sábado, 10 de dezembro de 2016

Robôs subaquáticos passarão a monitorar navios estrangeiros

O Ministério da Defesa da Rússia começou a implantar o sistema de monitoramento acústico em águas profundas “Harmonia”, segundo o jornal “Izvêstia”.
Depois de instalar por completo o novo equipamento em 2020, os militares poderão visualizar o que acontece nas áreas mais remotas e antes inacessíveis dos oceanos do mundo, incluindo os movimentos de navios e submarinos estrangeiros.
A empreiteira encarregada pelo Ministério da Defesa, Spetsstroi, está construindo um novo posto de comando para gerir o sistema no arquipélago Novaia Zemlia, situado no Ártico. Além disso uma fábrica especial será construída na cidade fechada de Severomorsk, na região de Murmansk, para produzir os componentes do “Harmonia”.
Segundo dados levantados pelo “Izvêstia”, foram alocados quase 7 bilhões de rublos (US$ 108 milhões) para o desenvolvimento do projeto.
Robôs subaquáticos
O sistema “Harmonia” é formado por uma rede de estações robotizadas dispostas no leito oceânico que podem operar autonomamente a temperaturas entre 10ºC negativos e 45ºC positivos. Tal estabilidade é obtida graças a baterias especiais de polímero de lítio que contêm um sistema automático de controle de consumo de energia.
Para conduzir a monitoração acústica dos oceanos, o “Harmonia” usará sondas: ao detectar um objeto, o sistema enviará um sinal via cabo para uma boia flutuante, que, por sua vez, transmitirá os dados para o posto de comando através de um satélite.
Se necessário, a estação será capaz de fechar por si só e, em seguida, capturada por um submarino nas proximidades.
Segundo os militares envolvidos no projeto, o sistema possibilitará controle quase total das águas a centenas de quilômetros de distância.
Competição oceânica
“Estamos interessados ​​em áreas onde os EUA, o Reino Unido e a França posicionam seus submarinos estratégicos no oceano global, no Pacífico, no Atlântico e no Ártico”, explicou à Gazeta Russa uma fonte da indústria russa de defesa.
A Rússia agirá de acordo com a Convenção das Nações Unidas Sobre o Direito do Mar e não vai se intrometer ou realizar atividades militares em águas pertencentes a outros países, garantiu a fonte.
“Os Estados Unidos estão implantando sistemas de reconhecimento semelhantes no mar da Noruega e no de Barents, bem como no mar do Japão. Eles monitoram nossos submarinos com a ajuda de sistemas marítimos, mas também com satélites.”
Para Víktor Litóvkin, especialista militar da agência de notícias TASS, a implantação do novo sistema de monitoramento marítimo é parte da crescente competição militar entre a Rússia e os EUA, que estaria “resultando em uma corrida armamentista”.
“Embora a Rússia esteja tentando não se envolver nessa corrida e se limite ao que considera ‘necessário e suficiente’, a evolução dos assuntos militares exige que o país gaste pesado em novas tecnologias e serviços técnicos”, diz Litóvkin.
Submarinos
Dmítri Kornev, editor do projeto de internet “Rússia militar”, conta que o primeiro transportador do “Harmonia” foi o submarino elétrico a diesel B-90 Sarov, que se tornou parte da frota no início de 2008.
No entanto, os submarinos nucleares parecem ser uma base mais adequada para este sistema, acreditam os especialistas. Os modelos Khabarovsk e Belgorod, que passarão a integrar a Marinha Russa antes de 2020, seriam mais adequados para a função.
O Belgorod, por exemplo, está programado para entrar na água já no final deste ano ou início de 2017. “Assim, a Marinha russa poderá começar a usar parcialmente o ‘Harmonia’ em um futuro próximo”, diz o  historiador militar Dmítri Boltenkov.

Um grupo russo de cientistas está se preparando para uma expedição ao Irã para procurar meteoritos.

Um grupo russo de cientistas está se preparando para uma expedição ao Irã para procurar meteoritos.

A informação foi partilhada em entrevista à Sputnik Persa pelo membro do Comitê de Meteoritos da Academia de Ciências da Rússia, Viktor Grokhovsky.

O cientista é extremamente famoso, até mesmo no estrangeiro, graças ao trabalho escrupuloso do grupo de especialistas sob a sua chefia que em fevereiro de 2013 foram os primeiros a estudar os fragmentos de meteorito de Chelyabinsk.

O cientista é professor da Universidade Federal dos Urais e em 2013 ele foi incluído na lista das dez primeiras pessoas na ciência mundial, criada pelo jornal Nature.

Viktor Grokhovsky liderou expedições a vários pontos do mundo, inclusive à península de Kola em abril de 2014, graças à qual na Antártida foram encontrados restos únicos dos corpos celestes LOM 15001 e LOM 15002. "No inverno passado foi organizada uma expedição à Antártida. Lá existem lugares de concentração especial de meteoritos. Lá estão se formando as assim chamadas áreas 'de gelo azul' — restos de bólides que caíram na zona durante séculos", contou o cientista. © SPUTNIK/ VLADIMIR ASTAPKOVICH Grande meteorito explode na Sibéria (VÍDEO) E agora o grupo de cerca de 4-6 cientistas russos estão se preparando para uma expedição ao Irã. Segundo informou Grokhovsky, o grupo especializado no estudo de meteoritos, formado na Universidade Federal dos Urais, integra estudantes e é considerado único na Rússia. O grupo existe já por 30 anos e faz expedições quase todos os anos. O especialista partilhou também que a ideia de viajar para o Irã para procurar meteoritos surgiu na reunião anual da Comunidade Internacional de Meteoritos, que teve lugar em Berlim (Alemanha). Na reunião as delegações russa e iraniana se conheceram e começaram o diálogo durante o qual nasceu a ideia de visitar o país persa.

O professor russo destacou também que é a Universidade que financia a futura expedição. Conforme forem os resultados, poderiam ser realizados trabalhos e pesquisas de maior escala.

Testes do novo fuzil de assalto AK-12 podem terminar em janeiro

s testes do novo fuzil de assalto AK-12 poderão ser concluídos durante o próximo mês ou mês e meio, disse na quinta-feira (8) o chefe do consórcio Kalashnikov, Aleksei Krivoruchko.

O AK-12 (fuzil de assalto Kalashnikov versão de 2012) é a mais recente modificação na linha de fuzis AK selecionada pelo Ministério da Defesa russo como a arma principal no kit de combate perspectivo Ratnik. Seu calibre básico é de 5,45 mm. O fuzil tem melhor exatidão de fogo e propriedades ergonômicas, há possibilidade de uso de acessórios acoplados. A coronha é dobrável e ajustável.

O consórcio Kalashnikov é o maior fabricante russo de uma vasta gama de armas individuais de alta precisão. A produção do consórcio é exportada para mais de 27 países. O consórcio inclui três marcas de produtos: Kalashnikov — armas de combate, Baikal — armas de caça e civis e Izhmash — armas esportivas.

Peágono diz que China está preparando teste com mísseis antissatélites Mostrar mais: https://br.sputniknews.com/defesa/201612097118965-china-misseis-satelites/

Pequim está se preparando para testar uma poderosa arma de guerra assimétrica, um míssil capaz de destruir satélites no espaço, segundo informações da Defesa norte-americana.

Autoridades do Pentágono afirmaram ter detectado planos para realizar um teste com o míssil Dong Neng-3 em uma instalação militar da região central da China, de acordo com o Washington Free Beacon, após anúncios recentes do governo chinês de fechamentos do espaço aéreo em algumas áreas. No entanto, segundo o site, tanto o Departamento de Defesa dos EUA quanto o Departamento de Estado se recusaram a dar mais detalhes sobre suas informações de inteligência em relação aos planos chineses. 

Depois de ser criticada internacionalmente, em 2007, por realizar um teste de mísseis balísticos que deixou vários detritos na órbita do planeta Terra, a China passou a conduzir seu programa de mísseis antissatélites sob a cobertura de um sistema de defesa antimísseis, segundo o Free Beacon.


terça-feira, 23 de agosto de 2016

França apura vazamento de dados sobre submarinos encomendados pelo Brasil

O construtor naval francês DCNS foi vítima de um vazamento de informações técnicas confidenciais de seus submarinos Scorpène, o que poderia preocupar as forças navais de Brasil, Índia, Malásia e Chile, afirmou o jornal The Australian em sua edição de quarta-feira.
O grupo DCNS, do qual o Estado francês possui 62%, indicou à AFP que "as autoridades nacionais de segurança" francesas "investigam" o episódio, sem dar mais detalhes.
— Esta investigação determinará a natureza exata dos documentos que foram vazados, os prejuízos eventuais para nossos clientes, assim como as responsabilidades — acrescenta o grupo.As 22,4 mil páginas divulgadas, que o jornal australiano afirma ter consultado, detalham as capacidades de combate dos Scorpène, comprados pelas marinhas de guerra desses quatro países. O Brasil utilizará submarinos desde tipo a partir de 2018.
O vazamento pode preocupar também a Austrália, que outorgou em abril um contrato ao grupo DCNS para conceber e fabricar sua próxima geração de submarinos.
Os documentos vazados descrevem as sondas dos submarinos, seus sistemas de comunicação e de navegação, e 500 páginas são destinadas ao sistema de lança-torpedos, precisou The Australian.
Segundo o jornal, o DCNS teria sugerido que o vazamento poderia provir da Índia, e não da França. Os dados teriam sido retirados da França em 2011 por um ex-oficial da marinha francesa que, na época, era empreiteiro do DCNS. Os documentos poderiam ter passado por empresas do sudeste asiático antes de serem enviados a uma empresa na Austrália, acrescenta o jornal.
O contrato dos submarinos australianos retornou ao DCNS, mas o sistema de combate secreto dos 12 submarinos Shortfin Barracudas é fornecido pelos Estados Unidos. Os submarinos australianos são versões reduzidas dos Barracudas franceses.
O site do DCNS afirma que o Scorpène está equipado com a tecnologia mais avançada, convertendo-o no mais letal dos submarinos de tipo convencional.