sábado, 8 de janeiro de 2011

Módulos estruturais russos para os BPCs construídos em Saint-Nazaire

Após da decisão russa de optar pelos navios de projeção e comando (Bâtiments de Projection et de Commandement - BPC) franceses, prosseguem as negociações entre Paris e Moscou, a fim de se chegar à assinatura acordo final. As discussões incidirão, especialmente, sobre os detalhes da montagem industrial e da transferência de tecnologia que fazem parte deste programa. Em 24 de Dezembro, a presidência da República francesa anunciou que os dois primeiros BPCs seriam construídos em St. Nazaire, afirmação sutilmente relativizada por alguns sindicatos da STX França. A CGT havia indicado que, segundo suas informações, apenas 80% do primeiro navio e 60% do segundo seriam realmente construídos no estaleiro localizado às margens do rio Loire. Na seqüência, os estaleiros russos OSK (com os quais a DCNS e a STX França vão formar um consórcio) confirmaram que seriam envolvidos desde a primeira fase de produção dos BPCs. Seriam, de fato, uma vez que o estaleiro da OSK próximo a São Petersburgo fabricará alguns dos blocos para a parte traseira do navio, incluindo, notavelmente, sua doca e o hangar de helicópteros. Esses elementos serão, então, rebocados por meio de balsas à St. Nazaire, onde seriam acoplados ao restante do casco. No segundo BPC, a participação da Rússia aumentaria e, se a opção por dois navios adicionais for concretizada, os estaleiros russos construirão todo o terceiro e quarto BPCs, com assistência técnica francesa. Para o registro, os dois primeiros BPCs franceses (Mistral e Tonnerre) tiveram a metade traseira de seus blocos produzidos no estrangeiro. Produzidos na Polônia, esses elementos foram trazidos para Brest, onde a DCNS realizou sua montagem final. Somente o Dixmude, atualmente em fase de conclusão pela STX França, é que foi integralmente construído em Saint-Nazaire.




Tradução: Felipe Medeiros



Fonte: Mer et Marine

Boeing Entrega, Antes do Prazo, outros 4 Super Hornets à Austrália

Esse Marco foi Atingido no mesmo momento em que os F/A-18F da RAAF Alcançaram Capacidade Inicial Operacional



AMBERLEY, Queensland, 7 de janeiro de 2011 –Boeing entregou em dezembro quatro novos caças F/A-18F Super Hornets à Base de Amberley da Royal Australian Air Force (RAAF – Real Força Aérea Australiana), aumentando para 15 a frota desses caças multitarefa da RAAF. A entrega permitiu a RAAF atingir capacidade inicial operacional (IOC) do primeiro esquadrão de aviões Super Hornet – o Esquadrão Nº 1, com sede em Amberley.




A Boeing fez a entrega à Austrália desses 15 Super Hornets antes do prazo.



“A entrega antecipada, em Amberley, dos nossos novos caças Super Hornets foi elemento fundamental para alcançar o IOC com nosso primeiro esquadrão de caças Super Hornet – o que foi feito antes do prazo”, disse Steve Roberton, oficial Comandante da 82 Wing, que opera o Super Hornet. “Como estamos atingindo as metas do Programa Super Hornet – ou, em alguns casos, antes do prazo – isso está possibilitando à RAAF assegurar superioridade aérea regional enquanto fazemos a transição desde os F-111 e F/A-18A/B Hornet.”



A chegada de mais um lote de caças Super Hornet em dezembro foi o terceiro e último programado para 2010. Três aeronaves desse lote foram preparadas na linha de produção da Boeing em St. Louis para potencial conversão para plataformas de ataque eletrônico. As nove aeronaves restantes serão igualmente preparadas para dispor dessa capacidade antes de serem entregues ao Esquadrão Nº 6.



“A equipe da Boeing superou as expectativas ao entregar 15 aviões à RAAF ao invés de 12 como originalmente programado”, disse Carolyn Nichols, gerente da Boeing para o Programa Super Hornet da Austrália. “Ademais, cada aeronave foi entregue dentro do orçamento. Estamos plenamente dedicados em assegurar o mesmo nível de sucesso e excelência no que diz respeito às entregas e orçamento das aeronaves que serão recebidas pela RAAF em 2011. Nos congratulamos com os homens e mulheres da RAAF pelo notável marco que atingiram ao fazer com que o Esquadrão Nº 1 e seus Super Hornet atingissem capacidade inicial operacional antes do prazo.”



Em março de 2007 o governo australiano anunciou a aquisição de 24 unidades da versão avançada do caça Super Hornet Block II, os quais seriam entregues com o radar APG-79 de escaneamento eletronicamente ativo (radar AESA), da Raytheon.



O Super Hornet é uma aeronave multitarefa capaz de realizar praticamente todas as missões de emprego tático, incluindo superioridade aérea, ataque diurno/noturno com armas de precisão, escolta de caça, apoio aéreo aproximado, supressão das defesas aéreas inimigas, interdição marítima, reconhecimento, controle aéreo avançado e reabastecimento em vôo como aeronave cisterna. A Boeing já entregou 440 caças F/A-18E/F à Marinha dos Estados Unidos, e cada Super Hornet produzido foi entregue antes ou dentro do prazo, e sempre dentro do orçamento.



Uma unidade da Boeing Company, a Boeing Defense, Space & Security é uma das maiores empresas do mundo no setor espacial, defesa e segurança, especializando-se em soluções inovadoras desenvolvidas sob medida para as necessidades dos seus clientes. É ainda a maior e mais versátil fabricante de aeronaves militares do mundo. Sediada em Saint Louis, nos Estados Unidos, a Boeing Defense, Space & Security é uma empresa com negócios que totalizam US$ 34 bilhões, empregando 68.000 pessoas em todo o mundo.

sexta-feira, 7 de janeiro de 2011

novo fuzil da embel

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Comandante do USS Enterprise destituído de suas funções

Comandante do USS Enterprise destituído de suas funções






Num fato raríssimo, a Marinha Americana decidiu destituir de suas funções o comandante de um porta-aviões nuclear, neste caso, o USS Enterprise. Owen Honors, pelo fato de ter um senso de humor muito duvidoso, provocou um belo escândalo. Em 2006 e 2007, quando foi imediato do "Big E", o oficial animou um programa da televisão de bordo, o "XO Movie Night". Neste programa, Owen Honors destilou piadas estudantis sexistas e homofóbicas. Chocados, alguns marinheiros reportaram-se aos seus superiores, resultando na eliminação desse programa interno, supostamente destinado a entreter a tripulação. O caso parecia assunto para permanecer interno à Marinha, mas, na segunda-feira, o jornal americano Virginian Pilot revelou a existência deste programa e divulgou trechos dele em seu site. A proeza do comandante Honors, que não faz jus ao corpo de oficias americanos, causou um verdadeiro clamor popular. Dada a disseminação pública dos vídeos, a Marinha Americana foi forçada a tomar medidas rápidas para salvar sua própria imagem.



"Nossos oficiais devem ser irrepreensíveis"



"O comando do capitão Honors transcorreu sem incidentes, mas a sua profunda falta de profissionalismo e julgamento, quando ele era anteriormente o imediato do USS Enterprise, levanta dúvidas sobre seu caráter e destrói completamente a sua credibilidade para seguir servindo efetivamente como comandante" disse o chefe das forças navais dos EUA. Para o almirante John C. Harvey: "Como oficiais da Marinha, estamos sujeitos a um padrão mais elevado. Aquele que comanda que deve dar o exemplo dos valores fundamentais da Marinha, que são a coragem, a honra e o compromisso, a fim de que nossos marinheiros o sigam. Nossos oficias devem ser irrepreensíveis e nossas equipes não merecem nada menos dele." Honors foi substituído pelo Capitão Dee Mewbourne, que provavelmente terá o privilégio de ser o último comandante do celébre porta-aviões, chamado à ativa em 1961 e cujo desarmamento está previsto para Novembro de 2012.



Tradução: Felipe Medeiros



Fonte: Mer et Marine

Estaleiro EISA e a construção do segundo lote de Navios Patrulha de 500 toneladas

Logo antes do Natal ALIDE visitou o Estaleiro Ilha S.A. localizado no bairro carioca da Ilha do Governador. Fomos fazer uma atualização do status atual do programa industrial dos quatro Navios Patrulha (NPas) vencido pelo EISA no ano passado. Para tanto, entrevistamos o economista Carlos Palmer, o novo responsável pelo programa de construção destes navios militares dentro do Estaleiro Ilha.




Caminhando pelo estaleiro, ele nos mostrou que, sobre um píer pequeno pré-existente, já foi construída uma cobertura para que os navios patrulhas possam ser montados sem que os operários fiquem expostos ao sol e aos elementos. A construção de cada um dos módulos componentes (de no máximo 20 toneladas) é feita dentro de um dos dois outros grandes halls de montagem cobertos do estaleiro. Atualmente dois módulos centrais de casco já estão montados, um pertencente ao NPa Maracanã e outro ao NPa Matinhos.



Para Palmer, um produto militar é bem diferente de um navio civil. Em primeiro lugar, porque não se utiliza das sociedades classificadoras, como a Det Norsk Veritas e a ABS, entre outras. Estes programas militares usam normas industriais próprias, que precisam ser aprendidas pelo pessoal do estaleiro. Outra característica diferente, é que nos projetos militares existe um grande número de anteparas, assim as cavernas e demais elementos estruturais ficam muito mais “apertadinhos” do que são nos navios civis. Isso, naturalmente, dificulta o trabalho dos soldadores durante a montagem dos módulos.



“Do ponto de vista do estaleiro, saber construir navios militares, na verdade, não agrega maiores vantagens para a produção dos nossos navios civis... Esta capacitação, e muito específica, e serve mesmo é para que possamos construir mais e melhores navios militares. Uma possível exceção a isto talvez seja a oportunidade de aprendermos a trabalhar com estruturas feitas em alumínio. Inclusive, por conta destes navios patrulha já contratamos alguns soldadores, ex-funcionários do Estaleiro Barcas, onde apenas se trabalha com este matéria. Mas o número de profissionais nossos nesta área ainda é insuficiente para nossas necessidades ”, emendou Palmer.



O executivo do EISA falou ainda que “embora o número inicialmente anunciado pela Marinha na imprensa seria de 46 navios patrulha novos, atualmente, o número mais aceito se situa na casa de 26 NPas de 500 toneladas. Mas tudo pode mudar no futuro...” Palmer continuou: “o próximo lote de NPas de 500 toneladas deve ser licitado agora em janeiro, a principio, comenta-se que serão mais seis navios. Se também ganharmos esta encomenda, é possível que optemos por criar um novo estaleiro, exclusivamente para a construção de navios militares, no bairro do Gradim, em São Gonçalo. Neste momento, várias opções estão sendo avaliadas, inclusive uma onde apenas os módulos componentes seriam feitos lá para montagem final em outro estaleiro. O EISA também está de olho neste novo local para a construção de corvetas derivadas do projeto da Barroso, caso elas realmente sejam adquiridas por marinhas africanas conforme contado em julho do ano passado por ALIDE.



Na forma que escolhemos para esta construção os navios não serão lançados ao mar, mas, sim erguidos e colocados na água por uma ‘cábrea’, um guindaste pesado montado sobre uma balsa flutuante. Este é o mesmo método que usamos para lançar as estruturas das plataformas de petróleo e gás montadas no Estaleiro Mauá. Uma boa característica de uma encomenda múltipla, como esta, é a chamada curva de aprendizado. Este fenômeno faz com que, a cada novo navio, o seu tempo de construção encolha em relação ao navio justamente anterior”.



Perguntamos ao Sr. Palmer se ele já havia ouvido qualquer menção a tecnologia de navios stealth com perfis de superestrutura lisos e materiais anti-eco radar. Ele respondeu que: “até onde eu tenha percebido não houve qualquer mobilização da Marinha ou da indústria nesta direção”.



No contrato assinado com a Marinha está ainda previsto que se instale dentro do estaleiro um Grupo de Fiscalização (o “GruFis”) da obra. Para eles, o EISA já preparou uma sala dedicada e aguarda a mudança deste pessoal, ainda em janeiro, de seu escritório no prédio da DEN para o estaleiro. Os atrasos ocorridos no início deste segundo lote derivam da necessidade de se entregar as plantas definitivas para a construção dos NPas. Surpreendentemente, Palmer contou a ALIDE “que por decisão da Marinha os quatros navios fabricados no EISA não seguirão rigorosamente o mesmo desenho do Macaé e Macau, os primeiros navios desta nova classe, que foram fabricados no estaleiro INACE do Ceará. Por isso, um novo contrato aditivo se encontra sendo negociado entre o Estaleiro Ilha e a Diretoria de Engenharia Naval da Marinha. Devido ao número de alterações que foi necessário adicionar ao programa básico, o Maracanã passará, então, a ser o navio padrão (de referência) desta nova classe. Tudo o que já foi construído até aqui neste programa, inclusive a distribuição das peças a serem cortadas das chapas (o “nesting”), foi feito exclusivamente a partir de plantas da CMN – Constructions Mécaniques de Normandie. O CMN foi o estaleiro que criou a classe Vigilante original para a Marinha Francesa. Neste momento, o EISA apenas aguarda que sejam entregues pela MB as plantas definitivas desta classe para seguir adiante com a obra dos seus navios patrulha.



O Estaleiro Ilha é o nome novo (desde 1994) de um dos mais tradicionais estaleiros brasileiros, o antigo EMAQ. Hoje o EISA junto com o Estaleiro Mauá em Niterói fazem parte integrante do conglomerado de empresas de German Efromovich, empresário que, além de ser dono da companhia aérea Avianca (a ex-Oceanair), há muitos anos trabalha neste segmento de construção naval construindo plataformas para a Petrobras com sua empresa original, a “Marítima”. Efromovich comprou o EMAQ do grupo do empresário Nelson Tanure, que também era o dono dos estaleiros Verolme e Ishibras.

Novo capacete permite aos pilotos do Typhoon olhar, mirar e atirar

Parece com algo saído de Guerra nas Estrelas, e seu desempenho também parece ter saído de Guerra nas Estrelas, e para os pilotos de aviões de caça do futuro, pode significar toda a diferença entre a vida e a morte.




Bem-vindo à nova arma do caça Eurofighter Typhoon: não um dispositivo que fique pendurado debaixo das asas, mas um sistema com “cérebros”, que fica bem na cabeça do piloto.



O “Sistema de Simbologia Montado no Capacete” (“Helmet Mounted Symbology System”, em inglês), projetado pela BAE Systems, é um capacete e sistema de apoio altamente sofisticado, que permite que o piloto “veja” através da fuselagem da aeronave, dando a ele uma vantagem vital quando é necessário tomar uma decisão em uma fração de segundo.



Usando o novo sistema de capacete, o piloto agora pode olhar para múltiplos alvos, mirar neles, e então, por comando de voz, priorizá-los. É um sistema muito veloz, que permite ao piloto olhar, mirar e atirar.



O piloto pode até mesmo fazer isso sem olhar para um alvo que esteja por trás dele, ou um alvo que seja identificado pelo radar que esteja diretamente embaixo do chão da aeronave.



Esta capacidade de rapidamente olhar e atirar, aliada ao super amplo campo de visão, dá ao piloto do Typhoon um campo de visão para qualquer hora do dia e qualquer clima.



O capacete funciona através de um número de sensores fixados em toda a área da cabine do piloto. À medida que o piloto move a cabeça, os sensores em seu capacete se movem em relação aos sensores da aeronave, assegurando que a aeronave saiba exatamente para onde e para o que o piloto está olhando.



Imagens projetadas no visor do piloto oferecem, dentre outras informações, velocidade, posição e altura e, crucialmente, também oferece a posição precisa de quaisquer aeronaves ou mísseis inimigos. Estas imagens, que permanecem estáveis e precisas de qualquer ângulo de visão, permitem ao piloto tomar decisões imediatas sem ter que tirar seus olhos do alvo em momento algum.



Mark Bowman, Piloto de Testes Líder da BAE Systems, disse: “Este é um grande avanço em termos de capacidade de combate, e é algo que dá aos pilotos do Typhoon uma vantagem considerável no que se refere ao combate aéreo. Não existem dúvidas para mim de que o Eurofighter Typhoon é o líder mundial nesta capacidade, e isso é algo de que todos aqueles que trabalharam nesse sistema podem se orgulhar profundamente. É um enorme avanço na capacidade da aviação. Além do mais”, diz ele, “o melhor ainda está por vir.”



O novo sistema de capacete deve entrar em operação na Força Aérea do Reino Unido ainda esse ano.



Sobre a BAE Systems



A BAE Systems é uma empresa global que atua nas áreas de defesa, segurança e aeroespacial. Mundialmente, conta com aproximadamente 107.000 funcionários. A Empresa oferece uma seleção completa de produtos e serviços para forças aéreas, terrestres e navais, bem como avançadas soluções eletrônicas, de segurança e informática, além de serviços de atendimento ao cliente. Em 2009, a BAE Systems registrou um faturamento de £22,4 bilhões (US$ 36,2 bilhões).

quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

Argentina pede ajuda à polícia brasileira para investigar roubo a banco

SÃO PAULO - A polícia da Argentina pediu ajuda para a Polícia Federal do Rio Grande do Sul para auxiliar nas investigações de um assalto a uma agência do banco argentino Província, em Buenos Aires, durante o feriado do Ano Novo, informou o órgão brasileiro nesta quinta-feira, 6.




Veja também:

Argentina investiga negligência policial no caso



Os argentinos e a Interpol entraram em contato com a Polícia Federal após analisar que o roubo - estimado em US$ 6,8 milhões - foi feito de forma semelhante ao do grupo que tentou roubar agências do Banrisul, em 2006. Há a suspeitas de que integrantes da quadrilha que tentou roubar o banco brasileiro tenham participado do crime na Argentina.



Além de ter reforçado o trabalho na delegacias na fronteira com a Argentina, a Polícia Federal disse que encaminhou material sobre as investigações da época da tentativa de roubo do Banrisul aos órgãos estrangeiros.



Na época, dos presos na operação, 11 foram removidos para penitenciárias de outros estados, cinco estão em liberdade, sete estão foragidos, três continuam presos no Rio Grande do Sul e dois foram mortos.



Na Argentina, o bando alugou uma casa em julho de 2010, de onde começou a cavar o túnel que levou os criminosos até os cofres do banco. Uma pizzaria vizinha à agência filmou o momento da fuga da quadrilha.



As autoridades argentinas investigam se houve negligência policial no caso. Os alarmes da agência roubada dispararam nos dias 23, 29, 30 de dezembro e outras duas vezes na madrugada do dia 2. Apesar das advertências, os policiais só fizeram inspeções externas, enquanto os ladrões saqueavam 136 cofres de argentinos com alto poder aquisitivo.



"A polícia não respondeu aos alarmes. Claramente, houve um erro", declarou o presidente da instituição, Guillermo Francos. Segundo ele, os agentes enviados para o local pensaram que vibrações do metrô podiam ter ativado sensores antissísmicos e também jogaram a culpa nas reformas que a pizzaria vizinha está realizando.



Os policiais e a empresa de segurança particular contratada pelo banco estão na mira do promotor responsável pelo caso, Martín Niklison

Horror no fundo do mar

Há tragédias que o orgulho nacional transforma em catástrofes de dimensões ainda maiores. A Rússia relutou durante quatro angustiantes dias até aceitar ajuda internacional para os esforços de resgate da tripulação enclausurada nos destroços do submarino Kursk. A embarcação movida a energia nuclear foi a pique no sábado 12 com 118 pessoas a bordo, e até a noite de sexta-feira passada permanecia atolada no lodo do fundo do Mar de Barents. As águas naquela latitude, além do Círculo Polar Ártico, são geladas, o mar é revolto, venta e chove forte a maior parte do tempo – condições duríssimas que contribuíram para frustrar as repetidas tentativas russas de resolver o assunto por conta própria. Os velhos hábitos demoram a morrer e Moscou agiu de acordo com códigos do tempo do comunismo, cuja regra de ouro era manter absoluto segredo sobre fiascos militares e tecnológicos, não importando o número de mortos. Isso já não é possível. Na Rússia de hoje, cada náufrago é um ser humano, com nome, foto e família para reclamar na imprensa da ação desajeitada do Estado. Com mais de uma centena de marinheiros confinados à tenebrosa escuridão numa caixa de metal, só dois dias depois do naufrágio a Marinha resolveu admitir a ocorrência do acidente. Sim, os 118 marinheiros estavam aprisionados no fundo do mar. E, sim, estavam sem rádio e telefone ou qualquer outro canal de comunicação com o mundo dos vivos. Nada funcionava. A não ser as marteladas que os tripulantes do Kursk davam na parte interna do casco do submarino, em linguagem de código morse.





Tripulantes do Kursk: os marinheiros Mikhail Kuznetsov e Vladimir Sverchkariov com os filhos

Ofertas de socorro vieram dos Estados Unidos, da Inglaterra e da vizinha Noruega. Em lugar de ter apelado por ajuda internacional no próprio sábado, os russos rejeitaram a oferta na segunda-feira. A situação já era então desesperadora. Só se entende essa atitude no contexto do mundo criado por sete décadas de paranóia comunista. Divulgou-se que a recusa inicial ao auxílio estrangeiro estaria ligada a dois motivos. Primeiro, receio de que nas equipes de resgate os ocidentais infiltrassem espiões para observar detalhes da construção do submarino. Além disso, informou-se que haveria o orgulho nacional russo. A Rússia não estaria inclinada a demonstrar incapacidade de lidar com os próprios desafios. Num lugar em que não havia listas telefônicas, pois se acreditava insanamente ser perigoso colocar informação tão vital à disposição dos inimigos do Estado, é possível que as duas explicações sejam as verdadeiras.



Quando o Kremlin pôs a mão no bolso para encomendar o primeiro submarino da família do Kursk – uma formidável máquina de guerra projetada para atacar porta-aviões americanos e destruir comboios de abastecimento –, os moscovitas precisavam esperar na fila pelo privilégio de comprar pão. O país degringolou depois de arriar a bandeira soviética, em 1991, e hoje está na categoria das nações sem dinheiro em caixa para a manutenção de grande força militar. A poderosa máquina de guerra montada pelo Estado soviético está fora de ação, apodrecendo em bases militares e portos. O Kursk fazia parte de uma porcentagem ínfima do equipamento militar soviético que ainda podia funcionar a contento. A frota de submarinos é o derradeiro componente das Forças Armadas russas que ainda inspira respeito ao generalato americano. Além do arsenal nuclear, evidentemente.




O comandante do Kursk, Gennadi Liachin, 45 anos, e o marujo Dmitri Staroseltsev, 20: 118 homens a bordo



O Kursk afundou durante um exercício naval no mar gelado de Barents, ao norte da Rússia. O submarino tinha apenas cinco anos de uso e era das melhores peças do arsenal bélico russo. Os esforços para salvar os sobreviventes só começaram na terça-feira, quando foi possível reunir navios e equipamentos a menos de 200 quilômetros de Murmansk, sede da poderosa Frota Norte. No dia seguinte, Moscou rendeu-se e aceitou, pediu, implorou por ajuda externa. A Inglaterra enviou seu melhor minissubmarino, o RL5, com previsão para entrar em operação uma semana depois do desastre.



A ineficiência do resgate russo é simbólica em vários sentidos. Acidentes com centenas de mortes são noticiados com freqüência sem despertar tanta atenção. Enchentes na Índia ou fome na África matam milhares de pessoas com menos atenção que a recebida pelo naufrágio do Kursk. Mas é outro o ponto. Desde que a nave espacial Apollo 13 quase se perdeu no espaço com seus três astronautas, em 1970, não se via uma tentativa de resgate de vidas humanas ser acompanhada em escala global por tanta gente de tantos países. Não é em número de mortes que se avalia o impacto de um desastre na opinião pública. Quando o jato Concorde se espatifou perto do Aeroporto Charles de Gaulle, em Paris, semanas atrás, morreram poucas pessoas em comparação com o número de vítimas do afundamento de uma balsa qualquer na Indonésia. Mas o Concorde, por ser um prodígio da tecnologia da navegação aérea, por representar um símbolo da capacidade humana de dominar as alturas, despertou um interesse mais agudo do que acidentes maiores. Com o Kursk aconteceu a mesma coisa. acidente com o submarino russo já seria chocante apenas com a transformação do barco num caixão de aço parado no fundo do oceano, cheio de marinheiros respirando. Mas havia, além disso, o fato simbólico de que o país dono do segundo maior arsenal atômico do mundo – a Rússia que já mandou sondas para os confins do espaço e construiu uma estação para orbitar a Terra – não era capaz de resgatar 118 marinheiros a apenas 108 metros de profundidade, a extensão de um mísero quarteirão.





Em Moscou, soldados lêem sobre o acidente com o submarino: um país indignado com as trapalhadas do governo





O Kursk era o quartel-general da maior manobra naval que a Armada russa realizava em cinco anos. É provável que o excesso de gente a bordo (a tripulação normal é de 107 homens) seja de oficiais graduados, cujo desaparecimento só aumenta a angústia oficial. A imprensa russa, fazendo eco à indignação popular, não cessa de perguntar como é possível que o equipamento de resgate não estivesse de prontidão em manobras desse porte. Que explicação havia para o comportamento indiferente do presidente Vladimir Putin? Enquanto o país atravessava a semana atônito com a história dos tripulantes do Kursk, Putin continuava em férias num balneário no Mar Negro. Dedicava-se a amenidades e até escreveu uma carta a um astro famoso. Na quarta-feira, ele deu ordem para que se aceitasse qualquer oferta de ajuda que fosse feita. Mas só na sexta decidiu interromper as férias. Putin, que antes de ser eleito presidente da Rússia prometia restaurar o orgulho militar da nação, revelou-se um fiasco na prova da semana passada. Em rede nacional de televisão, a mãe de Aleksei Nebrasov, um dos tripulantes jovens do submarino, disse o que todos pensavam no país. "Nós estamos indignados", afirmou ela. "Estamos indignados porque nossos filhos ainda estão lá e ninguém fez o suficiente para salvá-los."





Velas pelos marinheiros do Kursk na Igreja de São Nicolau, em Murmansk: demora de quatro dias até aceitar ajuda internacional





Durante as décadas da Guerra Fria, bastava usar a imaginação para descrever os guerreiros que tripulavam máquinas como o Kursk, equipadas com mísseis nucleares capazes de arrasar cidades inteiras. O acidente da semana passada mostrou a face banal dos homens na barriga da máquina de guerras – são na maioria conscritos, quase adolescentes. A mãe de um desses marinheiros, Valentina Staroseltseva, costumava agradecer à sorte por seu filho, Dimitri, 20 anos, ter escapado do Exército e da Guerra na Chechênia e servir no Kursk. "Nós nos referíamos a ele como nosso submarino. Estava tranqüila porque achava que o submarino era seguro", repete Valentina.



Os russos primeiro tentaram alcançar o submarino com um equipamento chamado de sino, o Kolokol, que opera por controle remoto e por cabos presos a uma plataforma na superfície. Antiquado e difícil de ser manobrado, o aparelho mostrou-se incapaz de se conectar com a escotilha por onde deveriam sair os tripulantes. A segunda tentativa foi feita com um minissubmarino, o Priz, movido por baterias antigas, que se esgotavam em apenas três horas. Só na quarta-feira entrou em operação o que a Marinha tem de melhor, o minissubmarino Bester. Com 50 toneladas, ele consegue navegar contra as fortes correntes que impediram o trabalho do sino e do Priz. O Bester pode levar vinte tripulantes de volta à superfície em cada viagem – mas só na sexta-feira foi capaz de se conectar à escotilha na parte traseira do submarino. O tombadilho estava tão danificado, contudo, que a cápsula de resgate não conseguiu estabelecer uma conexão adequada. Sem uma junção perfeita, é impossível abrir a escotilha e entrar no submarino. Outras escotilhas, localizadas na ré, estão igualmente danificadas.



As câmaras do Bester permitiram filmar o tamanho do estrago. Há um enorme buraco na parte dianteira da embarcação. Daí se intui que a ponte de comando, localizada nessa área, deve ter sido inundada rapidamente. É onde trabalha a maior parte da tripulação. Estima-se que dois terços dos marinheiros devam ter morrido nos primeiros momentos do desastre. O Kursk é dividido em dez compartimentos estanques, exatamente para que se possa isolar pontos alagados. Quem sobreviveu ficou no escuro, com a temperatura baixando para próximo de zero grau. Só se pode imaginar o horror dessas horas passadas numa caixa de aço no fundo do mar, à espera do resgate. O barco de 14.000 toneladas está em águas relativamente rasas. Se fosse possível colocá-lo em pé, ficaria com mais de 40 metros acima da superfície do mar. O que terá acontecido com o Kursk? Há duas hipóteses: explosão ou colisão. Talvez uma colisão seguida de explosão. É possível que um ou mais torpedos tenham explodido dentro dos tubos de lançamento. Ou que tenha ocorrido combustão espontânea nos tubos de ar comprimido do sistema de lastro. O almirantado russo acredita que o submarino colidiu com outra embarcação, talvez um cargueiro russo, que ainda não foi identificado. Não está fora de cogitação o choque com o fundo do mar, em decorrência de manobra desajeitada. Falta explicação para a rapidez com que tudo ocorreu. O submarino foi projetado para flutuar, mesmo parcialmente alagado. Por que a tripulação nem sequer teve tempo para acionar o alarme de emergência? A Marinha americana, que espionava eletronicamente as manobras russas, registrou duas explosões, separadas por alguns segundos. Um militar em Washington disse à agência Reuters que a última comunicação do Kursk foi um pedido de autorização para disparar dois torpedos. Terão esses torpedos sido a primeira da série de decisões erradas que, no mar e na terra, transformaram a tragédia dos homens do Kursk num símbolo da estupidez militar e política da Rússia de hoje?

EUA vão enviar mais 1400 «marines» para o Afeganistão

Por Redacção




Os Estados Unidos planeiam enviar, temporariamente, 1400 marines para o Afeganistão, de modo a garantir a segurança com mais eficácia.



Neste momento os EUA têm 97 mil soldados, 21 mil deles marines, destacados na região, muito atacada por forças rebeldes da Al-Quaeda. Ao mesmo tempo, é intenção de Obama começar a retirar os soldados em Julho, mas as forças extra podem chegar aos 3000 homens.



Esta nova remessa de soldados deverá fixar-se no sul do país, em Kandahar, onde os Estados Unidos têm forte presença. «Queremos manter a pressão sobre os talibãs ao longo do Inverno e aproveitar as vantagens que já conseguimos no terreno», disse uma fonte da defesa.

15:52 - 06-01-2011

Aeroeletrônica assina contrato para fornecimento de torretas para o Guarani

As torretas UT30 da Elbit Systems, serão produzidas no Brasil pela Aeroeletrônica, e serão instaladas no veículo IVECO 6X6 Veiculo Blindado de Transporte de Pessoal – Médio de Rodas - Projeto Guarani


Haifa, Israel, 06 Janeiro 2010 – A Elbit Systems Ltd. Anunciou que a sua subsidiária brasileira, Aeroeletrônica Ltda. (AEL) recebeu um contrato com um potencial de até 440 milhões de Reais (aproximadamente U$ 260 milhões) para o suprimento da “Torreta não Tripulada” (Unmanned Turret) UT30 BR (canhão de 30 mm) com o Exército Brasileiro para o Projeto Guarani.




Este contrato segue outro recebido em 2009 pela Elbit Systems para o fornecimento de várias Unmanned Turrets em uma competição internacional onde participaram vários fabricantes internacionais.



O contrato é para o fornecimento pela Elbit Systems da UT30 BR a ser instalada em algumas centenas do Iveco 6X6 APC, conforme um cronograma de vários anos a definido pelas partes.



Joseph Ackerman, presidente CEO da Elbit Systems, comentou: "Nós estamos honrados pelo contrato do Ministério da Defesa / Exército Brasileiro. Este contrato é uma marca para a AEL em seu continuado processo de fortalecer as capacidades e tecnologias brasileiras. Ao vencer o contrato de um programa tão prestigioso atesta nossa liderança no campo de inovação para forças terrestres, e nós esperamos ter outros clientes, tanto na América Latina como no resto do mundo

terça-feira, 4 de janeiro de 2011

Eclipse parcial do Sol é visível sobre o Oriente Médio e a Europa

AP


GENEBRA - O primeiro eclipse parcial do Sol em 2011 foi observado na manhã esta terça-feira, 4, no Oriente Médio e em grande parte da Europa. Os romenos acordaram sob uma luz rosada no céu, enquanto os suecos acompanharam um belo nascer do Sol.





Michaela Rehle/ReutersCerca de dois terços do Sol sumiu por trás da Lua



Na Suíça, a cortina de nuvens e neve parecia um anoitecer de luzes cintilantes, enquanto as pessoas pegavam trens e ônibus para chegar ao trabalho. O fenômeno atingiu seu auge em Genebra, Berna e outras cidades do país no meio da manhã. Em seguida, o dia cinzento em altitudes mais baixas começou a clarear.





Cerca de dois terços do Sol sumiu de vista por trás da Lua nesta terça, algo que não ocorria na Suíça desde agosto de 1999. Um eclipse menor foi observado no país em agosto de 2008. A Secretaria da Saúde local alertou as pessoas, especialmente crianças, a usarem óculos especiais de proteção - e não os caseiros - para observar o fenômeno.





No sul da Romênia, um céu limpo ofereceu uma chance de vislumbrar um brilho rosa pálido e quase sobrenatural que se espalhou ao longo da capital, Bucareste. Moradores subiram no topo de edifícios cobertos de neve para ter uma visão melhor, ou usaram óculos escuros e se amontoaram próximo a estações de metrô na Praça da Revolução. Alguns assistiram o espetáculo ao vivo pela televisão. Os romenos não terão outro eclipse até março de 2015.





"Esta manhã vi uma luz estranha", contou o estudante de arquitetura Andrei Carlescu, de 21 anos, que ficou fascinado pela maneira como a luz apareceu no horizonte. "No começo, não sabia o que estava acontecendo. Havia crianças de cerca de 9 ou 10 anos que usavam óculos especiais e olhavam para isso."





O eclipse foi visto primeiro nesta terça em Jerusalém, onde o Sol parecia ter perdido sua parte superior direita. A ocultação transitória da principal estrela do Sistema Solar ocorre quando a Lua se alinha entre o Sol e a Terra, projetando uma sombra sobre a superfície do planeta e obscurecendo o disco solar. Durante um eclipse parcial, apenas parte dele é "apagado".





A Europa Ocidental acordou com um nascer do Sol em eclipse. Astrônomos aguardam o maior fenômeno sobre a Suécia, onde cerca de 85% do astro será bloqueado. "É graças à posição da Lua", explicou Niclas Henricson, chefe do Observatório Tycho Brahe, localizado no sul do país.





Dez pessoas se reuniram no observatório para conferir o eclipse com telescópios móveis, caso o tempo nublado ajude. Segundo ele, os suecos só têm essa oportunidade uma vez a cada 45 anos - o próximo eclipse solar total do país será em 2126.





Para não perder o espetáculo, o empresário de tecnologia da informação Christian Ander, de 31 anos, foi a um parque para vê-lo, mas, devido ao fato de ter ocorrido logo cedo, não era tão perceptível como poderia ter sido se tivesse acontecido no final do dia. "Foi lindo, como uma espécie de nascer do Sol", revelou.





Na cidade de Cracóvia, sul da Polônia - onde a sombra da Lua pôde ser vista apagando o Sol progressivamente -, as pessoas assistiram a uma transmissão televisiva ao vivo. A forma de "croissant de ouro" era visível no céu escuro pela manhã. Apesar disso, a maior parte do país esteve coberta por nuvens que apagaram a visão espetacular.



Um pôr-do-sol em eclipse será visível desde a Rússia central, passando por Cazaquistão, Mongólia e noroeste da China.

Cientista amador descobre quatro planetas fora do sistema solar

O que você faz no seu tempo livre? Joga futebol, vai no cinema? Peter Jalowiczor descobre planetas. Esse astrônomo amador que, segundo o Mail Online, nunca teve um telescópio, foi capaz de estabelecer a existência de quatro exoplanetas fora do sistema solar.




Game online ajuda cientistas na busca por novos planetas



Foram as horas que ele passou analisando dados divulgados pelos cientistas em seu computador que forneceram importantes informações para os pesquisadores descobrirem os planetas e, por isso, o a equipe de busca de planetas Lick-Carnegie o nomeou co-descobridor dos exoplanetas: HD 31253b, HD 218566b, HD177830c and HD 99492c.



Jalowiczor utilizou um processo chamado espectrometria doppler, que busca pequenas mudanças de luminosidade nas estrelas, o que pode significar que um planeta passou por ela, orbitando-a.



A esperança dos cientistas, que liberaram dados acumulados durante décadas em 2005, é que a chamada "ciência cidadã" ou ciência amadora ajudasse na análise dos dados e resultasse em ainda mais descobertas.

Coreia o Sul posiciona mais aviões de patrulha antissubmarina

A Coreia do Sul posicionou cinco aviões adicionais de patrulha antissubmarinos para se proteger de um possível ataque da Coreia do Norte, indicou a imprensa nesta terça-feira, em meio à tensão vivida em torno da fronteira marítima em disputa.


As forças armadas posicionaram no sábado passado cinco aviões de vigilância P-3CK, que se somam aos 11 aviões antissubmarinos que já patrulhamos o mar diante do litoral oeste e leste, informou o jornal JoongAng Ilbo.



"A medida tem o objetivo de melhorar a capacidade para detectar submarinos, depois do ataque da Coreia do Norte contra o barco de guerra (sul-coreano) Cheonan", indica o jornal, citando fontes oficiais.



Seul, apoiada por uma investigação multinacional, culpou Pyongyang de ter torpedeado o barco de guerra Cheonan em março de 2010, matando 46 marinheiros, uma acusação que a Coreia do Norte nega de forma veemente.

China está desenvolvendo caças furtivos (stealth), afirma revista

A China está desenvolvendo caças furtivos, dificilmente detectáveis por radares, disse nesta terça-feira o fundador da revista canadense Kanwa Asian Defense, Andrei Pinkov, à Agência Central de Notícias de Taiwan.




Os aviões, chamados J-20, não chegam ao nível dos caças furtivos dos Estados Unidos e da Rússia, mas mostram que a indústria militar chinesa deu um salto de qualidade, disse Pinkov à agência taiuanesa.



A maior limitação dos J-20 chineses é sua incapacidade de superar a velocidade do som, razão pela qual não podem se equiparar aos caças furtivos americanos e russos da quarta geração.



Os novos aviões chineses foram desenvolvidos e estão sendo fabricados em Chengdu, província de Sichuan, e representam o fim da era em que a China construía seus aviões de combate copiando modelos estrangeiros, avaliou Pinkov.



As fotos dos J-20 vazadas na internet mostram um avião que é uma mistura entre o americano F-22 e o russo T-50, acrescentou o fundador da Kanwa Asian Defense.

Confira 16 países onde conflitos podem eclodir em 2011

Além do Oriente Médio, das Coreias e do Irã - pontos já tradicionais de problemas geopolíticos -, dezenas de zonas de tensão política e social se espalham pelos continentes no início da segunda década do século XXI. A partir desse quadro e com base em dados do International Crisis Group, a revista Foreign Policy elaborou uma lista de 16 países que passam por uma situação delicada e que, no decurso de 2011, podem se ver em meio à eclosão de conflitos de proporções mais graves.




Costa do Marfim

As eleições de outubro são a chave para o 2011 da Costa do Marfim, que segue dividida entre os candidatos que se proclamam vencedores do pleito: Laurent Gbagbo, que assumiu a Presidência, respaldado por setores do Exército e pelo Conselho Constitucional; e Alassane Outtara, antigo premiê, defendido pela comunidade internacional. A disputa perdura, e o país fica à beira do conflito: a ONU reportou desaparecimentos e estupro, e ao menos 20 pessoas já morreram.



Colômbia

O presidente Juan Manuel Santos empreendeu reformas e buscou a reaproximação com Equador e Venezuela, mas o problema das guerrilhas permanece um desafio. Apesar de avanços, as Forças Armadas Revolucionárias Colombianas (Farc) ainda possuem 8 mil soldados, enquanto outros grupos ocupam o mercado do tráfico e fazem aumentar a violência: a taxa de homicídios em Medellín, segunda maior cidade, cresceu mais de 100% no último ano. O pedido de paz pode não se concretizar.



Zimbábue

Governado pela frágil aliança entre antigos rivais, o Zimbábue também começa 2011 em meio a disputas eleitorais. De um lado está Robert Mugabe, que há tempos mantém a presidência; de outro, Morgan Tsvangirai, o premiê e lider oposicionista. A coalizão, que é de 2009, poderia acabar com um novo pleito, mas divergências emperram o avanço: Mugabe quer eleições para renovar toda a estrutura política, e Tsvangirai espera passar a votação de uma nova constituição.



Iraque

Invadido pelos EUA em 2003, o Iraque passou anos da última década mergulhado na violência. Agora, à medida que as ruas parecem mais seguras, a arena política mostra seus riscos. Após nove meses, o novo governo foi finalizado em dezembro, mas é fraco. Enquanto políticos demoram a tomar as rédeas, teme-se que as mesmas voltem à insurgência - seja por fraqueza das forças de segurança, seja pela influência de vizinhos, como o Irã, que há tempo presta apoio a xiitas.



Venezuela

Em 2010, o presidente Hugo Chávez e seu partido perderam o controle da Câmara, mas essa derrota, que poderia frear os projetos do governo, pode perder significância depois que a Assembleia Nacional concedeu temporariamente a Chávez o direito de governar por meio de decretos. Enquanto isso, a violência urbana cresce, o país se torna um corredor para o tráfico internacional de drogas, e forças de segurança pública se veem acusadas de corrupção.



Sudão

Após duas décadas de guerra, o Sudão assinou em 2005 o Tratado de Naivasha, que punha fim ao conflito. Desde então, a paz vem sendo testada, e em 9 de janeiro um capítulo decisivo será escrito com a realização do referendo sobre a autonomia da região sul. O "sim" deve vencer, e se espera que o resultado seja aceito. No entanto, caso o resultado não venha a ser bem aceito, teme-se a volta do antigo conflito entre Norte e Sul.



México

O presidente Felipe Calderón declarou guerra aos carteis de drogas, mas o conflito já matou mais de 30 mil pessoas. A tensão é maior na fronteira com os Estados Unidos, onde grupos lutam pelo controle do tráfico que dá acesso comercial às grandes áreas metropolitanas americanas. Em 2010, temendo mais retaliações, um jornal publicou uma carta perguntando o que era permitido publicar. A situação parece longe de qualquer solução.



Guatemala

A luta pelo controle do lucrativo tráfico na fronteira mexicana com os EUA levou a violência à vizinha Guatemala. Dotada de um Estado fraco e de instituições frágeis, a sociedade guatemalteca pode ter de enfrentar em 2011 as repercussões da guerra das drogas no próprio solo. No final de 2010, ações policiais foram empreendidas para tentar retomar o controle de regiões próxima ao México.



Haiti

Para os haitianos, janeiro não será somente o mês do aniversário de um ano do terremoto de 2010, que devastou o mais pobre país do mundo ocidental. Neste mesmo mês, o país volta às urnas para finalizar um conturbado processo eleitoral que define o governo que terá a missão de começar a resgatar o Haiti de 2010, ano em que o país também teve de enfrentar uma drástica epidemia de cólera. Cerca de um milhão de haitianos permanecem sem lar na capital Porto Príncipe.



Tadjiquistão

Extremamente pobre, carente de serviços públicos e controlado há anos pelo grupo político do ex-líder soviético Emomali Rahmon, o Tadjiquistão pode ter de lidar em 2011 com a presença massiva de guerrilhas que vêm lutando ao lado do Talibã na tumultuada região central da Ásia. O governo vem tentando lidar com ataques oriundos da fronteira sul afegã, mas pouco resultado foi obtido até agora.



Paquistão

O Paquistão ainda enfrenta a crise gerada pelas enchentes de 2010, que desalojaram 10 milhões de pessoas. Por outro lado, o crescimento de grupos insurgentes ligados ao Afeganistão vem espalhando violência por diversas cidades paquistanesas. E o governo, por sua vez, mostra dificuldades de lidar com estes desafios, à medida que se encontra dividido entre governantes fracos, impopulares, e um exército poderoso.



Somália

Em 2011, a Somália deve seguir enfrentando o perigo da perda de controle de território para a insurgência islâmica. Atualmente governado por um grupo de transição apoiado pela União Europeia, o país permanece frágil e somente vem resistindo a ataques devido à ajuda provida pelas forças da União Africana. Um dos grupos insurgentes é o Al Shabab, que almeja a construção de um Estado muçulmano conservador e, no momento, trabalha para obter o controle da capital Mogadishu.



Líbano

O Líbano pode ter um 2011 delicado. Um Tribunal Internacional deve julgar membros do Hezbollah acusados de tentar assassinar o ex-premiê libanês, Rafik Hariri, numa decisão que poderia causar uma onda de violência. A situação com Israel também é incerta: após a guerra de 2006, a relação entre ambos não é das mais fecundas e se teme um novo conflito. Na foto, bandeiras libanesas e iranianas são expostas na visita do presidente Mahmoud Ahmanidejad.



Nigéria

A Nigéria teve um 2010 tumultuado: o presidente morreu devido a problemas cardíacos; centenas de pessoas foram assassinadas, vítimas de violência entre muçulmanos e cristãos; e o petróleo foi palco de ataques e sequestros de rebeldes ao longo do delta do Níger. Esses serão os desafios com os quais o novo presidente, a ser eleito na primavera de 2011, terá de lidar.



Guiné

A Guiné teve seu presidente assassinado em 2008. O episódio forçou a formação de uma junta militar, que, embora bem recebida, se mostrou inapto a governar depois de assassinar 150 manifestantes que realizavam um protesto pacífico. A junta convocou eleições, e, em dezembro de 2010, o país comemorou a posse do primeiro presidente eleito democraticamente, Alpha Condé. Em 2011, ele terá pela frente o desafio de manter a paz na Guiné e reorganizar as riquezas do país.



República Democrática do Congo

Anos após a Segunda Guerra do Congo (1998-2003), durante a qual 4,5 milhões morreram, a República Democrática do Congo segue um foco de tensão, por trás da qual reside a chamada "maldição dos recursos": a busca pelo controle do ouro, do cobalto e diversos outros minerais que abundam no país. Nenhum dos atores em jogo parece ter poder suficiente para controlar o país, mas todos parecem ter recursos para seguir tentando.