quarta-feira, 22 de setembro de 2010

Embraer acelera escolha de fornecedores para o KC-390

A Embraer e o Comando da Aeronáutica deram mais um passo, ontem, no programa de desenvolvimento da nova aeronave de transporte militar KC-390, com o início do processo de seleção dos fornecedores de três sistemas estratégicos: auto proteção, sistemas de missão e de reabastecimento em voo. Mais de 50 empresas estrangeiras interessadas em participar desse processo se reuniram, em São José dos Campos, no II Workshop de Offset (contrapartidas tecnológicas, industriais e comerciais) do Projeto da Aeronave KC-390.




No primeiro encontro, realizado em maio, foram iniciadas as negociações com os potenciais fornecedores de outros cinco sistemas considerados estratégicos: equipamentos aviônicos, motor, sistema de manuseio e lançamento de carga e trem de pouso. "A FAB participa junto com a Embraer da seleção dos fornecedores de oito sistemas principais do KC-390, que terão exigência de acordos de offset, pelo alto nível de tecnologia que agregam", explicou o diretor do KC-390 na Embraer, Paulo Gastão Silva.



O anúncio dos principais fornecedores do KC-390, segundo Gastão, deverá ser feito antes de maio de 2011, quando começa a fase de definições conjuntas do projeto, reunindo todos os parceiros e fornecedores. Algumas empresas brasileiras também já garantiram contratos importantes para o KC-390, mas tudo está sendo mantido em sigilo.



No caso dos motores da aeronave, a disputa envolve dois grandes consórcios: a CFM, uma joint venture entre a empresa americana General Electric (GE) e o grupo francês Safran e a IAE (International Aero Engine), joint venture entre a inglesa Rolls-Royce, a americana Pratt & Whitney, MTU da Alemanha e JAEC, do Japão. Para os sistemas de missão, reabastecimento em voo e de auto defesa do KC-390 , 14 empresas apresentaram ontem suas propostas no workshop, entre elas a BAE Systems, Indra, Sagem, Saab, Thales e Astronautics, entre outras.



Segundo informações divulgadas ontem pelo IFI (Instituto de Fomento e Coordenação Industrial), órgão vinculado ao DCTA (Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial), que auxilia a FAB nas negociações de acordos de offset, o projeto do KC-390 deverá gerar mais de 14 contratos de transferência de tecnologia com empresas estrangeiras selecionadas para participar do desenvolvimento.



Atualmente, de acordo com o IFI, os acordos de compensação em vigor no âmbito da Aeronáutica somam cerca de US$ 4,5 bilhões. Esse número não inclui os projetos futuros da Aeronáutica, como o desenvolvimento de veículos aéreos não tripulados (vants), radares, o substituto do Tucano e do Sucatão (Boeing 767), já em fase de estudos de viabilidade. O programa de aquisição de caças de combate F-X2, avaliado em R$ 10 bilhões, também prevê acordos de offset. O percentual exigido varia de 30% a 100% do valor do contrato, mas há casos em que os valores ficam acima disso.



No caso do F-X2, o governo brasileiro pretende divulgar antes do fim do ano o nome da empresa vencedora da licitação, que prevê a compra de 36 caças supersônicos. Segundo fonte ligada ao processo, o Ministério da Defesa trabalha agora com a possibilidade de anunciar o resultado em duas datas: ou no dia 23 de outubro (dia do aviador), caso não haja segundo turno das eleições presidenciais, ou durante a realização da quinta edição da Operação Cruzeiro do Sul (Cruzex), que acontecerá no período de 28 de outubro a 20 de novembro, na região Nordeste do país. A Cruzex é um exercício aéreo multinacional, que reúne as Forças Aéreas da Argentina, Brasil, Chile, Estados Unidos, França e meios simulados de força terrestre e força naval.

Discovery chega à plataforma de lançamento para última missão

O ônibus espacial Discovery chegou á plataforma de lançamento de onde partirá, em 1º de novembro, para sua última missão. A frota de ônibus espaciais dos EUA será aposentada em fevereiro do ano que vem.





Nave espacial da Boeing, estação espacial inflável





A viagem, de cerca de 6 km, entre o prédio de montagem, onde a nave foi ligada ao tanque externo de combustível e aos foguetes de combustível sólido, e a plataforma durou quase sete horas.



O Discovery fez sua primeira missão espacial em 1984, e é o mais velho dos três ônibus espaciais ainda ativos da Nasa. Sua última missão tem o nome oficial de STS-133.



A tripulação levará peças da a Estação Espacial Internacional (ISS), que precisará de uma ampla reserva de sobressalentes para se manter ativa até 2020, como prevê a nova política espacial dos EUA.

Ataque das forças internacionais mata pelo menos 20 talibãs no Afeganistão

Cabul, 22 set (EFE).- Pelo menos 20 supostos talibãs morreram em dois ataques da Força Internacional de Assistência à Segurança (Isaf) da Otan, no sul e no leste do Afeganistão, informou a organização nesta quarta-feira.




Seis supostos insurgentes faleceram nesta quarta em um bombardeio aéreo das forças afegãs e da Otan no vale de Arghandab, nas cercanias da cidade de Kandahar, capital do distrito homônimo, segundo comunicado da Isaf.



A organização disse que os talibãs atacaram as forças conjuntas com morteiros. Em resposta, houve um bombardeio de precisão, sem causar "vítimas civis" ou "qualquer outro dano", de acordo com a nota.



Em outro comunicado, a força da Aliança Atlântica informou sobre a morte de 14 insurgentes nesta terça-feira no distrito de Spira, situado na província oriental de Khost, fronteiriça com o Paquistão.



Segundo a Isaf, um grupo de talibãs atacou as forças afegãs e estrangeiras com armas curtas e granadas, e a resposta foi dada com fogo de morteiro após a determinação da posição dos insurgentes.



Os talibãs realizam frequentes ataques contra as tropas estrangeiras e afegãs em todo o território, especialmente no cinto sudeste do país, onde predomina a etnia pashtun.



A cada ano morrem milhares de pessoas no país, onde os insurgentes talibãs tentam derrubar o Governo afegão e expulsar as tropas estrangeiras desdobradas pelo território.

terça-feira, 21 de setembro de 2010

Ano de 2010 é o mais violento para os soldados no Afeganistão

Foto: AFP


Soldado americano em missão em Chahar Qolbah, no Afeganistão (10/09/2010)




Um total de 529 soldados estrangeiros morreram desde 1º de janeiro no Afeganistão, tornando 2010 o mais violento da guerra para as forças internacionais desde 2001, quando o regime da milícia islâmica do Taleban caiu após a invasão de uma coalizão internacional liderada pelos Estados Unidos.



Com um total de 521 soldados mortos, o ano de 2009 havia sido o mais sangrento para as forças estrangeiras, que enfrentam há três anos uma considerável intensificação da insurgência taleban.



A grande maioria das vítimas entre os soldados internacionais é de americanos, com 2.097 mortos em nove anos. Os soldados dos Estados Unidos representam atualmente mais de dois terços dos 150 mil oficiais da coalizão presentes no Afeganistão.



De 60 mortos em 2004, o balançou subiu para 131 mortos em 2005, 191 em 2006, 232 em 2007, 295 em 2008, antes do grande salto para 521 em 2009.



Queda de helicóptero



O recorde no número de mortes nos primeiros nove meses de 2010 foi atingido após nove soldados da Força Internacional de Assistência à Segurança (Isaf) da Organização do Atlântico Norte (Otan) terem morrido nesta terça-feira na queda de um helicóptero no sul do país.



A Isaf não informou o ponto exato da queda do aparelho, embora tenha indicado que não há "notícias sobre fogo inimigo na região", e anunciou a abertura de uma investigação para determinar a causa do incidente.



"Nove soldados da Isaf morreram no acidente de um helicóptero no sul do Afeganistão. Um soldado da Isaf, um soldado afegão e um civil americano ficaram levemente feridos. Nenhuma informação apontou tiros inimigos na zona, estamos investigando a causa do acidente", afirma um comunicado da Otan.



Pouco depois, no entanto, o Taleban anunciou que teriam derrubado um helicóptero da Otan nesta terça-feira. "Derrubamos um helicóptero das forças estrangeiras no distrito de Daychopan e matamos mais de dez soldados", declarou à AFP Yusus Ahmadi, porta-voz do grupo.



Oposição à guerra



Há pelo menos um ano, a opinião pública nos 40 países que compõem a Isaf, com os Estados Unidos à frente, tornou-se majoritariamente contrária ao envio de soldados ao que cada vez mais parece um atoleiro sangrento.



A situação fez com que alguns países retirassem ou anunciassem a retirada de seus soldados e levou o presidente americano, Barack Obama, a anunciar no início do ano que os primeiros militares do país começarão a deixar o território afegão em meados de 2011.



Mas analistas são unânimes em considerar que as forças afegãs precisarão de muitos anos para ter um número e formação suficiente para assumir o controle da segurança do país.

China planeja pisar pela primeira vez na Lua em 2025

Agências Internacionais - Efe e AP


PEQUIM - A China espera pisar pela primeira vez a Lua em 2025, assim como enviar sondas de prospecção a Marte em 2013 e a Vênus em 2015 e pôr no espaço seu primeiro módulo espacial não tripulado, o Tiangong-1, no próximo ano, informou nesta segunda-feira, 20, o jornal Global Times.





Cheng Min/XinhuaJovens chinesas veem luvas de astroanuta em exibição realizada em março deste anoVeja também:



China testa módulo de estação espacial para lançamento em 2011



Além disso, o novo satélite de prospecção lunar chinês, o Chang'e-2, será lançado antes do final do ano, anunciou Wu Weiren, o engenheiro chefe do Programa Chinês de Prospecção Lunar.



Trata-se de um projeto de prospecção robótica e missões tripuladas à Lua dirigido pela Administração Espacial Nacional Chinesa.



Além disso, o segundo satélite lunar realizará um teste de aterrissagem em vistas da preparação do lançamento do Chang'e-3, previsto para 2013.



Chang'e, o nome com o qual são batizados os satélites enviados à Lua pela China, refere-se a uma lenda chinesa segundo a qual uma deusa com esse nome habita a Lua.



O cientista Ouyang Ziyuan, membro deste projeto de satélites lunares, disse ao Global Times que se está planejando estabelecer uma estação espacial para 2020, baseada na tecnologia aeroespacial e no sucesso das futuras missões tripuladas.



O primeiro módulo espacial sem tripulação, o Tiangong-1 (que em mandarim significa "Palacio Celestial"), será lançado no próximo ano e nele se acoplarão outros lançamentos previstos no futuro, dentro do bem-sucedido programa Shenzhou, que em 2008 conseguiu realizar a primeira caminhada espacial com um astronauta chinês.



Pequim lançou sua primeira nave espacial tripulada, a Shenzhou 5, em 2003, tornando-se o terceiro país a dominar a tecnologia de enviar seres humanos ao espaço, atrás de Rússia e EUA.



No entanto, o clima de segredo e os laços militares do programa chinês vêm inibindo a colaboração com outras potências espaciais, incluindo a Estação Espacial Internacional (ISS).

Rússia vai reforçar suas pesquisas científicas no Ártico

A Rússia está intensificando seus esforços de pesquisa para dar apoio à reivindicação que faz de soberania sobre partes da plataforma continental do Oceano Ártico,disse a principal autoridade do Kremlin para a questão.






Artur Chilingarov disse a jornalistas que encabeçará uma expedição para lançar uma estação de pesquisas flutuante no Ártico, a fim de coligir dados para reforçar a reivindicação de territórios árticos pela Rússia.



Rússia, EUA, Canadá, Dinamarca e Noruega vêm tentando legitimar jurisdição sobre partes do Ártico, região que, acredita-se, pode guardar até 25% do gás e do petróleo ainda não descobertos do mundo.



A estação flutuante russa vai complementar um quebra-gelo e um navio de pesquisas que vêm atuando no Ártico pelos últimos dois meses, disse Chilingarov, o enviado da Presidência russa para cooperação no Ártico e Antártida.



Um cientista polar, Chilingarov liderou uma expedição de 2007 em que uma lata com a bandeira russa foi lançada no leito marinho do Polo Norte.



As nações do Ártico vêm se mostrando cada vez mais ansiosas para marcar suas reivindicações, à medida que o aquecimento polar faz diminuir a cobertura de gelo sobre o mar e libera os recursos do oceano e do subsolo marinho à exploração econômica.



Um documento assinado em 2008 pelo presidente da Rússia, Dmitry Medvedev, afirma que a região polar será a "principal fonte de recursos estratégicos" para o país até 2020.



Rússia, Canadá e Dinamarca preparam-se para reivindicar, na ONU, a posse da Cordilheira Lomonosov, um conjunto de montanhas submarinas.




sábado, 18 de setembro de 2010

Boeing levará turista ao espaço em 2015


SÃO PAULO - A companhia aérea Boeing anunciou nesta quarta-feira (15/9) que vai oferecer serviços de viagem ao espaço para turistas.





A Space Adventure, parceira da companhia no projeto, fechou oito viagens à Estação Espacial Internacional (ISS), um projeto de 176 bilhões de reais, construído por um grupo formado por 16 países.




As viagens ao espaço para turistas são um desdobramento da decisão do governo Obama, que terminará com o plano espacial em 2011, que leva astronautas e suprimentos à ISS. A Casa Branca propôs a companhias privadas a tarefa de levar astronautas da Nasa para o espaço. A agência espacial americana passaria, então, apenas a comprar os assentos necessários para levar sua equipe à ISS - que funcionará até 2020 - em aeronaves desenvolvidas por outras empresas.





A Boeing e a Bigelow Aerospace, de Las Vegas, ganharam neste ano um contrato de 18 milhões de reais para testes e desenvolvimento preliminares de todo o equipamento que carregará sete passageiros.





No entanto, há apenas três vagas para turistas, já que os outros assentos estão reservados à astronautas profissionais. O voo da CST-100, desenvolvida pela Nasa, será o primeiro a dar chance a um turista a viajar ao espaço a partir de uma nave lançada dos Estados Unidos. A decolagem será a partir do Cabo Canaveral, na Flórida, até a ISS.





O preço exato para conhecer o espaço como turista ainda não foi estipulado pela Boeing mas, está longe de ser barato. O fundador do grupo canadense Cirque du Soleil, Guy Laliberte, por exemplo, pagou mais de 60 milhões de reais para estar na tripulação de um voo russo, no ano passado.





Até hoje, sete milionários desembolsaram 35 milhões de reais para viajar ao espaço. A cifra dá direito a uma média de dez dias no espaço, depois de um simbólico treinamento. Além da Boeing, a Virgin Atlantic, do empresário Richard Branson (colunista de EXAME) também tem um projeto semelhante em andamento com seis veículos comerciais que poderão levar até seis viajantes.