi. Radares EW identificados na Líbia são predominantemente equipamentos da era soviética. Os seguintes sistemas foram identificados nas imagens disponíveis:




Além disso, acredita-se que a Líbia tenha recebido cinco radares de busca aérea italianos modelo LPD-20 em 1983 e três radares EW soviéticos 5N69 (Big Back) entre 1984 e 1985. Nenhum desses sistemas foi identificado nas imagens disponíveis, mas isso não quer dizer que não existam.



A imagem a seguir mostra as localizações dos sítios de radares EW identificados na Líbia:

Existem atualmente quatro sites equipados com S-200 na Líbia, com duas baterias por site. O S-200 representa o sistema SAM estratégico de maior alcance no arsenal líbio. A proximidade dessas quatro localidades do litoral permite uma ampla cobertura sobre o Mediterrâneo, teoricamente fornecendo uma capacidade de engajamento ‘stand off’. Seis baterias de S-200 foram inicialmente fornecidas para a Líbia, entre 1985 e 1986, com mais cinco entregues em 1988. Existem dúvidas sobre qual variante a Líbia opera. Fontes russas referem-se aos sistemas entregues como sendo do tipo S-200VE, mas os registros do SIPRI mostram que estes são sistemas Angara, o que implica que o modelo S-200DE, de maior alcance, foi entregue.




A imagem seguinte mostra a cobertura proporcionada pelas baterias S-200 líbias. Foi utilizado o alcance da variante Angara, de 300km.

Questões de Defesa Aérea


A rede líbia de SAM estratégicos é logicamente montada para defender instalações essenciais, seguida de uma estratégia de defesa de ponto, com sistemas S-200 de longo alcance fornecendo uma barreira “standoff” ao longo da região costeira. No entanto, essa rede possui muitas falhas.



A principal desvantagem da rede líbia de SAM estratégicos é que está baseada em uma tecnologia soviética antiga. Os fabricantes russos atualmente produzem, indiscutivelmente, os mais avançados e capazes sistemas SAM de emprego estratégico no mundo. Muito do seu sucesso reside no fato de que eles têm produzido um conjunto diversificado de sistemas SAM com numerosas variantes. No entanto, essa história também apresenta um problema para as nações que ainda possuem a tecnologia mais antiga: o resto do mundo simplesmente a deixou de lado.



Avanços na guerra eletrônica e nos sistemas ECM fizeram com que muitos dos antigos sistemas da era soviética ficassem obsoletos em um ambiente moderno de combate aéreo. Os sistemas líbios S-75, S-175 e S-200 não são exceção. Além disso, apesar de algumas afirmações em contrário, a força líbia de SAM estratégico foi ineficaz durante as hostilidades com os Estados Unidos em meados da década de 1980.



Em um caso, autoridades militares soviéticas chegaram à conclusão de que o S-200 conseguiu derrubar três aeronaves da Marinha dos EUA em março de 1986, com base apenas na interpretação das leituras do radar (que poderiam indicar fragmentos de aeronaves) e da presença da atividade de helicópteros na área, sendo esta atribuída aos esforços de CSAR (Busca e Salvamento de Combate). A USN (Marinha dos EUA) nunca adimitiu perdas de aeronaves durante o incidente, o que por si só não indica que nenhuma aeronave tenha sido perdida, mas os outras duas informações podem corroborar esta hipótese.



A eventual presença de fragmentos de aeronaves nas telas dos operadores de radar poderia ter sido atribuída ao lançamento de chaffs para ludibriar os radares, principalmente se a aeronave desceu abaixo do campo do radar de vista após isto. Além disso, a atividade de helicópteros na área não se limitou às operações de CSAR na USN, podendo ser patrulhas antissubmarino, busca e identificação de contatos de superfície, ou simplesmente voos em missões de dissimulação. Seja qual for o caso, as evidências não são conclusivas e não indicam que qualquer aeronave da USN tenha sido abatida palas baterias de S-200.



No final de 1986, a rede de SAM estratégicos da Líbia foi acionada durante a Operação ELDORADO CANYON, a resposta militar dos EUA ao apoio líbio a atos terroristas.O brigadeiro Vladimir Yaroshenko, um ex-oficial soviético encarregado de sistemas SAM da PVO, foi designado para analisar o pífio desempenho dos sistemas antiáreos soviéticos fornecidos à Líbia. Yaroshenko constatou uma pobre cadeia de comando e controle, uma cobertura de radar pobre e uma falta de conhecimento das armas americanas antirradar e suas táticas. Um fato interessante que ele mencionou foi que as baterias de S-75 tinham uma altura mínima de engajamento de 100 metros, correspondentes ao sistema Volkhov S-75M como mencionado anteriormente. Ele também confirmou que apenas um avião dos EUA, um F-111, foi abatido por fogo antiaéreo.



Parte do problema atual resulta de sanções internacionais impostas à Líbia durante a década de 1980 que, efetivamente, não permitiram que os sistemas obsoletos fossem atualizados. O resto do problema está nos próprios sistemas. Todos os três tipos de SAM estratégicos operados pela Líbia, foram exaustivamente estudados por agências de inteligência ocidentais, e muitos países ocidentais enfrentaram esses mesmos sistemas em combate por diversas vezes, permitindo a melhoria constante de contra-medidas eletrônicas.



Além disso, nenhum dos sistemas utilizados pela Líbia possui uma capacidade de engajamento de alvos múltiplos. Os únicos sites de SAM que representaram alguma ameaça para as aeronaves eram os de S-200, que possuíam vários radares 5N62 (Square Pair). Mesmo com a capacidade do sistema estratégico de SAM ser implantado visando a sobreposição de alcances de mísseis, o número relativamente pequeno de sites representa uma ameaça para apenas um pequeno número de alvos. Como resultado, toda a rede fica facilmente suscetível à saturação do sistema.



A segunda desvantagem para a rede estratégica de SAM da Líbia é o seu layout. Mesmo que estes sistemas mais antigos da era soviética ainda sejam confiáveis frente às ameaças regionais pouco modernas, o sistema ainda tem um número significativo de lacunas que poderiam ser exploradas. Os sistemas S-200 representam uma ameaça mais significativa sobre o mar, mas é limitado por ter uma altitude mínima de engajamento de 300 metros. Qualquer aeronave ou míssil que disponha de radar de acompanhamento de terreno seria capaz de explorar facilmente essa fraqueza e se aproximar da costa da Líbia. Uma vez alcançado litoral, o ponto mais óbvio de penetração seria a área adjacente ao golfo de Sidra, que é desprovida de sistemas de SAM estratégicos.



Além disso, como evidenciado na imagem apresentada anteriormente, existem lacunas entre as baterias de S-75 e de S-125 que poderiam ser exploradas. Isso, no entanto, não leva em consideração a presença de interceptadores, artilharia antiaérea, ou unidades de SAM táticos, uma vez que estes sistemas estão fora do escopo desta análise.



Conclusão

Em resumo, a rede da SAM estratégicos da Líbia requer a adição maciça de novas tecnologias para se manter viável no século XXI. Ela não foi capaz de repelir um ataque há mais de vinte anos, e não há nenhuma razão para suspeitar de que ela seja capaz de tal ação hoje. A Líbia negocia a compra de avançados sistemas S-300PMU-2 (SA-20B Gárgula) russos, o que seria um longo caminho para modernizar a rede e restaurar a sua eficácia.



O Coronel Gaddafi tem feito grandes progressos em trazer a Líbia de volta à comunidade internacional, e merece uma grande quantidade de elogios por isso, mas tal medida não deve diminuir o desejo do governo líbio ou a responsabilidade deste em apresentar defesa adequada para os seus cidadãos



sábado, 19 de março de 2011

EUA disparam 110 mísseis de cruzeiro contra a Líbia

Em actualização) - Os EUA dispararam mais de 110 mísseis de cruzeiro contra posições de Muammar Kadafi, na Líbia. Norte-americanos e britânicos juntam-se, assim, às operações militares iniciadas pela França, que patrulha os céus líbios após um primeiro ataque aéreo. A TV oficial líbia diz que os ataques causaram vítimas civis e reclamam o abate de um caça francês.


Uma fonte oficial do Departamento de Defesa norte-americano confirmou o disparo de mais de 110 mísseis de cruzeiro dos EUA contra posições de Muammar Kadafi no Oeste da Líbia.




Segundo o canal de televisão árabe "Al Arabya", os ataques da força conjunta internacional causaram vítimas entre os civis. Uma informação também veiculada pela televisão estatal da Líbia, que reclama para as forças leais a Kadafi o abate de um caça Mirage 2000 francês e dizem que há vítimas civis em Tripoli.



Os mísseis "Tomahawk" atingiram áreas nos arredores da capital líbia, Tripoli, e de Misrata, disse o oficial norte-americano, citado pela CNN. Segundo aquela fonte do Departamento de Defesa dos EUA, o ataque acontece depois de Kadfi ter falhado o cumprimento do cessar-fogo.



Entretanto, o primeiro-ministro de Inglaterra, David Cameron, disse que há já, também, forças britânicas em acção na Líbia.

                                                            Míssil disparado do USS Barry

Os Estados Unidos dispararam mísseis Tomahawk contra baterias anti-aéreas da Líbia a fim de facilitar a aplicação da zona de exclusão aérea pelas forças da coligação, confirmou uma fonte militar dos EUA.

Aviões franceses lançam ataque às forças de Kadafi

A televisão estatal líbia divulgou que os ataques aéreos da coalizão internacional atingiram áreas civis em Trípoli, matando a população local. Os bombardeios também teriam atingido tanques de depósito de combustível em Misrata.




A rede também afirmou que uma das aeronaves francesas que participam da intervenção foi derrubada pelas forças do líder líbio Muamar Kadafi. As notícias, no entanto, não puderam ser confirmada por nenhuma outra fonte independente.



A coalizão internacional, formada por Estados Unidos, França, Reino Unido, Canadá e Itália já teriam atacado as cidades de Trípoli, Misrata, Zuara e Benghazi.

sexta-feira, 18 de março de 2011

Ataque aéreo à Líbia começará nas próximas horas, diz governo francês

França deve ser o primeiro país a participar dos ataques aéreos; Reino Unido e Otan também iniciam preparativos para a ação.


A ação militar ocidental contra a Líbia começará nas próximas horas, com a França sendo o primeiro país a participar dos ataques aéreos, segundo informou nesta sexta-feira um representante do governo francês. Perante a Câmara dos Comuns, o primeiro-ministro britânico, David Cameron, anunciou que os preparativos para desdobrar no Mediterrâneo os aviões que participarão da imposição da zona de exclusão aérea já começaram.



Nas próximas horas, os aviões estarão operacionais nas bases das quais poderão voar para aplicar a resolução aprovada pelo Conselho de Segurança (CS) da ONU, que deu sinal verde ao uso da força para proteger a população civil líbia dos ataques das forças do coronel Muamar Kadafi. Cameron explicou que os aviões da RAF (a Força Aérea Real do Reino Unido) que participarão da operação serão caças-bombardeiros Tornado e Typhoon

A Organização do Atlântico Norte (Otan) também iniciou os preparativos para a ação. Representantes dos 28 países da Aliança se reunirão nesta sexta-feira em Bruxelas para analisar a nova situação na Líbia. Segundo a Eurocontrol, depois da aprovação da resolução, a Líbia fechou seu espaço aéreo.



O porta-voz francês e ministro do Orçamento, Francois Baroin, disse à rádio RTL que a ação militar ocorrerá “rapidamente… nas próximas horas”. Ele afirmou que isso não se trata de uma ocupação, mas sim de uma ajuda às forças de oposição ao regime do líder líbio, coronel Muamar Kadafi.




Por outro lado a Itália excluiu por enquanto a possibilidade de que seus aviões participem das operações, embora está disposta a ceder três de suas bases para a operação.



Os anúncios ocorreram depois que o Conselho de Segurança da ONU aprovou a resolução que também autoriza “todas as medidas necessárias” para proteger civis de ataques das forças de Kadafi. A resolução recebeu dez votos a favor e nenhum contra, mas cinco países – incluindo China e Rússia, membros permanentes do Conselho, e o Brasil – se abstiveram.




Segundo o correspondente da BBC em Paris Christian Fraser, a França pode enviar à Líbia jatos Mirage que estão posicionados em bases militares na ilha da Córsega. Fraser diz ainda que outros aviões franceses posicionados na costa do Mediterrâneo, com ajuda de sistemas aéreos de alerta e controle, têm sido enviados a missões específicas 24 horas por dia desde quinta-feira da semana passada.



O presidente francês, Nicolas Sarkozy, já defendia ataques “cirúrgicos” nos bunkers de controle e nos sistemas de radar de Kadafi. No entanto, segundo Fraser, a França não descarta realizar bombardeios contra forças líbias em terra.



O correspondente da BBC afirma que a participação da França nessas ações é uma grande vitória polícia de Sarkozy, cujo governo havia sido criticado por não apoiar o levante popular na Tunísia.



O ministro das Relações Exteriores britânico, William Hague, disse que a resolução do Conselho de Segurança constitui uma “resposta positiva à reivindicação da Liga Árabe” a favor de medidas para proteger os civis líbios, indo ao encontro dos esforços da França, Reino Unido, Líbano e EUA. “É necessário tomar essas medidas para evitar um maior derramamento de sangue”, disse Hague.



Após a votação da ONU, o primeiro-ministro do Reino Unido, David Cameron, um dos maiores defensores da intervenção militar contra Kadafi, falou por telefone por cerca de meia hora com o presidente dos EUA, Barack Obama.



Estados Unidos



Segundo fontes ouvidas pela BBC, é improvável que os EUA participem da ofensiva no início, que devem ter apoio logístico de nações árabes. Concentradas na cidade de Benghazi, no leste do país, forças contrárias a Kadafi comemoraram o anúncio da ONU, ao passo que um porta-voz do governo líbio condenou a “agressão”.



A resolução, de número 1.973, foi proposta por Reino Unido, França e Líbano e contou com apoio dos EUA. O ministro francês de Relações Exteriores, Alain Juppe, apresentou a proposta dizendo que “na Líbia, por várias semanas, a vontade do povo tem sido alvejada pelo coronel Kadafi, que está atacando seu próprio povo”. “Não podemos chegar tarde demais”, disse Juppe.



Segundo a embaixadora americana na ONU, Susan Rice, a “resolução deve enviar uma forte mensagem ao coronel Kadafi e seu regime de que a violência deve parar, a matança deve parar e o povo da Líbia deve ser protegido e ter a oportunidade de se expressar livremente”.



Voto brasileiro



Ao lado de China, Índia, Rússia e Alemanha, o Brasil se absteve na votação. Ao justificar a decisão, a embaixadora brasileira na ONU, Maria Luisa Viotti, disse que o gesto “não deve de maneira alguma ser interpretado como endosso do comportamento das autoridades líbias ou como negligência para com a necessidade de proteger a população civil e se respeitar seus direitos”.



Segundo Viotti, “o Brasil é solidário com todos os movimentos da região que expressam suas reivindicações legítimas por melhor governança” e leva em conta “o chamado da Liga Árabe por medidas enérgicas que deem fim à violência, por meio de uma zona de exclusão aérea”.



No entanto, a embaixadora afirma que “o texto da resolução em apreço contempla medidas que vão muito além desse chamado. Não estamos convencidos de que o uso da força como dispõe o parágrafo operativo 4 (OP4) da presente resolução levará à realização do nosso objetivo comum – o fim imediato da violência e a proteção de civis”.



Ainda segundo Viotti, o Brasil teme que ações militares exacerbem tensões e façam “mais mal do que bem aos próprios civis com cuja proteção estamos comprometidos”.



“Muitos analistas ponderados notaram que um importante aspecto dos movimentos populares no Norte da África e no Oriente Médio é a sua natureza espontânea e local”, diz ela.


quinta-feira, 17 de março de 2011

CASA C-235 como aeronave canhoneira

A ATK foi contratada pela Jordânia para modificar dois CASA C-235 como aeronave canhoneira para apoiar suas tropas de Operações Especiais. A entregue deve iniciar em 2013. A aeronave será equipada com sensores de vigilância, sistemas defensivos, um canhão M230LF de 30mm (usado no helicóptero Apache), e lançadores de foguetes e mísseis. A modernização será feita junto com a empresa KADDB jordaniana. A ATK já tinha oferecido uma versão gunship do C-27J para USAF chamado AC-27J Stinger II.

FAB coloca caças de prontidão para a segurança de Obama


Força Aérea vai usar ainda aviões-radares e restringir espaço aéreo. Presidente dos EUA chega sábado ao Brasil, para primeira visita oficial.




A Força Aérea Brasileira (FAB) vai colocar caças de prontidão e posicionar baterias de artilharia antiaérea em locais estratégicos durante a visita do presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, ao Brasil, no próximo final de semana.



Segundo a FAB, o espaço aéreo brasileiro será monitorado por aviões-radares. Caças F-5EM, Mirage 2000 e A-29 Super Tucano estarão de prontidão em caso de necessidade. Também haverá restrições a voos.



Em sua página na internet, a Força Aérea diz que o esquema de segurança será semelhante ao implementado em outras ocasiões, como na posse da presidente Dilma Rousseff, em janeiro. Na posse de Dilma, o espaço aéreo de Brasília foi fechado.



Obama chega ao país no sábado (19), onde cumpre agenda em Brasília. Ele terá reunião com a presidente Dilma e com empresários e políticos. No domingo (20), ele estará no Rio, onde discursa na Cinelândia

terça-feira, 15 de março de 2011

Incêndio atinge reator 4 de Fukushima e radiação aumenta

O nível de radiação subiu "consideravelmente" na central nuclear de Fukushima 1, onde há um incêndio no reator Nº 4, informou nesta terça-feira o primeiro-ministro japonês, Naoto Kan. O premiê pediu à população que não saia de casa e que adote medidas de proteção contra a radiação em um raio de 30 km em torno da central nuclear.




"Um incêndio atinge o reator 4 e o nível de radiação subiu consideravelmente", declarou o chefe de governo em mensagem à Nação. "Peço às pessoas em um raio de 20 a 30 km (de Fukushima) que permaneçam dentro de casa ou em seus escritórios", disse o primeiro-ministro.



O governo já havia determinado a saída de mais de 200 mil habitantes da área dentro do raio de 20 km em torno do complexo nuclear. O porta-voz do governo Yukio Edano explicou que o hidrogênio que escapa para atmosfera carrega substâncias radioativas.



"Estamos fazendo o melhor possível para controlar o incêndio", disse Edano, admitindo que o nível de radioatividade medido no complexo nuclear é perigoso para a saúde. "Ao contrário do que ocorria até o momento, agora não há dúvidas de que o nível de radiação pode afetar a saúde de seres humanos" em Fukushima.



Terremoto e tsunami devastam Japão

Na sexta-feira, 11, o Japão foi devastado por um terremoto que, segundo o USGS, atingiu os 8,9 graus da escala Richter, gerando um tsunami que arrasou a costa nordeste nipônica. Fora os danos imediatos, o perigo atômico permanece o maior desafio. Diversos reatores foram afetados, e a situação é crítica em Fukushima, onde existe o temor de um desastre nuclear.

O Consulado-Geral do Brasil

Juntos, o terremoto e o tsunami já deixaram mais de 1,8 mil mortos e dezenas de milhares de desaparecidos. Além disso,s prejuízos já passam dos U S$ 170 bilhões. Em meio a constantes réplicas do terremoto, o Japão trabalha para garantir a segurança dos sobreviventes e, aos poucos, iniciar a reconstrução das áreas devastadas.

O Consulado-Geral do Brasil informa que até o momento não recebeu qualquer informação sobre incidentes envolvendo a comunidade brasileira em conseqüência do terremoto que atingiu o nordeste do Japão no dia 11 de março. Lembramos que Hamamatsu está localizada em uma região mais ao sul do epicentro, e por isso a intensidade foi mais baixa do que na região nordeste do país.




As linhas de telefones celulares estão congestionadas, e é normal que haja dificuldade para completar ligações. Aos que estiverem sem notícias de parentes residentes nas regiões mais afetadas, pedimos que enviem email para:



info@consbrashamamatsu.jp



assistencia@consbrashamamatsu.jp



fornecendo o maior número possível de dados da pessoa a ser localizada, para que possamos tentar contatá-las.

Empresa paulista anuncia hoje a compra da divisão de radares da Orbisat


Objetivo é expandir sua atuação nesse setor bilionário, que assiste à maior movimentação desde a ditadura



IGOR GIELOW



Pressionada pela movimentação de concorrentes, a Embraer inicia hoje a expansão de sua área de defesa. A empresa paulista anunciará a compra da divisão de radares da Orbisat, a primeira aquisição desde que criou a subsidiária Embraer Defesa e Segurança, no fim de 2010.



As vendas de equipamento de defesa, concentradas em aviões, somaram R$ 1,2 bilhão na carteira da Embraer no ano passado. Com a compra da Orbisat e a negociação pelo controle da empresa de eletrônica Atech, a Embraer visa diversificar seu portfólio de produtos militares e de segurança.



A Orbisat fabrica radares de vigilância aérea e sistemas de sensoriamento remoto. Sua linha de produtos como receptores de TV por satélite seguirá com os antigos donos. Segundo a Folha apurou, a Embraer pagou cerca de R$ 30 milhões.



A empresa já trabalha para as Forças Armadas e tem pronto um radar de vigilância, o Saber, que foi desenvolvido em conjunto com o Exército, com o objetivo de equipar o sistema de controle de fronteiras.



O projeto de R$ 10 bilhões deve ser implementado nos próximos anos, e, assim, a Embraer se posiciona para disputá-lo. A Marinha também tem plano semelhante.



Além disso, a Embraer pretende usar o radar como parte de um sistema de defesa antiaérea a ser oferecido também ao Exército. Na Copa-2014 e na Olimpíada-2016, estádios precisam, por normas internacionais, ser protegidos por baterias de mísseis contra eventuais ameaças terroristas.





EXPANSÃO DO SETOR

A jogada da Embraer, cujos planos de diversificação incluem estudos até para construir trem-bala, tem razão de ser. Desde o ano passado, quando novas leis promoveram o arcabouço jurídico para a indústria bélica nacional, o setor assiste a sua maior movimentação desde a ditadura militar.



A gigante aeroespacial europeia EADS, por meio de seu braço de defesa chamado Cassidian, associou-se à empreiteira brasileira Odebrecht, e o primeiro alvo da dupla é a aquisição da fabricante de mísseis Mectron.



A Odebrecht já tem um bilionário subcontrato do programa de submarinos da Marinha, tendo sido escolhida pela francesa DCNS para construir um novo estaleiro.

O novo submarino convencional terá quatro unidades montadas no Brasil e servirá de base para um modelo de propulsão nuclear.

segunda-feira, 14 de março de 2011

Metade dos armamentos do país está indisponível

Estudo do Ministério da Defesa revela fragilidade das Forças Armadas




Blindados, navios e caças sem condições de combate e concentração de tropas no Sudeste expõem deficiência



Um levantamento reservado com uma detalhada radiografia das Forças Armadas brasileiras mostra o sucateamento do equipamento militar do país. Explicita também as conhecidas distorções na distribuição de tropas no território nacional, confrontando o discurso oficial de que a Amazônia é uma prioridade.



O estudo ao qual a Folha teve acesso é produzido pelo Ministério da Defesa e atualizado todo mês. Ele mostra que metade dos principais armamentos do país, como blindados, aviões e navios, está indisponível para uso.

O levantamento é usado provisoriamente pelo governo, enquanto não é elaborado o chamado "Livro Branco", que trará, segundo decreto assinado neste ano, todo esse diagnóstico.



O livreto obtido pela Folha tem 76 páginas e traz dados orçamentários, operacionais e de pessoal que são difíceis de encontrar com esse grau de detalhe.

Quando alguém precisa elaborar comparações com outros países, como fez a Folha em sua edição de 20 de fevereiro, a praxe é buscar fontes externas -confiáveis, mas não tão detalhadas.



O documento usado nesta reportagem traz um inventário dos chamados meios de cada Força, ou seja, os principais equipamentos para uso em guerra.



O resultado dá argumentos aos defensores do reequipamento militar, um processo caro, demorado e que costuma esbarrar em obstáculos como pressões políticas.



O caso da Marinha é paradoxal. Especialistas consideram a Força a mais bem aparelhada, mas 132 dos seus 318 principais equipamentos estão parados. Metade dos 98 navios está no estaleiro.



A aviação naval é figurativa: apenas 2 de seus 23 caças voam, e só para treino. Isso no fim de 2010 -hoje, só um funciona. O porta-aviões São Paulo ficou anos parado e agora está em testes.



DEFICIÊNCIA CRÔNICA

O Exército contribui para que o resultado geral de disponibilidade de meios atinja ilusórios 68% -isso porque a Defesa coloca na conta as "viaturas sobre rodas", que basicamente são quaisquer veículos. Dessas, 5.318 das 6.982 estão funcionando.

Dos 1.953 blindados do Exército, só metade está à disposição. Metade dos helicópteros está no chão, isso sem contar a deficiência crônica de defesa aérea, maior fragilidade militar do país.



Por fim, a Força Aérea tem indisponíveis 357 dos seus 789 meios, que incluem 48 lançadores portáteis de mísseis, todos funcionando. O governo avalia ter 85 dos seus 208 caças disponíveis, o que parece algo otimista. Seja como for, a renovação da frota de combate, unificada em um modelo, está postergada novamente por causa de cortes orçamentários.



Fica também explícito um problema que a Estratégia Nacional de Defesa editada em 2008 promete combater.



Na Estratégia, a Amazônia aparece como prioridade do Exército. Só que a disposição das tropas ainda reflete a ideia de que o país um dia poderia entrar em guerra com sua antiga rival, a Argentina, hoje longe de representar uma ameaça militar.



A região Sul concentra 25% das forças terrestres do Brasil, enquanto a área amazônica só tem 13% do efetivo. Outros 23% estão estacionados na área do Comando Militar do Leste, no Rio.



A concentração no Rio também é perceptível no poderio aéreo. Nada menos que um terço do efetivo da FAB está por lá, enquanto a enorme região Norte não soma 15% com dois comandos aéreos separados.



A Marinha também está baseada no Rio, de forma avassaladora: 71% do efetivo está lá. Há planos para criação de uma segunda esquadra no Nordeste e no Norte.

Essa concentração no Rio é uma herança dos tempos em que a cidade centralizava o poder no país.



ASSIMETRIA

A Estratégia critica essa assimetria na disposição geográfica das tropas, mas a mudança depende de vontade política e de recursos cuja justificativa sempre é difícil num país de tradição pacífica e cheio de problemas sociais.



Por fim, o mapa lembra também detalhes do comprometimento financeiro. Em outubro de 2010, o governo gastou quase igualmente com pessoal ativo, aposentados e pensionistas, somando uma folha salarial de R$ 2,9 bilhões naquele mês.



No Orçamento de 2011, antes do corte anunciado recentemente pelo governo, a despesa com pessoal representava 72% do gasto total.



Ainda sobre pessoal, destaca-se a alta proporção de oficiais-generais. Há um deles para cada 971 homens. No mais poderoso exército do mundo, o americano, esse número salta para um para cada 1.400 soldados.

domingo, 13 de março de 2011

O Lambaru

O Lambaru é um Veículo Submarino Autônomo (Autonomous Underwater Vehicle (AUV)) pequeno e leve, especialmente desenvolvido para inspeções submarinas de longo alcance. Seu alto desempenho é atribuído ao seu sistema de célula combustível de hidrogênio e oxigênio, que possibilita uma autonomia de 40 horas de operação contínua sem a necessidade de troca de baterias. São necessários somente dois minutos para recarregar os cilindros de gás, o que pode ser feito com o veículo na água, não havendo necessidade de removê-lo. O veículo é modular e pode ser configurado para utilização de uma grande variedade de sensores, os quais o habilitam para ser usado em diversas aplicações. Atualmente existem duas versões: Lambaru 400 e 800, otimizados para operações de 400 e 800 metros de profundidade, respectivamente. As missões podem ser programadas e carregadas no AUV através de uma interface gráfica. Esta também possibilita a análise de resultados da operação, como trajetória percorrida e mapas de solo oceânicos.



A XMobots é uma empresa brasileira especializada no desenvolvimento, fabricação, treinamento, manutenção e operação de sistemas não tripulados, incluindo UAVs (também conhecidos no Brasil como VANTs - Veículos Aéreos Não Tripulados), AUVs, ROVs, USVs, UGVs e Estações de Controle Terrestre. A origem de seu nome veio da união do prefixo “X”, referindo-se aos meios onde os veículos da empresa são capazes de operar, ou seja, ar (UAVs), terra (UGVs) ou água (AUVs e ROVs), com o termo “Mobots”, procedente da contração das palavras do inglês mobile robots (robôs móveis).



A empresa é composta por uma equipe multidisciplinar e altamente treinada em fluido-dinâmica / performance, estabilidade / controlabilidade, estruturas, hardware e software embarcados de tempo-real crítico, navegação, controle, guiamento e visão computacional.




Missão da XMobots:



“Contribuir para o desenvolvimento da tecnologia brasileira em veículos não tripulados, investindo, expandindo e oferecendo soluções inovadoras com produtos de alta qualidade”.

sexta-feira, 11 de março de 2011

Embraer negocia pacote de jatos SuperTucano e sistemas com Guatemala

O governo da Guatemala negocia com a Embraer a construção de um "Sistema de Vigilância e Proteção da Biosfera da Guatemala", similar ao implantado pelo Brasil no Sivam (Sistema de Vigilância da Amazônia).




Segundo o porta voz do Ministério da Defesa da Guatemala, coronel Rony Urízar Gonzalez, o sistema encomendado à Embraer será composto de seis aviões Super Tucano, um centro de comando, controle, comunicação, computação e Inteligência - que na área de defesa é conhecido pela sigla C4i -, um centro de operações aéreas e um sistema de suporte operacional e de entretenimento computadorizado, para pilotos e técnicos.



A Embraer também ficará responsável pelo fornecimento e instalação de três radares primários 3D. O valor total do contrato, de acordo com o Ministério da Defesa da Guatemala, é US$ 163 milhões e o prazo de entrega e instalação do sistema é de dois anos. Os contratos assinados com a Embraer estão sendo analisados neste momento pelo Ministério de Finanças Públicas Guatemalteco e a expectativa da Defesa é que seu "trâmite seja o mais breve possível".



O próximo passo, segundo informações do Ministério, seria a aprovação pelo Congresso da República Guatemalteca. A Embraer já liderou a gestão de um sistema de C4i para o México, para o qual forneceu duas aeronaves de patrulha marítima e um de vigilância aérea.



A gestão de projetos complexos em áreas como a de C4i fazem parte dos planos estratégicos da unidade de negócios criada pela Embraer (Embraer Defesa e Segurança) para consolidar sua atuação na área de defesa e para atender às novas demandas do governo brasileiro e do mercado internacional.



O Comandante da Aeronáutica, brigadeiro Juniti Saito, também confirmou a negociação entre a Embraer e a Guatemala. Procurada, a Embraer informou que não comenta sobre campanhas de vendas específicas, que ainda não estejam sacramentadas.



O Super Tucano, segundo a Embraer, acumula até o momento um total de 180 encomendas, das quais 152 já foram entregues. A receita obtida com a venda do modelo até agora, de acordo com a fabricante brasileira, é da ordem de US$ 1,6 bilhão. A Embraer projeta um mercado de US$ 3,5 bilhões para a classe do Super Tucano, algo em torno de 300 aeronaves.



A aeronave já foi vendida para a Colômbia, Equador, Chile, Indonésia, República Dominicana e ainda disputa um super contrato nos EUA. O governo do Peru e dois clientes na África, sendo um deles em Angola, também negociam a compra do avião faz algum tempo. Segundo o comandante da Aeronáutica, a decisão nos EUA deve sair nos próximos cinco meses e se o critério técnico prevalecer, o avião brasileiro tem vitória certa, pois é o melhor e o favorito em sua categoria.



Em entrevista anterior concedida ao Valor, o presidente da Embraer Defesa e Segurança, Luiz Carlos Aguiar, disse que a companhia já havia respondido ao Pedido de Oferta (do inglês, Request For Proposal - RFP) enviado pelo governo dos Estados Unidos. O executivo também comentou, na ocasião, que a participação da Embraer na concorrência dos EUA, seria feita através de uma associação com uma empresa americana, que também já estaria sendo negociada.



Esse tipo de associação é uma exigência do governo dos EUA. Por meio da lei "Buy American Act", as compras de equipamentos de defesa devem ser feitas diretamente das empresas nacionais e, no caso de existir o interesse por um produto estrangeiro, a lei exige que o fornecedor se associe a uma empresa americana e que a compra seja realizada a partir dela.



A Embraer participa do processo de seleção aberto pela Força Aérea dos Estados Unidos (USAF), no final de julho do ano passado, para a compra de 100 aeronaves turboélice de ataque leve, na categoria do Super Tucano. A fabricante brasileira é apontada por especialistas do setor como a grande favorita da competição, tendo em vista que o Super Tucano é o único modelo no mundo com operação comprovada em missões antiguerrilha, na Colômbia, que opera 25 aeronaves do modelo.



O Super Tucano opera hoje em cinco forças aéreas, executando missões de treinamento avançado, vigilância de fronteiras, ataque leve e contrainsurgência. A frota, segundo a Embraer, acumula mais de 100 mil horas de voo.



Com as aeronaves e equipamentos brasileiros, a Guatemala pretende fazer um melhor controle do espaço aéreo do país, para combater o tráfico de drogas, crime organizado e outras ameaças, como catástrofes naturais. Os Super Tucano substituirão os A-37B, que ainda estão em atividade na Força Aérea da Guatemala.



Fonte: Valor Econômico - Virgínia Silveira