sábado, 28 de agosto de 2010

A apresentação dos AH-2 Sabre – comentado

Hoje ocorreu a apresentação dos Mi-35M da FAB. Diversos sites já noticiaram o fato e eu destaco aqui a cobertura feita pelo Defesa Brasil, provavelmente o único site dedicado que esteve presente ao evento.




Estou reunindo algumas fotos e informações e depois volto a esse mesmo artigo com alguns comentários.



O Frag 01/5055, de 18 de abril de 2010:



Das várias informações divulgadas ontem, uma das mais interessantes foi um tuíte do Ministério da Defesa. O valor total do contrato e o que está incluído nele foi revelado:



O pacote dos 12 Helicópteros Sabre, mais material de manutenção para 5 anos e armamentos, custou US$ 363,9 mi. Russos compensarão 100%.



As demais considerações serão feitas baseadas nas fotos da cerimônia. Sugiro, como embasamento, a leitura de dois artigos de um ano atrás:



Configuração de armamentos dos Mi-35

Configuração do Mi-35 para a FAB (comentado)

O segundo artigo cita uma provável configuração do Mi-35M da FAB e vou usá-lo como guia para ver o que se confirmou e o que ficou diferente:





Cabine do atirador





O sistema de navegação será russo o KNEI-24 para posicionamento global usando o GLONASS.



Os MFD provavelmente serão da AEL (não confirmado ainda) e o NVG será o ANVIS 9 (ITT PADRÃO usado pela FAB)



O cockpit do piloto não apareceu em nenhuma ocasião. Mas o do atirador apareceu e é semelhante aos outros que já apareceram na internet. Posso apostar que a aviônica é russa e não da AEL.







Capacetes russos Zsh-7

Os capacetes que apareceram foram os russos (alguma versão do Zsh-7) e não os americanos. Muito provavelmente, a pane da adaptação ainda não foi totalmente sanada.



A blindagem será suficiente para resistir até a munição de 20mm e não apenas .50. Os flares e demais sistemas defensivos serão russos, lançadores de flares ASO 2V, RWR L 006LM contra radares de solo/aéreos e CME e MPE.



Os dispensadores de flares e chaffs aparecem montados na lateral da aeronave e não no cone de cauda, como se via nos Mi-24 mais antigos. Essa mesma disposição já foi vista nos Mi-24 russos, durante o conflito da Ossétia do Sul.





Sistema ASO-2V de lançamento de flares e chaffs

O sistema de comunicação seguirá PADRÃO FAB contando com rádios Digitais R&D M3 AR (usados no A-29, série 6000) com salto de frequência criptografia e rádio HF



Motorização: 2 motores VK 2500 de 2.200hp cada, vida útil de 6000h com overhaul a cada 2000h. Serviço que deverá ficar a cargo da empresa carioca FOCAL, a única homologada nesses motores fora da Rússia.



Não dá para ver pelas fotos.



O pacote de armamento inclui:



Canhão NPPU23 de 23mm de cano duplo (a cadência de fogo é estimada em 3000/3.400 tpm)



Foguetes não guiados S-8KO de 80mm.



Mísseis russos Ataka de 130mm, com guiagem por RF, alcance de 5,8km anti-blindados podendo perfurar blindagens de até 800mm



Para executar suas missões de ataque, o H-35 como deverá ser conhecido na FAB, usará radar (modelo não especificado) e câmara IR. O sistema de telemetria Laser find OPS 24N



O canhão se confirmou (é o padrão para o Mi-35M). Os foguetes ainda não deram o ar da graça, mas provavelmente devem ter sido comprados.







Cabide quádruplo, para mísseis 9M120 Ataka

Os mísseis são realmente os Ataka. Segundo o esquema da Jane’s, o Mi-35M dispara dois tipos de mísseis: o 9M114 Shturm e o 9M120 Ataka. Acontece que os Shturm são disparados de um cabide para dois mísseis e os Ataka usam um cabide para quatro mísseis. O que apareceu nas foto é o cabide para quatro. Assim podemos inferir com bastante chance de acerto que temos míssies 9M120.



O radar de tiro não apareceu, como era esperado (nenhum Mi-35 tem isso) e o FLIR é o modelo padrão deste helicóptero.



Podemos ver também que a aeronave apareceu com os tanques de translado subalares. Essa, provavelmente vai ser uma visão constante dele. A autonomia sem esses tanques adicionais é bastante restrita ao raciocinarmos com as distâncias amazônicas.



Outro assunto que também foi polêmico na internet é se os nossos Mi-35M disporiam dos supressores de calor nos motores. Isso já havia sido confirmado aqui e aqui e, durante a cerimônia de ontem pudemos ver duas aeronaves sem esses equipamentos instalados (foto no topo deste artigo) e uma com os supressores montados.



Fugindo um pouco do assunto, muito se pergunta se o MSS 1.2 da Mectron (ou sua “possível” versão ar-solo) poderia ser adaptado ao AH-2. Devemos levar em consideração que o Mi-35M tem apenas dois tipos de mísseis compatibilizados: o 9M914 Shturm e o 9M120 Ataka. Ambos são guiados por RF. Ele não lança, por exemplo, o 9M121 Vikhr, que é um míssil guiado por laser beam rider.



O MSS 1.2 é um míssil beam rider. Ou seja: para que ele (ou qualquer outro míssil com esse sistema de guiagem) fosse compatibilizado com o Mi-35M, seriam necessária mais modificações do que simplesmente adaptar o cabide e e o software de lançamento.



Para saber mais sobre os sistemas de guiagem de mísseis, leiam este artigo.



Para conhecer os sensores e sistemas do Mi-35,

sexta-feira, 27 de agosto de 2010

armamentos do Rafale kits de bombas guiadas AASM


A experiência francesa na Guerra do Golfo e Kovoso mostrou a necessidade de armas guiadas de precisão de longo alcance com capacidade qualquer tempo para atacar alvos no solo. A precisão era necessária para evitar danos colaterais e foi conseguido com as bombas guiadas a laser.




Em Kosovo ocorreu frequentemente o problema de uma boa parte das missões serem canceladas devido ao mau tempo que atrapalhava a pontaria dos designadores a laser aéreos. Isto não acontecia com as armas JDAM americanas guiadas por GPS disparada pelos bombardeiros B-2 Spirit. Por terem controle dos satélites GPS/NAVSTAR, o ataque de precisão agora é dominado pelos EUA e a Europa ficou atrasada. Os mísseis cruise também mostraram sua importância contra alvos bem defendidos e também são guiados por satélites.



Na época não existia um projeto similar a JDAM ou produção fora dos EUA. O primeiro projeto semelhante foi o Armement Air-Sol Modulaire (AASM - armamento ar-solo modular) francês. A AASM é o resultado da experiência francesa nos conflitos citados. Será a nova arma guiada do caça Rafale.



O projeto inicial era desenvolver kits para equipar bombas de 125kg, 250kg, 500kg e 1000kg com cinco tipos de sistema de guiamento (imagem IR, anti-radar, TV/datalink, radar SAR e onda milimétrica). O tipo de alvo e o objetivo determinaria a potência da bomba e o tipo de guiamento como a distância, defesas e condições climáticas. Os módulos incluem modos dispare-e-esqueça e man-in-the-loop. O projeto inicial se concentrou na munição de 250kg e guiamento IR.



O estudo de viabilidade foi iniciado em 1994. A concorrência para o projeto AASM foi vencido pela Sagem Défense Sécurité (SAFRAN Group) com a arma "Karin" que foi escolhida em setembro de 2000. A SAGEM não tem experiência neste tipo de arma, mas produz muitos sistemas relevantes. Entre eles estão estações de planejamento de missão muito importante para o caso de lançamentos simultâneos contra alvos múltiplos. Os concorrentes foram o Aramis da Matra Bae Dynamics, a AASM da Aerospastiale Matra e a JDAM da Boeing.  A AASM irá substituir o míssil guiado a laser AS-30L e as bombas guiadas a laser Paveway e Matra BGL-1000. O AASM também irá complementar os mísseis cruise Apache (anti-pista) e SCALP-EG (Emploi Général) bem mais caros. O Apache entrará em serviço em 2001 equipando o Mirage 2000D e depois o Rafale. O Apache leva 500kg de sub-munições anti-pista numa distância de 140km. O Scalp/EG entrou em serviço em 2003 com uma ogiva de 400kg e alcance maior que 400km. A Força Aérea Francesa irá adquirir 450 mísseis e a Marinha francesa 50.




A AASM serão kits de conversão de outras bombas não guiadas. Os kits AASM podem ser produzidos em várias versões, com CEP que variam de 10 metros a menos. O sistema combina um sistema inercial (INS) com um receptor de GPS. As versões mais precisas, chamadas métricas, irão usar um sensor de imagem infravermelha (IIR) para guiamento terminal com CEP de 1 metro.



Inicialmente estarão disponíveis duas versões. A primeira versão chamada decimétrica todo tempo (décamétrique tout temps) com navegação por GPS/INS com CEP de 10 metros. A segunda versão é a métrica diurna/noturma (précision métrique jour/nuit ) que mantém o guiamento por GPS/INS e é adicionado um sistema de guiamento final por imagem infravermelha permitindo atingir um CEP de 1 metro. O alcance é de 15km disparada a baixa altitude a 50km disparada a grande altitude (15 mil metros) e também depende da velocidade da aeronave lançadora.

O uso de navegação por INS é importante pois os EUA controlam o código de GPS e assim a precisão das armas guiadas por GPS. A outra opção seria usar os similares russos (GLONASS) e futuramente o Europeu (Galileu). A França já estudou armas com guiamento por INS antes. No fim da década de 80 estava em desenvolvimento a Excalibur que era uma arma anti-pista de longo alcance guiada por INS com um peso de 120-250kg.



A propulsão por foguete é opcional que queima por 30 segundos. A Roxel está desenvolvendo um motor que pode fazer o míssil subir a até 3.000 metros se disparada a baixa altitude. A versão tem opção de escolher o modo de atacar o alvo. O motor queima por várias dezenas de segundos e permitirá que a AASM ataque pistas de pouso de uma posição vertical após ser disparada a baixa altitude.



A primeira versão da AASM terá uma ogiva de 250kg (bomba francesa de 250kg ou Mk82 americana de 227kg) e será usada no Mirage 2000D seguida do Rafale F2, mas em 2009 a integração no Mirage 2000D foi cancelada por questões orçamentárias.



Estão em estudo o uso de bombas de 400kg e 800kg, penetrador, lançadoras de submunições e kits de guiamento radar, anti-radar, anti-navio, guiamento de meio curso por INS sem GPS e uso de datalink para transmitir imagens.



Em dezembro de 2006 a AASM foi disparada pela primeira vez de um Mirage 2000N para a qualificação da versão com guiamento por GPS/INS. Um Mirage 2000N disparou a AASM contra um alvo simulando uma pista de pouso enquanto voava a 300 metros de altura a 550kt em uma curva de 5,5g´s. A arma atingiu o alvo na vertical.







Em testes em 2007, uma AASM foi disparada de um Rafale M a 7 mil metros com um alvo a 85 graus fora do eixo de disparo a 10km de distância. Em outro foram disparados três AASM em sequência rápida a 6 mil metros de altura contra alvos a 60 a 30 graus fora eixo a 20-25 km de distância.

quarta-feira, 25 de agosto de 2010

Segurança nacional: Caça de tecnologia furtiva a Radar guiado por GPS ...

Segurança nacional: Caça de tecnologia furtiva a Radar guiado por GPS ...: "projeto, morcego negro BR-55-2 de tecnologia nacional,sua concepsção futurrista da AT medo,de construir,algo nuca visto no brasil ja qué nos..."

IAE realiza ensaios de carga útil do VSB-30

A Divisão de Eletrônica (AEL) do IAE realiza, de 23 a 27 de agosto, a verificação funcional e conjunta dos experimentos do segmento brasileiro da plataforma MICROG 1A com o módulo de serviço da Agência Espacial Alemã (DLR).




A plataforma MICROG 1A, carga útil do foguete VSB-30, levará ao espaço cerca de nove experimentos de diversas instituições de pesquisa e universidades brasileiras, sob a coordenação da Agência Espacial Brasileira (AEB), que há um ano vêm sendo testados.



Ao longo desta semana, serão realizados a integração da rede elétrica e os testes de telemetria com todos os experimentos e as partes da carga útil. Os ensaios ambientais no IAE devem ocorrer em setembro.

53 pessoas são resgatadas após queda de avião da Embraer; empresa envia nota oficial

Cinquenta e três passageiros foram resgatados depois que um avião da Embraer que transportava mais de 90 passageiros ultrapassou a pista e se acidentou na cidade de Yichun, na região nordeste da China, nesta terça-feira, informou a televisão estatal.




A assessoria de imprensa da Embraer no Brasil confirmou que trata-se de um modelo ERJ-190 da Henan Airlines.



O avião, chegando de Harbin, capital da província de Heilongjiang, caiu aproximadamente às 22h10 (11h10 no horário de Brasília), segundo a mídia estatal.



O vice-prefeito de Yichun, Wang Xuemei, disse que três pessoas estavam gravemente feridas.





Destroços da aeronave que sofreu acidente (crédito: Xinhua/Li Guangfu/Reuters)



Segundo informações da mídia chinesa, um total de 91 passageiros estavam a bordo. 43 mortos foram encontrados até o momento.



O último grande acidente com um avião civil chinês foi em 2004, quando um CRJ200 da China Eastern Airlines caiu em um lago congelado no norte da Mongólia Interior pouco depois de decolar, matando mais de 50 pessoas.



Yichun tem um pequeno aeroporto doméstico inaugurado no ano passado, e é um entre vários novos aeroportos que estão sendo construídos em regiões remotas da China para ajudar a impulsionar o desenvolvimento econômico.



Veja nota oficial da Embraer enviada à imprensa



São José dos Campos, 24 de agosto de 2010 – A Embraer expressa profundas condolências e desejo de pronta recuperação a familiares e amigos de pessoas que perderam a vida ou resultaram feridas no acidente de uma aeronave EMBRAER 190, no vôo 8387, da Henan Airlines, quando do pouso no aeroporto de Yichun, na China, hoje, aproximadamente às 22h locais.



A Embraer já disponibilizou equipe de técnicos que se dirige ao local, com o intuito de apoiar as autoridades aeronáuticas chinesas na investigação do acidente.

Ministro da Defesa anuncia que Irã testou o míssil Qiam

O Irã realizou um tiro de teste de um míssil terra-terra Qiam, anunciou nesta sexta-feira o ministro iraniano da Defesa, Ahmad Vahidi, sem informar a data do lançamento.




A televisão estatal exibiu imagens do tiro do míssil Qiam em uma zona de deserto. "O míssil tem aspectos técnicos novos e capacidade técnica única", disse o ministro.



"Por não ter asas, o míssil terra-terra tem grande poder tático, que reduz as chances de interceptação", destacou Vahidi. Em seu arsenal, o Irã dispõe de dezenas de mísseis de médio alcance (2 mil km).

Irã faz disparo de teste de míssil terra-terra Fateh-110

O Irã fez um disparo de teste de um míssil terra-terra de nova geração Fateh-110, que utiliza combustível sólido, informou a televisão estatal iraniana, que exibiu imagens do lançamento do projétil a partir de um veículo militar.




A nova versão do Fateh-110 supera o raio de alcance do modelo anterior, que era de 150 a 200 km, segundo a emissora, que também exibiu imagens do míssil atingindo o alvo. Na sexta passada, o Irã anunciou um teste do míssil terra-terra Qiam, que tem alcance de 1.500 km.



Em seu arsenal, o Irã dispõe atualmente de dezenas de mísseis de curto e médio alcance (até 2 mil km) e executa uma ambiciosa política de desenvolvimento da capacidade balística, em particular com um importante programa espacial.