quarta-feira, 22 de fevereiro de 2017

NPaOc ‘Apa’ participará de exercício na costa da África

O Navio Patrulha Oceânico “APA” (NPaOcApa), da Marinha do Brasil, partiu, no dia 20 de fevereiro, da Base Naval do Rio de Janeiro para participar do exercício “Obangame Express/2017”, que envolve militares de países da África, Europa e América. O objetivo do treinamento é capacitar os países participantes em prover a segurança marítima da área do Golfo da Guiné contra as ações de pirataria, tráfico de drogas e armas, sequestro, pesca ilegal e outros ilícitos praticados na região.
Nessa operação, que ocorre todos os anos, o “APA” atuará no litoral de Angola, Congo e República Democrática do Congo. Na “Obangame Express/2017”, embarcarão no navio 12 militares de diversas marinhas, com o intuito de estreitar laços e comparar procedimentos.
A operação, que ocorrerá até 31 de março, irá exercitar e avaliar a interoperabilidade regional, a sua relação multinacional de comando e controle e a proficiência marítima dos países africanos com seus parceiros regionais do Golfo da Guiné, em conjunto com os norte-americanos, europeus e sul-americanos. Durante o exercício, vão ocorrer operações de interdição marítima, técnicas de abordagem e a realização de treinamentos médico, meteorológico e com armamento com os grupos de abordagem dos países africanos participantes.
Durante a comissão, o navio fará visita operativa e representativa aos portos de Luanda (Angola), Douala (Camarões), Accra (Gana), Walvis Bay (Namíbia), São Tomé (São Tomé e Príncipe) e Dakar (Senegal).
Na edição de 2017, participarão os seguintes países: da África: África do Sul, Angola, Benin, Cabo Verde, Camarões, Congo, Costa do Marfim, Gabão, Gana, Guiné Bissau, Guiné, Nigéria, Libéria, Marrocos, República Democrática do Congo, São Tomé e Príncipe, Senegal, Serra Leoa e Togo; da Europa: Alemanha, Bélgica, Dinamarca, Espanha, França, Holanda, Noruega, Portugal, Reino Unido e Turquia; e da América: Brasil, Canadá e Estados Unidos.
FONTE: MB

Corporação russa Energia pretende criar foguete para substituir Zenit ucraniano

O novo foguete portador para o cosmódromo flutuante Sea Launch será projetado e apresentado à holding russa S7 Group para substituir os foguetes Zenit, fabricados na Ucrânia, que antes têm sido usados para lançamentos, informou Vladimir Solntsev, diretor-geral da Energia, corporação espacial russa de produção de foguetes.

"Acho que já nos próximos quatro anos poderemos oferecer um novo foguete ao S7 Group. Já há um cronograma para criação deste foguete portador. Agora já é claro que será usado o motor do primeiro estágio – o RD-171M, como atualmente acontece com o Zenit", informou Solntsev.
Apesar disso, o diretor-geral não exclui a possibilidade do uso do Zenit ucraniano até que seja elaborado o novo foguete.
Falando sobre o destino do projeto Land Launch, Solntsev destacou que este vai virar um novo projeto conjunto da Rússia e Cazaquistão, chamado Baiterek, com uso do foguete portador Sunkar.
Anteriormente, foi informado que o comprador do cosmódromo flutuante Sea Launch, a S7 Sistemas de Transporte Espaciais, que faz parte da holding S7 Group, recebeu a licença para realizar atividades espaciais que lhe permite cooperar a nível internacional na área de pesquisas e uso do espaço para fins pacíficos.
Em 2016, a S7 Group anunciou a assinatura do contrato com o grupo de empresas Sea Launch. O objeto da transação é a nave espacial Sea Launch Commander, a plataforma Odyssey com equipamentos instalados, equipamentos terrestres no porto de Long Beach (EUA) e os direitos intelectuais. A empresa prevê realizar até 70 lançamentos comerciais durante os próximos 15 anos.

O escândalo A-Darter

Ou de como a tentativa de assassinato da Odebrecht pode ferir de morte a construção do mais avançado míssil da Força Aérea Brasileira
Por Mauro Santayana – de Brasília:
Está dando certo o implacável, mesquinho, totalmente desvinculado da estratégia e dos interesses nacionais, cerco, montado pela Procuradoria Geral da República, para arrebentar com a Odebrecht, não apenas dentro do Brasil, mas, em conluio com os EUA, também na América do Norte e, com base em “forças tarefas” conjuntas, nos mais diferentes países da América Latina.
Pressionada pela perseguição além fronteiras da Jurisprudência da Destruição da Lava-Jato. Pela estúpida, desproporcional, multa, de R$ 7 bilhões estabelecida a título de punição, pelo Ministério Público brasileiro. Em parceria com o Departamento de Justiça norte-americano, a Odebrecht não está conseguindo vender boa parte dos ativos estratégicos que tenta colocar no mercado.
Para evitar sua bancarrota e total desaparecimento, com a paralisação de dezenas de bilhões em projetos. Muitos deles estratégicos, dentro e fora do país. A demissão de milhares de colaboradores que trabalham no grupo, que já foi obrigado a se desfazer de mais de 150 mil pessoas nos últimos dois anos.
Com o cerco à empresa, que bem poderíamos classificar de mera tentativa de assassinato. Considerando-se o ódio com que vem sendo tratada a Odebrecht pelos nossos jovens juízes e procuradores. Já que poderiam ter sido presos eventuais culpados sem praticamente destruir a maior multinacional brasileira de engenharia.
Coloca-se sob risco direto, não apenas a construção do futuro submarino nuclear nacional (e de outros, convencionais). Mas também a produção dos mísseis A-Darter, destinados aos caças Gripen NG BR, que se encontram em desenvolvimento pela Mectron. Empresa controlada pela Odebrecht, em cooperação com a Denel sul-africana.

Mectron

Não tendo conseguido negociar a Mectron, incluída em sua lista oferecida ao mercado. A Odebrecht pretende, agora, esquartejar a companhia e vender seus projetos um a um. Entre eles o desse avançado míssil ar-ar – para quem estiver interessado em ficar. Entre outras coisas, com parte do know-how desenvolvido pelo Brasil nessa área, desde a época do míssil “Piranha”.
Enquanto isso, a Presidência e o Congresso fazem cara de paisagem.
Quando, diante desse absurdo, o mínimo que a Comissão de Defesa Nacional. Por meio de CPI para investigar o caso. O Ministério da Defesa e o Ministério da Aeronáutica deveriam fazer seria pressionar e negociar no governo o financiamento da compra da Mectron por uma empresa da área.
Como a Avibras, por exemplo, com recursos do BNDES. Ou injetar dinheiro do Banco – agora emagrecido em R$ 100 bilhões “pagos” antecipadamente ao Tesouro. Para que comprasse provisoriamente a Mectron. Assegurando que seu controle ficasse com o Estado, ao menos até o fim do programa A-Darter. Ou que se estabelecesse uma estratégia voltada para impedir sua desnacionalização.
O problema é que o BNDES, como faz questão de afirmar a nova diretoria, pretende mudar de foco para dar atenção. O que quer que isso signifique – a projetos que beneficiem “a toda a sociedade”.
Será que seria possível que a finalização do desenvolvimento de um míssil avançado para os novos caças de nossa Força Aérea. Destinado a derrubar aviões inimigos em situação de combate, em que já foram investidos milhões de dólares. Viesse a ser enquadrado nessa categoria e na nova doutrina de funcionamento do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social. Que já bloqueou R$ 1.5 bilhões que a Odebrecht teria a receber por obras no exterior. Ou estaríamos pedindo demais e exagerando na importância do caso?

EUA compram sistema de defesa antiaérea portátil fabricado em Israel

A Força Aérea dos Estados Unidos encomendou 21 kits do sistema de defesa antiaérea portável (MANPADS) no montante de 15,5 milhões de dólares, a serem fabricados em Israel.

Força Aérea norte-americana vai adquirir 21 kits do sistema MANPADS feitos em Israel por um total de 15,5 milhões de dólares (cerca de 50 milhões de R$), informou o Departamento de Defesa norte-americano em comunicado.
"A ELTA North America [em] Annapolis Junction, Maryland, recebeu o contrato de $15,5 milhões para sistemas de defesa antiaérea portátil," afirma o comunicado, divulgado na quarta-feira (22) "A produção dos kits será realizada em Israel."
A ELTA fornecerá a aquisição, a entrega e o treinamento de 21 kits do sistema MANPADS, de acordo com Departamento de Defesa.
A entrega dos kits às estruturas norte-americanas continentais está prevista para ser concluída em 28 de julho de 2017" acrescenta o comunicado.
O MANPADS (Man-portable air-defense system) é um sistema de defesa antiaérea portátil, usado contra aviões e helicópteros voando em baixa altitude.

Rússia e Bolívia definem acordos para construção de centro nuclear

Executivos da empresa russa Rosatom se reúnem em La Paz nesta quarta-feira (22) com o ministro da Energia boliviano Rafael Alarcon para definir detalhes do contrato para a construção do Centro de Pesquisa e Desenvolvimento Nuclear de El Alto, segundo informou o embaixador da Rússia na Bolívia, Alexei Sazonov.

"Em La Paz se encontra uma delegação da Rosatom que tem uma reunião com o novo ministro da Energia, vamos esperar resultados do encontro deles", disse o diplomata, citado pela Agência Boliviana de Informação.
As negociações "vão em bom ritmo e queremos acelerar esse projeto", acrescentou.
De acordo com Sazonov, entre quarta e quinta-feira os executivos da Rosatom e o governo do país andino vão definir os detalhes finais para o início das obras em El Alto.
O embaixador ressaltou que a Rússia vai apoiar o desenvolvimento do projeto nuclear da Bolívia para fins pacíficos, com a formação e capacitação de profissionais na área.
"A Rússia contribui com a sua moderna tecnologia avançada na capacitação de bolivianos. Para este ano, estamos planejando 20 bolsas estatais para a formar jovens bolivianos na área nuclear", disse o representante de Moscou.
O Centro de Pesquisa e Desenvolvimento Nuclear de El Alto será localizado no 8º distrito da cidade homônima e será construído em uma área de aproximadamente 150.000 metros quadrados, com um investimento de 300 milhões de dólares.
Prevê-se que até o final de 2019 as obras estejam concluídas. O centro irá se focar no desenvolvimento da pesquisa nuclear para fins pacíficos, na detecção e tratamento oportunos do câncer e no tratamento de produtos agrícolas para preservação.

Quem será o soldado do futuro?

Soldado do futuro será um sistema complexo controlado pelo homem. Tal ideia está sendo desenvolvida no âmbito do projeto "Defensor do Futuro" da Fundação para Estudos Avançados, disse à Sputnik o chefe do projeto, Arkady Petrosov.

O soldado do futuro será um sistema complexo, controlado pelo homem e repleto de elementos estruturais e funcionais, que são unidos por um objetivo comum: resgatar pessoas das zonas de fogo afetadas, fortalecer poderio militar do país e garantir a segurança da vida", disse Petrosov em uma entrevista na véspera do Dia do Defensor da Pátria.
De acordo com ele, o estudo do projeto "Defensor do Futuro" está sendo realizado em todas as direções do funcionamento da fundação e integra pesquisas físico-técnicas, químico- biológicas, médicas e de informação, além do desenvolvimento avançado no campo da robótica.
Como indicou Petrosov, o complexo não deverá exigir muito do soldado, ao contrário, somente irá auxiliá-lo, não importando seu nível, chegando a melhorar suas habilidades de tiro, de resistência, bem como outros indicadores físicos.
"O equipamento do soldado do futuro será fácil de usar e eficaz através do uso de armas inteligentes", conclui.