sábado, 30 de outubro de 2010

Ônibus espacial Discovery. Este será o último voo da nave

Carlos Orsi - estadão.com.br


Um vazamento de gás causou o adiamento do lançamento, previsto originalmente para a segunda-feira, 1º, do Ônibus espacial Discovery. Este será o último voo da nave. A frota de ônibus espaciais da Nasa será aposentada no primeiro semestre de 2011.





Divulgação/NasaO Discovery se prepara para sua missão finalA Nasa ordenou um adiamento de pelo menos 24 horas depois uma tentativa de tampar um vazamento de hélio no interior do ônibus espacial falhou. O lançamento está marcado, agora, para a tarde de terça-feira, 2.



Este voo final será o 39º do Discovery, que entra para a história como o ônibus espacial que mais vezes foi utilizado. Ele foi o terceiro a entrar em serviço, e hoje é o mais antigo, após destruição de seus predecessores Columbia e Challenger.



A missão consiste em levar dois novos módulos à Estação Espacial Internacional (ISS), o Módulo Permanente Multipropósito e o Portador Expresso de Logística 4, ou ELC4.



Além da tripulação de seis astronautas, o Discovery leva ao espaço um robô humanoide, o Robonauta 2.



O Robonauta será instalado no laboratório Destiny, na parte americana da ISS. De acordo com a Nasa, o robô será usado para testar como humanos e máquinas que imitam humanos podem trabalhar em conjunto em ambientes de baixa gravidade.



Se o resultado for positivo, no futuro o Robonauta 2 poderá receber upgrades de software e hardware para se deslocar no interior da ISS e realizar caminhadas espaciais. Nota da agência espacial diz que "isso ajudará a entender as capacidades robóticas para futuras missões no espaço profundo".



A construção do Discovery teve início em 1979, e a nave foi entregue à Nasa em 1983, e realizou sua primeira missão no espaço em 84.



Foi a bordo do compartimento de carga do Discovery que o Telescópio Espacial Hubble ascendeu à órbita terrestre, em 1990, numa missão que teve como piloto o atual diretor da Nasa, o então astronauta Charles Bolden.



(com Associated Press)

quinta-feira, 28 de outubro de 2010

Empresa lança primeiro mini-vant com tecnologia nacional

A Girofly Innovations anuncia o lançamento de seu primeiro Mini-Vant, o Gyro 500, hoje, no Seminário Internacional de Veículos Aéreos Não Tripulados.




A empresa ressalta que o Gyro 500 tem tecnologia 100% nacional, já que foi completamente criado dentro da Incubaero, na cidade de São José dos Campos. Além disso, tem valor comercial e tecnologia bem compatíveis com o mercado (inclusive, o internacional).



O novo Mini-Vant levou cerca de um ano e meio para ser construído e para que isto fosse possível, a Financiadora de Estudos e Projetos (FINEP) ajudou em seu desenvolvimento.



O evento, que ocorre no prédio da Novotel, em São José dos Campos, terá duração de três dias: 27, 28 e 29 de outubro. Os voos de apresentação do Gyro 500 estão previstos para os dias 28, em área urbana e 29, no Comando de Aviação do Exército (CAVEX), em Taubaté.



O Seminário Internacional de Veículos Aéreos Não Tripulados tem realização da Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC) em parceria com a Organização Brasileira para o Desenvolvimento da Certificação Aeronáutica (DCA-BR).



Nesta edição é voltado aos vants de vários fabricantes, informa o site oficial da DCA-BR. Engenheiros, pilotos, estudantes, empresas e todos os que se interessarem pelo assunto, são convidados a participar do evento, que começa às 8h.

Robô atolado em Marte encontra sinais de água no subsolo

estadão.com.br - estadão.com.br


O solo onde o robô Spirit atolou no ano passado contém evidência de que água, talvez neve derretida, escorreu para baixo da superfície recentemente, e de forma contínua.





Divulgação/NasaMosaico de imagens mostrando o solo remexido pelas rodas do robôCamadas estratificadas de solo de diferentes composições, encontradas perto da superfície, levaram os cientistas a propor que delgados filmes de água podem ter penetrado o chão, a partir de geadas ou neve. O vazamento pode ter ocorrido durante mudanças climáticas cíclicas nos períodos em que o eixo de Marte se encontrava mais inclinado.



A água pode ter penetrado a areia, carregando minerais solúveis mais para baixo do que os minerais menos solúveis. O eixo marciano varia numa escala de centenas de milhares de anos.



Os minerais relativamente insolúveis acumulados junto à superfície incluem o que se acredita ser hematita, sílica e gípsio. Sulfatos férricos, que são mais solúveis, parecem ter sido dissolvidos e carregados pela água. Nenhum desses minerais aparece exposto na superfície.



"A falta de exposição na superfície indica que a dissolução preferencial de sulfatos férricos deve ser um processo relativamente recente e contínuo, já que o vento tem sistematicamente desbastado o solo e alterado as paisagens na região do Spirit", disse, em nota, o cienyista Ray Arvidson, da Universidade Washington de St. Louis.



Análises dessas descobertas são relatadas na revista Journal of Geophysical Research.



Os "robôs gêmeos" Spirit e Opportunity chegaram a Marte em janeiro de 2004, para uma missão primária de três meses. Desde abril daquele ano, encontram-se em missões prorrogadas. Uma das seis rodas do Spirit parou de operar em 2006 e, em 2009, as rodas do lado esquerdo do robô quebraram uma crosta de solo rígido e passaram a girar em falso na areia fofa por baixo. Uma segunda roda parou de funcionar sete meses mais tarde.



Os cientistas aproveitaram o período do Spirit no atoleiro para estudar as camadas de solo expostas pelo movimento das rodas.

Lula inaugura primeira plataforma comercial do pré-sal

Plataforma inaugurada por Lula era para ser aberta em dezembro



O presidente Luiz Inácio Lula da Silva inaugurou nesta quinta-feira a primeira estrutura definitiva de produção comercial do campo de petróleo de Tupi, o maior reservatório do pré-sal, na Bacia de Santos.




Na abertura do navio-plataforma Cidade de Angra dos Reis, que permanecerá a 300 quilômetros da costa do Rio, Lula afirmou que o evento marca "o começo de uma nova era" no Brasil.





De acordo com o presidente, as realizações da Petrobras são "a prova mais contundente de que o brasileiro é capaz, de que o brasileiro é inteligente, não é de segunda classe".




"Essa é a razão maior do nosso orgulho, mais do que o carnaval, mais do que o futebol", acrescentou Lula. "A Petrobras é a certeza e a convicção de que este país será uma grande nação."




A plataforma Cidade de Angra dos Reis já está programada para produzir em escala comercial, mas o processo só começa a partir de 2011, após a declaração de comercialidade do reservatório, prevista para 31 de dezembro.



Campanha eleitoral




Prevista inicialmente para dezembro, a inauguração da plataforma a poucos dias do segundo turno das eleições presidenciais despertou críticas da oposição e de setores que reclamam de uso político da Petrobras.




O diretor do Centro Brasileiro de Infraestrutura (CBIE), Adriano Pires, lembra que a exploração do petróleo na camada do pré-sal se transformou em tema de discussão no segundo turno da campanha eleitoral.




Mas Pires avalia que, do ponto de vista operacional, a plataforma inaugurada nesta quinta-feira não é uma novidade tão significativa para o setor de petróleo e gás no Brasil.




"Tupi vai produzir de uma forma bastante significativa, espera-se, daqui a dois, três anos. Vai ser de enorme importância", diz o diretor do CBIE.



"Mas ainda há desafios a serem superados em termos de logística e questões ambientais a serem consideradas. Estamos falando de uma fronteira tecnológica", acrescenta.




Operação comercial




Com o início da operação comercial, a partir de janeiro, a produção da plataforma começará a aumentar progressivamente e deve chegar a 75 mil barris diários até o fim de 2011.




Até janeiro, no entanto, a produção deve se restringir a cerca de 15 mil barris por dia. Somada à produção da outra estrutura inaugurada em Tupi em maio de 2008, uma plataforma temporária, isso representa entre 28 e 30 mil barris por dia.



De acordo com Adriano Pires, a quantidade não significa muito para o país, quando comparada com os 2 milhões de barris já produzidos diariamente.



Um dos desafios na exploração do pré-sal é encontrar a melhor solução para o gás que é produzido junto com o petróleo.





Segundo Pires, parte do gás é reinjetado nos poços para produzir mais pressão para a retirada do óleo, mas há limites para essa reinjeção, assim como há limites para a disposição do gás. A Agência Nacional do Petróleo (ANP) permite que no máximo 500 mil metros cúbicos de gás sejam queimados por dia.




É este limite que atualmente restringe a exploração em Tupi em 15 mil barris por plataforma. A exploração só pode aumentar depois que a Petrobras completar o gasoduto de 216 quilômetros que deve ligar a região ao campo de gás de Mexilhão, de onde poderá ser levado para o continente.




Unidade flutuante




A plataforma Cidade de Angra dos Reis é do tipo FPSO, uma unidade flutuante em forma de navio que produz, armazena e exporta óleo e gás.




A outra unidade existente na região é a FPSO Cidade de São Vicente que, desde 2009, vem coletando entre 14 e 15 mil barris de petróleo ao dia - totalizando 7 milhões de barris até hoje.




A plataforma Cidade de São Vicente, no entanto, não é comercial, e sim uma estrutura construída para permitir que se analise o comportamento do reservatório e da produção. É a partir dos dados coletados com essa exploração inicial que se formulará um relatório técnico a ser apresentado à ANP até o fim do ano, junto com a declaração de comercialidade.




Até então, a exploração da nova unidade também servirá para a coleta de dados sobre a exploração na camada do pré-sal. Os reservatórios são assim chamados por ficarem abaixo da camada de sal, que pode atingir até 2 mil metros de espessura, em profundidades de 5 mil metros ou mais.




O potencial dos reservatórios do pré-sal foi identificado em 2007, e a área de exploração se estende do norte de Santa Catarina até o sul do Espírito Santo.




O reservatório de Tupi é o maior encontrado até agora - estima-se que tenha entre 5 e 8 bilhões de barris.




Entretanto, o diretor-geral da ANP, Haroldo Lima, disse que deve confirmar na sexta-feira o total das reservas do poço de Libra, que pode se transformar no maior do pré-sal.

Pacotes militares atraem europeus

Ao que tudo indica, na era Lula os norte-americanos não vão ser aquinhoados com qualquer pacote na área militar brasileira. Com isso, os europeus ficam freneticamente interessados no reaparelhamento - e nas verbas - do Brasil. Os franceses saíram na frente. Conseguiram vender cinco submarinos para o Brasil, o que inclui a instalação de um estaleiro para produzir essas unidades. São quatro convencionais e o casco de uma unidade a propulsão nuclear, cujo motor será feito pela própria Marinha do Brasil.




Trata-se de associação da francesa DCNS que escolheu como parceira, sem concorrência, a brasileira Odebrecht. A decisão foi francesa, mas o pagamento sai do governo brasileiro. Quanto a aviões, há briga entre franceses, norte-americanos e suecos, mas, há um ano, Lula deixou escapar, em inflamado discurso, que a vitória seria dos franceses, o que não deve estar longe da verdade.



Os italianos, após um desentendimento inicial, também se sentem estimulados para vender itens bélicos para o Brasil, mas a novidade é a volta da Alemanha que, no caso dos submarinos, foi destronada pelos franceses. Os mais recentes submarinos brasileiros eram de procedência alemã e o acordo com a França desiludiu Berlim. Mas eles voltam à carga. A Blohm + Voss Naval (BVN), construtora naval líder da Alemanha, e a Engevix, empresa brasileira de engenharia e infra-estrutura, apresentaram há dias proposta abrangente de parceria de construção naval estratégica à Marinha do Brasil.



A iniciativa tem como foco projetos avançados, inclusive de navios-patrulha oceânicos (NPOs), fragatas e embarcações de apoio para força-tarefa. Informa documento que "está contida na proposta da BVN/Engevix a transferência de tecnologias e habilidades avançadas, para prestar suporte aos programas locais de construção naval do Brasil". Conta a favor dos alemães o fato de que a Blom & Voss é do grupo Thyssenkrupp, responsável por investimento de R$ 12 bilhões na Companhia Siderúrgica do Atlântico (CSA), no Rio.



Informam os germânicos: "A longo prazo, o objetivo da parceria industrial estratégica proposta é a oferta de embarcações navais nos mercados internacionais de exportação. Ao lado de soluções superiores, como as fragatas e embarcações de apoio para força-tarefa, a BVN/TKMS está oferecendo ao Brasil seu projeto de navio-patrulha oceânico NPa 1800, um navio para mar aberto altamente versátil, com uma base de projeto comprovada, que foi adaptada e desenvolvida especialmente para atender às necessidades específicas da Marinha do Brasil.



O NPa 1800 é baseado no projeto MEKO 100, construído para a Marinha da Malásia, que é o mais recente desenvolvimento comprovado de um projeto. Levando-se em conta o histórico de relacionamento longo e bastante produtivo com o Brasil, está incluída na atual oferta da BVN/TKMS de um pacote abrangente de construção naval e transferência tecnológica"

2° Distrito Naval realiza exercício Retrex

Comando do 2°Distrito Naval realizou, no período de 18 a 22 de outubro, o exercício RETREX LE-II, na bacia petrolífera de Sergipe, com o propósito de adestrar os meios navais, aeronavais e de fuzileiros navais disponíveis na realização de ações de resgate de reféns e de retomada de instalações de interesse da MB.


O Comando do 2°Distrito Naval realizou, no período de 18 a 22 de outubro, o exercício RETREX LE-II, na bacia petrolífera de Sergipe, com o propósito de adestrar os meios navais, aeronavais e de fuzileiros navais disponíveis na realização de ações de resgate de reféns e de retomada de instalações de interesse da MB.






Navio-Patrulha da MB executa isolamento marítimo na área da plataforma



Para a realização do exercício foi escolhida a plataforma PCM-4, que fica localizada no campo de Camorim, a cerca de 4 milhas náuticas da costa, em frente à cidade de Aracaju, e foi disponibilizada pela Petrobras.



Uma Força-Tarefa, composta por militares do Comando do 2° Distrito Naval, um destacamento do Grupamento de Fuzileiros Navais de Salvador e quatro navios (Corveta Caboclo, Navio-Patrulha Guaratuba e Navios-Varredores Albardão e Araçatuba), foi deslocada de Salvador para a área do exercício.



Adicionalmente, foram mobilizados pelo Comando-em-Chefe da Esquadra um helicóptero Super Puma e um destacamento de Mergulhadores de Combate (GERR-MEC). Militares do Grupamento de Fuzileiros Navais de Natal, empregados como Figurativo Inimigo (FIGIN), e lanchas da Capitania dos Portos de Sergipe complementaram o exercício.



O contingente envolvido na execução da RETREX totalizou cerca de 310 militares.

BAE SYSTEMS e ATECH Assinam acordo de cooperação

Da esquerda para a direita: Carlos Guimarães (BAE Systems Brasília); Giles Whitefield (Desenvolvimento de Negócios, BAE Systems); Giacomo Feres Staniscia (Diretor, Atech); Darren Grint (Desenvolvimento de Negócios, BAE Systems); Jose Salomão (Diretor, Atech); Alencar Leal (Gerente Comercial, Atech).




Farnborough, Reino Unido – A BAE Systems e a brasileira Atech assinaram hoje um Memorando de Entendimento (MoU) durante a Euronaval, Feira de Defesa Naval que ocorre em Paris. O acordo estabelece uma estrutura para explorar e discutir como as duas companhias podem trabalhar juntas e transferir tecnologia nas áreas de Gestão de Sistemas de Combate (CMS) e Integração de Sistemas de Combate (CSI).



O MoU vem logo após o Acordo de Cooperação em Defesa assinado em setembro entre os governos do Reino Unido e do Brasil, e a entrega pela BAE Systems e o governo Britânico, esta semana, da proposta detalhada para o Plano de Equipamento da Marinha do Brasil, da qual fazem parte o CMS e o CSI.



O acordo visa possibilitar um potencial de colaboração para a oferta da Gestão de Sistemas de Combate à Marinha do Brasil com base no CMS-1 da BAE Systems. O MoU engloba áreas como transferência de tecnologia e desenvolvimento de software, com o objetivo principal de criar uma capacidade nativa que irá satisfazer às necessidades operacionais e de suporte de longo prazo da Marinha do Brasil.



O modelo flexível e modular do CMS-1 permite que a BAE Systems forneça soluções de sistemas de combate total para navios de todos os tamanhos e empregos. A experiência do sistema de integração de combate da BAE Systems, tanto no Reino Unido quanto mundialmente, coloca a companhia na vanguarda da integração de sistema de combate naval. O CMS-1 foi instalado em todos os destróieres Tipo 45 da Real Marinha do Reino Unido, e está sendo instalado em todas as fragatas Tipo 23 e nos dois novos porta-aviões da Real Marinha do Reino Unido.



Dean McCumiskey, diretor da BAE Systems para a Europa e Américas, disse: “Um dos pilares da nossa proposta para o Plano de Equipamento da Marinha do Brasil é o compromisso com a transferência de tecnologia de ponta entre os dois países. Este MoU com a Atech é o primeiro de muitos que esperamos assinar daqui para a frente com empresas líderes do setor de defesa no Brasil”



Sobre a Atech



Atech é uma empresa brasileira que participa de uma gama extensa de programas altamente técnicos no Brasil, com mais de 300 colaboradores, entre eles engenheiros de sistemas, físicos, geógrafos e analistas de sistemas. A Atech está envolvida em diversos projetos de defesa para as Forças Armadas do Brasil, especialmente na área de comando e controle, e gerenciamento do processo de decisão.



Sobre a BAE Systems



A BAE Systems é uma empresa global que atua nas áreas de defesa, segurança e aeroespacial, com aproximadamente 107 mil colaboradores em todo o mundo. A companhia oferece uma gama completa de produtos e serviços para forças aéreas, terrestres e navais, bem como avançadas soluções eletrônicas, de segurança, tecnologia da informação e serviços de apoio ao cliente. Em 2009, a BAE Systems registrou vendas de 22,4 bilhões de libras (36,2 bilhões de dólares).