segunda-feira, 22 de maio de 2017

Elite dos céus: confira a lista dos aviões das forças especiais dos EUA (FOTOS)

O Comando de Operações Especiais da Força Aérea (AFSOC) norte-americano usa vários aviões adaptados para missões especiais. Nenhum deles é um caça, destaca Popular Mechanics.

O Comando de Operações Especiais da Força Aérea (AFSOC) norte-americano usa vários aviões adaptados para missões especiais. Nenhum deles é um caça, destaca Popular Mechanics.

Ao contrário dos caças e bombardeiros da Força Aérea dos EUA, que realizam ataques aéreos e depois se retiram, outro tipo de aviões pode semear ainda mais pânico entre os inimigos: se trata das aeronaves de Operações Especiais.
Além de oferecerem capacidades bélicas únicas, sua participação de uma operação implica sempre que se leve a cabo uma missão de comandos dos EUA, as forças especiais de elite.
O portal Popular Mechanics fez uma lista das sofisticadas aeronaves com que conta o AFSOC.
AC-130U Spooky
O "arsenal voador" do AFSOC, único em sua classe, se chama AC-130U Spooky — Assustador, e é uma modificação do avião de transporte C-130 equipada com armamento pesado.
No lado esquerdo da aeronave, há um canhão automático rotativo de 25 mm, um canhão automático de 40 mm e a sua arma principal, o canhão M102 de 105 mm, criado a partir de um obus do exército norte-americano.
O Assustador é um avião de apoio aéreo a tropas terrestres ou de ataque contra alvos designados. Seu futuro sucessor, o AC-130J Ghostrider, será equipado com mísseis ar-terra e bombas guiadas, o que presumivelmente o tornará "o avião mais armado que jamais levantou voo", segundo AirForceTimes.
C-130 Hercules

O antecessor do Spooky, o avião de transporte C-130 Hercules, é o principal avião de carga multifuncional do exército norte-americano. Várias modificações deste projeto inicial operam como transportes para paraquedistas, aviões-tanque e sistemas de comunicação voadores, entre outros.Apesar de estar mais de seis décadas no serviço, as modificações constantes mantêm atualizada esta aeronave, afirma Popular Mechanics.
V-22 Osprey
A verdadeira "joia" do AFSOC é sua aeronave multifuncional V-22 e suas alterações. Combinando a versatilidade de um helicóptero com a manobrabilidade de um avião, os Osprey são capazes de transferir 32 soldados ou 4.500 kg de carga a uma distância de 2.000 quilômetros e voltar para sua base.Apesar do custo exorbitante do programa e das críticas que têm gerado algumas características técnicas da aeronave, os V-22 e suas alterações continuam a ser os únicos de sua classe que se encontram no ativo, uma vez que o análogo soviético não sobreviveu à dissolução da URSS e a versão chinesa está em fase de desenvolvimento.
Aviões de procedência civil
Várias aeronaves especializadas do AFSOC têm suas raízes em projetos civis.
Os C-146A Wolfhound se baseiam no Dornier 328. Sua aparência de avião comercial é útil quando o AFSOC "não quer anunciar sua presença em uma área", de acordo com o Popular Mecanics.
Os U-28A provêm do avião regional Pilatus PC-12 e são usados para transportar as unidades das forças especiais em regiões de acesso difícil, que não têm aeródromos adequados para aviões de transporte maiores. Além disso, dispõem de equipes de reconhecimento e podem agir como um avião-espião.
O MC-12W, baseado no avião de carga multifuncional C-12, é um avião-espião.
Curiosamente, os militares norte-americanos empregam o sucessor de um avião soviético. O projeto do avião de carga leve C-145A Skytruck é derivado do projeto polaco M28 que, por sua vez, é uma versão licenciada do Antonov An-28, que voou pela primeira vez em 1969.


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Kim Jong-un aprova produção em massa de mísseis balísticos Pukguksong-2

O líder da Coréia do Norte, Kim Jong Un, ordenou neste domingo (hora local) a produção de mísseis balísticos Pukguksong-2 para uso em combate.

Mais cedo, segundo relatos na mídia, Pyongyang anunciou o lançamento bem-sucedido do míssil balístico de alcance intermediário.
"Este tipo de míssil deve ser rapidamente produzido em massa e em série", disse Kim Jong-un, citado pela agência de notícias Yonhap.
O líder norte-coreano supervisionou o lançamento do míssil Pukguksong-2 e manifestou satisfação com a sua precisão em atingir alvos, de acordo com Yonhap, que sitou a Agência Central de Notícias da Coreia (KCNA).
O míssil terra-terra, lançado no domingo, teria sobrevoado cerca de 500 quilômetros antes de cair no Mar do Japão.
De acordo com o porta-voz do Comando do Pacífico dos EUA, David Benham, o míssil lançado pelos norte-coreanos não representa uma ameaça ao país, mas todas as atividades da nação asiáticas estão sendo monitorada “de perto”.

domingo, 21 de maio de 2017

Seul assegura que Pyongyang é responsável pelos ataques cibernéticos à escala global

Um departamento especial da inteligência norte-coreana se dedica a organizar ciberataques por todo o mundo, assegura a agência Reuters com referêO departamento 180 [da inteligência da Coreia do Norte está envolvido nos ataques de hackers contra instituições financeiras, eles hackeiam as contas dos bancos e retiram dinheiro", informa a Reuters, citando o ex-professor de informática norte-coreano Kim Heung-Kwang, que atualmente se encontra no país vizinho.

De acordo com ele, vários dos seus antigos estudantes estão agora trabalhando nas fileiras do "ciberexército" norte-coreano. Ele também acrescentou que os hackers da Coreia do Norte saem frequentemente do país para efetuar os ataques de forma a "não deixar vestígios".

Segundo informa a agência, esta ideia é compartilhada pelo vice-chanceler sul-coreano Ahn Chong-ghee.ncia a vários especialistas.A Coreia do Norte está efetuando ataques informáticos através de países terceiros para esconder a origem dos ataques, bem como utilizando as infraestruturas deles em tecnologias de informação e telecomunicações", afirmou o diplomata. Ele também acrescentou que a Coreia do Sul tem razões consistentes para acreditar que é Pyongyang quem está por detrás dos hackeamentos dos bancos paquistaneses, filipinos, vietnamitas e poloneses.

Um ex-funcionário da polícia sul-coreana destaca que muitas vezes a Coreia do Norte utiliza empresas malaias com o fim de realizar os ataques.
Eles trabalham abertamente na área comercial e em empresas de tecnologias informáticas. Alguns deles gerenciam sites ou vendem programas de jogos", comunicou ele à agência britânica.
Anteriormente, foi comunicado que um grupo de hackers relacionado com a Coreia do Norte pode estar por detrás do ataque do programa malicioso de chantagem que contaminou centenas de milhares de computadores por todo o mundo. O ataque cibernético de larga escala começou na sexta-feira passada, 12 de maio. Já depois, foi revelado que os hackers se aproveitaram de um programa danoso da Agência de Segurança Nacional americana.

Não se sabe como, mas China consegue neutralizar ação da CIA no seu território

No início desta década, as autoridades chinesas eliminaram e detiveram por volta de vinte informantes da Agência Central de Inteligência (CIA, na sigla em inglês), minando as operações da agência americana no país asiático, comunica a mídia americana.

O jornal The New York Times, que cita ex-funcionários dos EUA, afirma que entre 2010 e 2012 de 18 a 20 informantes da CIA em território chinês foram assassinados ou detidos. Um deles foi executado em frente dos seus companheiros no pátio de um edifício governamental, assegura a edição.
De acordo com estas fontes, nessa época a CIA estava recrutando informantes nas "profundidades da burocracia de Pequim". Alguns deles eram cidadãos da China que, como se acreditava em Washington, se sentiriam decepcionados com o governo chinês.No início de 2011, o fluxo de informações da CIA proveniente de Pequim começou se reduzindo, razão pela qual a agência de inteligência e o FBI iniciaram uma investigação que recebeu o nome do Ratel — ou seja, texugo-do-mel.
Segundo a fonte do The New York Times, a operação se levou a cabo em um escritório secreto no norte da Virgínia. Alguns investigadores acreditavam que as autoridades chinesas conseguiram decifrar o código que a CIA usava para comunicar com seus informantes. Outros suspeitavam que haveria um traidor dentro da própria CIA.
Com a passagem do tempo, ficou apenas um suspeito: um antigo funcionário da unidade da CIA encarregada de supervisar as atividades da China. Entretanto, de acordo com a mídia, nunca foi possível reunir provas suficientes para detê-lo, sendo que atualmente ele vive em outro país asiático.

sábado, 20 de maio de 2017

CONHEÇA O COMANCHE: Helicópero Invisível que foi "abatido" pelo uso dos Drones, antes mesmo de voar!

Caracal – SOF francesa treina REVO uma prévia do H-36 da FAB

As forças especiais francesas e helicópteros do Armée de l´Air participaram do exercício “Dark Dune”, em 24 a 28 abril 2017, na base americana de Mildenhall, na Inglaterra.

Nesta ocasião o Esquadrão de Helicópteros (Escadron d'Hélicoptères) EH 1/67 Pyrénées, da Base Aérea 120, Commandant Marzac, de Cazaux, treinou para qualificação de operações de reabastecimento em Voo (REVO), diurno e noturno, com aeronaves da USAF, MC130J Hercules, do 67th Special Operations Squadron.

Paralelamente o exercício permitiu ao Grupo de Ação (GRA) 12 Charlie (12C), ao 10º Comando de Paraquedista do Ar (Commando Parachutiste de l’Air -CPA), de realizarem vários saltos de qualificação a média e grande altitude.

Esperando a autorização para o reabastecimento a ser dada pela tripulação americana do MC130J, os pilotos do Esquadrão Pyrénées realizam os procedimentos: Ajuste dos dispositivos de segurança, análise das condições do vento, definir o ponto de contato e a liberação. Uma vez autorizada pela tripulação do MC-130J, o Caracal rompe o contato com a aeronave reabastecedora com os tanques plenos de combustível para cumprir a missão.Assim como os pilotos, os operadores do reabastecimento, comandantes e mecânicos do EH 1/67 compartilharam troca de experiências com as tripulações americanas da base americana, em Mildenhall, incluindo embarcando em vôos recíprocos no MC-130J e Caracal.

O exercício de uma semana permitiu que os pilotos do EH 1/067 Pireneus" para validar a sua qualificação vôo oferta e membros de 12 Charlie validar a sua qualificação SOGH, especialmente à noite. O exercício será repetido de 15 a 19 de Maio sobre a Base Aérea Cazaux.

O helicóptero Caracal tem a capacidade de realizar operações REVO, tanto de dia como de noite, para permitir a autonomia e infiltração atrás das linhas do inimigo. Em outras missões o reabastecimento permite que a aeronave fica na área de operação por um tempo maior: assim permite que o Caracal realize sua missão em curto espaço de tempo assim que for acionado.

H-36 CARACAL da FAB

A Força Aérea Brasileira (FAB) concluiu o processo de recebimento da primeira unidade do helicóptero H-36 Caracal na versão operacional.

O helicóptero na versão da FAB também será usado em missões de Forças Especiais e C-SAR (Combat Serch and Rescue).

No segundo semestre deverá ser realizados os testes de REVO com aeronave Hercules KC-130H da FAB.

A aquisição é fruto do projeto H-XBR, que envolveu a Marinha, Exército e Aeronáutica na compra de 50 helicópteros da empresa Helibras, cuja fábrica fica em Itajubá (MG).

Inovações militares: Turquia mostra seu tanque do futuro (VÍDEO)

A empresa turca ASELSAN apresentou o seu tanque durante a mostra IDEF 2017.

A arma principal do tanque é um canhão de 35 mm.  
Além disso, o blindado é dotado de uma metralhadora de 7,62 mm, comunica o Defense Blog
O Korhan possui meios para conter alvos aéreos, incluindo drones, e é dotado de meios modernos de aquisição de alvos e pontaria. 
O tanque possui câmeras que permitem acompanhar a situação em 360°. Ele é dotado de um sistema especial que permite localizar as posições de franco-atiradores do inimigo. 
A torre do tanque não é habitada e é controlada por meios eletrônicos. O mecanismo especial de fornecimento de munições permite escolher o tipo de projéteis para atacar alvos diferentes. 

sexta-feira, 19 de maio de 2017

Ex-Comandante da Polícia Militar de São Paulo apoia compra de armas no exterior

A decisão da Secretaria Estadual de Segurança de São Paulo e da Polícia Militar do Estado, de promover licitação internacional para compra de 5 mil pistolas (em detrimento de sua habitual fornecedora, a brasileira Taurus, encontrou amplo apoio no hoje Coronel da Reserva Diógenes Lucca.

Instrutor e ex-Comandante de uma das unidades de elite da corporação paulista, GATE (Grupo de Ações Táticas Especiais), Diógenes Lucca concedeu entrevista exclusiva à Sputnik Brasil na qual explicou as razões de apoiar a medida da Polícia Militar:
"Vou explicar minha opinião com três palavras sobre a decisão: ela é oportuna, plausível mas tardia. Tardia porque, há muitos anos, a Polícia Militar de São Paulo vem sendo vitimada por esse monopólio da indústria brasileira em relação a equipamentos. Nós temos aí uma dificuldade, uma política interna do país, coordenada pelas Forças Armadas, de privilegiar a indústria nacional para aquisição de armamento e munição. Isso faz com que o monopólio nos tire o acesso a um armamento mais sofisticado e necessário para equipar as unidades de elite. Esse monopólio acabou por revelar, ao longo dos anos, uma série de problemas como disparos inadequados destas armas, vitimando pessoas inocentes e os próprios policiais que tiveram de responder a processos porque, num primeiro momento, foram injustamente acusados de atirar de forma indevida quando, na verdade, o problema era da arma ou das armas que empunhavam. Portanto, estava mais do que na hora de [a Polícia Militar de São Paulo] romper essas amarras e buscar alternativas no mercado mundial que pode oferecer alternativas mais compatíveis com os interesses e necessidade da corporação."
Segundo o governo do Estado de São Paulo, nove empresas do exterior demonstraram interesse em participar da licitação que ainda não tem data para ser realizada. A Polícia Militar paulista é a força que mais investe na compra de armas no país: nos últimos cinco anos, a força dispendeu 29 milhões de reais com estas aquisições.
A Sputnik Brasil também convidou a Polícia Militar de São Paulo para conceder entrevista sobre estas questões. A corporação porém optou por nos enviar uma Nota Oficial na qual explica que a Taurus descumpriu acordos estabelecidos em contrato e, por este motivo, foi penalizada com a "suspensão de futuras contratações por dois anos e não atinge aquisições anteriores, sobre as quais estão sendo adotadas as medidas previstas em contrato."
Nota Oficial da Polícia Militar do Estado de São Paulo:
A Polícia Militar informa que a sanção imposta à Taurus foi motivada pelo não cumprimento das cláusulas contratuais pela empresa, como especificações técnicas e garantia do armamento fornecido. A sanção prevê a suspensão de futuras contratações por dois anos e não atinge aquisições anteriores, sobre as quais estão sendo adotadas as medidas previstas em contrato. A aplicação da pena é em âmbito estadual. 
Ainda não há definição sobre a abertura de novos processos licitatórios para a aquisição de armas, mas é certo que a sanção busca definir um padrão de qualidade das armas compradas pela Secretaria de Segurança Pública, para não colocar em risco a vida dos policiais e da população." 

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Força submarina: Veja os mergulhadores militares russos em ação (VÍDEO)



O canal de televisão Zvezda filmou os exercícios dos mergulhadores militares da Frota do Mar Báltico, uma das unidades mais secretas do exército russo.

O vídeo gravado pelo Zvezda mostra, além dos mergulhadores, um fuzil de assalto submarino em ação. 
Esta arma, com um alcance de várias dezenas de metros, é única. As balas-setas especiais permitem efetuar um tiro eficaz debaixo de água, mesmo em caso de corrente forte, e perfurar uma placa metálica de 10 mm, por exemplo um tanque metálico cheio de água.
Os mergulhadores também usam embarcações de alta velocidade, equipamento especial e motores submarinos.Estes soldados são capazes de realizar ataques e ações de desminagem debaixo de água.

Guerra com a Coreia do Norte seria 'trágica em escala inacreditável', diz Mattis

O chefe do Pentágono James Mattis fez nesta sexta-feira uma previsão bastante sombria a respeito da possibilidade do uso da força para conter os avanços das tensões e do programa nuclear norte-coreano na península.

De acordo com Mattis, qualquer iniciativa de atacar a Coreia do Norte seria “trágica” e com consequências em uma “escala inacreditável”.
Nós vamos continuar a produzir internacionalmente o mesmo tipo de pressão que temos tentado. Vamos continuar a trabalhar a questão. Como você sabe, se isso vai para uma solução militar, ele vai ser trágico em uma escala inacreditável”, afirmou Mattis a repórteres no Pentágono.
A avaliação do chefe militar norte-americano acontece na mesma semana em que a Coreia do Norte testou com sucesso um dos seus mísseis de maior alcance, o que criou novas preocupações à Casa Branca e aos aliados, como Coreia do Sul e Japão.
Para o chefe do Pentágono, a melhor forma de interpelar o regime de Kim Jong-un ainda é a diplomática internacional, esta capaz de fazer uma pressão ainda maior para que Pyongyang suspenda o seu programa nuclear.
Então o nosso esforço é trabalhar com a ONU, trabalhar com a China, trabalhar com o Japão, trabalhar com a Coreia do Sul, para tentar encontrar uma saída para essa situação. E continuamos. Há muitos esforços diferentes em andamento”, afirmou Mattis
Enquanto o presidente norte-americano Donald Trump determinou o envio de embarcações de guerra para a região da Península Coreana nas últimas semanas, Pyongyang acelerou o andamento do seu programa militar e nuclear. A meta seria desenvolver um míssil intercontinental (ICBM) confiável, que pudesse atingir a América do Norte.
Mattis comentou ainda acreditar que as autoridades da China estejam exercendo pressão sobre os norte-coreanos, ainda que com progressos quase imperceptíveis.
Para Washington, parece claro que uma guerra com a Coreia do Norte colocaria em risco toda a população de Seul. A capital sul-coreana fica a apenas 55 quilômetros da fronteira e canhões norte-coreanos poderiam atingir sem problemas a cidade de 10 milhões de habitantes.

Aeronáutica brasileira quer voar mais alto

O comandante da Aeronáutica, tenente brigadeiro-do-ar Nivaldo Luiz Rossato, fez duras críticas à falta de recursos do governo para investir na infraestrutura aeroviária no Norte do Brasil e para o lançamento de satélites. A cobrança aconteceu nesta quinta-feira, na audiência pública na Comissão de Relações exteriores e Defesa Nacional do Senado.

No debate sobre soberania nacional e projetos estratégicos da Força Aérea Brasileira (FAB), Rossato explicou que, com os cortes de verbas e restrições orçamentárias que atingem o controle de tráfego aéreo nos últimos anos, a confiabilidade do sistema no país já está afetada. O comandante da Aeronáutica disse que o Brasil parou de investir, porém o custeio não para de aumentar e isso acaba degradando em parte o sistema. Rossato reclamou que há dois anos o Ministério dos Transportes não realiza o repasse de verbas à Força Aérea dos recursos equivalentes à manutenção da Comissão de Aeroportos da Região Amazônica (Comara) e, sem os recursos, o comandante lamenta que a Comara vai acabar fechando, porque a estrutura se deteriora rapidamente sem manutenção.
O comandante pede uma ação no âmbito do Legislativo ou através do próprio Ministério dos Transportes para que esses recursos, que chegaram a somar R$ 300 milhões por ano, sejam retomados. Rossato destacou ainda que são 8 milhões e meio de quilômetros quadrados de território brasileiro e mais de 3 milhões da zona exclusiva no Atlântico para serem monitorados. Ele alerta que é preciso que o país invista em pesquisas espaciais e nas tecnologias de comunicação, como o recém Satélite Geoestacionário de Defesa e Comunicações Estratégicas, lançado em 4 de maio e que agora está na fase de testes, e pretende dar acesso à Banda larga em todo o país.
De acordo com o comandante, o Brasil investe apenas 0,06% do Produto Interno Bruto (PIB) nessa área, o equivalente a cerca de U$ 100 milhões. Ele comparou os investimentos do Brasil com ao país vizinho, a Argentina, que tem investido cerca de U$ 1,2 bilhão por ano, 12 vezes mais que o Brasil. Rossato alerta ainda que é preciso investimentos para ser manter a soberania nacional, especialmente na região da Amazônia.
Se nós não tivermos isso, toda aquela área da Amazônia vai voltar a ser aquele verde exuberante, sem ninguém lá dentro, como é o interesse, talvez, de grande parte do mundo. Nós entendemos isso como responsabilidade da Força Aérea, mas ela tem que ser dividida com toda a sociedade brasileira", disse o comandante da Aeronáutica.
Durante a audiência, o senador Jorge Viana (PT-AC) se mostrou preocupado com os investimentos em pesquisas espaciais e sugeriu que a Comissão de Relações exteriores e Defesa Nacional destine emendas ao Orçamento para fortalecer e garantir a manutenção dos projetos de defesa do Brasil.
"Identificar as prioridades do que deveriam ser e dizer ‘dessas aqui nós não vamos aceitar orçamentos que põem em risco a soberania do país, que destruam um patrimônio que o Brasil construiu durante décadas’. Então, acho que tem que ser um compromisso. Não vamos aceitar ficar com orçamentos menores do que vizinhos que não têm essa exigência que tem num país continental como o nosso", disse Viana.
O comandante da Aeronáutica ainda pediu atenção urgente para a necessidade de se modernizar a frota de aviões radares, que fazem o patrulhamento das fronteiras brasileiras e que estão se tornando obsoletos devido à falta de recursos.

quinta-feira, 18 de maio de 2017

Coreia do Norte reforça defesa contra ataques como o dos EUA à Síria

As Forças Armadas da Coreia do Norte estão reparando e reforçando os muros de proteção de posições estratégicas que possam ser alvos de um ataque aéreo como o lançado pelos Estados Unidos contra a Síria no mês passado, informou a agência sul-coreana Yonhap nesta quinta-feira.

De acordo com informações da Asia Press, um veículo de mídia baseado na cidade japonesa de Osaka e com fortes relações com Pyongyang, o ministro das forças militares norte-coreanas determinou que fortalezas do país fossem reforçadas contra ataques aéreos.
O mesmo veículo informou ainda que a ordem aconteceu na metade do mês passado, em meio à troca de farpas entre a Washington e Pyongyang, com ameaças partindo dos dois lados.
“A Coreia do Norte parece estar bem atenta a respeito do ataque dos Estados Unidos contra a Síria”, escreveu Jiro Ishimaru a respeito das ordens, que são parte das “preparações contra mísseis de cruzeiro”.
Em abril, a Marinha norte-americana lançou 50 mísseis Tomahawk contra uma base síria. A ação militar foi uma resposta ao suposto uso de armas químicas contra civis por parte do presidente do país, Bashar Assad.
Desde então, especula-se se o presidente norte-americano Donald Trump poderia lançar mão do meu expediente contra o regime de Kim Jong-un, que não abre mão do seu programa nuclear. A Casa Branca garante que “todas as opções estão sobre a mesa”.
Já Pyongyang promete retaliar os Estados Unidos e os seus aliados, a começar pela Coreia do Sul e pelo Japão, em caso de uma ação militar contra o seu território.
Sputnik Brasil

EXCLUSIVO: Tudo que você precisa saber sobre a última missão brasileira no Haiti

A ONU marcou o encerramento da Missão das Nações Unidas para Estabilização do Haiti (Minustah) para o dia 15 de outubro. Com isso, o Brasil enviou na terça (16) o último contingente de soldados para o país. A Sputnik esteve na cidade de Caçapava, SP, para a cerimônia de formatura dos soldados e te conta o que eles farão por lá.

Os discursos na formatura dos oficiais já dava o tom do Batalhão Brasileiro de Força de Paz (BRABAT) 26: o clima é de despedida e de necessidade de perpetuar o legado de 13 anos do Brasil no Haiti. A missão, que nasceu depois de um levante armado contra o então presidente Jean-Bertrand Aristide em 2004, foi a mais ousada aspiração brasileira e os militares enviados têm à frente uma das mais complicadas cargas de trabalho desde seu início.
Treinamento
A seleção dos militares que participam do BRABAT 26 começou ainda no ano passado. De junho a dezembro de 2016, quem se inscreveu para a missão passou por uma peneira de avaliações físicas, médicas e psicológicas. Critérios como a experiência profissional do militar, a capacidade de demonstrar companheirismo e lealdade, além de habilidades técnicas foram levados em consideração.
Os aprovados iniciaram o treinamento no dia 9 de janeiro, que se estendeu até 28 de abril. Além dos procedimentos padrões seguidos pelo Exército desde a primeira leva em 2004, os soldados também foram orientados a reagir em adversidades climáticas, já que o segundo semestre é o mais propício para a chegada de furacões na ilha.
Outro ponto se concentra no aspecto social do Haiti. Em entrevista exclusiva à Sputnik Brasil, o comandante do BRABAT 26, Coronel Alexandre Oliveira Cantanhede Lago comentou sobre a importância em se conhecer as particularidades do país.
Para ter sucesso, você tem que conquistar o apoio desta população e se você não sabe interagir com ela, não conhece seus costumes, a religião, se não respeita isso, não vai ter sucesso. O soldado tem instruções sobre o país, aprende o básico do idioma crioulo, coisas simples que ajudam na interação. Só de crioulo são 60 horas de treinamento obrigatórias", conta Cantanhede.
Contingente
Ao todo, 970 militares vão compor o efetivo do BRABAT 26 no Haiti. Desse total, 120 são da Companhia Brasileira de Engenharia de Força de Paz (BRAENGCOY) e desempenham funções de natureza técnica.
Os outros 850 são formados por 175 militares do Agrupamento Operativo de Fuzileiros Navais, 6 oficiais da Marinha e 4 da Força Aérea que compõem o Estado-Maior do BRABAT, 30 do Pelotão da Força Aérea e os 635 restantes de oficiais do Exército.
A maior parte do efetivo responsável pelo patrulhamento e pelas operações na rua vieram do Comando Militar do Sudeste, com sede no estado de São Paulo. Foi de lá, especificamente no Aeroporto Internacional de Viracopos que saíram os primeiros 243 na terça-feira. O restante deixa o Brasil nos dias 22/05, 26/05 e 01/06.
Transição e Desmobilização
A Minustah será substituída no Haiti pela chamada Missão de Suporte por Justiça das Nações Unidas, que terá sete unidades com 980 policiais, somados a outros 295 agentes de segurança individuais. Esta nova missão terá efetivo majoritário canadense e permanecerá no país por cerca de dois anos até que o Haiti conclua a transição da segurança para a própria Polícia Nacional do Haiti (PNH).
Segundo o Coronel Cantanhede, ainda não estão previstas reuniões com a PNH para preparar a transição.Isso aí [as reuniões] está sendo conversado, porque até mesmo o efetivo da Polícia das Nações Unidas que vai permanecer a partir do dia 16 de outubro vai ser limitado […]. Aos poucos, eles [a PNH] vão tomando conta, sendo mais responsáveis pelas áreas mais perigosas e contribuindo pela segurança pública local", adianta o coronel.
Já quanto ao trabalho de desmobilização, as tarefas dos soldados do BRABAT 26 serão minuciosas. Será preciso seguir vários memorandos da ONU e acordos bilaterais entre o Brasil e o Haiti sobre o que fica e o que volta para o nosso país. Os militares deverão literalmente desmontar toda a estrutura brasileira em terras haitianas para facilitar a repatriação. 
A tarefa será cumprida seguindo orientações do Estado-Maior, paralela ao patrulhamento das ruas. Porém, todas as atividades militares, por determinação da ONU, devem ser interrompidas no dia 1º de setembro.
Para onde vamos agora?
É certo que, após o Haiti, o Brasil vai se empenhar em uma nova missão de paz das Nações Unidas. O destino, porém, permanece incerto. Em abril, observadores da ONU estiveram nas instalações militares brasileiras para produzir um relatório técnico ao Conselho de Segurança da ONU.
Fontes do Exército dão como certeza o Mali, que vive uma violenta guerra pela soberania territorial desde 2013, enquanto Itamaraty fala no Líbano, local de ascendência do presidente Michel Temer e onde já há destacamento naval brasileiro a serviço da ONU.
Sobre o assunto, a Sputnik falou com exclusividade com o ministro da Defesa, Raul Jungmann durante sua passagem no Rio de Janeiro. De acordo com o ministro, há cerca de 15 opções na mesa de Temer quanto a possíveis destinos das tropas brasileiras, que incluem também o Congo e o Chipre.
A definição tem que ser apresentada pelo nosso presidente da República e levada ao Congresso Nacional. O Brasil pretende continuar como provedor de paz, inclusive pelo reconhecimento internacional que tivemos, a exemplo do que é feito hoje no Líbano. Nós coordenamos a única missão marítima de paz da ONU por lá, há a possibilidade de enviar também forças terrestres, mas não há decisão", disse Jungmann, acrescentando que a opção vai combinar uma série de fatores políticos, econômicos e técnicos.

Corvetas classe ‘Tamandaré’: Marinha do Brasil encerra a primeira etapa do projeto

A Marinha do Brasil, por intermédio da Diretoria de Gestão de Programas da Marinha (DGePM), informa o encerramento, no último dia 10 de maio, da primeira etapa do processo de obtenção, por construção, de quatro navios militares com requisitos pautados no projeto básico de Corvetas da Classe “Tamandaré” (CCT).
Na referida fase, iniciada em 10 de abril de 2017, a DGePM publicou no Diário Oficial da União (DOU) um Chamamento Público convidando para participar do futuro processo licitatório empresas ou consórcios, nacionais ou estrangeiros, capacitados nos últimos dez anos em construção de navios militares de alta complexidade tecnológica, com deslocamento superior a 2.500 toneladas.
As seguintes empresas/consórcios, por ordem alfabética, apresentaram documentações em atenção ao Aviso de Chamamento Público:
  • BAE Systems Ltd;
  • Chalkins Shipyards S.A.;
  • China Shipbuilding and Offshore Co Ltd;
  • China Shipbuilding Trading CO Ltd;
  • Damen Schelde Naval Shipbuilding B.V.;
  • DCNS do Brasil Serviços Navais Ltda;
  • Ficantieri S.p.A.;
  • German Naval Yards Kiel GmbH;
  • Goa Shipyard Ltd;
  • Mazagon Dock Shipbuilders Ltd;
  • Navantia SA;
  • Poly Technologies Inc;
  • Posco Daewoo do Brasil;
  • Rosoboronexport Joint Stock Company;
  • SAAB AB;
  • Singapore Technologies Marine Ltd;
  • State Research and Design Shipbuilding Centre;
  • Turkish Associated International Shipyards;
  • Thyssenkrupp Marine Systems GmbH;
  • Wuhu Shipyard CO Ltd;
  • e Zentech do Brasil Serviços Técnicos Ltda.
O processo de obtenção das CCT obedecerá às seguintes diretrizes básicas estabelecidas pela MB:
  • prioridade no atendimento às necessidades estratégicas de defesa do País, por meio da obtenção de novos navios militares de superfície, a fim de contribuir para o cumprimento das tarefas constitucionais da Força Naval;
  • necessidade de contar com empresa capacitada em projetar e construir navios militares de alta complexidade, cuja contratação deverá estar associada a um estaleiro nacional e à prática compensatória voltada para a geração de benefícios de natureza industrial, tecnológica e comercial ao Brasil; e
  • reconhecimento da importância estratégica e econômica da participação no processo das empresas nacionais que compõe a base industrial de defesa.
A próxima etapa do projeto prevê a elaboração e divulgação, no segundo semestre do corrente ano, da Solicitação de Proposta (Request for Proposal – RFP).
DIVULGAÇÃO Centro de Comunicação Social da Marinha (CCSM)

MISSÃO AMAZÔNIA VAI PERMITIR AO BRASIL TER DOMÍNIO DO CICLO DE PRODUÇÃO DE SATÉLITES

O Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) – unidade de pesquisa do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC) – trabalha na construção do primeiro de uma série de satélites de médio porte, que podem colocar o Brasil entre as principais nações do mundo no desenvolvimento deste tipo de equipamento. Previsto para ser lançado no ano que vem, o Amazonia-1 terá a capacidade de fazer imagens de qualquer parte do planeta em até cinco dias – período necessário para dar uma volta completa ao redor da Terra.
O equipamento é o primeiro de três satélites que integram a Missão Amazônia, que consiste na construção da Plataforma Multimissão (PMM), uma estrutura-base para a fabricação de satélites de conteúdo nacional e de câmeras capazes de fazer o sensoriamento remoto da superfície terrestre. A iniciativa partiu de uma demanda da Agência Espacial Brasileira (AEB) – entidade vinculada ao MCTIC.
“Não tem no Brasil uma plataforma desse nível de complexidade e com essas características. Embora já tenhamos construído satélites antes, não tínhamos ainda o ciclo completo: projetar, integrar o satélite, testar, efetuar o lançamento e operar o equipamento. Passamos a dominar o ciclo completo de satélites estabilizados em três eixos. Conquistamos uma autonomia para o país”, destacou o coordenador do Programa de Satélites Baseados na PPM do INPE, Adenilson Silva.
Os dados gerados pelas câmeras do Amazonia-1 serão descarregados pela Divisão de Geração de Imagens (DGI) do INPE e poderão ser utilizados no controle do desmatamento e de queimadas na Amazônia Legal, além do monitoramento de recursos hídricos, de áreas agrícolas, do crescimento urbano e da ocupação do solo. Também servirão para atender outras aplicações similares, como o monitoramento da costa brasileira, dos níveis dos reservatórios de água, de áreas de florestas naturais e cultivadas, e desastres ambientais.
“Na parte ambiental, a Amazônia está mais em foco e também vamos ter uma atenção com as questões do território brasileiro. Mas o Amazonia-1 pode fornecer dados em qualquer lugar do planeta”, explicou.
As informações obtidas ficarão à disposição da comunidade científica e de órgãos governamentais, além de usuários interessados em ter uma melhor compreensão do ambiente terrestre.
Tecnologia nacional


Os principais sistemas que vão compor a PMM são a estrutura mecânica, o suprimento de energia, o controle de altitude e o tratamento dos dados, a gestão de bordo, o controle térmico, a telemetria, telecomando e rastreio, e a propulsão. Tudo isso está sendo produzido por empresas brasileiras, sob a supervisão do INPE. Cerca de 60% do investimento de R$ 270 milhões foi destinado à aquisição de componentes e sistemas produzidos por companhias nacionais.
“O programa sempre procurou ter ao extremo a participação da indústria nacional e o domínio de tecnologias. Por isso demoramos um tempo maior para construir. Incentivamos a indústria nacional com essa política”, afirmou Adenilson Silva.
Próximos passos
O desenvolvimento de um satélite tem grandes marcos. O primeiro deles é a construção do modelo de engenharia, que visa validar e provar que o equipamento tem a funcionalidade para atender à demanda para a qual foi projetado. A segunda fase é a qualificação do equipamento para assegurar que ele é capaz de suportar as condições extremas do espaço sideral – as temperaturas variam de 80ºC quando está em uma parte iluminada e -80ºC no escuro. Depois de todo esse processo, é possível construir o modelo de voo, que é o que efetivamente será lançado ao cosmo.
Todo esse processo poderá ser reaproveitado para os satélites subsequentes da Missão Amazonia: o Amazonia-1B e o Amazonia-2. Com o bônus de uma economia significativa nos custos de construção dos modelos que estão por vir.
“O Amazonia-1 é um modelo de desenvolvimento. No Amazonia-1B, você só paga os custos do modelo de voo, porque elimina o desenvolvimento e a qualificação, que são as etapas que mais demandam tempo e recurso. É esperada uma redução de 50% do custo para a construção de um novo satélite”, afirma o engenheiro Adenilson Silva.
Exposição

O satélite Amazonia-1 é um dos destaques da exposição 
Inovanças – Criações à Brasileira, que vai até 22 de outubro deste ano, no Museu do Amanhã, no Rio de Janeiro. Uma maquete do equipamento está exposta na entrada do espaço. São apresentados 40 projetos inovadores, pensados e produzidos por brasileiros que transformaram vidas pelo país e pelo mundo.