O comandante-chefe e general do exército libanês, Joseph Aoun, declarou que as forças que estão sob seu comando não serão pegas de surpresa e estão prontas para enfrentar Israel.
O exército na fronteira meridional está pronto para repelir qualquer agressão militar de Israel ou qualquer tentativa de ingerência nas suas fronteiras terrestres ou marítimas", disse Aoun na quinta-feira (2).
Segundo ele, o exército vai defender os direitos do Líbano usando todos seus meios e capacidades disponíveis apesar das provocações e ameaças do inimigo.
As relações entre o Líbano e Israel nunca foram boas, mas a tensão se agravou no âmbito da guerra na Síria. Um dos maiores papeis no conflito desempenha o movimento xiita libanês Hezbollah, apoiado pelo Irã, o inimigo principal de Israel.
O exército na fronteira meridional está pronto para repelir qualquer agressão militar de Israel ou qualquer tentativa de ingerência nas suas fronteiras terrestres ou marítimas", disse Aoun na quinta-feira (2).
Segundo ele, o exército vai defender os direitos do Líbano usando todos seus meios e capacidades disponíveis apesar das provocações e ameaças do inimigo.
As relações entre o Líbano e Israel nunca foram boas, mas a tensão se agravou no âmbito da guerra na Síria. Um dos maiores papeis no conflito desempenha o movimento xiita libanês Hezbollah, apoiado pelo Irã, o inimigo principal de Israel.
O Hezbollah é um grupo paramilitar, mas sua ala política também é uma parte crucial da Aliança 8 de Março que governa o Líbano e é uma coalizão sobretudo de partidos conservadores e nacionalistas. O Hezbollah tem 11 dos 128 lugares no parlamento libanês. O partido do presidente Michel Aoun, Movimento Patriótico Livre, também faz parte da Aliança 8 de Março.
A presença do Hezbollah, apoiado pelo Irã, no Líbano é um ponto de fricção nas relações bilaterais com Israel, inflamadas ainda mais pela assistência do Hezbollah na luta contra o Daesh (organização terrorista proibida na Rússia) na Síria. Em dezembro de 2017, o ministro da Inteligência de Israel, Yisrael Katz, ameaçou devolver o Líbano à "Idade da Pedra" se Beirute permitir ao Hezbollah construir plataformas para mísseis iranianos no seu território.
Israel começou a construir um muro na fronteira com o Líbano, mas Beirute se queixou de que algumas partes do muro atravessam seu território. Em 27 de fevereiro, o presidente do Líbano disse ao jornal libanês The Daily Star que o muro é "mais um ataque contra a soberania libanesa".
Além disso, os dois países disputam as reservas de gás natural descobertas no mar Mediterrâneo em 2011, porque a zona em questão é disputada pelos dois países. Israel continua a perfuração na região, o Líbano, por sua vez, declara que está preparando-se para fazer o mesmo.
O conflito entre Tel Aviv e Beirute remonta a 1982, em meio à guerra civil libanesa.
Israel invadiu o sul do Líbano para destruir as bases da Organização de Libertação da Palestina (OLP), aproveitando-se do caos no país para expulsar a OLP. A Organização de Libertação da Palestina foi expulsa do Líbano, mas as boas relações entre Tel Aviv e Beirute não foram reestabelecidas até hoje. Em breve, dos restos da OLP foi criado o Hezbollah.
Em 2006 o Israel invadiu o Líbano mais uma vez para retaliar por um ataque do Hezbollah. O conflito tirou a vida de mais de 1.500 pessoas, a maioria delas eram civis libaneses.
O exército libanês permaneceu fora do conflito, embora a resistência do Hezbollah tenha forçado as Forças de Defesa de Israel a se retirarem. Ambas as partes violaram repetidamente o cessar-fogo negociado pela ONU durante o conflito: os aviões israelenses têm violado o espaço aéreo libanês, enquanto o Hezbollah se recusou a desarmar.