quarta-feira, 15 de setembro de 2010

Equipe SAR inicia procedimentos para a Operação Maracati II

A Equipe SAR-IAE iniciou os trabalhos de preparação para o resgate da carga útil, a ser realizado durante a Operação Maracati II, quando ocorrerá o lançamento do foguete VSB-30.




A carga útil MicroG 1A, da Agência Espacial Alemã, é integrada ao foguete VSB-30 e deverá ser retirada do mar a mais de 100 km da costa Maranhense, após ações de reflutuação e acondicionamento, garantindo assim, o pleno sucesso da Operação.



A plataforma MICROG 1A levará ao espaço cerca de nove experimentos de diversas instituições de pesquisa e universidades brasileiras, sob a coordenação da Agência Espacial Brasileira (AEB), que há um ano vêm sendo testados, permitindo a realização de experimentos em ambiente de microgravidade. Utilizando técnicas de deslocamento subaquático, com a utilização dos DPV ( Diver propulsion vehicles) e enfrentando diversas condições de mar, a equipe SAR -IAE realiza adestramentos operacionais no litoral, próximo à divisa dos estados do Rio de Janeiro e São Paulo, região de reserva ambiental protegida e administrada pelo Parque Estadual da Serra do Mar.



As atividades desenvolvidas nos treinamentos englobam, entre outras, mergulho com misturas enriquecidas NITROX, busca subaquática e reflutuação de cargas, localizadas por equipamentos do tipo ecobatímetro portáteis , instalados nos barcos infláveis da Equipe de Salvamento e Resgate.



Durante a operação de resgate, prevista para o último trimestre no Centro de Lançamento de Alcântara (CLA), serão empregados Helicópteros H-60 L (Black Hawk), do Esqudrão Harpia, aviões de patrulha P-95, além de uma embarcação da Marinha do Brasil.



A próxima missão



Mais uma atividade preparatória, na mesma região do litoral, deverá ocorrer, agora específica para os testes de enlace da estação de comunicações, a ser operada na base de operações (Ilha Santana-MA).



Um evento que possibilitará o gerenciamento de toda a operação, estabelecendo comunicação efetiva entre as aeronaves de resgate, patrulha, embarcação de apoio entre a Marinha e o CLA, por ser essa região bastante afastada da costa.

Brasil fecha acordo militar com Reino Unido

Texto prevê cooperação nos moldes dos estabelecidos com Estados Unidos, França e Itália. Marinha pode comprar até 30 embarcações britânicas, incluindo fragatas e navios-patrulha








Depois de França, Estados Unidos e Itália, ontem foi a vez de o Reino Unido fechar com o governo brasileiro um acordo de cooperação militar. No mesmo molde dos textos assinados com os outros dois países, o acordo "guarda-chuva" prevê a troca de experiência e a cooperação entre os países em questões relacionadas à defesa, incluindo a aquisição de produtos e serviços. Para o governo britânico, o acordo, assinado durante a visita ao Brasil do ministro adjunto de Defesa, Gerald Howarth, poderia fazer pender a favor de Londres a compra de fragatas e navios patrulha para a Marinha do Brasil. De acordo com o jornal britânico Financial Times, o valor do negócio seria de US$ 4,475 bilhões, quase R$ 8 bilhões.



Diferentemente da compra de caças para a Força Aérea Brasileira (FAB), a Marinha não abriu uma concorrência para definir a compra de até 30 embarcações, entre fragatas e patrulhas. Até agora, o governo já recebeu propostas da França e da Itália, no marco dos acordos de defesa fechados. A oferta francesa, contudo, foi considerada muito cara pelo governo brasileiro, que parece ter se interessado bastante pela proposta britânica.



De acordo com o Programa de Reaparelhamento da Marinha (PRM), de agosto de 2009, a Força precisa de 18 fragatas para substituir as nove que possui hoje, todas de fabricação britânica. Elas têm a finalidade de escoltar navios maiores, como os porta-aviões. Em relação aos navios-patrulha, a Marinha estima precisar de até 12 unidades, com capacidade para 1,8 mil toneladas – o Brasil não tem hoje embarcações dessa classe, fundamentais para a segurança das jazidas petrolíferas na camada do pré-sal. Os valores estimados inicialmente pelo governo eram de 450 milhões de euros, (cerca de R$ 995 milhões) para cada fragata e R$ 230 milhões para cada navio-patrulha.



A oferta britânica, que envolveria a princípio a aquisição de seis patrulhas e cinco ou seis fragatas Tipo 26 (nome provisório da embarcação), produzidas pela gigante britânica BAE Systems, sairia por R$ 8 bilhões – valor aproximado ao orçado pelo governo brasileiro. Esse preço, no entanto, é para a produção das embarcações no Reino Unido. Segundo o Financial Times, o valor tende a cair se o Brasil optar pela produção no próprio país, o que já é uma das intenções do governo para desenvolver a indústria militar naval (leia abaixo). A oferta da BAE Systems foi entregue à Marinha pelo diretor da empresa para o Ocidente, Dean McCumiskey, que acompanha Howarth em visita ao Rio de Janeiro e Brasília – a delegação britânica chega hoje à capital.



O Ministério da Defesa confirmou o acordo com o governo britânico, assinado por Howarth e pelo almirante-de-esquadra Julio Soares de Moura Neto, representando o ministro da Defesa, Nelson Jobim, que está em viagem oficial à Europa. O ministério fez questão de destacar que o texto "não está vinculado a qualquer negociação comercial específica entre as duas nações", em referência à associação feita pelo Financial Times com a compra das fragatas.



"(O acordo) tem por base a vontade mútua de desenvolver a cooperação em longo prazo na área de defesa, envolvendo parcerias industriais, transferência de tecnologia , educação e treinamento, entre outros (itens), sempre que houver mútuo interesse", afirma o comunicado. O texto, no entanto, inclui "parcerias em aquisição de produtos e serviços de defesa". Segundo Howarth, a intenção é fortalecer as relações bilaterais, "que sempre foram fortes". Reino Unido e Brasil têm procurado estreitar as ligações com vistas à troca de experiência para as próximas edições dos Jogos Olímpicos (2012 em Londres e 2016 no Rio) e da Copa do Mundo (2014 no Brasil). De acordo com o Ministério da Defesa, em sua passagem pela República Tcheca e pela Ucrânia, Jobim também assinou acordos semelhantes com os dois países.



Fonte: O Estado de Minas - Isabel Fleck

terça-feira, 14 de setembro de 2010

Ao menos 15 pessoas morreram nesta terça e três ficaram feridas em dois ataques com mísseis supostamente realizados por aviões não tripulados dos Estados Unidos

Islamabad, 14 set (EFE).- Ao menos 15 pessoas morreram nesta terça e três ficaram feridas em dois ataques com mísseis supostamente realizados por aviões não tripulados dos Estados Unidos na região tribal paquistanesa do Waziristão do Norte, informaram emissoras de televisão do país.




No primeiro dos ataques, ao menos três mísseis atingiram uma casa que seria ocupada por insurgentes, na região de Shawal, na fronteira com o Afeganistão. De acordo com a rede "Geo TV", 11 pessoas morreram neste ataque.



Horas depois, outro avião espião americano atacou a cidade de Miran Shah, no Waziristão do Norte, a cinco quilômetros da fronteira, e matou quatro pessoas, segundo fontes locais citadas pelo canal "Express".



Os ataques de aviões não tripulados dos EUA nas regiões tribais fronteiriças com o Afeganistão acontecem cada vez com mais frequência no Waziristão do Norte: já são cerca de 10 neste mês.



Esta demarcação, na qual buscam refúgio membros da rede Al Qaeda e facções talibãs tanto afegãs como paquistanesas, é a única do cinto tribal que não foi alvo de uma operação militar do Exército paquistanês contra a insurgência nos últimos dois anos, apesar da pressão dos EUA.



O Governo paquistanês rejeita em público estes ataques, enquanto os EUA não fazem comentários sobre eles, apesar de o programa estar sendo desenvolvido há anos e a imprensa fazer cobertura das ações.

Governo vai licitar poço gigante no pré-sal

O governo estima reservas potenciais de até 8 bilhões de barris de petróleo no poço de Libra, que está sendo perfurado pela Agência Nacional do Petróleo (ANP) com a Petrobrás, na Bacia de Santos. Se confirmada a expectativa, Libra disputará com Tupi o posto de maior descoberta mundial de petróleo dos últimos 20 anos. A área deve protagonizar o primeiro leilão de contratos de partilha do País, previsto para o primeiro semestre de 2011.A estimativa de reservas de Libra foi feita pela certificadora independente Gaffney Cline Associates (GCA), durante o trabalho de certificação de reservas que seriam vendidas à Petrobrás no processo de cessão onerosa. Segundo a diretora da ANP Magda Chambriard, a GCA chegou a um total de 7,9 bilhões de barris de óleo. O volume é preliminar e precisa ser confirmado pela perfuração de poços no local.ANP e Petrobrás iniciaram a perfuração de Libra em junho, mas ainda não atingiram o reservatório de petróleo, o que deve ocorrer entre 15 e 30 dias. Depois disso, o posto passará por um teste de produção, previsto para novembro. Os dados serão usados pelo governo para atrair interessados no primeiro leilão do pré-sal com contratos de partilha, caso o novo marco regulatório seja aprovado pelo Congresso."Onde se viu uma licitação de mais de 7 bilhões de barris nos últimos anos? Isso só acontecia no Oriente Médio na década de 1970", comentou Magda, em entrevista após palestra na feira Rio Oil & Gas. O governo chegou a cogitar a inclusão de Libra na lista de blocos vendidos à Petrobrás por R$ 74,8 bi, mas desistiu após a avaliação das reservas.Em discurso na abertura do evento, o secretário executivo do Ministério de Minas e Energia, Marco Antônio Almeida, disse confiar na aprovação do projeto de lei da partilha este ano, para que a licitação de Libra ocorra no início de 2011 - são necessários quatro meses entre o lançamento do edital e a realização do leilão. "A Câmara não pode mais mexer no projeto. Tem apenas de dizer sim ou não", afirmou.Libra está localizado a 35 quilômetros de Franco, que foi incluído no processo de cessão onerosa com 3,1 bilhões de barris. Segundo a ANP, Franco pode ter até 6 bilhões de barris de petróleo e, se confirmada a estimativa, o volume adicional aos 3,1 bilhões poderá ser objeto de um contrato de partilha ou de contratação direta da Petrobrás.Franco e Libra estão na porção norte do pré-sal da Bacia de Santos. Juntos, têm potencial para dobrar as reservas brasileiras, hoje em 14 bilhões de barris. Mais ao sul, está Tupi, maior descoberta mundial de petróleo nos últimos 20 anos, com reservas de 5 a 8 bilhões de barris.Magda disse que dificilmente essa região tenha novas descobertas desse porte. A agência trabalha agora para avaliar a porção sul do pré-sal de Santos, em frente ao litoral de Santa Catarina.

Dilma segue na frente com 50,5% das intenções de voto, indica CNT/Sensus

Dilma segue na frente com 50,5% das intenções de voto, indica CNT/Sensus


Candidata a presidente pelo PT, Dilma Rousseff mantém a liderança na pesquisa Sensus divulgada nesta terça-feira, 14, pela Confederação Nacional dos Transportes (CNT) com 50,5% das intenções de voto. José Serra, do PSDB, aparece em segundo lugar, com 26,4% das indicações, e Marina Silva em terceiro com 8,9%.



Os outros seis presidenciáveis não chegaram a alcançar um ponto percentual cada. Não souberam responder somam 9,1%, enquanto votos brancos e nulos ficaram em 3,5%.



Dos pontos válidos (excluídos brancos e nulos e redistribuído os indecisos proporcionalmente entre os candidatos), Dilma soma 57,8% dos votos, contra 42,2% dos demais candidatos somados. Essa conta aponta vitória de Dilma no primeiro turno.



A vantagem de Dilma sobre Serra, que era de 17,9 pontos percentuais na última pesquisa, divulgada em 24 de agosto e passou a 24,1 pontos neste último levantamento. A margem de erro é de 2,2% para mais ou para menos.


Segundo Turno




Na simulação de segundo turno entre Dilma e Serra, a petista ganharia o pleito com 55,5% dos votos, contra 32,9% do tucano. Não souberam responder: 5,7%. Brancos e nulos: 5,9%. Na pesquisa divulgada em 24 de agosto, os índices eram similares: Dilma venceria o pleito com 52,9% e Serra ficaria com 34%.



A pesquisa Sensus também levantou o percentual de eleitores que acreditam na vitória dos seus candidatos. Dos entrevistados, 71,8% afirmaram que Dilma Rousseff vencerá as eleições. O número é bem maior dos que indicam voto nela, 50,5%. Em contrapartida, José Serra, que foi apontado como candidato por 26,4% dos entrevistados, foi indicado como vitorioso dessas eleições por apenas 16,1%.



Marina Silva foi apontada como provável eleita por 1,8%. Os demais candidatos não receberam nem 1% cada. 9,1% não souberam responder.



Horário Eleitoral





O levantamento CNT/Sensus quis saber quantos eleitores estão assistindo os programas eleitorais, sendo que 62,3% dos entrevistados responderam que assistiu pelo menos em parte. No final de agosto, 42,9% tinham visto as propagandas eleitorais.



Dentre os eleitores que tomaram conhecimento dos programas, 60,3% consideram o programa de Dilma Rousseff o melhor entre os candidatos. 29,5% avaliaram sendo o programa de Serra como o melhor, enquanto 9,1% votaram na propaganda de Marina Silva.



No final de agosto, dentre os que tinham assistido ao horário eleitoral gratuito, 56% tinham gostado mais do programa de Dilma e 34,3% de Serra, e 7,5% de Marina.



Opção de voto



A pesquisa CNT/Sensus divulgada nesta terça-feira apurou que 72,7% dos entrevistados já tem o voto para presidente definido, enquanto 23,6% podem mudar ou ainda não definiu voto. Outros 3,8% não souberam responder a esta questão.



Entre os que poderiam mudar o voto (12,4%), a maioria (2,8%) trocaria de candidato se percebessem que outro postulante tem mais capacidade administrativa.



Outros 2,7% mudariam de voto se outro candidato fosse mais capaz de gerir programas sociais; 1,7% seriam atraídos por argumentos de outras campanhas; 1,5% poderiam votar em outro candidato que mostrasse mais inidoneidade; e 0,8% se seu candidato perdesse o apoio de lideranças. Os demais não souberam responder.



Dos 15% dos que ainda não definiu candidato, 3,1% definirão voto assistindo os debates na TV; 2,9% avaliarão através dos noticiários; 1,7% através de entrevistas; 1,1% pelos programas eleitorais. Os demais 6,1% não souberam responder.



Ainda segundo a pesquisa, Marina Silva, candidata do PV, é a segunda opção de voto da maioria dos eleitores: 22,4% poderiam votar nela. José Serra é segundo voto de 17,8%, e Dilma de 16,8%. Zé Maria, do PSTU, e Plínio de Arruda Sampaio, do PSOL, foram citados por 1,3% e 1,2% dos entrevistados cada. Brancos e nulos somam 22,9% nesta questão, enquanto 15,7% não souberam responder.



A 104º. Pesquisa CNT/Sensus foi realizada entre os dias 10 e 12 de setembro, em 24 estados, com dois mil entrevistados. A margem de erro é de 2,2% para mais ou para menos.



Estadão

A nova fronteira marítima


Sem esperar a necessária concordância da Organização das Nações Unidas (ONU), o governo brasileiro decidiu expandir os limites de sua soberania sobre recursos do fundo do mar, incorporando à plataforma continental brasileira uma área de 238 mil quilômetros quadrados. É uma decisão unilateral que pode provocar reações internacionais.





A decisão é mais uma comprovação da pressa que tem o governo do PT em assegurar a soberania brasileira sobre áreas que concentram reservas consideráveis de petróleo sob a camada de sal depositada no fundo do oceano, para, desse modo, dar mais segurança ao investidor estrangeiro que esteja disposto a aplicar seus recursos na exploração do pré-sal, mesmo que à custa de eventuais contestações por outros países.



Por meio de uma resolução interministerial publicada na semana passada, o governo decidiu que nenhuma empresa ou Estado estrangeiro poderá explorar a plataforma continental sem sua autorização prévia. A resolução considera como plataforma continental toda a área que, em 2004, o Brasil propôs à ONU como sendo aquela na qual exerceria sua soberania.



A ONU, por meio da Comissão de Limites da Plataforma Continental (CLPC), no entanto, aceitou apenas parcialmente a reivindicação brasileira, dela excluindo a porção sobre a qual o governo agora reafirma sua soberania.



O Brasil é um dos países signatários da Convenção das Nações Unidas sobre o Direito do Mar, conhecida como Convenção da Jamaica, de 1982. Essa convenção define três limites marítimos. No mais estreito deles, o mar territorial, de 12 milhas marítimas, a jurisdição do país é plena. Na Zona Econômica Exclusiva, o país tem jurisdição para agir em questões ligadas à alfândega, saúde, imigração, portos e circulação. A mais ampla, a plataforma continental, inclui o leito marítimo e o subsolo das áreas submarinas que se estendem além de seu mar territorial. O limite da plataforma continental pode ser maior do que 200 milhas marítimas, se autorizado pela Comissão de Limites da Plataforma Continental da ONU.



No caso brasileiro, o órgão da ONU excluiu do pedido original um território do tamanho do Estado do Ceará, que abrange uma área ao norte do País, e outra que se estende das Ilhas Trindade e Martim Vaz até a fronteira sul do País.



No relatório que apresentou em 2007, e no qual rejeitou a inclusão dessas áreas na plataforma continental brasileira, a CLPC recomendou ao governo que apresentasse nova proposta. Em março do ano passado, o Brasil apresentou novas alegações em defesa de sua proposta original, mas a CLPC não mudou a decisão anterior.



É uma questão de grande interesse nacional. Os Campos Tupi, Carioca, Guará e Júpiter, na costa Sudeste-Sul do País, estão no limite da Zona Econômica Exclusiva, e há, em regiões um pouco mais afastadas da costa, mas na área reivindicada pelo Brasil como parte de sua plataforma continental, formações semelhantes àquelas nas quais se encontram petróleo e gás.



O potencial econômico do subsolo marítimo vai além do petróleo. O governo tem um programa específico para identificar esse potencial (Recursos Minerais da Plataforma Continental, Remplac) e os desafios técnicos da exploração. Há grande quantidade de cascalho e areia para a construção civil à profundidade média de 30 metros entre o Espírito Santo e o Maranhão. Mas há muitos minerais valiosos, como diamante, zircônio (utilizado no revestimento de reatores nucleares), ilmenita (utilizada na indústria Aeronáutica e aeroespacial) e potássio (de grande uso na indústria de fertilizantes).



Desde o ano passado, o governo coleta novos dados oceanográficos ao longo de sua margem continental, que devem fundamentar uma nova proposta à Comissão de Limites da Plataforma Continental.



Deveria, por isso, aguardar nova decisão da ONU, antes de expandir sua plataforma continental unilateralmente. A preservação dos interesses nacionais não pode ser feita sem a observância das normas e acordos internacionais, pois atitudes desse tipo tornam frágil a posição do governo.



Fonte: O Estado de S. Paulo

EUA planejam venda de US$ 60 bilhões em aeronaves militares a sauditas

Caças, helicópteros e sistemas antimísseis integram a negociação, que é parte da estratégia americana anti-Irã.


BBC/BRASIL



O governo americano deve oficializar nos próximos dias uma proposta de vender para a Arábia Saudita aeronaves militares no valor de US$ 60 bilhões (cerca de R$ 103 bilhões), no que já está sendo considerada como a maior venda de artigos bélicos americanos da história.




O negócio envolveria, segundo funcionários do governo citados pelo jornal americano The Wall Street Journal, 84 caças F-15 e mais de 140 helicópteros Apache e Black Hawk, além de outras aeronaves de menor porte.

De acordo com o jornal, a transação pode incluir ainda outros equipamentos para modernizar a Marinha saudita e seu sistema antimísseis balísticos, o que acrescentaria outros US$ 30 bilhões às negociações.




A Casa Branca não se pronunciou o oficialmente sobre o negócio, que ainda precisa ser aprovado pelo Congresso.

Segundo o correspondente da BBC em Washington Paul Adams, a transação não deve ser barrada, já a venda de equipamentos militares para um país aliado é vista como parte de uma estratégia para fortalecer um governo árabe com quem os Estados Unidos têm boas relações, em contraposição às crescentes ameaças do Irã.




Por enquanto, ainda não há nada fechado sobre a venda adicional, apenas "conversações bilaterais discretas", segundo o Wall Street Journal, que cita fontes do governo americano.



O pacote incluiria navios de combate e um sistema de defesa conhecido como Thaad (Terminal High Altitude Defense, na sigla em inglês), além de equipamentos para modernizar os mísseis terra-ar Patriot para reduzir a ameaça dos foguetes iranianos. BBC Brasil - Todos os direitos reservados. É proibido todo tipo de reprodução sem autorização por escrito da BBC.
O Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial representou o Ministério da Defesa e o Comando da Aeronáutica na cerimônia de lançamento da pedra fundamental da empresa brasileiro-ucraniana Alcântara Cyclone Space, realizada, no dia 9 de setembro, no Centro de Lançamento de Alcântara.




O evento foi presidido pelo ministro da Ciência e Tecnologia, Sergio Machado Rezende, e contou com a presença de outras autoridades, dentre elas o embaixador da Ucrânia no Brasil, Igor Hrushkó; o presidente da Agência Espacial Brasileira, Carlos Ganem; e o prefeito de Alcântara, Raimundo Soares do Nascimento.



De acordo com um tratado de cooperação de 2003, a binacional ACS construirá e explorará comercialmente um sítio de lançamento em área do CLA, com a previsão de lançar o primeiro foguete da série Cyclone-4, em fevereiro de 2012.



Por meio do Comaer, o ministério da Defesa participa do Programa Espacial Brasileiro, com o desenvolvimento do Veículo Lançador de Satélites, pelo Instituto de Aeronáutica e Espaço; e com os centros de lançamento de Alcântara e Natal, órgãos subordinados ao DCTA.



Durante a cerimônia, reafirmou-se, ainda, o compromisso social dos representantes públicos e privados com a comunidade alcantarense.

segunda-feira, 13 de setembro de 2010

Discovery se prepara para decolar ao espaço pela última vez

A Discovery se prepara para decolar para o espaço pela última vez, depois que os técnicos reinseriram uma porca de separação principal que caiu na última sexta-feira.






Amanda Diller/NasaFrota de ônibus espaciais se aposentará em 2011O orbitador foi agora preso ao seu tanque externo de combustível e está programado para sua 39ª e última missão para a Estação Espacial Internacional em 1º de novembro.



Uma porca interna no lado esquerdo do ônibus saiu da posição e caiu para dentro do compartimento de popa durante os preparativos para o voo.



A decolagem da Discovery está prevista para ser o penúltimo lançamento antes de a frota de ônibus espaciais se aposentar em 2011.



O orbitador Endeavour está programado para se lançar ao céu em 26 de fevereiro. Esta deverá ser a 140ª e última viagem do programa.



Peça problemática



A Discovery foi rebocada do sua plataforma para o conjunto da Nasa do Centro Espacial Kennedy, na Flórida, na quinta-feira.



Mas, depois de os técnicos conseguirem juntar um parafuso grande no sistema de separação no lado inferior direito da barriga da nave, uma porca interna saiu fora de posição e caiu.



Os parafusos garantem que o tanque de combustível se separa da nave após a embarcação atravessar a atmosfera.



O problema com a porca foi resolvido com êxito, no sábado, e no parafuso tinha sido reposicionado.



Ainda assim, houve um outro atraso, após a nave ser levada para o prédio da NASA com um dia de atraso por causa de uma válvula de água quebrada.



Missão final



Se tudo correr bem, a Discovery deve ser movida para a plataforma de lançamento em 21 de setembro e estar pronta para a decolagem em 01 de novembro.



A tripulação STS-133, liderada pelo comandante Steve Lindsey, vai entregar peças de reposição, suprimentos e um novo módulo à ISS.



Os astronautas planejam viajar para o Centro Espacial Kennedy em 12 de outubro. Eles irão, em seguida, participar de uma contagem regressiva de ensaio geral, alguns dias depois.



A Discovery deverá atracar na ISS em torno da 1:00 em 03 de novembro e voltar à Terra em 10 de novembro, desembarcando no Kennedy Space Center, em 12 de novembro.



Depois disso, a nave, a mais antiga em serviço, deve ficar em exposição pública, provavelmente no National Air and Space Museum em Washington DC.

Ministro da Defesa da República da China visita o Comando de Defesa Aeroespacial Brasileiro

O Comando de Defesa Aeroespacial Brasileiro (COMDABRA) recebeu (8/9) a visita do Ministro da Defesa da República Popular da China, General-de-Exército LIANG GUANGLIE, e comitiva composta por Oficiais Generais da Força Terrestre, da Marinha e da Força Aérea do Exército de Libertação Popular, além de oficiais e de equipe de comunicação social daquele país.




Os visitantes assistiram a uma apresentação sobre o Sistema de Defesa Aeroespacial Brasileiro e do COMDABRA, ministrada pelo Comandante da unidade, Major-Brigadeiro-do-Ar Gerson Nogueira Machado de Oliveira.



A comitiva conheceu ainda a sala de Operações Correntes do Centro de Operações de Defesa Aeroespacial (CODA).





Fonte: COMDABRA

Brasil e China ampliam cooperação na área de Defesa

O ministro da Defesa, Nelson Jobim, e o ministro da Defesa da República Popular da China, General-de-Exército Liang Guanglie, reconheceram que a paz e o desenvolvimento econômico e social representam os principais desafios de hoje, e exige aprofundamento na cooperação internacional. A avaliação conjunta dos ministros foi feita nesta quarta-feira (08/09) em visita oficial ao Brasil, no Quartel General do Exército.




Diversos temas das relações bilaterais foram tratados durante o encontro. No âmbito da defesa, ambas as partes concordam que o fomento à cooperação constitui importante instrumento para a consecução desses objetivos. “As mudanças de governo no Brasil que se realizarão em janeiro não alterarão de forma alguma a intensificação, o fortalecimento e o aprofundamento de nossas relações”, disse o ministro Jobim em seu discurso.



Ao final do encontro, os ministros fizeram um balanço das ações desenvolvidas nas relações bilaterais de defesa e reconheceram que essa afinidade entre as Forças Armadas constitui componente importante da Parceira Estratégica entre China e Brasil.



No entendimento dos ministros, a troca de visitas de delegações militares deverá ser intensificada. O reforço de cooperação em áreas de formação de pessoal, treinamento e aprendizado da língua portuguesa, entre outros programas, deve ser realizado intensamente. Os ministros confirmaram ainda a realização da segunda reunião do Comitê Conjunto China-Brasil no Brasil, em 2011.



Conforme o comunicado conjunto, o “intercâmbio e a cooperação entre os dois países nos assuntos de defesa e segurança favorecem o enriquecimento da Parceira Estratégica entre os dois países e o maior desenvolvimento das relações bilaterais”.



O Ministério da Defesa outorgou a medalha Ordem do Mérito da Defesa, comenda no Grau de Grã-Cruz, ao General-de-Exército Liang Guanglie.



Em seu discurso, Jobim declarou que os compromissos do Brasil e da China aprofundam-se quanto à segurança e à estabilidade mundial. “O Brasil tanto quanto a China tem como compromissos o desenvolvimento de seus povos e também o compromisso internacional com a paz”.

domingo, 12 de setembro de 2010

O EC 725 da helibras


O EC 725 é um helicóptero biturbina médio da classe de 11 toneladas, com performance garantida pela já experiente família Super-Puma/Cougar, que conta com mais de 550 unidades fabricadas e um total de horas de vôo acima de 2.300.000.


O EC 725 possui excelente reserva de potência, sendo um helicóptero rápido com grande alcance de capacidades. Tem grande volume para carga e acomodações permitindo diversificado lay-out de transporte de tropas para até 29 combatentes, além dos 2 pilotos.

Desenvolvido pela Eurocopter com avançadas tecnologias, inclui projeto modular dos conjuntos mecânicos, o uso intensivo de materiais compostos, agrega o estado-da-arte em aviônicos, incluindo LCD Multi-funções, Sistema de Monitoramento do Veículo e Sistema de Controle Automático de Vôo – AFCS.

O EC 725 também incorpora a nova geração de turbinas TURBOMECA Makila 2A, motorização esta que proporciona elevado desempenho e máxima segurança, graças a sua total redundância com duplo canal no sistema FADEC - Full Authority Digital Engine Control.

COUGAR AS 532 AL

Esta é a versão "alongada" da família Cougar. Este helicóptero pode transportar 25 combatentes ou 6 feridos em macas, e mais 10 passageiros.


Como as outras versões, pode levantar 4,5 toneladas no gancho. O AS 532 AL pode ser equipado com o sistema "Horizon'' de monitoramento do campo de batalha.

A versão AL é a versão armada e pode ser equipada com metralhadoras montadas em casulos laterais e armamentos axiais como canhões de 20 mm ou lança-foguetes 2 x 19 – 2,75”.

Várias Forças Armadas optaram pela instalação VIP para transporte de autoridades governamentais.

COUGAR AS 532 SC

Esse helicóptero é a versão naval da família Cougar, equipado com 2 turbinas Turbomeca Makila 1A1. Suas principais missões são: Guerra anti-superfície (ASUW), equipado com mísseis AM 39. Guerra anti-submarino (ASW), com sonar de profundidade variável e torpedos. Patrulhas marítimas de Busca e Salvamento. O Cougar AS 532 SC pode ser equipado com arpão para fixação rápida por ocasião de pouso sobre o deck de navios e pode ser operado facilmente no mar com máxima segurança.

sexta-feira, 10 de setembro de 2010

Portugal deve comprar seis aviões cargueiros da Embraer

A previsão é que o primeiro voo do cargueiro da Embraer ocorra em 2014, com entrada em serviço no final de 2015




SÃO PAULO - Portugal manifestou nesta sexta-feira, 10, a intenção de comprar seis cargueiros KC-390, avião militar em desenvolvimento pela brasileira Embraer. Assim, o total de vendas encaminhadas da aeronave já chega a 52 unidades, com valor potencial da ordem de US$ 4 bilhões.



A previsão é que o primeiro voo do cargueiro da Embraer ocorra em 2014, com entrada em serviço no final de 2015.



Os ministros da Defesa do Brasil e de Portugal, Nelson Jobim e Augusto Santos Silva, assinaram nesta sexta declaração de intenções relativa à participação dos portugueses no desenvolvimento do KC-390, que será usado para transporte militar.



"O acordo marca o início das negociações para a entrada de empresas portuguesas no projeto e na fabricação do novo avião, bem como para a futura aquisição de seis aeronaves para equipar a Força Aérea Portuguesa", informou a Embraer em comunicado à imprensa.



As ações da Embraer avançavam 1,06% às 16h00, para R$ 11,42. No mesmo horário, o Ibovespa tinha oscilação positiva de 0,11%.



De acordo com o presidente-executivo da Embraer, Frederico Curado, os estudos preliminares para o KC-390 foram concluídos e "estamos avançando na definição da configuração final da aeronave e dos principais fornecedores".



Antes de Portugal, o Chile e a Colômbia assinaram acordos com a Embraer para futura aquisição de seis e 12 unidades do KC-390, respectivamente. Além disso, a Força Aérea Brasileira (FAB) pretende comprar 28 aeronaves para renovação da frota.



A Embraer não divulgou o preço do KC-390, mas já informou querer um terço do mercado global de cargueiros estimado em 700 unidades em 15 anos, o que significaria receita de US$ 18 bilhões para a fabricante brasileira.



Com base nesses números, é possível chegar a um valor médio por cargueiro perto de US$ 80 milhões. Assim, o valor potencial das vendas das 52 unidades seria de pouco mais de US$ 4 bilhões.



(Reportagem de Cesar Bianconi)

China pretende lançar nova sonda para Lua ainda neste ano



Ilustração da sonda Chang'e-1, que partiu em 2007, feita pela Nasa. Divulgação






A China lançará sua segunda missão de exploração lunar ainda em 2010, impulsionando o esforço do país para ascender como uma potência espacial e, um dia, tornar-se capaz de realizar pousos lunares, informa a mídia estatal.




Obama pede 'uso responsável' do espaço e propõe cooperação intrernacional



Um engenheiro que supervisiona o programa chinês de exploração lunar, Wu Werein, disse que o trabalho na sonda Chang'e-2 "prossegue como esperado", diz o jornal Diário do Povo.



"Ela está agora no estágio de testes pré-lançamento e preparativos, e o plano é realizar um voo de teste até o fim do ano", disse Wu, segundo o diário.



A Chang'e tem o nome de uma deusa mitológica chinesa que voou para a Lua. Uma missão bem-sucedida marcaria mais um avanço no plano chinês de rivalizar com EUA e Rússia em termos de exploração espacial.



Em 2003, a China se tornou o terceiro país, atrás de Rússia e Estados Unidos, a demonstrar a capacidade de enviar um ser humano ao espaço por meios próprios.



Autoridades chinesas dizem estar estudando o envio de astronautas à Lua entre 2025 e 2030. A China enviou sua primeira sonda orbital à Lua, a Chang'e-1, em outubro de 2007.



O engenheiro Wu disse que a Chang'e-2 chegaria 15 km da superfície lunar, testando a tecnologia necessária para a realização de um pouso não-tripulado que pode acontecer por volta de 2013.



O temor de uma corrida armamentista espacial entre EUA, China e outras potências aumentou desde que os chineses usaram um míssil para abater um de seus próprios satélites, em janeiro de 2007.

Caças AMX da Itália atingem a marca de 1.500 horas de voo no Afeganistão

As aeronaves de caça AMX da Força Aérea Italiana (AMI) destacadas em Herat, no Afeganistão, registraram mais de 1.500 horas de voo, em cerca de 600 surtidas, desde o dia 7 de novembro de 2009.








Uma vista aérea da Base Aérea em Herat, no Afeganistão, mostrando dois caças AMX, uma aeronave C-130 Hercules e os membros do Esquadrão Black Cats formando o nº 1500. (Foto: AMI)

As quatro aeronaves do Grupo Tarefa ‘Black Cats’ são parte da Força Tarefa Aérea Conjunta (JATF), e são utilizados basicamente para missões ISR (Inteligência, Vigilância e Reconhecimento) em apoio as forças aliadas e da Itália pertencentes a ISAF.



Durante suas missões operacionais, as aeronaves tem mostrado uma grande versatilidade nas operações completadas durante o dia e noite graças a tecnologia de seus pods RecceLite e aos óculos de visão noturna (NGV) utilizados pelos pilotos. Esses sistemas permitiram que as aeronaves explorassem cerca de 1.000 locais e gerassem cerca de 10.000 fotografias para análise e distribuição para os analistas de imagens da Força Aérea Italiana.




O Major Fabio Traversa, comandante dos ‘Black Cats’, destacou que “a avançada tecnologia trazida pelas aeronaves, as quais os pods tiveram a habilidade de transmitir as imagens em tempo real para as tropas no solo, em várias ocasiões contribuiram para uma resolução favorável de situações táticas perigosas.”

Começa hoje a venda de ingressos para 'Tropa de Elite 2'

Os cinemas do Grupo Severiano Ribeiro/ Kinoplex dão início nesta quinta-feira (9) à venda antecipada de ingressos para 'Tropa de Elite 2'. O filme do diretor José Padilha tem no elenco Wagner Moura, André Ramiro, Maria Ribeiro, Milhem Cortaz e Seu Jorge.






Bento Marzo/DivulgaçãoNascimento volta como secretário de segurança

A compra, válida para todo o Brasil, pode ser feita pelo site www.kinoplex.com.br, ou nas bilheterias dos cinemas.



Continuação de um dos filmes de maior sucesso do cinema nacional em 2007, o longa mostrará o crescimento do Batalhão de Operações Especiais do Rio (Bope) e trará o capitão Nascimento, vivido por Wagner Moura, 13 anos mais velho, como secretário de Segurança Pública, O filme tem estreia prevista para o dia 8 de outubro.

Planetas gigantes e quentes podem ter vida curta, diz estudo

A maioria dos "Jupíteres quentes" que os astrônomos buscam em aglomerados de estrelas provavelmente já foram destruídos há tempos, diz artigo aceito para publicação no Astrophysical Journal. Os autores, John Debes e Brian Jackson, da Nasa, levantam a hipótese para explicar por que nenhum planeta de trânsito - mundos que cruzam a linha de visão entre suas estrelas e a Terra - jamais foi observado em aglomerados estelares.






NasaIlustração do planeta sendo destruído pela gravidade estelarA pesquisa prevê que a busca por planetas atualmente em curso com a missão Kepler terá mais sucesso em aglomerados jovens. "Planetas são difíceis de achar", disse Jackson, em nota. "E nós descobrimos mais um motivo para isso".



Quando astrônomos começaram a buscar planetas nos aglomerados globulares de estrelas, há cerca de uma década, havia a esperança de que muitos novos mundos fossem encontrados. Esperava-se que uma busca realizada no aglomerado 47 Tucanae, por exemplo, encontrasse pelo menos uma dezena de planetas entre 34.000 estrelas candidatas. Mas nada foi achado.



Segundo Debes, a grande maioria dos mais de 450 planetas encontrados fora do Sistema Solar estão em órbita de estrelas solitárias, fora dos aglomerados.



A grande densidade de estrelas nos aglomerados sugere que os planetas podem ser arremessados para fora de seus sistemas solares pela gravidade de astros próximos. Além disso, os aglomerados se mostram pobres em "metais" - astronomicamente, o termo se refere aos elementos químicos mais pesados que o hélio - que são a matéria prima dos planetas.



Debes e Jackson propõem que Jupíteres quentes - planetas gigantes que têm órbitas muito próximas a suas estrelas - são rapidamente destruídos. Nessas órbitas estreitas, a atração gravitacional entre estrela e planeta reduz a energia da órbita planetária, o que faz com que o planeta chegue cada vez mais perto do astro. Ao longo de bilhões de anos, o planeta acaba mergulhando na estrela ou destroçado por ela.

Água interagiu com a superfície de Marte até tempos modernos

Dados da sonda Phoenix, que atuou perto do polo norte de Marte em 2008, sugere que água em estado líquido interagiu com a superfície marciana ao longo da história do planeta, e até tempos modernos. A pesquisa também oferece evidência de que Marte teve atividade vulcânica até poucos milhões de anos atrás.






NasaParte da instrumentação da sonda Phoenix, já coberta de areia marcianaEmbora a Phoenix não esteja mais operando, cientistas continuam a analisar os dados reunidos pela missão. As descobertas anunciadas nesta semana, na revista Science, baseiam-se em informações sobre o dióxido de carbono que compõe 95% da atmosfera do planeta.



"Dióxido de carbono atmosférico é como um espião", disse, por meio de nota, o cientista Paul Niles, da Nasa. "Ele se infiltra em cada pedaço da superfície, e pode indicar a presença de água, e sua história".



A Phoenix mediu em detalhes os isótopos de carbono e oxigênio da atmosfera marciana. No artigo da Science, Niles explica a proporção dos isótopos estáveis e sua implicação para a história do planeta.



"Isótopos podem ser usados como uma assinatura química para nos dizer de onde uma coisa veio, e que tipos de eventos experimentou", acrescenta ele.



Essas assinaturas químicas sugerem que água em estado líquido existiu principalmente em temperaturas próximas ao congelamento, e que sistemas hidrotermais, como nascentes de água quente, foram raras durante o passado marciano.



As medições do dióxido de carbono também revelam que Marte foi um planeta muito mais ativo no passado do que se imaginava. Os resultados implicam que Marte repôs sua atmosfera de CO2 em um período relativamente recente, e que o dióxido de carbono reagiu com o líquido na superfície.



O fato de Marte ter baixa gravidade e não contar com, um campo magnético faz com que a atmosfera de Co2 se perca lentamente para o espaço. O processo favorece a perda do isótopo mais leve, o carbono 12, em comparação com o carbono 13. Se a perda estivesse ocorrendo sem reposição, a taxa de C-12 para C-13 seria muito mais baixa que a medida pela Phoenix.



Isso sugere que a atmosfera marciana foi reabastecida por meio de vulcões, e num tempo geologicamente próximo.



No entanto, a assinatura vulcânica não aparece quando se avalia a proporção de dois outros isótopos, oxigênio 18 e oxigênio 16, que também compõem o CO2 marciano. Isso indica que o dióxido de carbono reagiu com água no passado recente, e acabou enriquecido em O-18.



Fonte     Estadão

IMAGEM: Orion da FAB em testes na Espanha

O P-3AM, matrícula 7203, visto durante testes de voo próximo em Madri, na Espanha. (Foto: Ruben Galindo Verdugo / AviationCornet.net)


Imagem de uma aeronave Lockheed P-3AM Orion destinada para Força Aérea Brasileira (FAB) durante um voo de testes na unidade da EADS de Getafe, em Madri, Espanha.






A foto feita no dia 15 de julho de 2010, mostra a aeronave ainda sem a pintura definitiva, com a cor amarela do “primer” aplicada.



A Força Aérea Brasileira deverá receber três aeronaves ainda esse ano, e as seis restantes sendo entregues quatro em 2011 e duas em 2012. Todas as nove aeronaves serão atribuídas ao 1º Esquadrão do 7º Grupo de Aviação da Força Aérea Brasileira (Esquadrão de Patrulha Orungan), sediado em Salvador (BA).

quinta-feira, 9 de setembro de 2010

Novas imagens do IMBEL IA2

veja a mais nova familia do fuzil MD-97-IA2

Foguete nacional só deve decolar em 2015

Sete anos após o incêndio que matou 21 pessoas na base de Alcântara, Maranhão, finalmente a torre de lançamento do VLS-1, o Veículo Lançador de Satélites brasileiro, está quase completa. Ela será inspecionada nesta quinta-feira pelo ministro da Ciência e Tecnologia, Sergio Rezende.




O foguete, porém, só deve realizar um lançamento completo em 2015, quase uma década depois da promessa inicial do governo. A previsão consta de um documento do Ministério da Ciência e Tecnologia. Nele, o primeiro voo de teste do VLS-1, com apenas dois de seus quatro estágios, está agendado para 2012 ou 2013. Um teste do foguete completo, mas sem carga útil, ocorre até 2014.



O brigadeiro Francisco Pantoja, diretor do IAE (Instituto de Aeronáutica e Espaço), órgão da Força Aérea que desenvolve o VLS, diz que o lançamento em 2015 só acontece no pior cenário. “Pode ser que o voo com carga útil aconteça antes. Tudo depende dos resultados dos ensaios”, diz.



Em agosto de 2003, quando a torre de integração do foguete pegou fogo, o então ministro da Ciência e Tecnologia, Roberto Amaral, prometeu o VLS para 2006.



Mas problemas na licitação da nova torre impediram que o IAE cumprisse o cronograma. Além disso, o projeto sofreu uma revisão completa, que levou à necessidade de novos testes.



ESTRANHO NO NINHO



Enquanto o VLS não vem, o país espera poder lançar de Alcântara outro foguete, o ucraniano Cyclone-4. O Brasil criou com a Ucrânia uma empresa binacional, a ACS (Alcântara Cyclone Space), para vender lançamentos de satélite.



A empresa, cujo diretor brasileiro é Roberto Amaral, foi instituída em 2006. Ela terá sua pedra fundamental lançada hoje por Rezende. A presença da ACS dentro do CLA (Centro de Lançamentos de Alcântara) incomoda militares, pois cria competição por recursos do programa espacial.



Enquanto o projeto do VLS e a infraestrutura associada estão no patamar dos R$ 60 milhões por ano, os investimentos em centros de lançamento –que incluem o CLA, mas também o sítio do Cyclone-4– chegaram a R$ 200 milhões em 2009.



O VLS é considerado por especialistas um “beco sem saída” tecnológico. Ele pode levar cargas úteis de apenas 150 kg, um décimo do peso de satélites como o sino-brasileiro CBERS. Rezende reconhece a limitação, mas aposta que o VLS poderia cada vez mais ser usado para microssatélites, tendência no setor.



Enquanto isso, o MCT quer usar o Cyclone para lançar um trio de satélites do Inpe a partir de 2012: o Amazônia-1 (de monitoramento de florestas), o Lattes (de astrofísica) e o GPM-Br (meteorológico).

novo fuzil do uruguaio Steyr AUG y HK G-36


Ejército Nacional Uruguayo (EU) adquirirá en una primera etapa 3500 fusiles de asalto Steyr AUG y 600 HK G36 según lo anunció el Ministerio de Defensa.




Luego de un tumultuoso proceso, salpicado por el affaire de las municiones iraníes que venían al país vía Venezuela (enviadas por una empresa persa que participó en el llamado a propuestas) y una denuncia de tráfico de influencias en favor de una empresa de origen chileno, finalmente el Ejército Nacional Uruguayo definió el equipo para llevar a cabo la renovación del armamento liviano de la fuerza. La noticia fue comunicada por el Ministro de Defensa, Dr. José Bayardi, al comparecer ante legisladores que integran las comisiones de defensa del poder legislativo.



Ambos fusiles utilizan el calibre 5.56 mm NATO, el cual pasará a ser el nuevo calibre estándar del EU, sustituyendo al 7.62 mm de los actuales FAL a los cuales reemplazarán los nuevos fusiles. Asimismo deberán convivir con los AK-101 adquiridos en su momento a Rusia, con los cuales comparten el calibre.



El proceso de selección comenzó en agosto de 2006 cuando el Ejército realizó un RFP (Request for Proposals) para la adquisición de 18.000 fusiles de asalto para reemplazar al actual FAL de 7,62 mm de fabricación argentina. Se recibieron quince ofertas cuando venció el plazo de presentación el 6 de noviembre de ese mismo año. Durante el 2007 se realizaron las pruebas técnicas de donde surgió una preselección de fusiles y el 21 de diciembre se declaró ganadora a la empresa austríaca Steyr con su fusil AUG de 5,56 mm.



La Armada también participaba en este proceso, pero aún no está claro si recibirá alguno de estos modelos, al menos en esta primera etapa. La planificación de este plan de reequipamiento prevé que el año que viene se encarguen 3500 fusiles más del modelo Steyr AUG, siendo que las armas alemanas estarán destinadas a unidades de FFEE.

HMS ‘Ocean’ vai realizar operações com a Marinha do Brasil



O HMS Ocean chega ao Rio de Janeiro amanhã (09.09) para participar de um exercício anfíbio com a Marinha do Brasil.




O Corpo de Fuzileiros Navais participará com o 3 º Batalhão de Infantaria, que vai se juntar ao 539 Assault Squadron dos Royal Marines, para realizar um treinamento anfíbio de três dias, período este onde haverá a troca de experiências em operações recentes.



A Aviação Naval será representada por uma aeronave UH-14 Super Puma, do 2° Esquadrão de Helicópteros de Emprego Geral (HU-2), que permanecerá embarcada no HMS Ocean e fará o apoio aéreo durante o desembarque.





Enquanto isso, tripulantes do NDD Rio de Janeiro (G-31) também vão embarcar no HMS Ocean para acompanhar os exercícios, colaborando para estreitar os laços de cooperação entre as duas marinhas.

quarta-feira, 8 de setembro de 2010

IAE apresenta maquetes em Exposição da Força Aérea Brasileira

O IAE foi um dos destaques no estande da Força Aérea Brasileira (FAB), durante as comemorações da Semana da Pátria, em Brasília. Dentre a exposição de aeronaves, foguetes e equipamentos, foram apresentadas maquetes 1:1 dos foguetes VSB-30 e VS-40, preparadas pela Divisão de Mecânica (AME) do instituto.




Segundo o chefe da mecânica, Valderci Giacomelli, esse também é um trabalho importante, pois possibilita a divulgação dos projetos espaciais desenvolvidos pelo instituto.



Os foguetes VSB-30 e VS-40 chegaram à capital brasileira após três dias de viagem e 1200 km de percurso desde a cidade de São José dos Campos. Caminhões do DARJ partiram no dia 27 de agosto levando inclusive as carretas que serviram de suporte aos foguetes.



O embarque da equipe de técnicos da AME aconteceu na segunda-feira, dia 01 de setembro, para a montagem dos veículos, na Base Aérea de Brasília. As maquetes foram levadas ao Parque de Exposição do Ministério da Defesa, no Parque da Cidade, na sexta feira, dia 03 de setembro.



As maquetes do IAE retornam do evento, na sexta-feira, dia 10, após a desmontagem iniciada na quarta-feira, diretamente para o depósito de containeres no almoxarifado, com previsão de utilização pela Agência Espacial Brasileira (AEB).

terça-feira, 7 de setembro de 2010

INDEPENDÊNCIA NACIONAL BRASIL

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segunda-feira, 6 de setembro de 2010

Nave espacial irá se aproximar do Sol

SÃO PAULO – A NASA começou a desenvolver uma missão que irá estudar o Sol mais de perto do que nunca.






O projeto, chamado de Solar Probe Plus, deve ser lançado no mais tardar em 2018 e colocará uma nave em plena atmosfera solar.




A apenas 6.437.376 km da superfície do astro, uma região jamais visitada por qualquer sonda, o equipamento da Agência Espacial Americana terá que suportar temperaturas de mais de 1300º C e fortes radiações.





A nave, do tamanho de um carro, carregará cinco experimentos que têm a função específica de esclarecer dois mistérios-chave da física solar: por que a atmosfera exterior é tão mais quente do que a superfície visível do Sol; e o que impulsiona o vento solar que afeta a Terra e o nosso sistema planetário?





Em 2009 a NASA convidou pesquisadores a enviarem propostas científicas para integrarem a missão. Treze foram analisadas e as cinco escolhidas receberão US$180 milhões somente para análises preliminares, criação do design, desenvolvimento e testes.





O objetivo principal é entender, caracterizar e prever a radiação do Sol – o que seria muito útil para futuras missões espaciais tripuladas.

quarta-feira, 1 de setembro de 2010

Evento da Marinha traz muitas novidades sobre os programas chaves

Foi realizado no dia 12 e 13 de agosto, dentro da EGN no Rio de Janeiro, o 13° Simpósio de Pesquisa Operacional e Logística da Marinha. Este evento de cunho eminentemente técnico e teórico reuniu os militares das três forças com acadêmicos de todo o Brasil para discutir novas maneiras e ferramentas para o aperfeiçoamento dos processos de avaliação e de logística no âmbito militar. O SPOLM busca difundir as ferramentas teóricas que são usadas regularmente pelas áreas de alta tecnologia das forças armadas e por alguns grandes órgãos de governo e empresas privadas para a avaliação e modelagem de processos/problemas complexos das suas atividades fim. Apesar do esforço da Marinha, e do para sustentar o evento que ainda é visto pela maior parte das empresas como algo excessivamente teórico para ser usado no seu dia a dia




No entanto, para os não “iniciados” duas apresentações, em especial, ocorridas dentro da sessão plenária de abertura, apresentaram várias novidades do interesse dos leitores de ALIDE logo no primeiro dia. A primeira palestra, realizada pelo Almirante Öberg Diretor de Armas da Marinha, versou sobre o programa Sistema de Gerenciamento da Amazônia Azul, e em seguida, coube ao Almirante Fragelli falar sobre os planos e o andamento do programa de submarinos convencionais e de propulsão nuclear da MB.


A Marinha do Brasil vem divulgando intensivamente à mídia a importância da conclusão do seu Sistema de Gerenciamento da Amazônia Azul. Continuando na sua metáfora amazônica, o SisGAAz é apresentado ao público leigo como sendo o seu “SIVAM no Mar”.




Falando a ALIDE o Almirante Öberg explicou que o SisGAAz é o nome dado ao componente marítimo de uma solução que abrange também os vários CINDACTAs da FAB e o SisFron do Exército, todos eles funcionando integrados e sendo desenvolvidos coordenadamente sob a batuta do Ministério da Defesa. “A Amazônia Azul é um dos mais ricos patrimônios da nação brasileira, e ainda não se encontra protegida como deveria ser. Para obtermos o nível de proteção desejado, teremos que contar com o envolvimento de vários órgãos do governo.” Como todos os programas da MB, os requerimentos formulados para o SisGAAz foram definidos sob a forma de REMS (Requisitos de Estado Maior) e de RAN (Requisitos de Alto Nível) antes de serem entregues à Diretoria de Sistemas Armas da Marinha para seu completo desenvolvimento. Quando concluído, o SisGAAz será administrado pelo Comando de Operações Navais (CON) nas suas atividades regulares de controle do tráfego marítimo nas Águas Juridicionais Brasileiras (AJB).



O SisGAAz é o que se convencionou chamar de um “sistema de sistemas”. Ele integra um grande numero de sistemas já existentes, com outros ainda em planejamento ou em desenvolvimento, para controlar nas 24hs por dia, toda a movimentação de navios na superfície, submarinos na profundezas e aeronaves no ar, ao longo dos 4,5 milhões de Km2 da Amazônia Azul. O Almirante disse que: “Para que o tal “Sistema de Sistemas” seja eficaz e confiável, muitos passos intermediários serão necessários: o aumento da robustez e da digitalização dos meios de comunicação da MB; Uma ampliação nas capacidades de sensoriamento remoto e de comunicações da MB; assim como muito desenvolvimento da atividade de Pesquisa Operacional na Força Naval”.



Alguns dos itens mais “high tech” do SisGAAz são, simultaneamente, ainda aqueles itens ainda mais indefinidos. Os futuros satélites nacionais de comunicação de voz e dados, os desejados radares OTH (“além do horizonte” – “Over the Horizon”) a serem instalados em alguns pontos-chaves da costa brasileira e aos sensores acústicos submarinos (potencialmente uma rede tupiniquim criada aos moldes do sistema SOSUS americano...) ainda estão bem no princípio de suas fases de análise tecnológica e operacional. Perguntado se este sistema complexo poderia no futuro vir a ser exportado para uso por outras marinhas de países amigas do Brasil, o Almirante Öberg disse que: “Isso depende... principalmente porque para cada cliente, esta solução, provavelmente, terá que ser configurada sob requisitos muito particulares (ser ‘tailor-made’)”. Öberg ainda disse que: “os requisitos estão todos prontos e a etapa atual é aquela de desenhar a ‘arquitetura’. Apenas ao concluirmos esta fase é que nos será possível levantar os custos de cada etapa deste desenvolvimento de hardware e software. Tentar falar de preços agora é uma proposta muito pouco significativa, pois estamos, ainda, com muitas dúvidas no ar.”





Como ALIDE já havia adiantado anteriormente aos seus leitores, o SBR é a modificação e modernização do projeto básico do submarino da DCNS. As modificações se verificam claramente no aumento do seu comprimento total e no seu deslocamento que cresceram respectivamente de 66,40m para 71,62m, e, de 1717 para 1870 toneladas. A razão por trás destas importantes alterações reside principalmente na inserção de um módulo de casco novo que aumentará simultaneamente a quantidade de combustível carregado, o que permitirá a realização de longas missões pelo Atlântico. O alongamento do casco proporcionará ainda um nível de conforto para sua tripulação muito superior ao do modelo atual. Os submarinos da MB não usarão a tecnologia AIP, pois ela não agrega muita vantagem para uma marinha que opera numa costa aberta e devassada como a que temos aqui no Atlântico Sul. Uma das grandes novidades introduzidas nesta classe é o sistema de contramedidas torpédicas CANTO, sistema este que será instalado por fora do casco de pressão do submarino.



Para enfatizar a diferença entre as capacidades dos submarinos de propulsão convencional contra os nucleares, o Almirante Fragelli comentou na sua palestra que o Tikuna, um submarino convencional dos mais modernos do mundo, se quiser se deslocar submergido à velocidade de 20 nós, inevitavelmente esgotará sua carga de bateria em apenas duas horas e meia, forçando logo sua volta à superfície. O submarino nuclear brasileiro deverá deslocar entre 6000 e 6500 toneladas, sendo por isso muito maior que os SBR. Seu tamanho deve regular em tamanho com o modelo americano da classe Los Angeles para conseguir acomodar no seu interior o reator nuclear em desenvolvimento pela Marinha. Fragelli disse: “Nosso primeiro reator deve necessitar ter sua carga de combustível nuclear completamente trocada a cada período de sete anos, um tempo relativamente curto se comparado com os 30 anos do novo programa americano, o classe Virgínia”. Este longo tempo de duração da carga de combustível atômico faz com que os submarinos Virginia usem apenas uma única carga de combustível ao longo de toda a sua vida operacional, reduzindo, assim, os seus custos operacionais.



Fragelli disse também que o Brasil já pode ser visto como um player importante na esfera econômica, um “Global Trader”, e que, por isso, precisa graduar-se do patamar dospaíses que apenas podem “ver a guerra” para aquele dos que podem “fazer a guerra”. O submarino de propulsão nuclear é justamente o tipo de arma que vai nos inserir, definitivamente, na nova categoria.



Os submarinos convencionais serão entregues à Marinha a cada 18 meses, começando em meados de 2017. O último dos quatro SBR sendo entregue, assim, no final de 2021.



O primeiro submarino nuclear brasileiro, após sua conclusão em 2022, ficará ainda cinco semestres em testes, antes de ser entregue à área operacional da Marinha no ano de 2025.










O Almirante Fragelli contou à platéia do evento que apenas 30% do território nacional já foi devidamente prospectado para identificar reservas de urânio e de outros materiais radioativos. Assim mesmo, com as 150 mil toneladas já identificadas, o nosso país já conta com a sexta maior reserva de urânio no mundo. Potencialmente, estima-se que o Brasil possa ter reservas de até 800 mil toneladas de urânio. Atualmente, de todo o ciclo industrial de beneficiamento do urânio, apenas a etapa da transformação do Urânio em pó (o chamado “yellow cake”) para o tipo gasoso (hexafluoreto de urânio) ainda é feito fora do país, no Canadá, o resto todo já é feito comercialmente nas instalações da INB (Indústrias Nucleares do Brasil) em Resende, no sul do Estado do Rio de Janeiro. A partir de setembro deste ano, a usina de gaseificação do urânio (a chamada USEXA) em Aramar será finalmente colocada em operação, acabando com nossa dependência do exterior neste campo. Para seu transporte, de um lado para o outro, o hexafluoreto de urânio tem que ser acondicionado em grandes cilindros resistentes à pressão.




Na natureza o urânio é normalmente encontrado composto de 99,7% do isótopo U238 e de apenas 0,3% do isótopo desejado U235. Para seu uso na geração de energia o Urânio deve ser enriquecido para contar com pelo menos 20% de U238 e para isso são usadas no Brasil as ultracentrífugas. O design das ultracentrifugas brasileiras é inspirado no projeto original da Alemanha adquiridos na década de 70. O compartimento giratório do projeto alemão era feito de alumínio e pesava 700 gramas, girando à velocidade de 33000 RPMs. No novo modelos, desenvolvidos no país pela Marinha, ele foi substituído por uma nova peça criado inteiramente em fibra de carbono e pesando menos de 100g, podendo girar a impressionantes 66000 RPMs sobre um revolucionário mancal eletromagnético. Segundo o Almirante Fragelli, uma destas ultracentrífugas esta girando ininterruptamente em Aramar, no interior paulista, a mais de 15 anos. Dezenas das centrífugas já se encontram em produção industrial na planta da INB, mas, interessantemente, os equipamentos, em si, são 100% de propriedade da Marinha, estando meramente cedidos à INB, que paga à MB por seu uso.



Outra peça crucial do programa nuclear da Marinha é o “Labgene”, o Laboratório de Geração Núcleo-Elétrica, que já está sendo construído em Aramar. No seu interior uma cópia perfeita do reator desenvolvido para o nosso submarino nuclear será montado para a realização de exaustivos testes de operação em terra, antes que se inicie a construção do submarino nuclear propriamente dizendo. Frageli salientou que: “a decisão de construirmos o Labgene antes, visa, basicamente, reduzir os riscos do projeto, minimizando, assim, a possibilidade de se ocorrer problemas sérios como os que ocorreram em certo país da Ásia onde, ao se concluir a montagem do casco, o reator nuclear já não cabia no seu interior. Isso, gerou atrasos e muito desperdício de dinheiro”. O reator brasileiro é do tipo de água pressurizada a 150 milibares. Sob esta pressão a água exposta aos elementos radioativos se esquenta bastante, sem, no entanto, ferver. Esta água sob pressão transfere o seu calor para uma outra massa de água não pressurizada, que irá produzir vapor, e, assim, girar as turbinas que produzirão eletricidade para ser usada pelo motor do submarino nuclear. Após isso, este circuito de água intermediária será resfriado por contato com uma terceira tubulação de água (fria) para em seguida voltar a ser fervida, repetindo o ciclo da propulsão nuclear. “Os submarinos de propulsão nuclear da US Navy”, contou Fragelli, “tem seu hélice ligado por engrenagens à própria turbina, o que é bem simples, mecanicamente falando, mas acaba por produzir um alto nível de ruído. Os engenheiros franceses, no seu novo modelo Barracuda, optaram por uma instalação hibrida. Para a redução do ruído da propulsão, até os 15 nós se usa a geração elétrica para mover um grande motor elétrico instalado ao redor do eixo do hélice. Após esta velocidade, engrenagens mecânicas engatam mecanicamente o eixo do hélice aos motores diesel propelindo o submarino sob o mar”.



As usinas brasileiras de Angra I e II usam, como combustível, varetas de urânio enriquecido a 3,2%, enquanto a nova Angra III deve usar elementos enriquecidos à taxa de 4%. A taxa de enriquecimento a ser usado no reator do nosso submarino nuclear ainda não foi determinada com precisão, e este item só deverá ser decidido após a realização dos testes práticos no protótipo do reator instalado em terra (Labgene) em Aramar.

Fragelli contou que a “Marinha sempre soube que o IBAMA jamais autorizaria a construção de submarinos nucleares no Arsenal de Marinha do Rio de Janeiro, dentro da Baía da Guanabara, ao lado do Centro da cidade do Rio”. Pois isso, dispor de uma nova localidade para construir o submarino de propulsão nuclear e para abrigar sua nova base seria necessariamente condições básica para o início deste desafiador programa.




A empresa francesa DCNS selecionada para a construção dos quatro primeiros SBRs e do casco do SNBR se associou com a construtora nacional Odebrecht para formar o Consórcio Baía de Sepetiba que construirá toda a infraestrutura demandada por este programa. Além do estaleiro, na localidade conhecida como Ilha da Madeira (22°55'18.34"S 43°50'58.98"O), bem ao lado do Porto de Itaguaí, será construída também uma nova base operacional para a Força de Submarinos, que deixará as Base Almirante Castro e Silva (BACS) sua sede atual localizada no lado sul da Ilha do Mocanguê. O projeto completo entregue a este Consórcio foi orçado em 6,75 bilhões de euros.



A nova localidade do estaleiro é particularmente favorável a esta nova atividade industrial por se localizar a apenas 4,5 quilômetros da fabrica da Nuclep –Nuclebras Equipamentos Pesados. Foi lá onde, no passado, foram feitos os anéis do casco resistente dos quatro submarinos da classe Tupi fabricados no país. Como o envolvimento da Nuclep será muito maior nestes novo programa de construção de submarinos, haverá a construção também de uma nova construção industrial chamada Unidade de Fabricação de Estruturas Metálicas (UFEM) onde ocorrerá grande parte do “fitting out” (a instalação dos conveses, tubulações e anteparas) antes de sua entrega ao novo estaleiro para a montagem final. Com seus 90.000 metros de área construída, a UFEM será a primeira parte do empreendimento a sair do papel, com previsão de ficar pronta ainda em 2012. A futura base fica posicionada ao pé de um morro onde hoje existe um grave caso de material contaminante da extinta empresa Ingá, o Almirante Fragelli contou que: “entre os acordos realizados para a instalação da Marinha naquele local está a remoção destes dejetos químicos de lá”. O estaleiro deve ser completado, e ficar pronto para entrar em atividade em meados de 2014 enquanto a base deve ficar pronta até o fim deste mesmo ano.



A nova base será composta basicamente por duas áreas separadas, a Área Norte, mais externa, acomodará um Hotel de Trânsito, além de vários outros prédios administrativos e residenciais da Força de Submarinos. Está previsto que a ForSub seja transferida em peso da atual BACS para a sua nova base. Junto com ela irá o CIAMA (o centro de treinamento das tripulações de submarino e de mergulhadores da MB), mas, no entanto, a força de mergulhadores de combate, por prestar a maior parte de seus serviços junto à Esquadra, permanecerá em Mocanguê junto com o Centro de Medicina Hiperbárica da Marinha. No contrato assinado com a Marinha os franceses tem que entregar cinco modelos diferentes de simuladores dos sistemas do SBR que serão usados para treinar as tripulações antes mesmo delas saírem para o mar pela primeira vez.



Espremida entre dois morros e o mar, a Área Sul terá naturalmente um acesso bem mais restritivo. é lá onde ficarão o Estaleiro e a Base, construídos sobre um grande aterro em formato de “Y”. O acesso entre as duas partes do complexo será feito via um túnel de 800 metros de comprimento a ser construído sob o morro. A perna inferior deste “ípsilon” é a chamada “ilha nuclear”. Aqui, num terreno em terra firme serão construídos os dois diques secos cobertos dedicados à faina de troca de combustível do submarino nuclear e também será onde as barras de combustível gasto (com 1 ou 1,2 % de U238) ficarão armazenadas por mais 12 anos dentro d´água, numa grande piscina, até que seu nível de radiação residual atinja o patamar que permita sua remoção para um local de armazenamento definitivo e seguro.



A área de manobra definida pelos os braços do “Y” tem um tamanho que permitirá que até os nossos grandes submarinos de propulsão nuclear possam ser girados antes de partirem para o mar aberto. O Diretor da COGESN lembrou que: “esta manobra será realizada com o auxilio de rebocadores porque o SNBR terá apenas um eixo”. Com mais de 500.000m2 de área construída, este novo complexo passará a ser o maior estaleiro da MB, sendo significativamente maior que o Arsenal de Marinha do Rio de Janeiro. A atividade de construção dos submarinos será realizada dentro do chamado “Main Hall”, um grande galpão comprido medindo 50 metros de altura, e com capacidade de montagem simultânea de dois submarinos.

Para a realização deste projeto a MB teve que pedir licenciamento ambiental a 10 órgãos públicos diferentes. Foi preparado um Estudo de Impacto Ambiental (EIA) e um Relatório de Impacto Ambiental (RIMA) que analisaram e documentaram cada possível decorrência ecológica e se segurança às populações locais naquela região. Por se localizar a nova base numa área ambientalmente preservada, a MB teve que refinar, várias vezes, seu projeto antes de receber do IBAMA a aprovação do seu Projeto Básico Ambiental (com 24 condicionantes!) no dia 5 de maio deste ano.




A administração deste programa dentro da MB ficou a cargo da COGESN – Coordenadoria-geral de desenvolvimento do Submarino com Propulsão Nuclear, uma entidade matricial, subordinada a DGMM, que se utilizará por tempo determinado de recursos humanos especializados que fazem parte das diversas organizações regulares existentes dentro da MB, da Força de Submarinos à DEN e ao AMRJ. passando pela Diretoria de Pessoal e por uma dezena de outras unidades variadas. Para se obter e manter os recursos humanos necessários para este projeto será criada uma nova empresa, chamada “Amazul”, como maneira de se pagar os salários compatíveis com o patamar praticado no mercado.



A COGESN tem por missão gerenciar o projeto e a construção do Estaleiro e da Base, assim como o projeto e a construção dos submarinos nuclear e dos convencionais para a Marinha. O Almirante Fragelli contou que como o foco principal da Marinha do Brasil era a obtenção do submarino de propulsão nuclear apenas dois países poderiam ser considerados como potenciais parceiros por dominar o know-how tecnológico em ambos os segmentos, a França e a Rússia. Como o russos não demonstraram interesse em compartilhar sua tecnologia com o Brasil a França foi escolhida como parceira nesta empreitada. Foram assinados um total de sete contratos com o Consórcio Baía de Sepetiba (submarinos convencionais, submarino de propulsão nuclear, 30 unidades de torpedos franceses do tipo “F-21” e 50 unidades do sistema de contramedidas anti-torpedo CANTO. Um contrato específico para a questão de transferência de Tecnologia (ToT) e outro para a atividade de gestão foram ainda assinados, nesta mesma ocasião, com os franceses. O contrato que especificaria os itens de offset (compensações comerciais) deste projeto acabou se tornando no final um anexo dos contratos de construção dos submarinos. O Almirante Fragelli lembrou ainda que: “Ao todo toda esta papelada ocupava um calhamaço com 5000 páginas, sendo todas as variáveis e condições acertadas entre as partes ao longo de oito meses de negociação”.


A MB enviará um total de 80 engenheiros para serem formandos na França na atividade de construção dos nossos submarinos, 40 destes engenheiros irão agora, em setembro deste ano, para já iniciarem seu processo de aprendizado na unidade industrial da DCNS em Lorient. A seguir, em 2011 e em 2012, serão enviados mais dois grupos com 20 engenheiros e técnicos cada um. No seu ano de maior atividade haverá um total de 500 homens e mulheres envolvidos na produção dos submarinos brasileiros.