terça-feira, 21 de fevereiro de 2017

Opinião: China e EUA procuram novas 'linhas vermelhas' no mar do Sul da China

Nas águas do Mar do Sul da China entrou o grupo de porta-aviões da Marinha dos Estados Unidos, liderado pelo porta-aviões USS Carl Vinson, da classe Nimitz. Os navios norte-americanos irão realizar "operações de rotina" e ainda não se sabe se os navios vão atravessar as águas em torno das ilhas artificiais da China.

Enquanto isso, em uma coletiva de imprensa na terça-feira (21), o representante do Ministério das Relações Exteriores da China Geng Shuang disse que a China respeita a liberdade de navegação no mar do Sul da China, garantida pelo direito internacional, mas se opõe fortemente às tentativas de ameaçar a soberania dos países da região, incluindo a China.
O especialista do Centro para a Investigação Estratégica Anton Tsvetov disse à Sputnik China como a presença do porta-aviões Carl Vinson irá afetar a situação na região e as relações sino-americanas.O comandante do grupo de porta-aviões norte-americano assinalou apenas que ele tenciona demonstrar a eficácia e prontidão de combate das unidades, ao mesmo tempo "fortalecendo as fortes relações existentes com aliados, parceiros e amigos na região do Índico e Pacífico". No entanto, aqueles que seguem regularmente os acontecimentos no mar do Sul da China sabem que as tensões provocadas pelas disputas territoriais pelas Ilhas Spratly e Paracel variam como as estações do ano. No inverno, aqui está geralmente mais ou menos calmo, mas o momento mais perigoso é a primavera e o verão. Fevereiro está chegando ao fim, o inverno está em declínio, e no mar do Sul da China reaparecem razões para a escalada.
Fortalecer as relações com os "aliados, parceiros e amigos" na Ásia agora é extremamente importante para os Estados Unido. Os sinais confusos de Washington criaram na região uma grande incerteza sobre o futuro da política dos EUA. A recente visita do secretário da Defesa James Mattis ao Japão e à Coreia do Sul pretendia animar os aliados. Mattis delineou em seus discursos a política dos EUA no mar do Sul da China aproximadamente nas mesmas categorias que a administração anterior — os EUA vão continuar usando o direito à liberdade de navegação nessa área.
No entanto, nos bastidores o chefe do Departamento de Defesa dos EUA aludiu a algo mais. Desde 2015, a Marinha dos EUA realizou quatro operações usando a liberdade de navegação. A reação dura de Pequim forçou a liderança política dos EUA a usar esta ferramenta com mais cuidado apesar dos apelos dos militares. Parece que agora se pode esperar que eles apelem a Donald Trump, que poderá aprovar a ativação de tais operações.
Tudo isso poderia parecer uma escalada por parte de Washington se Pequim não desse motivos para isso, aparentemente testando a solidez do novo presidente americano. Em primeiro lugar, na sexta-feira — um dia antes da entrada nas águas no mar do Sul da China do porta-aviões dos EUA — daqui saiu o Liaoning chinês, que esteve realizando exercícios em grande escala. Em segundo lugar, foram divulgados os novos trabalhos em grande escala para construir uma infraestrutura militar da China nas Ilhas Paracel.Finalmente, a terceira nota do acorde preocupante dos últimos dias foi a publicação do projeto chinês de alteração da lei sobre a segurança dos transportes no mar. O documento obriga os navios militares estrangeiros passarem pelas águas que a China considera como suas somente acompanhados por navios de guerra chineses. Além disso, a China será capaz de fechar algumas zonas das águas por iniciativa própria ou mesmo fechar o acesso ao "mar sob sua jurisdição".
Por outras palavras, os EUA e a China estão tentando encontrar novos limites do que é permitido, as novas "linhas vermelhas". Durante a presidência de Barack Obama foram traçadas algumas "linhas vermelhas" informais, que as partes tentavam não ultrapassar. Com o novo presidente norte-americano há condições para a revisão das "condições do acordo", além do mais, o novo ponto de equilíbrio no mar do Sul da China será determinado pela linha de Trump na questão coreana, pelo grau de apoio ao Japão e pela política comercial da nova administração.
Como muitas vezes acontece, as vítimas deste processo podem ser os pequenos países da Ásia Oriental. O especialista russo Aleksandr Gabuev observou acertadamente que é pouco provável que as novas regras para a passagem de navios militares através das águas chinesas impeçam a Marinha dos EUA, mas para os navios vietnamitas e filipinos isso já não será fácil. Portanto, o risco principal neste jogo das grandes potências é o motim dos pequenos que, não vendo respeito pelos seus interesses, intencionalmente ou não, podem avançar para o agravamento da situação.

domingo, 19 de fevereiro de 2017

Tecnologia de ponta: Ministério da Defesa russo revela quando estará pronto sistema S-500

O primeiro modelo experimental do novíssimo sistema de defesa antiaérea russo estará pronto em 2020, declarou Yuri Borisov, vice-ministro da Defesa da Rússia, a jornalistas.

Segundo vice-ministro russo, a fabricação da exclusividade segue de acordo com os planos.
S-500 Prometey, produzido pela empresa Almaz Antey, pretende ter alcance operacional de até 600 quilômetros. O sistema será capaz de interceptar até 10 mísseis balísticos e hipersônicos, voando a 7 km/s. Além disso, a novidade conseguirá destruir alvos a 200 quilômetros de altitude.
O S-500 será a versão atualizada do sistema S-400 Triumph, considerado hoje em dia o melhor do exército russo.

Foguete Falcon 9 é lançado com carga e importantes suprimentos para EEI

O foguete Falcon 9 foi lançado a partir do cabo Canaveral neste domingo (19), levando a carga à Estação Espacial Internacional (EEI).

O lançamento foi iniciado às 11h39, horário de Brasília, a partir da plataforma de lançamento no cabo Canaveral, sendo o primeiro lançado da estação após a conclusão do programa Space Shuttle em 2011.
O lançamento, planejado para acontecer no sábado (18), acabou sendo adiado por complicações em um dos motores.
De acordo com a NASA, todos os estágios do voo estão sendo realizados conforme planejado. Em sua página de Instagram, Elon Musk divulgou que o primeiro andar do foguete já retornou ao planeta Terra. O empresário e engenheiro escreveu "o bebê voltou".
O foguete está transportando aproximadamente 2,5 toneladas, incluindo materiais que serão destinados a experimentos científicos.
O instrumento para medição da camada de ozônio da Terra SGE III (Stratospheric Aerosol and Gas Experiment) e o sensor de medição de raios STP-H5 LIS (Space Test Program-H5-Lightning Imaging Sensor) estão a bordo da nave espacial.
Caso cumpra todas as metas, o Falcon 9 deverá atingir o módulo norte-americano da EEI Harmony no dia 21 de março, voltando para o nosso planeta com a carga da estação internacional.

quinta-feira, 16 de fevereiro de 2017

Pythons israelenses serão úteis à Força Aérea vietnamita?

Há alguns dias, na mídia vietnamita, nomeadamente no portal online Thoi Dai, foi publicado um artigo cujo autor tenta provar a viabilidade de equipar os caças Su-27/30 e os caças-bombardeiros Su-22 da Força Aérea do Vietnã com mísseis israelenses da classe "ar-ar" Python-5.

O artigo apresenta dados do Instituto de Pesquisa dos Problemas da Paz de Stockholm, que diz que um certo número de mísseis Python-5 foi fornecido ao Vietnã como munições para os sistemas antiaéreos de curto alcance israelenses Spyder-SR. Segundo o autor, alguns desses mísseis podem ser adaptados para instalação em aeronaves de combate de origem russa e soviética. E isto deveria ser feito o mais rápido possível.Realmente, os fabricantes de armas israelenses desenvolveram muitos produtos excelentes, que corresponderam bem em combates reais. Os mísseis Python fazem parte deles. No entanto, será que eles poderão realmente ajudar a aumentar as qualidades dos Sukhoi vietnamitas?
O coronel Makar Aksenenko, especialista em uso da aviação em combate, em uma entrevista à Sputnik Vietnã disse que "este é um produto bastante novo dos fabricantes de armas israelenses… No entanto, julgando pelas características táticas e técnicas dos mísseis Python, eles não têm vantagens comparativas perante o míssil R-73. As características de ambos os mísseis são comparáveis. Mais do que isso, algumas características mesmo da versão básica do R-73 permitem considera-lo como um meio de destruição mais eficaz do que os de Israel. Já as versões recentes dos mísseis russos — o R-73M ou o de exportação R-74 — excedem a versão básica em mais de 2 vezes em todos os parâmetros. Eles são capazes de destruir alvos aéreos de qualquer ângulo, ou de serem disparado para trás… E eu, como piloto de combate e especialista em aviação, estou bastante satisfeito com a família de mísseis R-73 como meio de combate aéreo".Além de questões militares e táticas, também se deve levar em conta outras nuances. Sem dúvida, para adaptar armas que não são de origem nos caças Su será necessária intervir na estrutura e no equipamento dos próprios aviões. E aqui surgem problemas graves, alerta o especialista:
Isso se aplica ao serviço de assistência técnica a armas e equipamentos militares de exportação. Uma intervenção não autorizada de terceiros no equipamento do Su-27/30 pode levar a resultados desastrosos para seus operadores. Aqueles que tentam melhorar o material russo sem intervenção do seu fabricante podem simplesmente ficar sem assistência técnica a esses sistemas aeronáuticos complexos.
A melhor opção será a utilização máxima de armas de origem… Se falarmos sem excesso de diplomacia, uma tentativa de equipar aeronaves Su com armamento estrangeiro… é um gasto de dinheiros públicos com resultados duvidosos. É pouco provável que isso vá afetar positivamente a capacidade de combate da Força Aérea do Vietnã", concluiu o experiente piloto militar.

Demonstração de força: França lança míssil potente a partir do caça Rafale M

O Ministério francês da Defesa anunciou o lançamento bem-sucedido do míssil ASMP-A a partir de um avião de combate Rafale M.

A Marinha da França mostrou suas capacidades no domínio da defesa realizando o lançamento do míssil ASMP-A sem ogiva nuclear. 
Segundo o comunicado do Ministério da Defesa, Jean-Yves Le Drian "exprimiu grande satisfação após o novo lançamento bem-sucedido do míssil". 
Segundo o comunicado, o aparelho "efetuou um voo de mais de quatro horas, passando por todas as etapas caraterísticas de uma missão de dissuasão aérea", como o reabastecimento em voo, penetração a baixa altitude, monitoramento e lançamento do míssil ASMP-A. 
No discurso sobre a dissuasão nuclear pronunciado em 2015, François Hollande indicou que o arsenal francês é composto de 300 ogivas nucleares, 54 vetores ASMP-A e de três lotes de 16 mísseis mar- terra lançados de submarinos.O míssil ASMP-A é capaz de transportar uma ogiva nuclear aerotransportada (TNA) com peso de até 300 quilotoneladas a uma distância de cerca de 500 km. Ele entrou no serviço operacional em 2010. 

Documentário de francês estratégico da força aérea - Bombers e Nuclear Missile ASMP com Mirage 2000N