segunda-feira, 1 de novembro de 2010

Ataque de avião dos EUA deixa 5 mortos no Paquistão

AE - Agência Estado


Um avião não tripulado e teleguiado dos Estados Unidos deixou cinco mortos hoje no noroeste do Paquistão, informaram funcionários da inteligência do país, no mais recente ataque desse tipo contra extremistas da Al-Qaeda e do grupo fundamentalista Taleban, que têm seus esconderijos na região.







Também no noroeste paquistanês, quatro insurgentes atacaram um complexo da polícia e mataram dois policiais. Em outro incidente, atiradores emboscaram caminhões que levavam combustíveis para as tropas dos EUA e da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) que lutam contra o Taleban no vizinho Afeganistão, ferindo um motorista e o ajudante dele, informou a polícia.





Quatro mísseis norte-americanos foram disparados de um drone (avião teleguiado e não tripulado) contra uma base no Waziristão do Norte, uma região onde os EUA concentraram a maioria das suas ações militares no Paquistão nos últimos meses, disseram os funcionários, que falaram sob anonimato. A identidade dos cinco mortos não foi revelada.





O Waziristão do Norte é uma das regiões mais perigosas para a imprensa, e os EUA não reconhecem que realizam ataques dentro da fronteira paquistanesa, uma vez que o governo do país é aliado de Washington na luta contra o extremismo islâmico.





Em outubro ocorreram pelo menos 21 ataques suspeitos de mísseis lançados pelos norte-americanos na região paquistanesa próxima à fronteira com o Afeganistão. Além de centenas de militantes da Al-Qaeda e do Taleban, o Waziristão do Norte também abriga militantes islamitas de outro movimento, o Haqqani.





Já na cidade de Swabi, insurgentes atacaram um complexo da polícia paquistanesa. A tentativa de invasão do local causou um tiroteio, no qual dois policiais e dois insurgentes foram mortos, disse o policial Abdullah Khan. Segundo ele, um dos agressores vestia um colete de homem-bomba suicida.





A emboscada aos caminhões da Otan aconteceu perto da cidade de Peshawar, no noroeste paquistanês. Atiradores abriram fogo contra os caminhões na rodovia, ferindo um motorista e o assistente, disse o policial Nisar Khan. As informações são da Associated Press.

Descobertos sinais de fontes de água quente no passado de Marte

estadão.com.br - estadão.com.br


Depósitos minerais de mais de 3 bilhões de anos encontrados em um vulcão de Marte podem preservar sinais de um ambiente habitável no planeta vermelho.




NASA/JPL-CaltechProjeção do cone vulcânico de NIli patera, com depósitos brancos de sílica hidratadaObservações do satélite Mars Reconnaissance Orbiter (MRO) permitiram que pesquisadores identificassem o mineral como sílica hidratada, e determinassem seu contexto. A composição dos depósitos e sua localização, nos flancos de um cone vulcânico, são a melhor evidência já descoberta em Marte de um ambiente hidrotermal - uma fumarola, ou nascente de água quente - diz nota emitida pelo Laboratório de Propulsão a Jato (JPL) da Nasa.



Ambientes semelhantes podem ter fornecido hábitats para as primeiras formas de vida na Terra.



"O calor e a água necessários para criar esse depósito provavelmente fizeram dessa uma zona habitável", disse J.R. Skok, da Universidade Brown, principal autor do artigo com essas descobertas, publicado na revista Nature Geoscience. "Se houve vida ali, este seria um tipo promissor de depósito para sepultá-la - um necrotério de micróbios".



Nenhum estudo ainda foi capaz de determinar se Marte já teve vida no passado.Os novos resultados se unem à massa de evidência de que, em algumas épocas e lugares, o planeta pode ter tido ambientes capazes de sustentar micro-organismos.



O pequeno cone vulcânico se ergue cerca de 100 metros acima do fundo de uma depressão chamada Nili Patera. A patera, que é o fundo de uma caldeira vulcânica, ocupa cerca de 50 km da região vulcânica de Syrtis Major, na zona equatorial de Marte. Antes que o cone se formasse, fluxos de lava cobriam as planícies próximas. O desmoronamento de uma câmara de magma subterrânea da onde a lava emanava criou a depressão.



Fluxos de lava subsequentes cobriram o chão da Nili Patera. O cone foi construído de fluxos ainda posteriores, aparentemente depois que o magma subterrâneo adquiriu uma textura espessa o bastante para permitir a acumulação de material sob a forma de um cone.



Observações de câmeras do MRO revelaram superfícies brilhantes perto do topo do cone, espalhando-se pelos flancos, e no chão dos arredores. A composição dessas áreas brilhantes foi analisada por um instrumento a bordo do MRO.



A sílica pode ser dissolvida, transportada e concentrada por água quente. A sílica hidratada identificada nos locais mais elevados indica que nascentes de água quente ou fumarolas alimentadas por calor interno criaram os depósitos.



As zonas habitáveis, se existiram, teriam estado dentro ou na periferia das vias condutoras de água quente.

Dilma vence em 16 Estados, atinge 56% e tem 12 milhões de votos a mais que Serra

BLOG SEGURANÇA NACIONAL PARABENIZAR ,DÌLMA ROUSSEFFDaniel Bramatti e José Roberto de Toledo - ESPECIAL PARA O ESTADO


A presidente eleita Dilma Rousseff (PT) venceu em três das cinco regiões do Brasil e em 16 das 27 unidades da Federação. Com 99,9% das urnas apuradas, ela tinha ontem à noite 55,7milhões de votos – o equivalente a 56% dos válidos –, 12 milhões a mais do que o tucano José Serra (PSDB).




Com larga vantagem no Rio de Janeiro e em Minas Gerais, Dilma conseguiu compensar sua derrota em São Paulo e vencer na Região Sudeste, onde votam 44% dos eleitores do País.



Palco da principal batalha do segundo turno, Minas deu mais de 58% dos votos válidos para a candidata governista. Foram 16 pontos porcentuais de vantagem em relação a Serra, que no Estado teve o apoio do governador Antonio Anastasia e do ex-governador e senador eleito Aécio Neves, ambos do PSDB.



Os mapas de votação por municípios, publicados nesta página e na seguinte, mostram que o tucano venceu por pouco em Belo Horizonte – diferença inferior a um ponto – e colheu vitórias esparsas pelo sul de Minas. Mais ao norte, no Vale do Jequitinhonha, a candidata do PT formou uma "mancha vermelha" de vários municípios contíguos em que teve mais de 65% dos votos.



No Rio de Janeiro, segundo maior Estado em número de eleitores, a vantagem da presidente eleita foi ainda maior do que entre os mineiros. Ela superou a marca dos 60% dos votos e abriu mais de 20 pontos de folga sobre o candidato tucano.



Ex-governador de São Paulo, Serra venceu no Estado que é sua base política, com 54%. Conseguiu cerca de 1,8 milhão de votos a mais que a adversária – praticamente a mesma diferença pela qual foi derrotado em Minas. Ainda no Sudeste, o tucano também ganhou por pequena margem no Espírito Santo, com quase 51%.



Reduto. No Nordeste, Dilma venceu em todos os Estados, como já havia acontecido no primeiro turno. A bandeira da continuidade do governo Luiz Inácio Lula da Silva deu a ela cerca de 70% dos votos na região, a mais beneficiada pelos programas sociais federais, pelo crescimento econômico dos últimos anos e pela política de aumento do salário mínimo acima da inflação.



No Maranhão, um dos Estados mais pobres do Nordeste, a petista teve quase 79% dos votos. Na Bahia, quarto maior colégio eleitoral do País, o placar foi de 70% a 30%. Em outros dos Estados mais populosos da região, como Ceará e Pernambuco, Dilma teve mais de três quartos dos votos.



É da região Norte o Estado que deu a maior proporção de votos à presidente eleita. No Amazonas, ela teve pouco mais de 80% dos votos, 60 pontos porcentuais a mais do que o adversário. Há quatro anos, quando disputou o segundo turno com Geraldo Alckmin (PSDB), Lula também teve entre os amazonenses seu melhor desempenho no País.



A Região Sul deu vitória ao tucano José Serra. Em relação ao primeiro turno, ele conseguiu virar o jogo no Rio Grande do Sul, onde havia sido derrotado por Dilma. Acabou vencendo por uma margem apertada (51% a 49%) no Estado onde Dilma iniciou suas atividades no setor público – ela foi secretária de Finanças em Porto Alegre e secretária estadual de Minas e Energia.



No Centro-Oeste, onde Serra havia sido derrotado no primeiro turno por dois pontos porcentuais, ele acabou vencendo pela mesma margem. Em Goiás, houve virada: Dilma havia vencido por 42% a 40%, ela acabou perdendo por 51% a 49%.



Assim como em 2006, o mapa político do Brasil mostra o PT mais forte no Norte, no Nordeste e na metade superior da Região Sudeste, e o PSDB triunfando no Sul, no Centro-Oeste e em São Paulo. Em relação aos resultados de quatro anos atrás, Dilma perdeu em quatro Estados onde Lula venceu: Espírito Santo, Goiás, Rondônia e Acre.



Do primeiro para o segundo turno, houve aumento na taxa de abstenção, de 18,1% para 21,2%. O temor dos tucanos de que o feriado prolongado esvaziasse redutos de Serra não se mostrou fundado. A abstenção subiu mais nas regiões em que Dilma venceu, principalmente no Norte, onde passou de 20,3% para 26,2%.

domingo, 31 de outubro de 2010

Estação espacial completa 10 anos

O Estado de S.Paulo


Da Terra, há pouco para ver, mas de perto o local ganha uma forma mais complexa: um casco brilhante de tubos interligados e treliças de metal sustentadas por gigantescos painéis em forma de asas. Com o espaço interno de uma casa de cinco dormitórios, ali se encontram os ambientes de convivência mais extremos que já se construiu. O que parece uma estrela nos céus é o reflexo da luz solar na Estação Espacial Internacional (ISS).





Nasa-18/2/2001Horizonte. Estação Espacial Internacional sobrevoa América Latina; construção do veículo custou cerca de US$ 100 bilhões

Na próxima semana, a Nasa comemorará dez anos de vida no maior veículo espacial orbital já construído (os primeiros residentes chegaram em 2 de novembro de 2000), mas pouco menos de 200 pessoas conheceram a vida a bordo dele. "Mal consigo acreditar no que vi", diz Piers Sellers, astronauta da mais recente missão à estação. "Toda hora ela volta nos meus sonhos."



As filmagens de astronautas dando cambalhotas e caçando comida pelo ar faz parecer que a estação espacial está flutuando, livre da influência da gravidade. Nada poderia estar mais errado. O posto avançado orbital - todas suas 450 toneladas - está caindo na Terra e se espatifaria nela se não estivesse se movendo com velocidade para manter uma curva suave em torno do planeta.



A viagem. Chegar à estação espacial leva dois dias. A estação voa a uma altitude de 354 quilômetros (mais de 30 vezes a altitude de um avião, a uma velocidade de 27,5 mil km/h). O ônibus se aproxima da estação por baixo e dá um cambalhota para trás. A tripulação tira fotos, que são examinadas em busca de rachaduras e furos - danos provocaram a destruição do ônibus Columbia em 2003.



A cautela se justifica pelos valores: US$ 1,7 bilhão para um ônibus espacial e US$ 100 bilhões para a estação. "Você vê aqueles rostos pálidos excitados por nos ver. Às vezes, passaram-se meses desde a última vez que viram alguém de fora", diz Sellers.



O espaço. Ao todo, o espaço vital na estação é o equivalente a uma vez e meia o de um Boeing 747. Instalações de armazenamento, laboratórios e salas se projetam desse tubo para dar aos astronautas espaços para fazerem suas tarefas, experiências e operar os dois braços robóticos da estação. Aparafusada na estação está uma enorme estrutura com 16 painéis solares para fornecer energia elétrica.



A estação tem uma tripulação de seis pessoas. Há uma arte sutil em se movimentar sem se chocar com tudo, arrancando computadores, equipamentos e outros objetos presos por almofadas de velcro. A higiene pessoal é obrigatória, mas as condições de falta de gravidade tornam o banho uma coisa delicada. Gotículas de água pode causar sufocamento se forem inaladas e podem provocar curto-circuito em equipamentos, por isso muitos usam lenços úmidos.



Sabe-se de tripulações exclusivamente masculinas que se despiam e se esfregavam em massa. Lavar o cabelo é espinhoso. Os homens recebem cortes de cabelo escovinha antes de uma missão. Mesmo Sunita Williams, que passou 195 dias na estação - um recorde feminino -, teve seu cabelo preto cortado. "Lavar era demorado", diz ela. Usar o vaso sanitário também exigia uma certa prática, mas isso ficou menos traumático depois do redesenho que substituiu sacos plásticos por um vaso com sistema de sucção, como os usados em aviões. A urina dos astronautas é reciclada para consumo.



A rotina. A estação espacial leva uma hora e meia para circundar o planeta - são 16 voltas por dia. Um esquema de janelas vedadas e horários para dormir é imposto pelos controladores da missão. As tripulações são despertadas por música acionada pela Nasa. Cada dia, a trilha é dedicada a um astronauta e escolhida por sua esposa ou algum colega. / TRADUÇÃO DE CELSO PACIORNIK

sábado, 30 de outubro de 2010

Libra pode ter até 15 bilhões de barris

RIO - A Agência Nacional do Petróleo (ANP) confirmou na sexta-feira, 29, que o Poço de Libra, no pré-sal da Bacia de Santos, atingiu uma jazida de petróleo a 5,4 mil metros de profundidade. A agência, porém, evitou dar mais detalhes da reserva, preferindo manter as projeções feitas em setembro pela consultoria Gaffney, Cline & Associates (GCA), que fala em volume de 3,7 bilhões a 15 bilhões de barris de petróleo e gás.




Em nota oficial, a agência ressaltou que a estimativa mais provável é de 7,9 bilhões de barris, conforme anunciado ainda em setembro. Tal volume leva Libra a rivalizar com Tupi, operado pela Petrobrás, também na Bacia de Santos, pelo posto de maior reserva brasileira de petróleo - este último tem volume projetado entre 5 e 8 bilhões de barris.


Segundo a ANP, estimativa mais provável é de 7,9 bilhões de barris (Foto: Irany Tereza/AE)




Já no caso de confirmação da estimativa mais otimista, Libra seria suficiente, sozinho, para duplicar as reservas brasileiras de petróleo, hoje na casa dos 14 bilhões de barris. Com 15 bilhões de barris, Libra disputaria com Carabobo, na Venezuela, a quinta posição entre os maiores campos petrolíferos do mundo, segundo lista da revista Forbes.



Com uma área de727 quilômetros quadrados, o reservatório de Libra está em área ainda não concedida da Bacia de Santos e, por isso, pertence à União. A ideia do governo é incluí-lo no primeiro leilão do pré-sal sob contrato de partilha, caso o novo modelo regulatório seja aprovado pela Câmara dos Deputados.



Em entrevista concedida esta semana, o secretário executivo de Petróleo e Gás do Ministério de Minas e Energia, Marco Antônio Martins de Almeida, disse acreditar que as mudanças sejam aprovadas este ano, para realização do leilão de Libra no primeiro semestre de 2011.



Pela proposta do governo, a Petrobrás teria direito à operação do poço com uma participação mínima de 30%. O restante seria concedido ao consórcio que se dispuser a ceder a maior parcela da produção à estatal Pré-Sal Petróleo S.A. (PPSA), criada especialmente para esse fim.



"Esta descoberta, situada no ‘gigantesco prospecto Libra’ conforme expresso no relatório da certificadora, valoriza enormemente o patrimônio da União", disse a ANP, em nota oficial. A área está a 25 quilômetros de Franco, a terceira maior descoberta brasileira, com 4,5 bilhões de barris - o poço também foi perfurado pela agência, mas vendido à Petrobrás no processo de capitalização.



A divulgação de uma descoberta gigante já era esperada pelo mercado esta semana, após rumores que movimentaram as ações da Petrobrás na Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa). A falta de informações mais específicas sobre o volume de reservas, porém, frustrou analistas, que já conheciam os números da Gaffney Cline.



"É notícia requentada. Esses números já constava do relatório da GCA", comentou o diretor do Centro Brasileiro de Infraestrutura (CBIE), Adriano Pires, que classificou a divulgação como "mais um anúncio para influir nas eleições". Questionada ontem sobre o tema, a diretora da ANP Magda Chambriard disse que não há relação entre os fatos.



O Poço de Libra começou a ser perfurado em junho e, na época, Magda previa a conclusão dos trabalhos em setembro. Um problema técnico, porém, levou a agência a interromper os trabalhos e iniciar nova perfuração, a 375 metros da original, o que atrasaria a conclusão do poço para novembro, segundo estimativa feita na ocasião.



Parte da área que pode conter a maior descoberta brasileira de petróleo já foi explorada no início da década pela Petrobrás em conjunto com a Shell e outras empresas, mas devolvida à ANP porque não havia então tecnologia suficiente para identificar as estruturas rochosas abaixo da camada de sal. Segundo a ANP, o primeiro poço na área atingirá a profundidade final de 6,5 mil metros no início de dezembro.

Ônibus espacial Discovery. Este será o último voo da nave

Carlos Orsi - estadão.com.br


Um vazamento de gás causou o adiamento do lançamento, previsto originalmente para a segunda-feira, 1º, do Ônibus espacial Discovery. Este será o último voo da nave. A frota de ônibus espaciais da Nasa será aposentada no primeiro semestre de 2011.





Divulgação/NasaO Discovery se prepara para sua missão finalA Nasa ordenou um adiamento de pelo menos 24 horas depois uma tentativa de tampar um vazamento de hélio no interior do ônibus espacial falhou. O lançamento está marcado, agora, para a tarde de terça-feira, 2.



Este voo final será o 39º do Discovery, que entra para a história como o ônibus espacial que mais vezes foi utilizado. Ele foi o terceiro a entrar em serviço, e hoje é o mais antigo, após destruição de seus predecessores Columbia e Challenger.



A missão consiste em levar dois novos módulos à Estação Espacial Internacional (ISS), o Módulo Permanente Multipropósito e o Portador Expresso de Logística 4, ou ELC4.



Além da tripulação de seis astronautas, o Discovery leva ao espaço um robô humanoide, o Robonauta 2.



O Robonauta será instalado no laboratório Destiny, na parte americana da ISS. De acordo com a Nasa, o robô será usado para testar como humanos e máquinas que imitam humanos podem trabalhar em conjunto em ambientes de baixa gravidade.



Se o resultado for positivo, no futuro o Robonauta 2 poderá receber upgrades de software e hardware para se deslocar no interior da ISS e realizar caminhadas espaciais. Nota da agência espacial diz que "isso ajudará a entender as capacidades robóticas para futuras missões no espaço profundo".



A construção do Discovery teve início em 1979, e a nave foi entregue à Nasa em 1983, e realizou sua primeira missão no espaço em 84.



Foi a bordo do compartimento de carga do Discovery que o Telescópio Espacial Hubble ascendeu à órbita terrestre, em 1990, numa missão que teve como piloto o atual diretor da Nasa, o então astronauta Charles Bolden.



(com Associated Press)

quinta-feira, 28 de outubro de 2010

Empresa lança primeiro mini-vant com tecnologia nacional

A Girofly Innovations anuncia o lançamento de seu primeiro Mini-Vant, o Gyro 500, hoje, no Seminário Internacional de Veículos Aéreos Não Tripulados.




A empresa ressalta que o Gyro 500 tem tecnologia 100% nacional, já que foi completamente criado dentro da Incubaero, na cidade de São José dos Campos. Além disso, tem valor comercial e tecnologia bem compatíveis com o mercado (inclusive, o internacional).



O novo Mini-Vant levou cerca de um ano e meio para ser construído e para que isto fosse possível, a Financiadora de Estudos e Projetos (FINEP) ajudou em seu desenvolvimento.



O evento, que ocorre no prédio da Novotel, em São José dos Campos, terá duração de três dias: 27, 28 e 29 de outubro. Os voos de apresentação do Gyro 500 estão previstos para os dias 28, em área urbana e 29, no Comando de Aviação do Exército (CAVEX), em Taubaté.



O Seminário Internacional de Veículos Aéreos Não Tripulados tem realização da Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC) em parceria com a Organização Brasileira para o Desenvolvimento da Certificação Aeronáutica (DCA-BR).



Nesta edição é voltado aos vants de vários fabricantes, informa o site oficial da DCA-BR. Engenheiros, pilotos, estudantes, empresas e todos os que se interessarem pelo assunto, são convidados a participar do evento, que começa às 8h.

Robô atolado em Marte encontra sinais de água no subsolo

estadão.com.br - estadão.com.br


O solo onde o robô Spirit atolou no ano passado contém evidência de que água, talvez neve derretida, escorreu para baixo da superfície recentemente, e de forma contínua.





Divulgação/NasaMosaico de imagens mostrando o solo remexido pelas rodas do robôCamadas estratificadas de solo de diferentes composições, encontradas perto da superfície, levaram os cientistas a propor que delgados filmes de água podem ter penetrado o chão, a partir de geadas ou neve. O vazamento pode ter ocorrido durante mudanças climáticas cíclicas nos períodos em que o eixo de Marte se encontrava mais inclinado.



A água pode ter penetrado a areia, carregando minerais solúveis mais para baixo do que os minerais menos solúveis. O eixo marciano varia numa escala de centenas de milhares de anos.



Os minerais relativamente insolúveis acumulados junto à superfície incluem o que se acredita ser hematita, sílica e gípsio. Sulfatos férricos, que são mais solúveis, parecem ter sido dissolvidos e carregados pela água. Nenhum desses minerais aparece exposto na superfície.



"A falta de exposição na superfície indica que a dissolução preferencial de sulfatos férricos deve ser um processo relativamente recente e contínuo, já que o vento tem sistematicamente desbastado o solo e alterado as paisagens na região do Spirit", disse, em nota, o cienyista Ray Arvidson, da Universidade Washington de St. Louis.



Análises dessas descobertas são relatadas na revista Journal of Geophysical Research.



Os "robôs gêmeos" Spirit e Opportunity chegaram a Marte em janeiro de 2004, para uma missão primária de três meses. Desde abril daquele ano, encontram-se em missões prorrogadas. Uma das seis rodas do Spirit parou de operar em 2006 e, em 2009, as rodas do lado esquerdo do robô quebraram uma crosta de solo rígido e passaram a girar em falso na areia fofa por baixo. Uma segunda roda parou de funcionar sete meses mais tarde.



Os cientistas aproveitaram o período do Spirit no atoleiro para estudar as camadas de solo expostas pelo movimento das rodas.

Lula inaugura primeira plataforma comercial do pré-sal

Plataforma inaugurada por Lula era para ser aberta em dezembro



O presidente Luiz Inácio Lula da Silva inaugurou nesta quinta-feira a primeira estrutura definitiva de produção comercial do campo de petróleo de Tupi, o maior reservatório do pré-sal, na Bacia de Santos.




Na abertura do navio-plataforma Cidade de Angra dos Reis, que permanecerá a 300 quilômetros da costa do Rio, Lula afirmou que o evento marca "o começo de uma nova era" no Brasil.





De acordo com o presidente, as realizações da Petrobras são "a prova mais contundente de que o brasileiro é capaz, de que o brasileiro é inteligente, não é de segunda classe".




"Essa é a razão maior do nosso orgulho, mais do que o carnaval, mais do que o futebol", acrescentou Lula. "A Petrobras é a certeza e a convicção de que este país será uma grande nação."




A plataforma Cidade de Angra dos Reis já está programada para produzir em escala comercial, mas o processo só começa a partir de 2011, após a declaração de comercialidade do reservatório, prevista para 31 de dezembro.



Campanha eleitoral




Prevista inicialmente para dezembro, a inauguração da plataforma a poucos dias do segundo turno das eleições presidenciais despertou críticas da oposição e de setores que reclamam de uso político da Petrobras.




O diretor do Centro Brasileiro de Infraestrutura (CBIE), Adriano Pires, lembra que a exploração do petróleo na camada do pré-sal se transformou em tema de discussão no segundo turno da campanha eleitoral.




Mas Pires avalia que, do ponto de vista operacional, a plataforma inaugurada nesta quinta-feira não é uma novidade tão significativa para o setor de petróleo e gás no Brasil.




"Tupi vai produzir de uma forma bastante significativa, espera-se, daqui a dois, três anos. Vai ser de enorme importância", diz o diretor do CBIE.



"Mas ainda há desafios a serem superados em termos de logística e questões ambientais a serem consideradas. Estamos falando de uma fronteira tecnológica", acrescenta.




Operação comercial




Com o início da operação comercial, a partir de janeiro, a produção da plataforma começará a aumentar progressivamente e deve chegar a 75 mil barris diários até o fim de 2011.




Até janeiro, no entanto, a produção deve se restringir a cerca de 15 mil barris por dia. Somada à produção da outra estrutura inaugurada em Tupi em maio de 2008, uma plataforma temporária, isso representa entre 28 e 30 mil barris por dia.



De acordo com Adriano Pires, a quantidade não significa muito para o país, quando comparada com os 2 milhões de barris já produzidos diariamente.



Um dos desafios na exploração do pré-sal é encontrar a melhor solução para o gás que é produzido junto com o petróleo.





Segundo Pires, parte do gás é reinjetado nos poços para produzir mais pressão para a retirada do óleo, mas há limites para essa reinjeção, assim como há limites para a disposição do gás. A Agência Nacional do Petróleo (ANP) permite que no máximo 500 mil metros cúbicos de gás sejam queimados por dia.




É este limite que atualmente restringe a exploração em Tupi em 15 mil barris por plataforma. A exploração só pode aumentar depois que a Petrobras completar o gasoduto de 216 quilômetros que deve ligar a região ao campo de gás de Mexilhão, de onde poderá ser levado para o continente.




Unidade flutuante




A plataforma Cidade de Angra dos Reis é do tipo FPSO, uma unidade flutuante em forma de navio que produz, armazena e exporta óleo e gás.




A outra unidade existente na região é a FPSO Cidade de São Vicente que, desde 2009, vem coletando entre 14 e 15 mil barris de petróleo ao dia - totalizando 7 milhões de barris até hoje.




A plataforma Cidade de São Vicente, no entanto, não é comercial, e sim uma estrutura construída para permitir que se analise o comportamento do reservatório e da produção. É a partir dos dados coletados com essa exploração inicial que se formulará um relatório técnico a ser apresentado à ANP até o fim do ano, junto com a declaração de comercialidade.




Até então, a exploração da nova unidade também servirá para a coleta de dados sobre a exploração na camada do pré-sal. Os reservatórios são assim chamados por ficarem abaixo da camada de sal, que pode atingir até 2 mil metros de espessura, em profundidades de 5 mil metros ou mais.




O potencial dos reservatórios do pré-sal foi identificado em 2007, e a área de exploração se estende do norte de Santa Catarina até o sul do Espírito Santo.




O reservatório de Tupi é o maior encontrado até agora - estima-se que tenha entre 5 e 8 bilhões de barris.




Entretanto, o diretor-geral da ANP, Haroldo Lima, disse que deve confirmar na sexta-feira o total das reservas do poço de Libra, que pode se transformar no maior do pré-sal.

Pacotes militares atraem europeus

Ao que tudo indica, na era Lula os norte-americanos não vão ser aquinhoados com qualquer pacote na área militar brasileira. Com isso, os europeus ficam freneticamente interessados no reaparelhamento - e nas verbas - do Brasil. Os franceses saíram na frente. Conseguiram vender cinco submarinos para o Brasil, o que inclui a instalação de um estaleiro para produzir essas unidades. São quatro convencionais e o casco de uma unidade a propulsão nuclear, cujo motor será feito pela própria Marinha do Brasil.




Trata-se de associação da francesa DCNS que escolheu como parceira, sem concorrência, a brasileira Odebrecht. A decisão foi francesa, mas o pagamento sai do governo brasileiro. Quanto a aviões, há briga entre franceses, norte-americanos e suecos, mas, há um ano, Lula deixou escapar, em inflamado discurso, que a vitória seria dos franceses, o que não deve estar longe da verdade.



Os italianos, após um desentendimento inicial, também se sentem estimulados para vender itens bélicos para o Brasil, mas a novidade é a volta da Alemanha que, no caso dos submarinos, foi destronada pelos franceses. Os mais recentes submarinos brasileiros eram de procedência alemã e o acordo com a França desiludiu Berlim. Mas eles voltam à carga. A Blohm + Voss Naval (BVN), construtora naval líder da Alemanha, e a Engevix, empresa brasileira de engenharia e infra-estrutura, apresentaram há dias proposta abrangente de parceria de construção naval estratégica à Marinha do Brasil.



A iniciativa tem como foco projetos avançados, inclusive de navios-patrulha oceânicos (NPOs), fragatas e embarcações de apoio para força-tarefa. Informa documento que "está contida na proposta da BVN/Engevix a transferência de tecnologias e habilidades avançadas, para prestar suporte aos programas locais de construção naval do Brasil". Conta a favor dos alemães o fato de que a Blom & Voss é do grupo Thyssenkrupp, responsável por investimento de R$ 12 bilhões na Companhia Siderúrgica do Atlântico (CSA), no Rio.



Informam os germânicos: "A longo prazo, o objetivo da parceria industrial estratégica proposta é a oferta de embarcações navais nos mercados internacionais de exportação. Ao lado de soluções superiores, como as fragatas e embarcações de apoio para força-tarefa, a BVN/TKMS está oferecendo ao Brasil seu projeto de navio-patrulha oceânico NPa 1800, um navio para mar aberto altamente versátil, com uma base de projeto comprovada, que foi adaptada e desenvolvida especialmente para atender às necessidades específicas da Marinha do Brasil.



O NPa 1800 é baseado no projeto MEKO 100, construído para a Marinha da Malásia, que é o mais recente desenvolvimento comprovado de um projeto. Levando-se em conta o histórico de relacionamento longo e bastante produtivo com o Brasil, está incluída na atual oferta da BVN/TKMS de um pacote abrangente de construção naval e transferência tecnológica"

2° Distrito Naval realiza exercício Retrex

Comando do 2°Distrito Naval realizou, no período de 18 a 22 de outubro, o exercício RETREX LE-II, na bacia petrolífera de Sergipe, com o propósito de adestrar os meios navais, aeronavais e de fuzileiros navais disponíveis na realização de ações de resgate de reféns e de retomada de instalações de interesse da MB.


O Comando do 2°Distrito Naval realizou, no período de 18 a 22 de outubro, o exercício RETREX LE-II, na bacia petrolífera de Sergipe, com o propósito de adestrar os meios navais, aeronavais e de fuzileiros navais disponíveis na realização de ações de resgate de reféns e de retomada de instalações de interesse da MB.






Navio-Patrulha da MB executa isolamento marítimo na área da plataforma



Para a realização do exercício foi escolhida a plataforma PCM-4, que fica localizada no campo de Camorim, a cerca de 4 milhas náuticas da costa, em frente à cidade de Aracaju, e foi disponibilizada pela Petrobras.



Uma Força-Tarefa, composta por militares do Comando do 2° Distrito Naval, um destacamento do Grupamento de Fuzileiros Navais de Salvador e quatro navios (Corveta Caboclo, Navio-Patrulha Guaratuba e Navios-Varredores Albardão e Araçatuba), foi deslocada de Salvador para a área do exercício.



Adicionalmente, foram mobilizados pelo Comando-em-Chefe da Esquadra um helicóptero Super Puma e um destacamento de Mergulhadores de Combate (GERR-MEC). Militares do Grupamento de Fuzileiros Navais de Natal, empregados como Figurativo Inimigo (FIGIN), e lanchas da Capitania dos Portos de Sergipe complementaram o exercício.



O contingente envolvido na execução da RETREX totalizou cerca de 310 militares.

BAE SYSTEMS e ATECH Assinam acordo de cooperação

Da esquerda para a direita: Carlos Guimarães (BAE Systems Brasília); Giles Whitefield (Desenvolvimento de Negócios, BAE Systems); Giacomo Feres Staniscia (Diretor, Atech); Darren Grint (Desenvolvimento de Negócios, BAE Systems); Jose Salomão (Diretor, Atech); Alencar Leal (Gerente Comercial, Atech).




Farnborough, Reino Unido – A BAE Systems e a brasileira Atech assinaram hoje um Memorando de Entendimento (MoU) durante a Euronaval, Feira de Defesa Naval que ocorre em Paris. O acordo estabelece uma estrutura para explorar e discutir como as duas companhias podem trabalhar juntas e transferir tecnologia nas áreas de Gestão de Sistemas de Combate (CMS) e Integração de Sistemas de Combate (CSI).



O MoU vem logo após o Acordo de Cooperação em Defesa assinado em setembro entre os governos do Reino Unido e do Brasil, e a entrega pela BAE Systems e o governo Britânico, esta semana, da proposta detalhada para o Plano de Equipamento da Marinha do Brasil, da qual fazem parte o CMS e o CSI.



O acordo visa possibilitar um potencial de colaboração para a oferta da Gestão de Sistemas de Combate à Marinha do Brasil com base no CMS-1 da BAE Systems. O MoU engloba áreas como transferência de tecnologia e desenvolvimento de software, com o objetivo principal de criar uma capacidade nativa que irá satisfazer às necessidades operacionais e de suporte de longo prazo da Marinha do Brasil.



O modelo flexível e modular do CMS-1 permite que a BAE Systems forneça soluções de sistemas de combate total para navios de todos os tamanhos e empregos. A experiência do sistema de integração de combate da BAE Systems, tanto no Reino Unido quanto mundialmente, coloca a companhia na vanguarda da integração de sistema de combate naval. O CMS-1 foi instalado em todos os destróieres Tipo 45 da Real Marinha do Reino Unido, e está sendo instalado em todas as fragatas Tipo 23 e nos dois novos porta-aviões da Real Marinha do Reino Unido.



Dean McCumiskey, diretor da BAE Systems para a Europa e Américas, disse: “Um dos pilares da nossa proposta para o Plano de Equipamento da Marinha do Brasil é o compromisso com a transferência de tecnologia de ponta entre os dois países. Este MoU com a Atech é o primeiro de muitos que esperamos assinar daqui para a frente com empresas líderes do setor de defesa no Brasil”



Sobre a Atech



Atech é uma empresa brasileira que participa de uma gama extensa de programas altamente técnicos no Brasil, com mais de 300 colaboradores, entre eles engenheiros de sistemas, físicos, geógrafos e analistas de sistemas. A Atech está envolvida em diversos projetos de defesa para as Forças Armadas do Brasil, especialmente na área de comando e controle, e gerenciamento do processo de decisão.



Sobre a BAE Systems



A BAE Systems é uma empresa global que atua nas áreas de defesa, segurança e aeroespacial, com aproximadamente 107 mil colaboradores em todo o mundo. A companhia oferece uma gama completa de produtos e serviços para forças aéreas, terrestres e navais, bem como avançadas soluções eletrônicas, de segurança, tecnologia da informação e serviços de apoio ao cliente. Em 2009, a BAE Systems registrou vendas de 22,4 bilhões de libras (36,2 bilhões de dólares).

China constrói supercomputador mais rápido do mundo

Chamado Tianhe-1A, ele utiliza mais de 7 mil processadores gráficos e é 50% mais rápido que o anterior, dos EUA.


O supercomputador mais potente do mundo agora é chinês. Chamado Tianhe-1A, ele foi desenvolvido pela Universidade Nacional de Tecnologia de Defesa (NUDT, na sigla em inglês) e está instalado na cidade de Tianjin, onde será utilizado por cientistas de diversas áreas.



O supercomputador utiliza mais de sete mil unidades de processamento gráfico (GPUs) da linha Tesla M2050, da Nvidia, e 14 300 CPUs Intel Xeon. Ele tem um desempenho de 2,5 petaflops (bilhões de operações por segundo). Isso significa que é 50% mais rápido que o computador que até então ocupava a primeira posição, pertencente ao Laboratório Nacional de Oak Ridge, nos Estados Unidos.



O desempenho do Tianhe-1A equivale ao de 175 mil laptops ou 50 mil CPUs quadricore, o que, neste caso, consumiria mais de 12 megawatts de energia. Graças ao uso do processamento paralelo viabilizado pela GPU, o supercomputador chinês consome apenas 4 megawatts.



Supercomputadores são utilizados em missões que requerem altíssima precisão gráfica e matemática, como a descoberta de curas para doenças, previsão de fenômenos naturais de alta periculosidade como furacões e tsunamis, estudos de formação de galáxias e até mesmo em projetos da indústria, como design de automóveis e extração de petróleo.

quarta-feira, 27 de outubro de 2010

Associated Press - AP


A agência espacial russa informa que uma nave de carga não tripulada partiu numa missão para levar suprimentos à Estação Espacial Internacional (ISS).



A agência diz que a Progress M-08M foi lançada nesta quarta-feira, 27, do Casaquistão. Sua chegada à ISS está programada para sábado.



O cargueiro espacial transporta mais de 2,5 toneladas de comida, água, oxigênio e outros suprimentos.



Ela também leva presentes e cartas para os seis astronautas a bordo da ISS.

Petrobrás anuncia nova descoberta na bacia de Sergipe-Alagoas

  Agência Estado


SÃO PAULO - A Petrobrás informou nesta quarta-feira, 27, que a perfuração do primeiro poço em águas ultraprofundas da Bacia de Sergipe-Alagoas identificou a presença de petróleo de qualidade semelhante ao das águas profundas da Bacia de Campos. De acordo com a companhia, trata-se de uma nova fronteira exploratória.



Conforme o comunicado, foi confirmada a existência de grandes acumulações nas porções mais distantes dessa bacia, com volumes superiores àqueles encontrados nos campos de Guaricema e Dourado, em águas rasas. Dados obtidos nos testes indicam a presença de petróleo leve.



O poço, denominado 1-BRSA-851-SES (1-SES-158), conhecido como Barra, está localizado no bloco SEALM-426 da concessão BM-SEAL-11, nordeste da sub-bacia de Sergipe, em profundidade de água de 2.341 metros, a 58 km da costa do estado de Sergipe.



Segundo a Petrobrás, o poço 1-SES-158 testou depósitos em acumulação desenvolvida em área de aproximadamente 70 quilômetros quadrados. O campo análogo mais próximo, Piranema, está a 90 km de distância. Do poço, ainda em perfuração, continuarão sendo obtidas amostras de reservatórios mais antigos e profundos.



"As informações até agora obtidas são suficientes para atestar a descoberta de uma nova província petrolífera na Bacia de Sergipe-Alagoas. Após o término da perfuração, o consórcio formado pela Petrobrás (60% - operadora) e IBV-Brasil (40%), para a exploração da concessão BM-SEAL-11, dará continuidade às atividades e aos investimentos, através da perfuração de outros poços pioneiros e da elaboração de Plano de Avaliação de Descoberta a ser definido pela ANP (Agência Nacional do Petróleo)", diz o comunicado.