quarta-feira, 29 de setembro de 2010

SUBMARINO SCORPÈNE: A POSIÇÃO DA MARINHA

  Desde a década de 1970, levando em conta a vastidão do Atlântico Sul, natural teatro de nossas operações navais, e a magnitude de nossos interesses no mar, a Marinha do Brasil (MB) constatou, desde logo, que, no que tangia a submarinos, a posse de convencionais não era bastante. Para o cumprimento de sua missão constitucional de defender a soberania, integridade territorial e interesses marítimos do País, tornava-se mister dispor, também, de submarinos nucleares em seu inventário de meios. Aqueles, em face de suas peculiaridades, para emprego preponderante em áreas litorâneas, em zonas de patrulha limitadas. Estes, graças à excepcional mobilidade, para a garantia da defesa avançada da fronteira marítima mais distante.




No presente momento, encontram-se em fase de negociações, a fabricação no Brasil de submarinos convencionais, e a do primeiro com propulsão nuclear, o que se constitui na maior prioridade do Programa de Reaparelhamento da Marinha.



Sobre esse assunto foi criada, no dia 26 de setembro, último passado, a Coordenadoria-Geral do Programa de Desenvolvimento de Submarino com Propulsão Nuclear (COGESN), dentro da estrutura organizacional da Diretoria Geral do Material da Marinha. Essa Coordenadoria tem as atribuições de gerenciar o projeto e a construção do estaleiro dedicado aos submarinos e de sua base; de gerenciar o projeto de construção do submarino com propulsão nuclear; e de gerenciar o projeto de detalhamento do submarino convencional a ser adquirido pela MB.



A COGESN foi criada pelo Comando da Marinha como forma de proporcionar uma melhor integração e sinergia entre todas as Organizações da Marinha, com foco no desenvolvimento de um submarino com propulsão nuclear. Essa criação tornou-se necessária, na medida em que, com a nova visão governamental no que tange à área nuclear e, em particular, à Defesa e à Segurança Nacionais, foram criadas condições para que a Marinha pudesse, mediante nova abordagem, levar adiante um empreendimento até aqui mantido no limiar da sobrevivência, à custa de sacrifícios orçamentários da própria Força Naval.



Desde o final da década de 1970, a MB desenvolve, nas dependências de seu Centro Tecnológico da Marinha em São Paulo, um programa de desenvolvimento de tecnologia nuclear, visando, por um lado, o domínio do ciclo do combustível nuclear, que logrou êxito em 1982, com a divulgação do enriquecimento do urânio com tecnologia desenvolvida pela MB. Por outro, o desenvolvimento de um protótipo de reator nuclear capaz de gerar energia para fazer funcionar a planta de propulsão de um submarino nuclear. Este, ainda em desenvolvimento, com operação prevista para 2014.



Paralelamente, para capacitar-se a construir submarinos, a MB, na mesma época, cuidou de adquirir, da Alemanha, a transferência de tecnologia de construção de submarinos, empregando, para tanto, o projeto do submarino IKL-209, à época, o modelo mais vendido no mundo. Foram, assim, construídos quatro submarinos no Arsenal de Marinha do Rio de Janeiro (AMRJ), colocando a MB no limitado rol dos países construtores desses engenhos.



O que falta para alcançar as metas



As principais pendências, no que tange à capacitação do País para construir um submarino nuclear, considerando já alcançada a meta do combustível nuclear, incluem:



a) - o término da construção e a operação experimental do reator nuclear e da respectiva planta de propulsão. Com o compromisso do presente governo de aportar recursos, sua operação está prevista para 2014; e



b) - não obstante ter logrado êxito na construção de submarinos no AMRJ, falta à Marinha a capacidade de desenvolver projetos de submarinos. O caminho seguido pelas potências que produzem submarinos nucleares foi o de, a partir do pleno domínio do projeto de convencionais, evoluir, por etapas, para um submarino nuclear, cujos requisitos, em termos de tecnologia e controle de qualidade, superam em muito aqueles de um convencional. Assim, o caminho natural para o Brasil seria, da mesma forma, o de desenvolver sucessivos protótipos, até que se chegasse a um projeto razoável, para abrigar uma planta nuclear. Como não se dispõe do tempo nem dos recursos necessários para tanto, a solução delineada pela MB, no intuito de – com segurança – saltar etapas, foi a de buscar parcerias estratégicas com países detentores de tais tecnologias e que estivessem dispostos a transferi-la.



Tendo em vista, por um lado, a total exclusão tecnológica imposta pelas principais potências aos países que buscam o domínio das tecnologias nucleares, barrando-lhes o caminho, e, por outro a indispensável transição a ser feita entre os projetos de submarinos convencionais e nucleares, demandando que a associação fosse buscada com quem produz a ambos, restaram poucas opções.



No momento, apenas dois países no mundo desenvolvem e produzem, simultaneamente, ambos os tipos de submarinos, o que limitou o campo de abordagem, respectivamente, à Rússia e à França. (Só foram considerados os fabricantes tradicionais. Pouco se sabe sobre o projeto chinês e os resultados obtidos. Na verdade, também eles vivem uma fase de aprendizado).





A Rússia desenvolveu sua tecnologia nuclear e possui um projeto de submarino convencional, o Amur 1650 (imagem à esquerda), mas apresenta alguns óbices: não possui qualquer cliente no mundo ocidental, nessa área; seu projeto de submarino convencional ainda não encontrou, pelo que se conhece, algum comprador; o apoio logístico enfrenta dificuldades; e, o que a desqualifica definitivamente, não está disposta a transferir tecnologia. Só se interessa por vender submarinos, o que está muito longe das pretensões brasileiras.



A França, por outro lado, também desenvolveu sua própria tecnologia, emprega métodos e processos típicos do Ocidente e de mais fácil absorção por nossos engenheiros e técnicos, além de ser um fornecedor tradicional de material de defesa para o mundo ocidental. No momento, exporta submarinos convencionais Scorpène (ver foto ao lado) para países como o Chile, a Índia e a Malásia. Acima de tudo, está disposta a – contratualmente – transferir tecnologia de projeto de submarinos, inclusive cooperando no projeto do submarino de propulsão nuclear brasileiro, excluídos o projeto e a construção do próprio reator e seus controles, que caberiam exclusivamente à MB. É exatamente o que interessa ao Brasil.






O processo de escolha do Submarino Classe Scorpène foi longo, exaustivo e criterioso, e envolveu reuniões, visitas a países possuidores de submarinos nucleares e de submarinos dessa Classe, além de análises de diversos relatórios e intensas negociações.



Assim, para se chegar à conclusão sobre o melhor projeto de um submarino convencional que atendesse a Marinha, executou-se uma extensiva pesquisa nos diversos modelos de submarinos disponíveis, junto aos países que os detém, para se conhecer as qualidades e limitações de cada um deles.



Como qualquer projeto dessa complexidade, é natural que existam vantagens e desvantagens em cada uma das opções examinadas, avaliações que foram consideradas nos citados relatórios e que serviram de base para a escolha.

Algumas características do projeto do Submarino Scorpène merecem especial destaque. Diferentemente do usual, apesar de tratar-se de um submarino convencional, seu projeto não constitui evolução de uma classe convencional anterior; pelo contrário, seu casco hidrodinâmico é derivado do submarino nuclear “Rubis/Amethyste”, mas mais compacto. Essa classe de submarinos, denominada classe Rubis   tem seis unidades em operação na Marinha Francesa. Além disso, emprega tecnologias usadas nos submarinos nucleares franceses, como o sistema de combate SUBTICS.



Em decorrência, dentre as vantagens que apresenta, seu projeto destaca-se por facilitar uma rápida transição para o nuclear, haja vista sua forma de casco clássica daquele tipo de submarinos, com hidrodinâmica apropriada para elevados desempenhos em velocidade e manobra.





À esquerda, pode-se observar a diferença entre um casco tipicamente de nuclear - como o do Scorpène , acima) – comparado com o de um convencional clássico, um IKL-209 ).

SUBMARINO SCORPÈNE: A POSIÇÃO DA MARINHA


Submarinos na estratégia naval brasileira



Desde a década de 1970, levando em conta a vastidão do Atlântico Sul, natural teatro de nossas operações navais, e a magnitude de nossos interesses no mar, a Marinha do Brasil (MB) constatou, desde logo, que, no que tangia a submarinos, a posse de convencionais não era bastante. Para o cumprimento de sua missão constitucional de defender a soberania, integridade territorial e interesses marítimos do País, tornava-se mister dispor, também, de submarinos nucleares em seu inventário de meios. Aqueles, em face de suas peculiaridades, para emprego preponderante em áreas litorâneas, em zonas de patrulha limitadas. Estes, graças à excepcional mobilidade, para a garantia da defesa avançada da fronteira marítima mais distante.



No presente momento, encontram-se em fase de negociações, a fabricação no Brasil de submarinos convencionais, e a do primeiro com propulsão nuclear, o que se constitui na maior prioridade do Programa de Reaparelhamento da Marinha.



Sobre esse assunto foi criada, no dia 26 de setembro, último passado, a Coordenadoria-Geral do Programa de Desenvolvimento de Submarino com Propulsão Nuclear (COGESN), dentro da estrutura organizacional da Diretoria Geral do Material da Marinha. Essa Coordenadoria tem as atribuições de gerenciar o projeto e a construção do estaleiro dedicado aos submarinos e de sua base; de gerenciar o projeto de construção do submarino com propulsão nuclear; e de gerenciar o projeto de detalhamento do submarino convencional a ser adquirido pela MB.



A COGESN foi criada pelo Comando da Marinha como forma de proporcionar uma melhor integração e sinergia entre todas as Organizações da Marinha, com foco no desenvolvimento de um submarino com propulsão nuclear. Essa criação tornou-se necessária, na medida em que, com a nova visão governamental no que tange à área nuclear e, em particular, à Defesa e à Segurança Nacionais, foram criadas condições para que a Marinha pudesse, mediante nova abordagem, levar adiante um empreendimento até aqui mantido no limiar da sobrevivência, à custa de sacrifícios orçamentários da própria Força Naval.



Desde o final da década de 1970, a MB desenvolve, nas dependências de seu Centro Tecnológico da Marinha em São Paulo, um programa de desenvolvimento de tecnologia nuclear, visando, por um lado, o domínio do ciclo do combustível nuclear, que logrou êxito em 1982, com a divulgação do enriquecimento do urânio com tecnologia desenvolvida pela MB. Por outro, o desenvolvimento de um protótipo de reator nuclear capaz de gerar energia para fazer funcionar a planta de propulsão de um submarino nuclear. Este, ainda em desenvolvimento, com operação prevista para 2014.



Paralelamente, para capacitar-se a construir submarinos, a MB, na mesma época, cuidou de adquirir, da Alemanha, a transferência de tecnologia de construção de submarinos, empregando, para tanto, o projeto do submarino IKL-209, à época, o modelo mais vendido no mundo. Foram, assim, construídos quatro submarinos no Arsenal de Marinha do Rio de Janeiro (AMRJ), colocando a MB no limitado rol dos países construtores desses engenhos.



O que falta para alcançar as metas



As principais pendências, no que tange à capacitação do País para construir um submarino nuclear, considerando já alcançada a meta do combustível nuclear, incluem:



a) - o término da construção e a operação experimental do reator nuclear e da respectiva planta de propulsão. Com o compromisso do presente governo de aportar recursos, sua operação está prevista para 2014; e



b) - não obstante ter logrado êxito na construção de submarinos no AMRJ, falta à Marinha a capacidade de desenvolver projetos de submarinos. O caminho seguido pelas potências que produzem submarinos nucleares foi o de, a partir do pleno domínio do projeto de convencionais, evoluir, por etapas, para um submarino nuclear, cujos requisitos, em termos de tecnologia e controle de qualidade, superam em muito aqueles de um convencional. Assim, o caminho natural para o Brasil seria, da mesma forma, o de desenvolver sucessivos protótipos, até que se chegasse a um projeto razoável, para abrigar uma planta nuclear. Como não se dispõe do tempo nem dos recursos necessários para tanto, a solução delineada pela MB, no intuito de – com segurança – saltar etapas, foi a de buscar parcerias estratégicas com países detentores de tais tecnologias e que estivessem dispostos a transferi-la.



Tendo em vista, por um lado, a total exclusão tecnológica imposta pelas principais potências aos países que buscam o domínio das tecnologias nucleares, barrando-lhes o caminho, e, por outro a indispensável transição a ser feita entre os projetos de submarinos convencionais e nucleares, demandando que a associação fosse buscada com quem produz a ambos, restaram poucas opções.



No momento, apenas dois países no mundo desenvolvem e produzem, simultaneamente, ambos os tipos de submarinos, o que limitou o campo de abordagem, respectivamente, à Rússia e à França. (Só foram considerados os fabricantes tradicionais. Pouco se sabe sobre o projeto chinês e os resultados obtidos. Na verdade, também eles vivem uma fase de aprendizado).


A Rússia desenvolveu sua tecnologia nuclear e possui um projeto de submarino convencional, o Amur 1650 (imagem à esquerda), mas apresenta alguns óbices: não possui qualquer cliente no mundo ocidental, nessa área; seu projeto de submarino convencional ainda não encontrou, pelo que se conhece, algum comprador; o apoio logístico enfrenta dificuldades; e, o que a desqualifica definitivamente, não está disposta a transferir tecnologia. Só se interessa por vender submarinos, o que está muito longe das pretensões brasileiras.




A França, por outro lado, também desenvolveu sua própria tecnologia, emprega métodos e processos típicos do Ocidente e de mais fácil absorção por nossos engenheiros e técnicos, além de ser um fornecedor tradicional de material de defesa para o mundo ocidental. No momento, exporta submarinos convencionais Scorpène (ver foto ao lado) para países como o Chile, a Índia e a Malásia. Acima de tudo, está disposta a – contratualmente – transferir tecnologia de projeto de submarinos, inclusive cooperando no projeto do submarino de propulsão nuclear brasileiro, excluídos o projeto e a construção do próprio reator e seus controles, que caberiam exclusivamente à MB. É exatamente o que interessa ao Brasil.



A opção pelo Submarino Classe Scorpène





O processo de escolha do Submarino Classe Scorpène foi longo, exaustivo e criterioso, e envolveu reuniões, visitas a países possuidores de submarinos nucleares e de submarinos dessa Classe, além de análises de diversos relatórios e intensas negociações.



Assim, para se chegar à conclusão sobre o melhor projeto de um submarino convencional que atendesse a Marinha, executou-se uma extensiva pesquisa nos diversos modelos de submarinos disponíveis, junto aos países que os detém, para se conhecer as qualidades e limitações de cada um deles.



Como qualquer projeto dessa complexidade, é natural que existam vantagens e desvantagens em cada uma das opções examinadas, avaliações que foram consideradas nos citados relatórios e que serviram de base para a escolha.

tecnologias usadas nos submarinos nucleares franceses, como o sistema de combate SUBTICS.




Em decorrência, dentre as vantagens que apresenta, seu projeto destaca-se por facilitar uma rápida transição para o nuclear, haja vista sua forma de casco clássica daquele tipo de submarinos, com hidrodinâmica apropriada para elevados desempenhos em velocidade e manobra.





À esquerda, pode-se observar a diferença entre um casco tipicamente de nuclear - como o do Scorpène (figura ao lado, acima) – comparado com o de um convencional clássico, um IKL-209 (figura ao lado, abaixo).



Além das peculiaridades de projeto, o Scorpène tem a vantagem de empregar os mesmos sistemas (sensores, sistema de combate, armamento, sistema de controle da plataforma etc) existentes nos submarinos nucleares franceses. Ajustes de software compatibilizam as diferentes necessidades de desempenho. Do ponto de vista logístico e de atualização tecnológica constitui diferencial respeitável.



Assim, considerando a necessidade brasileira de abreviar processos, - na verdade, queimar etapas, sem jamais comprometer a segurança –, a escolha do projeto do Scorpène, para servir de base ao desenvolvimento do projeto do nosso submarino de propulsão nuclear, resulta de aprofundados estudos e amadurecido processo de tomada de decisão. No entender da Marinha, essa escolha constitui a opção de menor risco para o êxito da empreitada, de resto, um acalentado sonho da Força Naval há, já, trinta anos.



Os submarinos serão construídos no Brasil. Nesse caso, o modelo do submarino Classe Scorpène será adaptado por nossos Engenheiros Navais. O índice de nacionalização será bastante elevado, havendo em cada um mais de 36.000 itens, produzidos por mais de 30 empresas brasileiras.



O acordo com a França, país que possui grande experiência no assunto e tecnologia bastante moderna, visa abreviar as etapas da parte não nuclear do submarino de propulsão nuclear, com a transferência de tecnologias de projeto e construção. Existe também um grande interesse da Marinha em conseguir que empresas francesas transfiram a indústrias nacionais a capacidade de fabricação de importantes equipamentos, que possuem requisitos de desempenho bastante rigorosos, exigidos para a operação em condições extremamente severas, como é o caso de submarinos.



Esse convênio está em fase final de discussão, mas, ressalta-se que, nos moldes pretendidos pela Marinha, ele prevê a transferência de tecnologia para a construção de submarinos convencionais e para a parte não nuclear do submarino com propulsão nuclear. Como exemplos, podemos mencionar a estrutura do casco resistente, as condições de desempenho hidrodinâmico, os periscópios, sistemas de combate e de comunicações, o teste dos hélices em laboratórios especializados, entre outras áreas.



Considerando a garantia dada pelo Governo Francês da transferência da tecnologia e as experiências positivas observadas sobre o Submarino da Classe Scorpène, a Marinha não teve dúvida em optar por essa obtenção.



CENTRO DE COMUNICAÇÃO SOCIAL DA MARINHA

O programa espacial chinês acelera os preparativos para lançar sua segunda sonda lunar, a Chang'e 2,

EFE - EFE


O programa espacial chinês acelera os preparativos para lançar sua segunda sonda lunar, a Chang'e 2, que deve partir no próximo dia 1º, sexta-feira, no 61º aniversário da fundação da República Popular da China, caso as condições meteorológicas permitam, informou a imprensa estatal nesta terça-feira.





Reprodução/NasaIlustração da primeira sonda lunar chinesa, a Chang'e 1Veja também:



China planeja pisar pela primeira vez na Lua em 2025



O lançamento será realizado no mesmo local de onde partiu sua antecessora, Chang'e 1: a base de Xichang, na província de Sichuan (sudoeste do país), segundo destacou o jornal China Daily.



O tempo nublado e chuvoso na zona pode atrasar o lançamento, embora os meteorologistas prevejam dias ensolarados a partir de quinta-feira, dia 30.



Como no lançamento anterior, as agências de viagem locais buscam fazer negócio oferecendo por 800 yuans (cerca de US$ 119) um tour a uma zona a três quilômetros da base para acompanhar o lançamento.



A segunda sonda lunar chinesa testará novas técnicas de alunissagem e vai tirar fotos de alta resolução da superfície do satélite natural.



Além disso, entrará na órbita lunar com maior rapidez que seu antecessor, que demorou 13 dias terrestres a chegar. Já a Chang'e 2 o fará em cinco, e orbitará mais perto, a 100 quilômetros de altitude, contra 200 da Chang'e 1.



A Chang'e 1, que fez as primeiras imagens chinesas da Lua, foi lançada em 24 de outubro de 2007, e encerrou sua missão em 1º de março de 2009, quando caiu no solo lunar.



O programa espacial chinês trabalha fundamentalmente em dois projetos: o de voos tripulados (já realizou três) e o de prospecção lunar, que prevê a primeira alunissagem de uma sonda chinesa sem astronautas em 2013 e a primeira coleta de pedras em 2017.



Os dois programas poderiam convergir em 2025, quando algumas fontes próximas ao programa espacial chinês assinalam que o país deve enviar seus primeiros astronautas à Lua.

Aviso de Patrulha 'Albacora' é incorporado à Marinha

A Marinha do Brasil incorporou, este mês, mais um Aviso de Patrulha (AviPa), construído pela Indústria Naval do Ceará S.A (INACE). A solenidade, realizada no píer do Marina Park Hotel, em Fortaleza (CE), marcou o batismo do navio, que recebeu o nome de AviPa “Albacora”, e sua transferência para o Setor Operativo.




Atracada ao píer, a nova embarcação recebeu o tradicional banho de champanhe, após o acionamento do dispositivo por sua madrinha, Vera Lucia Afonso Ramos, esposa do Almirante-de-Esquadra Arthur Pires Ramos.



Lançado ao mar no dia 09 de agosto, o AviPa contribuirá nas ações de Patrulha e Inspeção Naval e deve, também, ser utilizado em manobras de reboque de embarcações de porte semelhante, em tarefas de Busca e Salvamento (SAR) e em apoio a operações de mergulho livre e autônomo, ao longo do litoral sob jurisdição do Comando do 1º Distrito Naval, cuja sede fica localizada no Rio de Janeiro.



O nome da embarcação é originário de um peixe semelhante ao atum, encontrado em toda a costa brasileira, especialmente no Nordeste. O Aviso de Patrulha possui casco e superestrutura construídos em alumínio, 22,80 metros de comprimento e alcança uma velocidade máxima de 15 nós, com autonomia de três dias e um raio de ação de 300 milhas náuticas (cerca de 777 quilômetros). A sua tripulação é formada por um Oficial e cinco Praças.

Petrobrás planeja fazer mapeamento de reservas em Angola

Levantamento será feito antes de o governo realizar uma nova rodada de licitações




Clarissa Mangueira, da Agência Estado





LISBOA - A Petrobrás e a petroleira estatal angolana Sonangol planejam realizar um mapeamento das áreas de exploração de petróleo em Angola, antes de o governo realizar uma nova rodada de licitações, afirmou o jornal português Diário Económico.



"Nós estamos esperando a visita de uma delegação brasileira nos próximos dias para iniciar as conversações sobre a organização do programa", afirmou o ministro da Defesa Nacional de Angola, Cândido Van-Dúnem, à agência de notícias Lusa, segundo o jornal.



Em julho, a Petrobrás confirmou a descoberta de petróleo em Angola, num bloco operado pela italiana Eni. Segundo a estatal, avaliações iniciais indicaram a existência de pelo menos 500 milhões de barris de petróleo de alta qualidade ("in place").



O jornal também disse, sem citar fontes, que a petroleira portuguesa Galp Energia, parceira da Petrobrás no Brasil, disse ao governo angolano que está interessada em adquirir participações minoritárias nos blocos de petróleo que deverão ser licitados. A Galp disse que não comentaria o assunto.



A Angola está tentando atrair o interesse das companhias antes de adotar medidas concretas para conceder novas licenças de exploração de petróleo no país.



Dados geológicos indicaram que as bacias do Congo e de Kwanza, em Angola, têm características similares com as bacias offshore do Brasil, onde foram feitas as maiores descobertas de petróleo do mundo nos últimos anos, afirmou o Diário Económico. As informações são da Dow Jones.



terça-feira, 28 de setembro de 2010

Diamond brilha em sua chegada em Portsmouth

Portsmouth, Reino Unido – Diamond, o terceiro destróier de defesa antiáerea do Tipo 45 construído pela BAE Systems para a Marinha Real do Reino Unido, foi entregue ao Ministério da Defesa, em uma cerimônia realizada hoje na Base Naval de Portsmouth.






Membros da tripulação do navio levantaram a insígnia branca, pela primeira vez a bordo do Diamond, quando o Comodoro da Marinha Real Steve Brunton aceitou formalmente o navio em nome do Ministério da Defesa, em Portsmouth, onde se reunirá aos destróieres HMS Daring e HMS Dauntless.



Angus Holt, Diretor de Programas da divisão de Navios de Superfície da BAE System no Reino Unido, disse: “O Diamond é um navio excepcional e temos orgulho em entregá-lo hoje à Marinha Real. O programa de Tipo 45 é um grande exemplo de uma parceria efetiva entre a indústria, a Marinha Real e o Ministério da Defesa para capacitar nossas forças armadas”.





“Nosso trabalho no Diamond e nos outros dois destróiers, seus pares, continua agora com suporte em serviço ao navio e ao resto da frota, garantindo que o Reino Unido atenda às suas necessidades operacionais”.




No comando da frota de destróieres, o Comodoro Steve Brunton declarou: “É um enorme privilégio aceitar este magnífico navio em nome do Ministério da Defesa, não muito tempo depois da aceitação do HMS Daring a serviço da Marinha”.



“Com cinco navios na água – um em serviço, dois nas mãos do Ministério da Defesa e dois outros em testes – 2010 está sendo um ano extremamente atarefado para o programa do Tipo 45, com previsão para ver ainda o último de sua classe, o Duncan, descendo a carreira de lançamento na base de Clyde.”





O primeiro aço do Diamond foi cortado em maio de 2005 e o navio foi lançado no estaleiro de Govan em novembro de 2007. Após a execução de um extenso programa de testes no mar, o Diamond deixou o rio Clyde, com uma tripulação mista da BAE Systems e da Marinha Real, pela última vez no sábado, 18 de setembro, e chegou hoje em sua nova base de Portsmouth.




Na posição de gerente de produção desta Classe de embarcações, a BAE Systems também fornecerá suporte à frota em serviço. Trabalhando lado a lado com a Marinha Real, na Base Naval de Portsmouth, os engenheiros da empresa serão responsáveis pela coordenação de todos os aspectos das operações de reparo, manutenção e assistência, visando aumentar a disponibilidade do navio e reduzir os custos de suporte, durante toda a sua vida útil, para que a Marinha Real possa cumprir seus compromissos operacionais no mundo.




O Tipo 45 representa os maiores e mais poderosos destróieres de defesa antiaérea já construídos para a Marinha Real, conferindo à Defesa do Reino Unido uma capacidade militar de classe mundial. Os navios de Tipo 45 constituirão a espinha dorsal da defesa naval antiaérea do Reino Unido, muito além dos próximos 30 anos. Estes navios serão capazes de desempenhar uma ampla gama de operações, entre elas ações de antipirataria e anticontrabando, assistência em situações pós-desastre e vigilância, assim como operações de combate de alta intensidade durante uma guerra.







Os destróieres são capazes de visar vários alvos, simultaneamente, bem como defender porta-aviões ou grupo de navios, a exemplo de uma força anfíbia de desembarque, fazendo frente às maiores ameaças aéreas do futuro. Estes navios contribuirão com uma capacidade especializada de combate antiáereo, em operações conjuntas e marítimas, realizadas em todo o mundo, até 2040.



Fonte: BAE Systems

Contra terrorismo na Europa, EUA intensificam ataques no Paquistão

CIA afirma que insurgentes estariam planejando ataques na França, na Alemanha e no Reino Unido
WASHINGTON - A Agência Central de Inteligência dos EUA (CIA) aumentou a intensidade dos ataques aéreos contra zonas do Paquistão fronteiriças com o Afeganistão, em uma tentativa de frustrar eventuais atentados terroristas na Europa, informaram veículos de imprensa americanos nesta terça-feira, 28.





Em setembro, a CIA efetuou pelo menos 20 ataques com aviões sem pilotos que lançam mísseis contra supostos alvos terroristas nas zonas tribais do noroeste do Paquistão, segundo informam os jornais The New York Times e The Wall Street Journal e a rede televisiva CNN.



A iniciativa responde às informações sobre supostos "complôs" para realizar atentados terroristas no Reino Unido, França ou Alemanha, segundo funcionários não identificados da CIA consultados pelo The Wall Street Journal.



"O propósito de tudo isto é desmantelar os complôs terroristas, independente da fase de desenvolvimento em que estejam e sejam quais forem os locais onde pretendem realizar atentados", disse à CNN um funcionário que pediu o anonimato.



Por sua vez, o The New York Times afirmou que "os ataques refletem a crescente frustração, tanto no Afeganistão como nos EUA, perante a impressão de que o governo do Paquistão não foi suficientemente agressivo na tentativa de despejar os militantes de suas bases nas montanhas ocidentais do país".



As atuais operações da CIA se centram na região do Waziristão do Norte, considerada um "refúgio" para Al-Qaeda e os talebans.



O governo paquistanês protestou formalmente por dois ataques que foram lançados domingo e segunda-feira com helicópteros americanos da Otan, desde o Afeganistão, contra a zona fronteiriça do Paquistão, nos quais morreram entre 30 e 70 pessoas, segundo as versões.



A rede Haqqani, vinculada à Al-Qaeda, segundo analistas, prepara atentados terroristas na Europa.

segunda-feira, 27 de setembro de 2010

Segundo colunista, Rafale levou o F-X2 e levará contrato com a Marinha

Segundo o jornalista Ricardo Boechat, da revista semanal IstoÉ, o relatório final do Comando da Aeronáutica sobre os 36 novos caças para a Força Aérea Brasileira está pronto. O documento assinado pelo Brigadeiro Juniti Saito escolheu o caça francês Dassault Rafale no programa F-X2.

Ainda segundo Boechat, a Marinha também está interessada na aquisição de 12 caças supersônicos para equipar o porta-aviões São Paulo, e que o modelo francês deve levar esse pedido também.
Segundo o Ministro da Defesa Nelson Jobim, o Presidente Luís Inácio Lula da Silva fará seu pronunciamento sobre a escolha do caça após as eleições do dia 3 de outubro, provavelmente no dia 23 de outubro, Dia do Aviador. Caso essa data não se concretize, a próxima data prevista é durante a realização da operação militar Cruzex, onde os caças Rafale da França estarão participando juntamente com a Força Aérea Brasileira de um exercício conjunto.
Nota do Editor: Essa notícia divulgada por Boechat sobre o F-X2 já é de conhecimento de todos, mas o negócio da Marinha apareceu mais uma vez, indicando que a tendência de compra dos caças Rafale para Marinha Brasileira deve mesmo ser concretizada. Aguardaremos até outubro. Vamos ver se teremos mais alguns capítulos dessa novela. Espero que não.

Novo supertelescópio vê primeiro asteroide potencialmente perigoso


O telescópio PS1, equipado com a melhor câmera digital do mundo e que se tornou operacional em junho, descobriu um asteroide que chegará a 6 milhões de quilômetros da Terra em meados deste mês. O objeto tem cerca de 50 metros de diâmetro e foi encontrado em imagens de 16 de setembro, quando se encontrava a 30 milhões de quilômetros.






Divulgação/PS1SCImagem de 2010 ST3 (círculo verde), feita pelo telescópio PS1, montado no HavaíVeja também:



Telescópio com a melhor câmera digital do mundo torna-se operacional



Trata-se, de acordo com nota divulgada pelo Centro de Astrofísica Harvard-Smithsonian, o primeiro objeto potencialmente perigoso encontrado pela busca Pan-Starrs - sigla em inglês de Telescópio de Busca Panorâmica e Sistema de Resposta Rápida. O asteroide foi designado 2010 ST3.



"Embora esse objeto em particular não vá atingir a Terra no futuro imediato, a descoberta mostra que o Pan-Starrs é o sistema mais sensível dedicado a descobrir asteroides potencialmente perigosos", disse, em nota, Robert Jedicke, membro do Consórcio Científico PS1. "Este objeto foi detectado quando ainda estava longe demais para ser visto em outras buscas".



A maioria dos maiores objetos potencialmente perigosos já foi catalogada, mas pesquisadores suspeitam que há um grande número de corpos com menos de 1,5 km de diâmetro e que ainda não foram vistos. Esses corpos poderiam causar danos graves em escala regional caso atinjam a Terra. Impactos desse tipo ocorrem, de acordo com estimativas, numa escala de milhares de anos.



O consórcio responsável pelo Pan-Starrs espera que o sistema detecte dezenas de milhares de novos asteroides a cada ano, e com precisão suficiente para calcular suas órbitas.



Qualquer objeto de tamanho considerável que apresente uma boa chance de se aproximar da Terra nos próximos 50 anos será catalogado como "potencialmente perigoso" e monitorado.

sábado, 25 de setembro de 2010

Ahmadinejad volta a questionar autoria dos atentados de 11 de Setembro

TEERÃ - O presidente iraniano, Mahmoud Ahmadinejad, voltou a questionar neste sábado, 25, a autoria dos atentados do 11 de Setembro, e desafiou novamente os Estados Unidos a apresentar provas contra os terroristas.








Em declarações ao chegar a Teerã, procedente da Assembleia Geral da ONU em Nova York, o líder reiterou que o governo americano não deve esperar que os demais países acreditem em suas justificativas. "Se tudo o que vocês dizem é verdade, devem apresentar provas contra os terroristas", afirmou.





Ahmadinejad voltou a acusar Washington de ter usado os sangrentos atentados como pretexto para lançar a guerra contra o terrorismo e insistiu na necessidade de criar uma comissão internacional que os investigue.





"Esse assunto requer mais estudos, que devem ser feitos por um comitê independente e justo, que permita conhecer a verdade", disse.





Durante seu discurso na Assembleia Geral da ONU, o presidente iraniano acusou os Estados Unidos de terem promovido os atentados de 11 de setembro de 2001 em Nova York e Washington, o que provocou a reprovação da maior parte da comunidade internacional.

Brasileiros descobrem pista para estudar a gravitação quântica

A medição direta dos efeitos da gravitação quântica é praticamente impossível. O motivo é que eles têm origem em locais inacessíveis ao homem, como em buracos negros. Além disso, seus efeitos são extremamente sutis.




Mas um grupo de físicos brasileiros desenvolveu um meio de estudar indiretamente um desses fenômenos, a flutuação da velocidade da luz.



Líquidos heterogêneos



A solução consiste em usar experimentos de propagação de ondas acústicas em fluidos com aleatoriedade, como em coloides, líquidos heterogêneos que contêm partículas ou moléculas de diferentes tamanhos em suspensão - o leite é um exemplo.



O trabalho foi realizado por Gastão Krein, do Instituto de Física Teórica (IFT) da Universidade Estadual Paulista (Unesp), Nami Svaiter, do Centro Brasileiro de Pesquisas Físicas (CBPF), e Gabriel Menezes, pós-doutorando da Unesp.



"Em uma conversa que tivemos com Svaiter, surgiu a ideia de que a propagação do som em fluidos coloides poderia apresentar efeitos similares aos da luz em ambientes nos quais a gravitação quântica seria relevante", disse Krein.



O encontro entre os físicos foi importante para a concepção da pesquisa, uma vez que Krein tem larga experiência em estudos com equações com flutuações aleatórias e Svaiter é especialista em gravitação quântica, tendo desenvolvido estudos de seus efeitos com Lawrence Ford, da Universidade Tufts, nos Estados Unidos.



Flutuações clássicas e quânticas



Flutuações em um fluido podem ser clássicas ou quânticas. O artigo demonstra que é possível usar microvibrações em coloides como uma plataforma para estudar a gravitação quântica. Segundo o estudo, os dois fenômenos são descritos por equações matemáticas similares.



Se trabalhos com coloides são comuns e conhecidos, o mesmo não se pode dizer do segundo fenômeno. Na gravidade quântica a velocidade da luz não é uma constante, como ensina a física clássica, mas flutua de um ponto a outro devido aos efeitos quânticos. Estima-se que esse tipo de gravidade esteja presente em buracos negros e tenha vigorado durante o Big Bang.



Outros experimentos já foram propostos para estudar a gravidade quântica, mas o trabalho dos brasileiros é o primeiro a contemplar o estudo das flutuações da velocidade da luz através das flutuações da velocidade de propagação de ondas acústicas em fluidos.



Segundo Krein, o mérito da pesquisa foi ter apontado um meio de simular em laboratório um fenômeno de observação não possível atualmente. "O comportamento das ondas sonoras ao se propagar em um meio aleatório, como os coloides, permite trazer para o laboratório efeitos análogos aos da gravitação quântica", disse.



Radiação Hawking



Krein e colegas pretendem usar os modelos com fluidos para estudar o equivalente a um buraco negro e como vibrações acústicas quânticas são criadas e destruídas próximo a essas formações no espaço.



Os físicos buscam compreender melhor o fenômeno conhecido como "radiação Hawking", prevista em 1973 pelo físico inglês Stephen Hawking. Segundo Hawking, os buracos negros encolhem com a perda de energia por meio dessa radiação.



Krein, Svaiter e Menezes procuram também grupos experimentais de pesquisa que investiguem fluidos e se interessem em fazer experimentos nessa área.



"Com um fluido, podemos controlar parâmetros do experimento, como a densidade e a concentração das partículas em suspensão, e, com isso, aprender como muda a propagação do som de maneira controlável no laboratório. Isso permitirá construir correlações dos resultados com o que ocorre na gravitação quântica", disse Krein.

Estudo reavalia conclusão sobre sinais de vida em Marte

Indício negativo




Cientistas mexicanos fizeram um estudo que contesta conclusões sobre a falta de vida em Marte tiradas com base em coletas feitas no planeta por uma sonda da Nasa em 1976.



A noção de que o planeta vermelho seria estéril tinha sido reforçada após a missão da sonda Viking, que coletou e examinou amostras do solo de Marte, sem encontrar evidências da existência de moléculas ricas em carbono ou de vida no planeta.



Mas os cientistas da Universidade Nacional Autônoma do México, da Cidade do México, afirmam que as substâncias que poderiam comprovar a chance de que poderia haver vida no planeta tinham sido destruídas no local da coleta quando a sonda pousou no planeta.



Moléculas orgânicas em Marte



Os cientistas resolveram reavaliar a questão sobre presença de moléculas orgânicas ricas em carbono em Marte após o envio de outra sonda ao planeta, em 2008.



A sonda Phoenix Mars Lander registrou a presença da substância química perclorato, que contém cloro, na região "ártica" do planeta.



Por causa dessa descoberta, os cientistas resolveram fazer uma experiência para reproduzir as condições do pouso da sonda Viking em Marte com o conhecimento de que haveria perclorato no solo.



A equipe de cientistas foi ao deserto de Atacama, no Chile, onde as circunstâncias seriam similares às de Marte.



Após adicionar perclorato ao solo e aquecê-lo, os cientistas descobriram que os gases produzidos eram dióxido de carbono e traços de clorometano e diclorometano - os mesmos gases liberados por reações químicas após as sondas Viking terem aquecido o solo de Marte mais de três décadas atrás.



Eles também descobriram que as reações químicas destruíram todos os componentes orgânicos no solo.



"Nossos resultados indicam que não apenas (substâncias) orgânicas, mas também perclorato, podem ter estado presentes no solo nos dois locais onde as (sondas) Viking pousaram", diz o autor principal do estudo, Rafael Navarro-González.



Cedo para comemorar



Apesar de animados pela descoberta, os pesquisadores afirmam que é muito cedo para concluir que tenha existido vida em Marte.



"Isso nada diz em relação à questão da existência ou não de vida em Marte, mas pode fazer uma grande diferença em como procuramos evidências para responder a essa pergunta", diz Chris McKay, do Ames Research Center da Nasa, na Califórnia.



McKay explicou que substâncias orgânicas podem vir de fontes biológicas ou não biológicas - muitos meteoritos que caíram na Terra possuem matéria orgânica.



O perclorato, um íon de cloro e oxigênio, pode ter estado presente em Marte por bilhões de anos e ter-se manifestado apenas quando aquecido, destruindo todas as substâncias orgânicas presentes no solo.



Quando cientistas examinaram originalmente as informações das sondas Viking, eles interpretaram os compostos orgânicos que continham cloro como contaminantes dos fluidos de limpeza levados na nave.



Ainda não está claro se as moléculas orgânicas são naturais de Marte ou se chegaram ao planeta por meio de meteoritos.



Descobrir isto é um dos objetivos das próximas missões para Marte. A Nasa planeja dar início em 2011 à sua missão Mars Science Laboratory (Laboratório Científico de Marte), com o robô espacial Curiosidade projetado para procurar material orgânico no planeta.

Avião solar deverá permanecer cinco anos voando

Avião solar




A Boeing foi contratada pela agência norte-americana DARPA (Defense Advanced Research Projects Agency) para desenvolver e operar um novo avião solar não-tripulado.



Projetado para fazer seu primeiro voo de demonstração em 2014, o SolarEagle (águia solar, em tradução livre) será capaz de voar em altitudes extremamente elevadas, devendo permanecer na estratosfera por até cinco anos.



O protótipo já será construído em escala total, uma vez que as dimensões impõem desafios para o projeto que não poderiam ser enfrentados em versões experimentais menores.



Durante os testes, o SolarEagle permanecerá na atmosfera superior durante 30 dias, capturando a energia solar durante o dia e armazenando-a em células a combustível, que fornecerão a energia para que o avião continue voando à noite.



A aeronave terá motores elétricos de alta eficiência e terá 132 metros de envergadura.

sexta-feira, 24 de setembro de 2010

Corveta Combattante BR70




A Corveta Combattante BR70 é um projeto da CMN que conta agora com a participação da Emgepron.


Baseada no design da Corveta classe Baynunah, construída para a marinha dos Emirados Árabes, o projeto BR70 está sendo desenvolvido de forma conjunta para atender a um possível contrato por parte da marinha do Paquistão.


Trata-se de um navio com características de baixa visibilidade térmica e radar, com 71,3 m de comprimento, 11 m de boca e 2,8 m de calado, com deslocamento na faixa de 830 ton. Será propulsada por quatro motores a diesel e dois waterjets, com uma velocidade máxima de 30 nós e um alcance de 2.000 milhas náuticas a uma velocidade de cruzeiro de 15 nós.

Seu armamento consiste de um canhão multi-emprego Oto Melara Super Rapid, no calibre 76 mm, dotado de uma cúpula de perfil steath (discreto), colocado na proa do navio. A meia nau estão reparos para oito mísseis anti-navio com modelo a ser definido entre o Exocet MM 40 francês, ou o Harpoon norte-americano e o C-802 chinês, haja vista a marinha paquistanesa utilizar estas três armas. Também à meia nau estão dois reparos de operação remota, cada um deles equipado com um canhão de médio calibre, a ser definido pelo cliente entre aqueles de calibre 20, 25, 27 ou 30 mm, e também com dois suportes para um total de quatro mísseis antiaéreos Igla ou Mistral.


Na popa, sobre o hangar coberto, há um sistema de mísseis de defesa com capacidade antimíssil RIM-116 RAM, com 21 cargas. A embarcação conta ainda com um hangar fechado com todas as instalações necessárias para armazenar e dar suporte operacional a um helicóptero da classe 5 toneladas, como um Dauphin ou um Lynx. É uma embarcação com altíssimo poder de combate, considerando sua baixa tonelagem.


Combate típico

Arma de médio calibre

Longo alcance SSM (8 mísseis)

Duas pistolas de calibres pequenos

Vigilância por radar 3D

Radar de controle de fogo

Electro Optical Director

Lançador vertical de SAM

ESM

Laser ESM

COMINT

2 lançadores de Decoy

hangar para helicóptero da classe de 4,5 toneladas

sonar evasão

Sistema de Gestão de Combate (10 consoles multifunção)

Missões

Patrulhamento em águas internacionais, nas águas territoriais e na zona económica exclusiva (ZEE)

Vigilância aérea e de superfície e a recolha de informações

Intercepção das forças inimigas (anti-superfície e guerra anti-aérea)

Protecção dos portos

Apoiar as ações das forças terrestres

Colocação de minas

operação de helicóptero da classe de 4,5 toneladas

Inovação: Plataforma de Pernas Tensionadas

Conheça, na matéria “Ela é versátil”, publicada na última edição da Revista Petrobras, a TWLP, ‘Plataforma de Pernas Tensionadas’ pioneira no Brasil, que será instalada pela Companhia no Campo de Papa-Terra, na Bacia de Campos. Com previsão para entrar em operação em 1.200 metros de profundidade, no ano de 2013, a unidade alia vantagens de plataformas flutuantes e fixas.




A implantação da Tension Leg Well Head Platform (TLWP) permitirá que o controle dos poços de petróleo, a cerca de mil metros de lâmina d’água, se desenvolva na superfície, não precisando da intervenção de robô submarino e do uso de sonda, de custo mais alto.