quinta-feira, 22 de fevereiro de 2018

Navios de guerra chineses entram no oceano Índico em meio à polêmica com a Índia

Onze navios de guerra chineses entraram este mês nas águas do Índico oriental enquanto nas ilhas Maldivas foi declarado o estado de emergência devido a uma crise institucional, informou a agência Reuters, citada pelo RT.
A frota chinesa é encabeçada por destróieres e inclui ao menos uma fragata, um navio de assalto anfíbio de 30 mil toneladas capaz de transportar outros veículos, e três navios petroleiros auxiliares, segundo a Reuters.  Os navios foram enviados sem explicação prévia. Não se sabe nem o seu rumo nem por quanto tempo permanecerão na zona.
Na semana passada, segundo comunicou o jornal estatal chinês Global Times, Pequim prometeu tomar medidas se a Índia enviar tropas às Maldivas. 
Os acontecimentos têm lugar em meio a uma crise política que começou nas Maldivas depois do Supremo Tribunal do país ter anulado, em 1 de fevereiro, a condenação do líder da oposição e ex-presidente exilado Mohamed Nasheed, ordenando a reincorporação de 12 parlamentares destituídos de seus cargos.
Por sua parte, o presidente atual, Abdulla Yameen, introduziu o estado de emergência e autorizou a detenção de dois juízes do Supremo Tribunal. Em resposta, Nasheed pediu à Índia para que envie suas tropas às Maldivas. No entanto, ainda não há informações sobre algum deslocambento militar.
A nação insular compartilha estreitos laços históricos com a Índia, mas começou a se aproximar da China após a chegada ao poder de Yameen, em 2013. Em dezembro passado, as Maldivas e a China firmaram um acordo de livre comércio que elimina a maior parte das taxas impostas nas exportações maldivas, abrindo à ilha o acesso a bens e serviços chineses.

Corredor marítimo indiano está sob ameaça da China

Siliguri, o único corredor que liga os estados do nordeste da Índia ao resto do território do país, é controlado por formações militares primárias que combateriam a China em caso de conflito. A Índia teme que as frequentes transgressões do Exército Popular de Libertação chinês façam parte de um plano para sufocar esse corredor.
De acordo com a Sputnik Internacional, o almirante Sunil Lanba levantou uma grande preocupação em relação às frequentes transgressões das tropas chinesas em áreas próximas à passagem. O corredor é como um "pescoço de galinha", caso se quebre, cortará todos os suprimentos para as formações militares que, posicionadas nos estados do nordeste, combateriam a China em caso de guerra.
Enquanto isso, a Marinha da Índia teria colocado pelo menos dois navios de Guerra no oceano Índico oriental para rastrear as forças navais chinesas, que recentemente teriam realizado treinamento militar em mar aberto.
Na terça-feira (20), o portal de notícias chinês Sina.com.cn informou que 11 navios de guerra da China navegaram no oceano Índico oriental neste mês sem apresentar indícios concretos da manobra em relação à crise nas Maldivas.

"Se olharmos para os navios de guerra e outros equipamentos, a diferença entre a Marinha indiana e a chinesa não é grande", comparou o Sina.com.cn

No entanto, o Ministério da Defesa da Índia negou a informação do portal, manifestando que nenhum navio de guerra chinês chegou perto das águas das Maldivas desde que a turbulência política rompeu na ilha.
"Temos um sistema de vigilância muito potente na região do oceano Índico, apoiado por posicionamentos militares desde julho de 2017", disse o porta-voz da Marinha, capitão D. K. Sharma, para The Indian Express.
Pelo menos 11 navios da Marinha estão dispostos em vários locais estratégicos para a proteção do domínio marítimo.
Fontes confirmam a entrada de uma força-tarefa da Marinha chinesa no oceano Índico a partir do estreito de Sunda, mas visando exercícios de treinamento em águas internacionais mais perto da Austrália e, desde então, saíram da região através do estreito de Lombok.

Caça russo de 5ª geração teria sido visto na Síria ? (FOTO, VÍDEO

Um blogueiro sírio-libanês publicou no Twitter o que ele afirma ser uma imagem e vídeo da chegada de caças de quinta geração russos à Síria, o que gerou muitas discussões e dúvidas nas redes.
A foto e o vídeo, compartilhados pelo blogueiro Wael Al Hussaini, conhecido por suas fotos de material bélico sírio e russo deslocado na Síria, mostram, segundo ele, o caça de 5ª geração russo Su-57, também conhecido como T-50 ou Pak Fa.
Segundo a postagem de Hussaini, o avião russo era acompanhado por quatro caças Su-35, quatro caças Su-25 e um avião-radar A-50U.
A qualidade do vídeo não permite determinar com certeza se são mesmo os inovadores caças russos, não tendo a Força Aérea do país ainda confirmado nem descartado o envio destes aviões para a base aérea de Hmeymim na Síria.
A necessidade real de enviar os Su-57 à Síria parece pouco provável. Embora os dois protótipos mais recentes do caça sejam basicamente iguais à sua versão de produção em série e até sejam considerados "capazes de combater", é preciso levar em conta o fato de os aviões formalmente não pertencerem às Forças Armadas russas, sendo propriedade da empresa desenhadora Sukhoi.
Ao mesmo tempo, o Ministério da Defesa do país recentemente declarou o fim da primeira fase de testes dos Su-57 e firmou um acordo com a Sukhoi para testes "de exploração e combate". Neste sentido, a chegada dos aviões à Síria pode ser parte destes testes, por exemplo, para experimentar os radares do caça em condições de clima desértico.
Porém, muitos usuários que compartilharam a foto duvidaram de sua veracidade, afirmando que não passa de um truque de Photoshop.
Outros aproveitaram a ocasião para brincar: a conta @Syria_Generals, especializada em memes sobre o conflito sírio, logo modificou a foto, incorporando as naves de combate da franquia norte-americana Star Wars.
O T-50 (PAK FA — Complexo Aéreo Promissor da Aviação Tática) é um caça multifuncional russo de quinta geração. O avião deve substituir o Su-27. Está previsto que até 2020 os militares russos recebam 55 caças deste tipo. A primeira série de aeronaves Su-57 está prevista ser entregue em 2019.

ESPCEX/AMAN: Melhor vídeo motivacional de todos os tempos

Paquistão testa'JF-17 Além do alcance visual' Míssil

ALTA ALERTA AO INIMIGO: A Força Aérea Obtém um desses novos planos de ataque leve

Marinha finaliza primeiro submarino convencional do PROSUB

Submarino brasileiro Riachuelo tem montagem iniciada pela Marinha no Rio (VÍDEOS

Uma cerimônia com autoridades do Brasil, incluindo o presidente Michel Temer (MDB), marcou o início da montagem final dos quatro submarinos convencionais da Classe Riachuelo, construídos pelo Programa de Desenvolvimento de Submarinos (Prosub), no Rio de Janeiro.
O evento, realizado no Complexo Naval de Itaguaí, na região metropolitana do Rio, foi exaltado tanto por Temer quanto pela Marinha como mais um passo do país em prol do desenvolvimento militar e científico.
"O Prosub é peça chave não apenas em nossa política de defesa, mas também em nossa estratégia de desenvolvimento científico e tecnológico. Estamos construindo mais um capítulo em defesa da soberania nacional", afirmou Temer.
Já o comandante da Marinha do Brasil, Eduardo Bacellar Leal Ferreira, relembrou que o projeto – já teve gastos estimados em R$ 16,4 bilhões desde 2009 – sofreu ao longo do percurso com cortes de recursos orçamentários e isso influiu para atrasos.
"Os atrasos tivemos dois aspectos, o orçamentário, que todos da esfera federal tiveram, e o técnico, envolvidos com o modelo, que é mais comprido que o francês. O submarino que vamos receber em 2019 estava previsto para 2017", comentou.
O almirante brasileiro comentou que o país está recuperando a sua capacidade de construção de submarinos. O primeiro será incorporado à frota em 2019 e, até 2023, um por ano. Além dos quatro modelos da Classe Riachuelo, o projeto do submarino nuclear segue em andamento, previsto para ser concluído em 2029.A fase final da montagem final consiste em unir todas as seções que formam o casco e os múltiplos sistemas já instalados em cada uma delas. Tão logo esteja concluída, o submarino está pronto para ser lançado ao mar.
"O Brasil é um país provedor de paz. O Brasil é um defensor da ordem internacional e do direito internacional dos povos. Nós respeitamos a soberania e não aceitamos a solução pela força e a ingerência seja de quem for e por qual motivo. Mas infelizmente na ordem internacional prevalece a anarquia e não o direito. Por isso o Brasil precisa de capacidade de dissuasão para defender a sua soberania, o seu território e os seus interesses. Embora pacífico, não é desarmado e nunca será desarmado na defesa de seu povo e dos seus interesses", comentou o ministro da Defesa, Raul Jungmann.
Atualmente, o país conta com cinco submarinos, sendo um da classe Tikuna, construído no Brasil e que ficou pronto em 2008, e quatro da classe Tupi, sendo o primeiro construído na Alemanha entre 1987 e 1989 e os outros três, iguais ao alemão, montados no Brasil, mas sem transferência de tecnologia, nas décadas de 1990 e 2000.

BRICS: São segredos científicos nossos, mas vamos compartilhar com vocês

O Brasil vai compartilhar cinco grandes iniciativas de pesquisa científica em grandes infraestruturas com os países dos BRICS (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul). O objetivo é criar grupos de trabalho conjunto para estudo dessas iniciativas, fomentar o intercâmbio de pesquisadores e fomentar a publicação de trabalhos nesses países.
O primeiro passo acontecerá em março, em Campinas (SP), sede das instalações do Projeto Sirius, que abriga um conjunto de aceleradores de elétrons e estações experimentais e que está entre as obras civis mais sofisticadas já construídas no Brasil. Também serão compartilhados os estudos realizados pelo Laboratório de Integração e Testes do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), do navio oceanográfico Vital de Oliveira, do Observatório de coleta de dados sobre a Floresta Amazônia e do supercomputador Santos Dumont, entre outras.
Em entrevista à Sputnik Brasil, Álvaro Prata, secretário de Desenvolvimento Tecnológico e Inovação, do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Telecomunicações (MCTIT) fala da importância dessa iniciativa.
"A parceria é motivada por uma série de demandas que o Brasil vem tendo de diferentes organizações internacionais para compartilhar suas grandes infraestruturas de pesquisas que requerem grandes investimentos e que distinguem os países, muitos que têm infraestruturas e que outros não têm e por isso nada melhor do que compartilhá-las para o avanço do conhecimento", afirma o secretário do MCTIT.
Prata lembra que em maio do ano passado houve uma primeira reunião na Rússia, onde foi proposto que fossem compartilhadas essas infraestruturas entre os cinco países. Ele diz que, em função do anel de luz Sincroton, que se encontra em fase final de construção em Campinas, o Brasil propôs que a segunda reunião do grupo acontece na cidade em março. Em função disso, o ministério decidiu criar um grupo de trabalho que vai apresentar e responder pela comunidade científica brasileira, classificando e qualificando nossas grandes infraestruturas.
"Isso nos dá mais visibilidade, projeto ainda mais o Brasil nesse cenário  de ciência e tecnologia internacional, amplia a possibilidade que temos de trocar pesquisadores, de realizar projetos em conjunto, trocar alunos em fase de formação, realizar projetos mais grandiosos envolvendo colaboração com outros países", diz o secretário.
Com relação aos cortes orçamentários e aos contingenciamentos que vêm sendo anunciados pelo governo federal, a fim de perseguir a meta orçamentária, Prata reconhece que o setor passa por um momento de aperto, assim como outras áreas, como saúde e educação, mas vê as dificuldades como circunstanciais e passageiras, que serão resolvidas com a retomada do crescimento econômico. Segundo ele, o governo tem tido sensibilidade de desbloquear alguns recursos, como a recente liberação de R$ 200 milhões para a pasta.
Os projetos brasileiros
Projeto Sirius: é considerado a maior e mais complexa infraestrutura científica construída no país e tem sede em Campinas (SP). Vai permitir a aceleração de partículas carregadas de energia próxima à velocidade da luz para uma série de experimentos.
Laboratório de Integração e Testes do INPE: inaugurado em 1982, tem como missão contribuir para autonomia do país em áreas estratégicas e desenvolver sua competitividade no mercado internacional. Trabalha na promoção de programas espaciais em cooperação com outros países.
Navio oceanográfico Vital de Oliveira: a embarcação de 3.500 toneladas é dotada dos mais avançados equipamentos de pesquisa marítima, equipada com veículo de operação remota que pode alcançar 4 mil metros de profundidade, além de estruturas capazes de localizar áreas de petróleo e gás. Possui a maior capacidade de pesquisas e exploração das riquezas da Amazônia Azul.
Torre Alta da Amazônia: inaugurada em 2015, a 150 quilômetros de Manaus, em plena selva, é uma parceria do MCTIC com o Instituto Max Planck de Química e Biogeoquímica e a Universidade do Amazonas. Operado pelo INPA, sua torre de 325 metros de altura monitora o clima na região por um período de 20 a 30 anos, medindo o fluxo de carbonos e aerossóis da vegetação.
Supercomputador Santos Dumont: Instalado no Laboratório Nacional de Computação Científica, em Petrópolis (RJ), está na lista dos 500 supercomputadores mais potentes do mundo. Tem capacidade de realizar 1,1 bilhão de operações por segundo e tem atualmente mais de 40 projetos em andamento nas áreas de química, física, engenharia, ciências biológicas, meteorologia, ciências agrárias, astronomia, entre outras.

quarta-feira, 21 de fevereiro de 2018

O Prosub e o submarino nuclear brasileiro SN-BR

O objetivo principal do Programa de Desenvolvimento de Submarinos é construir o primeiro submarino de propulsão nuclear da Marinha do Brasil

O acordo de parceria estratégica realizado entre o Brasil e a França em 2008 para a cooperação de longo prazo na área de defesa, incluiu o desenvolvimento e produção de submarinos Scorpene modificados (S-BR), a construção de uma base de submarinos e de um estaleiro moderno.
O acordo garantiu o desenvolvimento da parte não-nuclear do projeto submarino nuclear brasileiro, parcerias industriais, transferência de tecnologia e formação de pessoal.
O primeiro submarino de propulsão nuclear brasileiro (SN-BR) empregará muitos sistemas e tecnologias empregados nos S-BR da classe “Riachuelo”, por isso a construção dos submarinos convencionais é importante, para dar experiência e escala de produção de equipamentos que serão comuns aos dois tipos de submarinos.
Muitos dos sistemas e equipamentos dos S-BR e SN-BR estão sendo nacionalizados e produzidos por empresas brasileiras.
No período de 2010 a 2012, um grupo de 31 engenheiros, sendo 25 oficiais e 6 funcionários civis, recebeu capacitação teórica voltada para o projeto de Submarinos com propulsão Nuclear, ministrada pela Empresa DCNS (atual Naval Group) na França.
Até 2018, prevê-se que mais de 400 engenheiros, da MB e da AMAZUL, deverão se incorporar ao Corpo Técnico de Projeto do SN-BR, originalmente formado pelo grupo que recebeu capacitação na França.
A Autoridade de Projeto do SN-BR é da Marinha do Brasil e a elaboração do projeto começou em julho de 2012. A captação do corpo técnico tem sido feita por intermédio de concurso de domínio público, pela empresa AMAZUL, criada a partir da EMGEPRON.
O primeiro submarino de propulsão nuclear brasileiro SN-BR terá um diâmetro de 9,8 metros (o S-BR tem 6,2m), para poder acomodar o reator nuclear brasileiro, um reator de água pressurizada, também referido pela sigla PWR (do inglês pressurized water reactor).
O SN-BR terá 100m de comprimento, deslocamento de cerca de 6.000 toneladas e será movido por propulsão turbo-elétrica com 48 MW de potência, equivalentes a 650 carros de 100 HP ou ao fornecimento de energia a uma cidade de 20.000 habitantes.
Neste sistema, o reator nuclear fornece o calor para a geração de vapor, o qual aciona duas turbinas acopladas a dois geradores elétricos, um dos quais dedicado principalmente a gerar eletricidade ao motor elétrico de propulsão, e outro para o fornecimento de eletricidade aos demais sistemas do SN-BR.
A previsão inicial para a conclusão da construção do submarino com propulsão nuclear era 2023, se não faltasse dinheiro e não ocorrecem percalços técnicos graves. Tratava-se de um cronograma ambicioso para um projeto complexo, com êxito que também dependeria da consultoria dos engenheiros franceses, cuja participação é limitada no tempo de abrangência do contrato, o qual corresponde ao prazo previsto para conclusão do submarino nuclear.
A montagem eletrônica, o carregamento do reator compacto e os testes de mar deveriam consumir, talvez, mais dois anos, com a entrada em serviço do primeiro submarino em 2025. No ano passado (2017) a Marinha mudou o cronograma de entrega do SN-BR para 2027 e, levando em conta os prazos de testes, a entrada efetiva em operação deverá ser ao fim da década de 2020. O planejamento de longo prazo da Marinha contempla uma frota de seis submarinos nucleares SN-BR, que se somarão aos 15 convencionais S-BR.
O Labgene, em Aramar
O submarino nuclear brasileiro SN-BR é um projeto dual. Por um lado, o domínio da tecnologia de construção do reator vai permitir que, no futuro, o Brasil tenha uma plataforma de armas mais ágil na proteção das águas territoriais. Por outro lado, habilitará o País a construir pequenas centrais nucleares de energia elétrica.
O Labgene será a primeira planta com um reator nuclear de alta potência totalmente construída no Brasil. Conceitualmente, é um protótipo com capacidade de geração de 48MW térmicos ou 11 megawatts elétricos (MWe), o que representa menos de 10% da capacidade de Angra 1, mas é suficiente para movimentar um submarino e alimentar sistemas elétricos, de renovação do ar e outros.
O Labgene, além de unidade nuclear de geração de energia elétrica, será utilizado para validar as condições de projeto e ensaiar todas as situações de operações possíveis para uma planta de propulsão nuclear. Por isso mesmo, apesar de ser construído em terra, procura reproduzir em tamanho o reator que equipará o futuro submarino de propulsão nuclear.
Desde o início do programa, há mais de 30 anos, a Marinha tem investido na construção de componentes do projeto em parceria com empresas privadas, como o vaso do reator, condensadores, pressurizadores, turbogeradores de propulsão, entre outros.
O índice de nacionalização do projeto é superior a 90%, com grande arrasto tecnológico para toda a indústria brasileira. O Labgene já começou a ser construído nas instalações da Marinha em Aramar, em Iperó, São Paulo. Será formado por um conjunto de prédios que abrigarão as turbinas, o pressurizador, o combustível, e contará com área para embalagem de rejeitos, entre outros.
Atualmente, em Aramar já existem diversas instalações construídas ao longo dos anos, com destaque para uma planta de testes de turbinas e sistemas a vapor – nunca é demais lembrar que um reator nuclear gera calor num sistema fechado, que transfere a energia térmica para outro sistema que transforma água em vapor, a qual movimenta turbinas para geração de eletricidade. Máquinas pesadas para produção de diversas partes dos sistemas para o labgene também estão instaladas e operando em Aramar.
O planejamento é que a planta nuclear esteja pronta e comece a fazer os testes em meados de 2021, segundo a última atualização da Marinha.

Tropas pró-sírias em Afrin: "Defenderemos o nosso país contra a Turquia!", Assad

Cerimônia de integração dos submarinos Classe Riachuelo

Royal Navy duramente criticada pela venda do HMS Ocean para o Brasil

Milícia curda confirma entrada bem-sucedida das tropas sírias em Afrin

Um grupo das Forças Armadas sírias entrou em Afrin apesar dos ataques da artilharia turca, afirmou à Sputnik o porta-voz das Unidades de Proteção Popular (YPG), Reizan Hedu.
No dia 20 de fevereiro, o presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, declarou que as milícias sírias abandonaram Afrin devido a ataques da artilharia turca.
"Nós mantemos contato com o exército sírio, com o governo, com as autoridades de Afrin e com as YPG. As forças, enviadas [a Afrin], estão operando por ordem do governo sírio […] Hoje, Erdogan se mostrou ser um guarda de trânsito ruim ao afirmar que havia parado a locomoção das forças sírias que estavam avançando em direção a Afrin. Estas afirmações não correspondem à verdade, as forças [da Síria] já estão em Afrin", assinalou Hedu.
O interlocutor da agência frisou que no posto de controle das forças curdas em Afrin, vários jornalistas foram atacados por fogo de artilharia durante transmissão do avanço das forças nacionais sírias em direção à cidade.
"O presidente, o governo e a mídia turca declararam […] que somos xiitas. Nós, na Síria, temos orgulho da nossa diversidade confessional e nacional. Há 32 dias estamos repelindo a agressão turca que, militarmente falando, não tem êxitos. Eles até que conseguiram avançar um pouco, mas em geral, essa operação militar não é bem-sucedida", acrescentou Hedu.
Anteriormente, várias mídias comunicaram que os curdos sírios concordaram com Damasco sobre a entrada das tropas governamentais sírias em Afrin. Ancara desmentiu estas informações, qualificando-as como notícias falsas. Enquanto isso, Erdogan declarou que as tropas turcas estariam prontas para cercar a cidade "nos próximos dias".
Em 20 de janeiro, a Turquia iniciou em Afrin a operação militar Ramo de Oliveira, tendo como objetivo eliminar forças das YPG, alegadamente relacionadas ao Partido dos Trabalhadores do Curdistão, que Ancara considera como grupo terrorista. Damasco condenou firmemente a operação militar turca, qualificando-a como violação da soberania do país.
Por sua vez, Damasco condenou fortemente as ações da Turquia em Afrin, afirmando que o território é parte inseparável da Síria.

12 mil soldados alemães se preparam para enviar 'sinal claro' à Rússia

A Alemanha enviará 12 mil soldados para participarem das manobras militares da OTAN, cujo objetivo principal é a "contenção da Rússia", assinalou a edição Focus.
De acordo com a mídia, neste ano o contingente alemão triplicou em comparação com o ano passado. As manobras Saber Strike (Golpe de Sabre, em tradução livre), Flaming Thunder (Trovão Flamejante) e Iron Wolf (Lobo de Ferro) terão lugar nos territórios norte e leste da OTAN. A Alemanha gastará com os treinamentos € 90 milhões (R$ 360 milhões).
De acordo com Focus, o crescimento da atividade militar por parte da Alemanha é motivado pela "política agressiva" de Moscou. Assim, devido à adesão da península da Crimeia à Rússia, os países do Báltico e a Polônia alegadamente estão se sentindo ameaçados
.Segundo enfatizou o jornal, as manobras deverão enviar para a Rússia um "sinal claro" de que a interferência nos assuntos dos países da OTAN terá "consequências graves".
Anteriormente, a edição Welt, citando um documento secreto do Ministério da Defesa da Alemanha, comunicouque Berlim não possui tanques e aviões suficientes para cumprir as missões da OTAN. Como motivo, foi mencionada a falta de peças de reserva e os custos elevados da manutenção técnica. Além disso, as Forças Armadas alemãs estão carentes de aparelhos da visão noturna, equipamento para o inverno e coletes à prova de balas. 

terça-feira, 20 de fevereiro de 2018

O mercado mundial de submarinos continua a expandir, dizem analistas da indústria

Todos os anos, a Forecast International publica sua análise da construção submarina projetada para a próxima década. Nos últimos oito anos, a tendência em termos de número de submarinos projetados e seu valor total tem sido constante para cima.
A escala dos sucessivos aumentos de construção submarina em cada previsão não é surpreendente, mas o efeito cumulativo tem sido um aumento substancial no tamanho do setor de mercado submarino e na escala projetada da frota submarina mundial.Esse aumento lento e constante da taxa de construção submarina planejada combinada com a vida média do casco de um submarino sugere que os planos de produção atuais manterão uma frota de aproximadamente 235 SSKs, 114 SSNs e 44 SSBNs, para um total de 393 submarinos.
Isso ainda é menor do que a atual frota mundial de cerca de 430 cascos, mas o diferencial diminuiu de forma constante ao longo da última década. Na virada do milênio, o número de submarinos planejados era apenas suficiente para suportar uma força de 300 submarinos, o que implicava que a frota operacional mundial de submarinos provavelmente se contraíra.
Isso ocorreu devidamente, com a frota mundial de submarinos declinando dos 800 submarinos em serviço no final da década de 1980 para o nível atual de 430. Essa queda não foi tão dramática quanto parecia; um declínio existente na frota mundial de submarinos foi há muito mascarado por marinhas que mantêm os antigos submarinos no inventário, muito tempo depois de sua vida operacional ter terminado.
Alguns submarinos ainda listados como "operacionais" eram pouco mais do que embarcações de treinamento ou baterias de carregamento de bateria. Esses antigos e desgastados submarinos foram os primeiros a serem descartados quando o dinheiro se tornou apertado. Parece que os últimos sobreviventes do projeto chinês 035 classe Ming agora se enquadram nesta categoria.
A atual frota mundial de submarinos agora parece estar em equilíbrio com os atuais requisitos operacionais, e parece que a produção e os estoques estão rapidamente entrando em equilíbrio também. Uma avaliação de força calculada sugeriria que a Rússia pretende manter uma frota de cerca de 10 SSBNs, com os EUA provavelmente manterão uma frota de cerca de 14 e o Reino Unido e a França adicionando mais quatro cada uma.
Parece que a China está apontando para uma frota de cinco SSBNs, embora a nação provavelmente não conseguirá isso dentro do período de previsão. A Índia anunciou a intenção de construir seis SSBNs da classe Arihant.
Isso traz o número total de SSBNs para 43, um número que está começando a atingir os níveis projetados pelos números de produção atuais. Todavia, ainda há um déficit, levando-nos a esperar um novo aumento na taxa de construção de SSBNs que serão acomodados pelos programas SSBN (R) e SSBN (X).
No caso da frota de SSN projetada, é provável que o nível de força para os EUA agora se estabilize em torno de 50, deixando um total de 43 SSN em todo o mundo, dos quais 12 serão russo e 14 britânicos e franceses. O total de 17 para as marinhas brasileira, indiana e chinesa (a frota chinesa existente de cinco projetos 91 está sendo desativada quando o Projeto 093 entra no serviço) não parece implausível, dado os problemas financeiros e técnicos que enfrentam essas marinhas.
O mercado SSK também continuou a expandir à medida que mais países percebem a natureza econômica de uma frota de submarinos. Além dos times alemães e franceses, a China e o Japão estão fazendo uma grande pressão para estabelecer uma presença no mercado SSK. Os japoneses podem estabelecer uma nova posição no mercado vendendo submarinos diesel-elétricos para a Austrália.
Esta é, de fato, a posição australiana preferida, já que a classe japonesa Soryu reflete muitas das demandas operacionais especificadas pelos australianos. Os novos submarinos da China são significativamente mais avançados do que os projetos mais antigos. Recentemente, a China conseguiu obter uma grande ordem de exportação do Paquistão para o seu submarino diesel-elétrico Project 041.
Uma comparação das taxas de construção e dos requisitos operacionais sugere que há margem para novos aumentos nas previsões de construção submarina de 10 anos. Na verdade, com base nas tendências existentes, é provável que um aumento constante da construção submarina seja registrado por pelo menos mais quatro anos. Depois disso, a questão será se a frota mundial de submarinos começará a aumentar ou se os níveis existentes serão mantidos. O primeiro caso provavelmente verá uma maior taxa de construção submarina do que a última.
A Forecast International é um importante fornecedor de "Inteligência de Mercado e Consultoria nas áreas de sistemas aeroespaciais, de defesa, de energia e eletrônicos militares".
Fonte ukdefencejournal

Washington e Seul Reiniciarão Manobras Militares Apesar do 'Broto Pacífico' na Península

Ancara: Ninguém Impedirá Turquia se Exército Sírio Entrar em Afrin Para Proteger Curdos



Fonte: Exército Turco Começa Bombardeio de Artilharia em Grande Escala de Afrin


Israel Desenvolve Novo Sistema Antimíssil Perante Possíveis Ameaças do Irã

O teste bem sucedido do Arrow 3 israelense

Oficial do Pentágono revela pontos fracos do exército dos EUA

O exército norte-americano deve estar pronto para combates multidomínio, assinalou a edição National Interest, citando o major-general Paul Chamberlain, tesoureiro-geral das Forças Armadas dos Estados Unidos.
Assim o representante do Pentágono comentou o projeto orçamentário da defesa do país para o ano fiscal de 2019, que prevê um aumento significante dos gastos com defesa.
"Potências revisionistas, tais como a Rússia e a China, regimes vilões da Coreia do Norte e do Irã e organizações terroristas representam ameaça séria para interesses americanos. Nossos competidores regionais no Círculo do Pacífico e na Europa estudam pontos fortes e fracos [do exército dos EUA] já por mais de 10 anos. Seus esforços quanto à modernização vêm diminuindo gradualmente nossas vantagens competitivas. Sendo assim, nosso projeto orçamentário visa garantir a supremacia do exército norte-americano", afirmou Chamberlain.
Além disso, o general nomeou as principais metas do exército dos EUA.
O exército deve ser capaz de vencer, caso seja preciso, uma guerra multidomínio, que exige consistência na condução de fogo, luta radioeletrônica e ataques cibernéticos e espaciais. Ademais, as Forças Armadas do país devem estar preparadas para atacar o inimigo e aumentar a sobrevivência de suas tropas na luta contra um adversário de alto potencial tecnológico", argumentou Chamberlain.
De acordo com ele, o novo orçamento fará com que o exército norte-americano "possua um poder de fogo mais mortal e flexível, estando sempre pronto para repelir ameaças presentes e futuras".
O major-general explicou que o orçamento prevê a luta contra o terrorismo e assegura financiamento de operações contra terroristas.
Chamberlain classificou também seis direções principais da modernização do exército norte-americano: desenvolvimento de armas de alta precisão, criação de veículos de combate de última geração, substituição da frota de aeronaves por equipamento do projeto avançado Future Vertical Lift, aperfeiçoamento da comunicação interna das Forças Armadas, aprimoramento dos sistemas de defesa antiaérea e aumento das capacidades de combate dos oficiais.
Segundo o general, a modernização fará com que o exército dos EUA aumente sua supremacia tecnológica sobre possíveis adversários.

Washington e Seul reiniciarão manobras militares apesar do 'broto pacífico' na península

Os EUA e a Coreia do Sul continuarão com exercícios militares na península coreana, suspensos durante os Jogos Olímpicos, apesar do recente descongelamento nas relações entre Seul e Pyongyang, informou a agência de notícias Yonhap, citando o Ministério da Defesa sul-coreano.

Antes do início dos Jogos Olímpicos de Inverno em Pyeongchang, Seul conseguiu convencer Washington a adiar o início de suas manobras conjuntas para depois dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos. A suspensão temporária dos treinamentos Foal Eagle e Key Resolve entre os EUA e a Coreia do Sul permitiu que Seul e Pyongyang iniciassem diálogo para aliviar tensões na região.

No entanto, nesta terça-feira (20), um dia depois de Pyongyang se expressar contra o reinício das manobras de Seul e Washington, o Ministério da Defesa da Coreia do Sul confirmou, sem anunciar datas específicas, que os aliados realizarão exercícios Key Resolve e Ulchi Freedom Guardian.

Com esses treinamentos, o exército sul-coreano procura melhorar o chamado Conceito Operacional 4D, que visa "detectar, interromper, destruir e se proteger das ameaças de mísseis da Coreia do Norte", segundo o Ministério da Defesa sul-coreana.
'Esmagar pequeno broto da paz'
A Coreia do Norte solicitou repetidamente para que os dois países dessem um basta a manobras conjuntas.  Na segunda-feira (20), Pyongyang reiterou sua postura quanto aos exercícios de Seul e Washington perto de suas fronteiras.
"Reiniciar treinamentos militares é um ato selvagem de pisotear implacavelmente um pequeno broto da paz, que surgiu na península coreana", declarou a agência norte-coreana KCNA, em comentário oficial.
Pyongyang acusou os EUA de estar procurando por "guerra" na região. "O time de Trump deve refletir sobre as consequências catastróficas" de seu comportamento e "tomar decisão responsável", frisou KCNA.

Turquia pretende acabar com o terrorismo na Síria, diz embaixador

A operação militar turca na Síria seguirá o seu rumo até a completa derrota dos terrorista no país, inclusive no território de Afrin, declarou o embaixador da Turquia no Uzbequistão, Ahmet Bashar Shen.

O tempo todo e em todos os casos a Turquia sempre afirmou que a operação 'Ramo de Oliveira' seguirá o seu curso até a completa libertação do território das mãos das organizações terroristas, incluindo todo o território de Afrin", disse o diplomata nesta terça-feira. 
No dia 20 janeiro, Turquia iniciou a operação "Ramo de Oliveira" nos arredores da cidade síria de Afrin, ao noroeste de Aleppo. A operação visa combater grupos jihadistas e o YPG, a ala armada do Partido da União Democrática Curdo-Síria (PYD). Para a Turquia, o YPG é uma extensão do PKK, banido no país como uma organização terrorista.
Após uma ofensiva aérea, da qual, de acordo com o Estado-Maior turco, participaram 72 aeronaves e um total de 153 alvos foram destruídos, o governo turco anunciou no domingo o início de uma operação terrestre na área.
Damasco condenou a operação turca contra Afrin e enfatizou se tratar de uma parte inalienável do território sírio.
Representante das forças curdas: tropas sírias entram em Afrin.