sábado, 6 de novembro de 2010

Dos Pampas ao Nordeste: o Cartorze pronto para o combate





Já era noite quando os cinco caças F-5EM do 1°/14° GAV pousaram em Natal após cruzarem todo o país, vindos de sua base no Rio Grande do Sul. O Esquadrão Pampa, como é chamado, chega para a CRUZEX V com a experiência da participação em vários exercícios, como a Red Flag e todas as CRUZEX anteriores.



Mas apesar de não ser novata, a unidade encara a CRUZEX V como uma grande oportunidade de aprendizado. Foi o que explicou o Major Francisco Bento Antunes logo após desligar as duas turbinas do seu jato de combate. “O esquadrão tem uma excelente perspectiva para essa operação em função da participação de unidades estrangeiras e a possibilidade de intercâmbio na ampla variedade de missões da aviação de caça”, afirmou.



Para superar os desafios dos próximos dias, o 1°/14° GAV preparou seus pilotos em missões de ataque, escolta e combate aéreo, semelhantes às que cumprirão na CRUZEX V. A novidade neste ano é que pela primeira vez o Pampa voará na força de coalizão com seus caças equipados com sistemas de última geração. “Voando com o F-5 modernizado nós temos uma excelente perspectiva de missão, aquisição de conhecimento e troca de experiências”, disse o Major Bento.



Criado em 1947 na Base Aérea de Canoas, o 1°/14° foi a primeira unidade de caça brasileira da região sul. O esquadrão cumpre missões de defesa do espaço aéreo e ataque ao solo, e desde 1976 opera os caças F-5E Tiger II, de fabricação norte-americana. Em 2005, o Pampa recebeu seu primeiro F-5 modernizado com novos sistemas de voo, radar, ataque e proteção. Os novos aviões foram denominados F-5EM.  O favoritismo do Brasil pelo caça francês Rafale fica cada vez mais evidente. Desta vez, o avisão vai participar da operação Cruzeiro do Sul – treinamento militar que acontece a cada dois anos comandado pelo Brasil. Cem caças devem estar no exercício que deve começar no dia 28 de outubro, depois que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva anunciar o modelo escolhidos para integrar a Força Aérea Brasileira (FAB).




A Cruzex 2010 é, até agora, o mais prestigiado, além da presença da França, que é uma antiga colaboradora, os Estados Unidos prometeram participar com um caça militar. Antes, os americanos eram só observadores. Não se sabe se os Estados Unidos vão trazer o F-18 ou o F-16, um modelo inferior. Bolívia, Peru, Colômbia, Paraguai, Equador, Canadá e Inglaterra já confirmaram a presença. (nota a Inglaterra vem e a Argentina não?)



A guerra simulada será em Natal, base dos países de “coalizão”, que conta com a ajuda de todos os países. Em Fortaleza, ficará o “inimigo”, representado por aviões da FAB.  Concepção


E um exercício aéreo multinacional que reune meios das Forças Aéreas da Argentina, do Brasil, do Chile, dos Estados Unidos, da França, do Uruguai, Venezuela e meios simulados de Força Terrestre e Força Naval, que irá ocorrer no período de 28 de outubro a 20 de novembro de 2010, na Região Nordeste do Brasil, abrangendo os estados do Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba e Pernambuco.

Durante a CRUZEX V, meios aéreos e pessoal das Forças Aéreas participantes, serão desdobrados para o território brasileiro.

A CRUZEX V é um exercício de Força Aérea, de dupla-ação, que incluirá Forças Azuis (Forças da Coalizão) contra Forças Vermelhas (Forças Opositoras), baseado em um conflito simulado de baixa intensidade. As Forças Aéreas dos países convidados estarão compondo a Força de Coalizão no País Azul, contra a Força Oponente, sediada no País Vermelho.

No CENÁRIO FICTÍCIO, até 1945, o País Vermelho era constituído por grupos étnicos que viviam harmoniosamente.



O principal grupo étnico do País Vermelho era o “REDO”, que compunha a maior parte da alta sociedade do país (administração, forças armadas, policia e outros) e dominava a parte ocidental do país. Por outro lado, a parte oriental era formada por uma multiplicidade de grupos étnicos que suportavam a opressão dos REDO e eram desprezados com freqüência.



O País Vermelho e o País Azul (país vizinho) lutaram em lados opostos na II Guerra Mundial. No final da guerra, o País Azul era um dos vencedores e o País Vermelho um dos perdedores.



Em 1946, para condenar e punir o comportamento do País Vermelho, a comunidade internacional decidiu dividi-lo em dois países: a parte ocidental, batizada de País Vermelho e a parte oriental, País Amarelo. A divisão foi considerada traição pelo grupo REDO, que começou a convocar a população do País Vermelho para a resistência.



Em 2010 o País Vermelho invadiu e anexou a parte do País Amarelo alegando proteger “sua população”. A maior parte da área capturada é composta por campos de petróleo.



Uma resolução de segurança das Nações Unidas foi votada, exigindo a retirada das forças do País Vermelho do País Amarelo e autorizando a constituição de uma Força de Paz.



Uma grande coalizão internacional foi formada, tendo como líder o País Azul.

A coalizão tem como incumbência expulsar as Forças Vermelhas do território Amarelo e restaurar a legalidade e a paz entre as duas nações.



Países participantes



Argentina, Brasil, Chile,Estados Unidos, França, Uruguai, Venezuela.

Nota: Os Estados Unidos participa pela Primeira vez do treinamento que Obedece as Normas Da OTAN.



Aeronaves Participantes



Argentina:

A-4

KC-130



Brasil

F-5EM

F-2000

A/RA-1

A-29

E-99 (AEW)

H-1H

H-60

H-34 (SAR)

SC-95

C-130

KC-137

C-105

C-95



Chile

KC-135

F-16



França

3-2000/S

RAFALE



USA

F-16

KC-135



Uruguai

A-37

IA-58



Venezuela

F-16



Havia uma expectativa sobre a possibilidade dos Estados Unidos trazerem os F-18, mas pelo visto os Ianques virão com F-16 .



Fonte FAB

sexta-feira, 5 de novembro de 2010

Robonauta é o 1º androide que viajará à Estação Espacial Internacional

WASHINGTON - O androide Robonauta será o primeiro robô da história a viajar para o espaço com a missão de ajudar na manutenção da Estação Espacial Internacional (ISS, na sigla em inglês).






AP/Nasa/Robert MarkowitzRobô é apelidado de R2 devido a 'Guerra nas Estrelas'



A ISS, que este ano completa uma década com tripulação a bordo, já recebeu cerca de 200 visitantes de 15 países, mas todos humanos. O robô de última geração apelidado de R2, igual ao seu "alter ego" da saga "Guerra nas Estrelas", não vai retornar à Terra. Como fruto da atual geração tecnológica, ele já aderiu às últimas tendências e tem até conta no Twitter, a partir da qual narrará sua aventura espacial.





Um dos exemplares do androide partirá a bordo da nave Discovery, missão que não será lançada antes do dia 30, e enquanto isso passa por testes no laboratório Destiny, onde engenheiros da agência espacial americana lhe dão novas tarefas.





Os cientistas querem estudar como o robô responde à gravidade e como é para os astronautas trabalhar lado a lado com um androide, situação que até recentemente pertencia ao universo da ficção científica. Por enquanto, viaja apenas o tronco do Robonauta, mas suas extremidades inferiores já estão sendo desenvolvidas.





Fabricado com fibra de carbono niquelado e alumínio, o R2 pesa 136 quilos e tem cerca de um metro da cintura à cabeça e 60 centímetros de ombro a ombro. Também conta com braços extensíveis (que se recolhem e aumentam), mãos com mobilidade rotacional e cinco dedos com capacidade para recolher até 2,5 quilos cada.





A cabeça do androide é formada por um capacete de ouro com vidro fumê na altura dos olhos, que abriga um equipamento de visão. O Robonauta tem cinco câmeras, duas para captar imagens exteriores, duas auxiliares e uma infravermelha instalada na boca.





O robô pensa, literalmente, com o estômago, já que o tronco é o único lugar com espaço suficiente para instalar os 38 processadores para PC que lhe dão capacidade operacional. Além disso, leva uma mochila que abriga o sistema de conversão de energia, onde ele pode ser ligado e desligado, o que deve servir para armazenar suas baterias durante expedição por algum planeta.





De acordo com o desempenho do R2, a Nasa deve atualizar seu software e talvez um dia o permita sair da ISS para ajudar astronautas a fazer reparos ou trabalhos científicos.





O androide já passou por uma grande quantidade de testes até ficar pronto para essa missão. Entre as provas, estão as de vibração, resistência ao vácuo e à radiação. Os materiais que o compõem atendem a requisitos de segurança, e uma cobertura foi adicionada para reduzir possíveis interferências eletromagnéticas.





"Esse projeto é um exemplo de que a nova geração de robôs pode trabalhar na Terra e no espaço, não substituindo o homem, mas funcionando como um parceiro que possa desenvolver tarefas fundamentais de apoio", disse John Olson, diretor do Gabinete de Sistemas de Integração de Exploração da Nasa.





A história do Robonauta remonta a 1997, quando a agência espacial cogitou construir um humanoide para auxiliar os astronautas em determinadas tarefas, com a ideia de que "um par de mãos" a mais seria muito útil.





O robô também foi projetado para realizar determinadas tarefas que podem ser perigosas à tripulação, ou mesmo para o inverso: trabalhos rotineiros que tomam muito tempo aos astronautas, que nesse período poderiam desempenhar atividades mais importantes.





O primeiro resultado dessa ideia foi o R1, irmão mais novo do R2, um protótipo capaz de executar tarefas de manutenção e usar rodas em uma plataforma para, por exemplo, explorar a superfície da Lua ou de Marte, a próxima grande meta da Nasa.





No entanto, o R1 não passou de um protótipo, e o projeto foi interrompido em 2006, até que nesse mesmo ano a General Motors mostrou interesse em participar da criação do robô, e um ano mais tarde foi assinada uma parceria com a agência espacial.





Em fevereiro de 2010, o R2 foi apresentado oficialmente, com uma tecnologia mais avançada e competências até hoje nunca vistas em um androide. A Nasa está animada com esse empreendimento, que pode ser o início de uma nova era de exploração espacial para estudar objetos próximos à Terra, como asteroides, cometas e eventualmente chegar a Marte.

Para Jobim, processo de compra de caças pode durar mais um ano

O processo de contratação da empresa estrangeira que vai fornecer os 36 caças que vão equipar a Força Aérea Brasileira (FAB) não vai se encerrar este ano. O fim do mandato do presidente Lula vai marcar a escolha inicial da empresa fornecedora, mas já vai incluir a presidente eleita, Dilma Rousseff, justamente porque vai se estender por seu mandato. Após a decisão sobre a empresa, o governo brasileiro precisará garantir que serão atendidas todas as exigências para o fornecimento dos caças, principalmente os termos de transferência de tecnologia. Por isso, o processo de negociação comercial tende a ser longo, acredita o ministro.




Após a escolha da empresa, a Força Aérea iniciará uma série de discussões técnicas para estabelecer as exigências de transferência de tecnologia. "Não estamos comprando aviões, estamos aprendendo a fazer. Estamos comprando tecnologia para capacitação nacional. Só se vai saber se a empresa escolhida vai cumprir ou não quando sentarmos na mesa para assinar o contrato", disse o ministro. Ele participou VII Conferência de Segurança Internacional do Forte de Copacabana, no Rio de Janeiro.



Por isso, ele acredita que, mesmo após a decisão inicial de qual deverá ser a empresa a fornecer os caças ao Brasil, esse nome ainda poderá mudar. "O que pode acontecer, eventualmente, é que os presidentes (Lula e Dilma) decidam por uma solução, mas na hora de sentar e discutir os itens, encontrem problemas. Isso é um processo. A questão dos submarinos, por exemplo, levou praticamente um ano de discussão", lembrou.



Ou seja, o processo interno por que o país vem passando é somente um primeiro passo. A partir do momento da escolha, há um segundo momento, de negociação comercial, com os requisitos que o avião precisa ter e o nível de transferência de tecnologia exigido pelo Brasil. "Se houver essa decisão no fim do ano, é um processo que seguramente vai levar até outubro, novembro", acredita Jobim.



O presidente Lula já demonstrou preferência pelos caças franceses. Mas há outras opções, como o avião sueco e o americano. Questionado se a presidente eleita, Dilma Rousseff, compartilha da mesma posição, o ministro disse que nãos e trata de preferência sobre um ou outro, "não é questão de ser belo ou feio".



"É questão de saber quem está disposto a transferir tecnologia ao Brasil e capacitar o Brasil na negociação. Se não houver disposição de capacitação nacional, no meu ponto de vista e no ponto de vista da estratégia nacional de Defesa, não há conversa", frisou.



Nelson Jobim disse que todas as empresas que fizeram propostas para o governo brasileiro se dizem dispostas a transferir tecnologia, mas "uns têm mais possibilidades, outros menos". "E isso vai ser decidido pelo presidente", disse.

Romênia: achada vala comum com judeus mortos na 2ª Guerra

Arqueólogos descobriram uma vala comum com judeus mortos por tropas romenas durante a Segunda Guerra Mundial, disse o Instituto Elie Wiesel nesta sexta-feira.




Citando testemunhas, o instituto disse que mais de 100 judeus - homens, mulheres e crianças - foram sepultados no local, numa floresta próxima à aldeia de Popricani, no nordeste romeno.



"Uma das testemunhas viu os judeus sendo alvejados, porque os soldados acharam que ele próprio fosse judeu e pretendiam alvejá-lo também", disse a filial romena do Instituto Elie Wiesel em nota. "Ele só foi poupado quando os soldados se convenceram de que era cristão ortodoxo."



Wiesel, ganhador do Nobel da Paz, liderou uma comissão internacional que declarou em 2004 que entre 280 mil e 380 mil judeus romenos e ucranianos foram mortos na Romênia e em áreas controladas pelo governo do país durante a Segunda Guerra Mundial. A Romênia foi aliada da Alemanha nazista.



Muitos foram mortos em "pogroms" (massacres) como o de 1941, que vitimou quase 15 mil judeus na cidade de Iasi, perto da vala recém-descoberta. Outros morreram em campos de trabalhos forçados ou "trens da morte".



Os arqueólogos já encontraram 16 corpos em escavações na vala comum, segundo promotores, que estão investigando o caso. Esse é o segundo local desse tipo descoberto desde a Segunda Guerra Mundial. Em 1945, 311 corpos foram exumados de três valas comuns em Stanca Roznovanu, na mesma região.



A Romênia só recentemente começou a discutir o extermínio de judeus. Até 2003, o país não admitia que isso houvesse ocorrido.



Depois que a Romênia trocou de lado na guerra, em 1944, os regimes comunistas pouco fizeram para investigar as mortes, e os governos nacionalistas após 1989 também mantiveram sigilo sobre o assunto.



A Romênia tinha 750 mil judeus antes da guerra. Hoje restam no máximo 10 mil.

Jobim condena plano de aliança militar para o Atlântico Sul

Em conferência no Rio, o ministro da Defesa, Nelson Jobim, atacou as estratégias militares dos EUA e da Otan (aliança militar ocidental). Jobim disse que o Brasil não pode aceitar que "se arvorem" o direito de intervir e criticou a proposta, ventilada nos EUA, de "cortar a linha" que separa o Atlântico Sul do Norte



Jobim ataca estratégia militar de EUA e Otan

Ministro critica plano para o Atlântico Sul

O ministro da Defesa, Nelson Jobim, fez um forte ataque às estratégias militares globais dos EUA e da Otan (aliança militar ocidental), afirmando que nem o Brasil nem a América do Sul podem aceitar que "se arvorem" o direito de intervir em "qualquer teatro de operação" sob "os mais variados pretextos".



Ele criticou em especial a proposta ventilada nos EUA de "cortar a linha" que separa o Atlântico Sul do Norte para criar o conceito de "bacia do Atlântico".



Lembrou que os EUA não firmaram a Convenção sobre o Direito do Mar da ONU e portanto "não reconhecem o status jurídico de países como o Brasil, que tem 350 milhas de sua plataforma continental sob sua soberania".



"Como poderemos conversar sobre o Atlântico Sul com um país que não reconhece os títulos referidos pela ONU? O Atlântico que se fala lá é o que vai à costa brasileira ou é o que vai até 350 milhas da costa brasileira?"



Também referiu-se a uma "alta autoridade" americana que defendeu "soberanias compartilhadas" no Atlântico. "Ao que nós perguntamos: qual é a soberania que os EUA querem compartilhar, a deles ou a nossa?"



Jobim falou na abertura da 10ª Conferência do Forte de Copacabana, promovida pela Fundação Konrad Adenauer, ligada à Democracia Cristã alemã, para criar um "diálogo" entre América do Sul e Europa em segurança.



Em resposta ao alemão Klaus Naumann, ex-diretor do Comitê Militar da Otan, que disse que a Europa é o "parceiro preferencial" de que os EUA necessitam para manter seu papel dominante no mundo, o ministro disse: "Não seremos parceiros dos EUA para que eles mantenham seu papel no mundo".



Também criticou o embargo a Cuba e defendeu o direito da Venezuela de desenvolver energia nuclear para fins pacíficos. "A política internacional não pode ser definida a partir da perspectiva do que convém aos EUA."



Ele afirmou que a Europa "não se libertará" de sua dependência dos EUA e por isso tende a sofrer baixa em seu perfil geopolítico. O da América do Sul tenderia a crescer, pelo crescimento econômico e os recursos naturais, água inclusive, de que dispõe em abundância, enquanto escasseiam no mundo.



O Brasil e o subcontinente devem "construir um aparato dissuasório voltado para ameaças extrarregionais" que lhes permitam "dizer não quando tiverem que dizer não", completou.



O ministro lembrou que alguns países europeus são "parceiros" do reaparelhamento militar brasileiro, caso da França. Mas advertiu: "As chances de cooperação nesse campo serão tanto maiores quanto menor for o apoio da Europa a esquemas diplomático-militares que venham a entender como tentativa de reduzir a margem de autonomia do Brasil".

Comandante da Marinha assina Acordo Internacional voltado para o aprimoramento da segurança marítima

O Comandante da Marinha do Brasil (MB), Almirante-de-Esquadra Julio Soares de Moura Neto, assinou um Acordo Operacional voltado para o aprimoramento da segurança marítima, sob uma perspectiva global, durante o 8º Simpósio Regional de Poder Naval das Marinhas do Mediterrâneo e do Mar Negro, realizado entre os dias 20 e 22 de outubro, em Veneza-Itália.




Por meio desse acordo de importância estratégica, a Marinha foi admitida como membro de uma Rede Transregional de Troca de Informações Marítimas, a Trans-Regional Maritime Network (T-RMN). A rede é consolidada pela interligação do Sistema de Informações sobre o Tráfego Marítimo (SISTRAM) – sistema brasileiro; do Open and Analysed Shipping Information System (OASIS), sistema de Cingapura; e do Virtual-Regional Maritime Traffic Center (V-RMTC), elaborado pela Marinha Militar Italiana.



O simpósio contou com a participação de delegações de 43 países, além de 18 organizações internacionais, civis e militares, relacionadas à segurança marítima.



O processo de admissão do Brasil foi precedido pela aprovação, unânime, dos 23 países que compõem o sistema V-RMTC. A assinatura desse acordo, e a consequente admissão da Marinha do Brasil nesse fórum internacional, confirmam o êxito dos esforços empreendidos pela Marinha do Brasil, desde o final de 2007. Durante o período, inúmeros testes e exercícios foram realizados, visando ao interfaceamento entre o SISTRAM e o V-RMTC.



Fonte: Marinha do Brasil

Base Naval de Aratu realiza tratamento magnético no Submarino Timbira

Entre os dias 27 e 29 de setembro, a Base Naval de Aratu realizou a medição e o tratamento magnético do Submarino Timbira, no seu Complexo de Magnetologia, em Salvador (BA).




O tratamento consiste na passagem de intensas correntes elétricas em bobinas (cabos elétricos) - uma circular em torno do submarino e outra retangular, sob ele, no fundo do mar. Tal procedimento visa reduzir os componentes do campo magnético existentes em navios, principalmente os construídos com materiais ferrosos. Dessa forma, quando o submarino estiver operando, sua detecção será dificultada por equipamentos magneto sensíveis, operados por aeronaves e por torpedos, bem como terá aumentada a sua proteção contra minas de atuação magnética.



Fonte: Marinha do Brasil

quinta-feira, 4 de novembro de 2010

Sonda da Nasa envia primeiras imagens de cometa

A imagem em preto e branco mostra o núcleo d Hartley 2. Estima-se que o cometa tenha 2,2 quilômetros de comprimento e pese 280 milhões de toneladas




A sonda americana Deep Impact, que passou perto de um cometa hoje, já está enviando suas primeiras imagens, close-ups raros do seu núcleo.







Os controladores da missão na NASA aplaudiram ao ver as primeiras foto do vôo ao cometa Hartley 2 nesta quinta-feira (4). Elas revelam um cometa no formato de um amendoim expelindo jatos de gases venenosos.



“É hiperativo, pequeno e irritadiço,” descreveu Don Yeomans, do Laboratório de Propulsão a Jato da Nasa, na Califórnia.



O encontro aconteceu a 21 milhões de quilômetros da Terra, quando a sonda Epoxi, viajando pelo espaço, chegou a 700 quilômetros do Hartley. É a quinta vez que o núcleo de um cometa é visto de perto.



Cometas são um objeto de pesquisa importante porque eles são “sobras” geladas da formação do sistema solar. Seu estudo pode fornecer pistas de como a Terra e os planetas se formaram, há 4,5 bilhões de anos.

A missão de hoje não é a primeira do projeto Deep Impact. Em 2005, a Nasa conseguiu colidiu uma sonda de cobre em outro cometa, o Tempel 1. Os detritos resultantes da colisão foram estudados pelos cientistas e permitiram uma melhor compreensão do interior e composição de um cometa..

Depois da primeira missão (que custou US$ 333 milhões), a Nasa reciclou a Deep Impact para uma visita a outro cometa. O escolhido foi o Boethin, em 2008, mas ele não foi encontrado. Os cientistas imaginam que ele se fragmentou em pedaços pequenos.



Desse modo, a Deep Impact foi encaminhada ao Hartley 2. Com cerca de três quilômetros de largura, o Hartley 2 é o menor cometa a ser fotografado de perto. Enquanto chegava ao seu destino, a nave passou vários meses examinando um grupo próximo de estrelas com sistemas de planetas.



Mesmo sem o impacto da colisão do Tempel 1, os pesquisadores consideram esta uma missão muito importante. “Existem muitas questões abertas sobre cometas e seu ciclo de vida,” diz o coordenador do projeto Tim Larson, que supervisiona a missão de 42 milhões de dólares. “Temos tão poucos dados que toda vez que temos uma oportunidade de chegar perto de um cometa, é uma chance de aumentar nosso conhecimento.”



Desde setembro a sonda tem perseguido o Hartley 2 como um paparazzo, tirando fotos a cada cinco minutos e coletando dados. É a primeira nave a visitar dois cometas.



O Hartley 2 passou a 18 milhões de quilômetros da Terra no dia 20 de outubro – o mais próximo que já chegou desde sua descoberta, em 1986. O astrônomo britânico Malcolm Hartley, que descobriu o corpo celeste, disse que jamais imaginou que uma nave espacial chegaria tão perto de seu xará. “Quando eu vi o cometa, ele estava a milhões e milhões de quilômetros de distância,” afirmou. “Estou muito animado e me sinto muito privilegiado. Afinal, eu apenas o descobri”.

quarta-feira, 3 de novembro de 2010

Nova tecnologia de holograma avança na criação de imagem 3D em tempo real

REUTERS - REUTERS


Executivos ainda não são capazes de transmitir uma imagem 3D de si mesmos para o outro lado do mundo, mas pesquisadores estão um passo mais próximos da criação de imagens tridimensionais em tempo real, um avanço na tecnologia holográfica que poderá tornar a experiência das videoconferências muito mais intensa.





gargaszphotos.com/University of Arizona Imagem holográfica atualizável de um F-4 PhantomNasser Peyghambarian, da Universidade do Arizona, e colegas anunciaram nesta quarta-feira, 3, que sua nova tecnologia holográfica pode projetar uma imagem de quase 360º que é atualizada a cada dois segundos.



Conhecida como telepresença tridimensional, a tecnologia ataca limitações dos hologramas atuais, que dão a ilusão de 3D mas deixam de fora o lado de trás, diz Peyghambarian, cujo trabalho aparece na revista Nature.



"Se você olhar para o objeto 3D, nós o mostramos de uma forma muito parecida com o que você vê ao seu redor. É o mais parecido com o que se vê, na comparação com qualquer outra tecnologia". Ele disse que os primeiros usos da tecnologia poderão aparecer no cinema, dada a popularidade recente dos filmes 3D.



"Prevemos muitas aplicações, incluindo, por exemplo, a fabricação de carros ou aviões. Eles podem olhar para o holograma e projetar o sistema em tempo real e olhar para o modelo e fazer mudanças á medida que avançam", disse ele.



Cirurgiões de diferentes partes do mundo poderiam participar de procedimentos complexos simultaneamente.



Para criar o holograma, câmeras fazem imagens coloridas de diversos ângulos e as enviam por uma linha de rede de computador. No modelo de laboratório, as imagens são projetadas sobre um plástico transparente e atualizadas em intervalos de poucos segundos.



Telas futuras serão planos horizontais, e o sistema criará a ilusão de que a imagem flutua sobre a mesa.



A tecnologia de telepresença virtual difere da usada no cinema 3D de diversas formas.



No cinema, uma perspectiva da imagem é projetada em um olho e outra, no outro. daí a necessidade dos óculos especiais, para filtrar o sinal que vai em cada olho. Com o holograma, óculos não são necessários e o número de perspectivas só é limitado pelo número de câmeras.

segunda-feira, 1 de novembro de 2010

Ataque de avião dos EUA deixa 5 mortos no Paquistão

AE - Agência Estado


Um avião não tripulado e teleguiado dos Estados Unidos deixou cinco mortos hoje no noroeste do Paquistão, informaram funcionários da inteligência do país, no mais recente ataque desse tipo contra extremistas da Al-Qaeda e do grupo fundamentalista Taleban, que têm seus esconderijos na região.







Também no noroeste paquistanês, quatro insurgentes atacaram um complexo da polícia e mataram dois policiais. Em outro incidente, atiradores emboscaram caminhões que levavam combustíveis para as tropas dos EUA e da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) que lutam contra o Taleban no vizinho Afeganistão, ferindo um motorista e o ajudante dele, informou a polícia.





Quatro mísseis norte-americanos foram disparados de um drone (avião teleguiado e não tripulado) contra uma base no Waziristão do Norte, uma região onde os EUA concentraram a maioria das suas ações militares no Paquistão nos últimos meses, disseram os funcionários, que falaram sob anonimato. A identidade dos cinco mortos não foi revelada.





O Waziristão do Norte é uma das regiões mais perigosas para a imprensa, e os EUA não reconhecem que realizam ataques dentro da fronteira paquistanesa, uma vez que o governo do país é aliado de Washington na luta contra o extremismo islâmico.





Em outubro ocorreram pelo menos 21 ataques suspeitos de mísseis lançados pelos norte-americanos na região paquistanesa próxima à fronteira com o Afeganistão. Além de centenas de militantes da Al-Qaeda e do Taleban, o Waziristão do Norte também abriga militantes islamitas de outro movimento, o Haqqani.





Já na cidade de Swabi, insurgentes atacaram um complexo da polícia paquistanesa. A tentativa de invasão do local causou um tiroteio, no qual dois policiais e dois insurgentes foram mortos, disse o policial Abdullah Khan. Segundo ele, um dos agressores vestia um colete de homem-bomba suicida.





A emboscada aos caminhões da Otan aconteceu perto da cidade de Peshawar, no noroeste paquistanês. Atiradores abriram fogo contra os caminhões na rodovia, ferindo um motorista e o assistente, disse o policial Nisar Khan. As informações são da Associated Press.

Descobertos sinais de fontes de água quente no passado de Marte

estadão.com.br - estadão.com.br


Depósitos minerais de mais de 3 bilhões de anos encontrados em um vulcão de Marte podem preservar sinais de um ambiente habitável no planeta vermelho.




NASA/JPL-CaltechProjeção do cone vulcânico de NIli patera, com depósitos brancos de sílica hidratadaObservações do satélite Mars Reconnaissance Orbiter (MRO) permitiram que pesquisadores identificassem o mineral como sílica hidratada, e determinassem seu contexto. A composição dos depósitos e sua localização, nos flancos de um cone vulcânico, são a melhor evidência já descoberta em Marte de um ambiente hidrotermal - uma fumarola, ou nascente de água quente - diz nota emitida pelo Laboratório de Propulsão a Jato (JPL) da Nasa.



Ambientes semelhantes podem ter fornecido hábitats para as primeiras formas de vida na Terra.



"O calor e a água necessários para criar esse depósito provavelmente fizeram dessa uma zona habitável", disse J.R. Skok, da Universidade Brown, principal autor do artigo com essas descobertas, publicado na revista Nature Geoscience. "Se houve vida ali, este seria um tipo promissor de depósito para sepultá-la - um necrotério de micróbios".



Nenhum estudo ainda foi capaz de determinar se Marte já teve vida no passado.Os novos resultados se unem à massa de evidência de que, em algumas épocas e lugares, o planeta pode ter tido ambientes capazes de sustentar micro-organismos.



O pequeno cone vulcânico se ergue cerca de 100 metros acima do fundo de uma depressão chamada Nili Patera. A patera, que é o fundo de uma caldeira vulcânica, ocupa cerca de 50 km da região vulcânica de Syrtis Major, na zona equatorial de Marte. Antes que o cone se formasse, fluxos de lava cobriam as planícies próximas. O desmoronamento de uma câmara de magma subterrânea da onde a lava emanava criou a depressão.



Fluxos de lava subsequentes cobriram o chão da Nili Patera. O cone foi construído de fluxos ainda posteriores, aparentemente depois que o magma subterrâneo adquiriu uma textura espessa o bastante para permitir a acumulação de material sob a forma de um cone.



Observações de câmeras do MRO revelaram superfícies brilhantes perto do topo do cone, espalhando-se pelos flancos, e no chão dos arredores. A composição dessas áreas brilhantes foi analisada por um instrumento a bordo do MRO.



A sílica pode ser dissolvida, transportada e concentrada por água quente. A sílica hidratada identificada nos locais mais elevados indica que nascentes de água quente ou fumarolas alimentadas por calor interno criaram os depósitos.



As zonas habitáveis, se existiram, teriam estado dentro ou na periferia das vias condutoras de água quente.

Dilma vence em 16 Estados, atinge 56% e tem 12 milhões de votos a mais que Serra

BLOG SEGURANÇA NACIONAL PARABENIZAR ,DÌLMA ROUSSEFFDaniel Bramatti e José Roberto de Toledo - ESPECIAL PARA O ESTADO


A presidente eleita Dilma Rousseff (PT) venceu em três das cinco regiões do Brasil e em 16 das 27 unidades da Federação. Com 99,9% das urnas apuradas, ela tinha ontem à noite 55,7milhões de votos – o equivalente a 56% dos válidos –, 12 milhões a mais do que o tucano José Serra (PSDB).




Com larga vantagem no Rio de Janeiro e em Minas Gerais, Dilma conseguiu compensar sua derrota em São Paulo e vencer na Região Sudeste, onde votam 44% dos eleitores do País.



Palco da principal batalha do segundo turno, Minas deu mais de 58% dos votos válidos para a candidata governista. Foram 16 pontos porcentuais de vantagem em relação a Serra, que no Estado teve o apoio do governador Antonio Anastasia e do ex-governador e senador eleito Aécio Neves, ambos do PSDB.



Os mapas de votação por municípios, publicados nesta página e na seguinte, mostram que o tucano venceu por pouco em Belo Horizonte – diferença inferior a um ponto – e colheu vitórias esparsas pelo sul de Minas. Mais ao norte, no Vale do Jequitinhonha, a candidata do PT formou uma "mancha vermelha" de vários municípios contíguos em que teve mais de 65% dos votos.



No Rio de Janeiro, segundo maior Estado em número de eleitores, a vantagem da presidente eleita foi ainda maior do que entre os mineiros. Ela superou a marca dos 60% dos votos e abriu mais de 20 pontos de folga sobre o candidato tucano.



Ex-governador de São Paulo, Serra venceu no Estado que é sua base política, com 54%. Conseguiu cerca de 1,8 milhão de votos a mais que a adversária – praticamente a mesma diferença pela qual foi derrotado em Minas. Ainda no Sudeste, o tucano também ganhou por pequena margem no Espírito Santo, com quase 51%.



Reduto. No Nordeste, Dilma venceu em todos os Estados, como já havia acontecido no primeiro turno. A bandeira da continuidade do governo Luiz Inácio Lula da Silva deu a ela cerca de 70% dos votos na região, a mais beneficiada pelos programas sociais federais, pelo crescimento econômico dos últimos anos e pela política de aumento do salário mínimo acima da inflação.



No Maranhão, um dos Estados mais pobres do Nordeste, a petista teve quase 79% dos votos. Na Bahia, quarto maior colégio eleitoral do País, o placar foi de 70% a 30%. Em outros dos Estados mais populosos da região, como Ceará e Pernambuco, Dilma teve mais de três quartos dos votos.



É da região Norte o Estado que deu a maior proporção de votos à presidente eleita. No Amazonas, ela teve pouco mais de 80% dos votos, 60 pontos porcentuais a mais do que o adversário. Há quatro anos, quando disputou o segundo turno com Geraldo Alckmin (PSDB), Lula também teve entre os amazonenses seu melhor desempenho no País.



A Região Sul deu vitória ao tucano José Serra. Em relação ao primeiro turno, ele conseguiu virar o jogo no Rio Grande do Sul, onde havia sido derrotado por Dilma. Acabou vencendo por uma margem apertada (51% a 49%) no Estado onde Dilma iniciou suas atividades no setor público – ela foi secretária de Finanças em Porto Alegre e secretária estadual de Minas e Energia.



No Centro-Oeste, onde Serra havia sido derrotado no primeiro turno por dois pontos porcentuais, ele acabou vencendo pela mesma margem. Em Goiás, houve virada: Dilma havia vencido por 42% a 40%, ela acabou perdendo por 51% a 49%.



Assim como em 2006, o mapa político do Brasil mostra o PT mais forte no Norte, no Nordeste e na metade superior da Região Sudeste, e o PSDB triunfando no Sul, no Centro-Oeste e em São Paulo. Em relação aos resultados de quatro anos atrás, Dilma perdeu em quatro Estados onde Lula venceu: Espírito Santo, Goiás, Rondônia e Acre.



Do primeiro para o segundo turno, houve aumento na taxa de abstenção, de 18,1% para 21,2%. O temor dos tucanos de que o feriado prolongado esvaziasse redutos de Serra não se mostrou fundado. A abstenção subiu mais nas regiões em que Dilma venceu, principalmente no Norte, onde passou de 20,3% para 26,2%.

domingo, 31 de outubro de 2010

Estação espacial completa 10 anos

O Estado de S.Paulo


Da Terra, há pouco para ver, mas de perto o local ganha uma forma mais complexa: um casco brilhante de tubos interligados e treliças de metal sustentadas por gigantescos painéis em forma de asas. Com o espaço interno de uma casa de cinco dormitórios, ali se encontram os ambientes de convivência mais extremos que já se construiu. O que parece uma estrela nos céus é o reflexo da luz solar na Estação Espacial Internacional (ISS).





Nasa-18/2/2001Horizonte. Estação Espacial Internacional sobrevoa América Latina; construção do veículo custou cerca de US$ 100 bilhões

Na próxima semana, a Nasa comemorará dez anos de vida no maior veículo espacial orbital já construído (os primeiros residentes chegaram em 2 de novembro de 2000), mas pouco menos de 200 pessoas conheceram a vida a bordo dele. "Mal consigo acreditar no que vi", diz Piers Sellers, astronauta da mais recente missão à estação. "Toda hora ela volta nos meus sonhos."



As filmagens de astronautas dando cambalhotas e caçando comida pelo ar faz parecer que a estação espacial está flutuando, livre da influência da gravidade. Nada poderia estar mais errado. O posto avançado orbital - todas suas 450 toneladas - está caindo na Terra e se espatifaria nela se não estivesse se movendo com velocidade para manter uma curva suave em torno do planeta.



A viagem. Chegar à estação espacial leva dois dias. A estação voa a uma altitude de 354 quilômetros (mais de 30 vezes a altitude de um avião, a uma velocidade de 27,5 mil km/h). O ônibus se aproxima da estação por baixo e dá um cambalhota para trás. A tripulação tira fotos, que são examinadas em busca de rachaduras e furos - danos provocaram a destruição do ônibus Columbia em 2003.



A cautela se justifica pelos valores: US$ 1,7 bilhão para um ônibus espacial e US$ 100 bilhões para a estação. "Você vê aqueles rostos pálidos excitados por nos ver. Às vezes, passaram-se meses desde a última vez que viram alguém de fora", diz Sellers.



O espaço. Ao todo, o espaço vital na estação é o equivalente a uma vez e meia o de um Boeing 747. Instalações de armazenamento, laboratórios e salas se projetam desse tubo para dar aos astronautas espaços para fazerem suas tarefas, experiências e operar os dois braços robóticos da estação. Aparafusada na estação está uma enorme estrutura com 16 painéis solares para fornecer energia elétrica.



A estação tem uma tripulação de seis pessoas. Há uma arte sutil em se movimentar sem se chocar com tudo, arrancando computadores, equipamentos e outros objetos presos por almofadas de velcro. A higiene pessoal é obrigatória, mas as condições de falta de gravidade tornam o banho uma coisa delicada. Gotículas de água pode causar sufocamento se forem inaladas e podem provocar curto-circuito em equipamentos, por isso muitos usam lenços úmidos.



Sabe-se de tripulações exclusivamente masculinas que se despiam e se esfregavam em massa. Lavar o cabelo é espinhoso. Os homens recebem cortes de cabelo escovinha antes de uma missão. Mesmo Sunita Williams, que passou 195 dias na estação - um recorde feminino -, teve seu cabelo preto cortado. "Lavar era demorado", diz ela. Usar o vaso sanitário também exigia uma certa prática, mas isso ficou menos traumático depois do redesenho que substituiu sacos plásticos por um vaso com sistema de sucção, como os usados em aviões. A urina dos astronautas é reciclada para consumo.



A rotina. A estação espacial leva uma hora e meia para circundar o planeta - são 16 voltas por dia. Um esquema de janelas vedadas e horários para dormir é imposto pelos controladores da missão. As tripulações são despertadas por música acionada pela Nasa. Cada dia, a trilha é dedicada a um astronauta e escolhida por sua esposa ou algum colega. / TRADUÇÃO DE CELSO PACIORNIK

sábado, 30 de outubro de 2010

Libra pode ter até 15 bilhões de barris

RIO - A Agência Nacional do Petróleo (ANP) confirmou na sexta-feira, 29, que o Poço de Libra, no pré-sal da Bacia de Santos, atingiu uma jazida de petróleo a 5,4 mil metros de profundidade. A agência, porém, evitou dar mais detalhes da reserva, preferindo manter as projeções feitas em setembro pela consultoria Gaffney, Cline & Associates (GCA), que fala em volume de 3,7 bilhões a 15 bilhões de barris de petróleo e gás.




Em nota oficial, a agência ressaltou que a estimativa mais provável é de 7,9 bilhões de barris, conforme anunciado ainda em setembro. Tal volume leva Libra a rivalizar com Tupi, operado pela Petrobrás, também na Bacia de Santos, pelo posto de maior reserva brasileira de petróleo - este último tem volume projetado entre 5 e 8 bilhões de barris.


Segundo a ANP, estimativa mais provável é de 7,9 bilhões de barris (Foto: Irany Tereza/AE)




Já no caso de confirmação da estimativa mais otimista, Libra seria suficiente, sozinho, para duplicar as reservas brasileiras de petróleo, hoje na casa dos 14 bilhões de barris. Com 15 bilhões de barris, Libra disputaria com Carabobo, na Venezuela, a quinta posição entre os maiores campos petrolíferos do mundo, segundo lista da revista Forbes.



Com uma área de727 quilômetros quadrados, o reservatório de Libra está em área ainda não concedida da Bacia de Santos e, por isso, pertence à União. A ideia do governo é incluí-lo no primeiro leilão do pré-sal sob contrato de partilha, caso o novo modelo regulatório seja aprovado pela Câmara dos Deputados.



Em entrevista concedida esta semana, o secretário executivo de Petróleo e Gás do Ministério de Minas e Energia, Marco Antônio Martins de Almeida, disse acreditar que as mudanças sejam aprovadas este ano, para realização do leilão de Libra no primeiro semestre de 2011.



Pela proposta do governo, a Petrobrás teria direito à operação do poço com uma participação mínima de 30%. O restante seria concedido ao consórcio que se dispuser a ceder a maior parcela da produção à estatal Pré-Sal Petróleo S.A. (PPSA), criada especialmente para esse fim.



"Esta descoberta, situada no ‘gigantesco prospecto Libra’ conforme expresso no relatório da certificadora, valoriza enormemente o patrimônio da União", disse a ANP, em nota oficial. A área está a 25 quilômetros de Franco, a terceira maior descoberta brasileira, com 4,5 bilhões de barris - o poço também foi perfurado pela agência, mas vendido à Petrobrás no processo de capitalização.



A divulgação de uma descoberta gigante já era esperada pelo mercado esta semana, após rumores que movimentaram as ações da Petrobrás na Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa). A falta de informações mais específicas sobre o volume de reservas, porém, frustrou analistas, que já conheciam os números da Gaffney Cline.



"É notícia requentada. Esses números já constava do relatório da GCA", comentou o diretor do Centro Brasileiro de Infraestrutura (CBIE), Adriano Pires, que classificou a divulgação como "mais um anúncio para influir nas eleições". Questionada ontem sobre o tema, a diretora da ANP Magda Chambriard disse que não há relação entre os fatos.



O Poço de Libra começou a ser perfurado em junho e, na época, Magda previa a conclusão dos trabalhos em setembro. Um problema técnico, porém, levou a agência a interromper os trabalhos e iniciar nova perfuração, a 375 metros da original, o que atrasaria a conclusão do poço para novembro, segundo estimativa feita na ocasião.



Parte da área que pode conter a maior descoberta brasileira de petróleo já foi explorada no início da década pela Petrobrás em conjunto com a Shell e outras empresas, mas devolvida à ANP porque não havia então tecnologia suficiente para identificar as estruturas rochosas abaixo da camada de sal. Segundo a ANP, o primeiro poço na área atingirá a profundidade final de 6,5 mil metros no início de dezembro.

Ônibus espacial Discovery. Este será o último voo da nave

Carlos Orsi - estadão.com.br


Um vazamento de gás causou o adiamento do lançamento, previsto originalmente para a segunda-feira, 1º, do Ônibus espacial Discovery. Este será o último voo da nave. A frota de ônibus espaciais da Nasa será aposentada no primeiro semestre de 2011.





Divulgação/NasaO Discovery se prepara para sua missão finalA Nasa ordenou um adiamento de pelo menos 24 horas depois uma tentativa de tampar um vazamento de hélio no interior do ônibus espacial falhou. O lançamento está marcado, agora, para a tarde de terça-feira, 2.



Este voo final será o 39º do Discovery, que entra para a história como o ônibus espacial que mais vezes foi utilizado. Ele foi o terceiro a entrar em serviço, e hoje é o mais antigo, após destruição de seus predecessores Columbia e Challenger.



A missão consiste em levar dois novos módulos à Estação Espacial Internacional (ISS), o Módulo Permanente Multipropósito e o Portador Expresso de Logística 4, ou ELC4.



Além da tripulação de seis astronautas, o Discovery leva ao espaço um robô humanoide, o Robonauta 2.



O Robonauta será instalado no laboratório Destiny, na parte americana da ISS. De acordo com a Nasa, o robô será usado para testar como humanos e máquinas que imitam humanos podem trabalhar em conjunto em ambientes de baixa gravidade.



Se o resultado for positivo, no futuro o Robonauta 2 poderá receber upgrades de software e hardware para se deslocar no interior da ISS e realizar caminhadas espaciais. Nota da agência espacial diz que "isso ajudará a entender as capacidades robóticas para futuras missões no espaço profundo".



A construção do Discovery teve início em 1979, e a nave foi entregue à Nasa em 1983, e realizou sua primeira missão no espaço em 84.



Foi a bordo do compartimento de carga do Discovery que o Telescópio Espacial Hubble ascendeu à órbita terrestre, em 1990, numa missão que teve como piloto o atual diretor da Nasa, o então astronauta Charles Bolden.



(com Associated Press)