A China espera aumentar cada vez mais a sua presença no mercado de armas do Oriente Médio e Ásia Central.
O país acabou de realizar um voo de teste do seu novo drone de nova geração produzido pela corporação industrial CAIG.
Vasily Kashin, especialista russo em questões militares, comentou à Sputnik China que a China é o segundo país, após os EUA, que é capaz de produzir uma grande variedade de drones de média altitude e longa duração de voo (medium altitude long endurance – MALE).
Por agora os drones americanos da classe MALE ultrapassam seus rivais chineses em termos técnicos. Mas há condições que limitam a sua exportação, já que o comprador de armas americanas deve sempre corresponder a certas exigências políticas e até ideológicas.
É por isso que um número cada vez maior de países do Oriente Médio, África e Ásia Central preferem drones chineses aos seus análogos americanos, considera o especialista. A China já se consolidou nos mercados do Uzbequistão, Cazaquistão, Turcomenistão, Iraque e de vários outros países. No entanto, a China deverá seguir aumentando o nível tecnológico dos seus drones.
O drone Wing Loong II é um grande passo em frente na comparação com sua versão anterior Wing Loong I, pois o aparelho possui uma capacidade de carga útil superior em 200 quilos, uma reserva de combustível de mais 300 litros e dispõe de equipamentos eletrônicos avançados. Porém, até agora o modelo não consegue alcançar o nível do seu análogo americano MQ-9, acredita Kashin.
Segundo ele, o Wing Loong II é capaz de portar até 480 quilos de armas com uma altitude máxima de 9 mil metros e duração de voo de 20 horas à velocidade de 370 quilômetros por hora. Já o MQ-9 possui uma massa de carga útil equivalente a 1.700 quilos, altitude de voo de 15 mil metros e duração de voo de 24 horas, destaca Kashin.
Assim, a China ainda precisa de realizar um trabalho bem considerável para aumentar o nível de seus drones e se aproximar dos EUA. Mas a China também tem um lado forte, porque o país é capaz de oferecer para os aparelhos uma vasta escolha de meios aéreos de destruição e de reconhecimento, conclui o especialista russo.