O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB) afirmou nesta quinta-feira que as eleições presidenciais brasileiras deste ano podem ver como vencedor um "Hitler, Trump ou Macron", em clara crítica ao atual distanciamento entre a sociedade e a classe política.
O tucano, que comandou o Brasil entre 1994 e 2002, apontou o receituário que ele considera essencial para um bom presidente para o país após o pleito, marcado para outubro deste ano.
Tem que ser alguém que toque as pessoas com as palavras, mas com algumas regras de democracia e bem-estar, que tenha compromisso com o país", afirmou FHC, em entrevista concedida à Rádio Bandeirantes.
O discurso tem que ter razão e não só emoção, que conduza a pessoa pelo motivo certo e não pelo errado", continuou, em uma crítica que pareceu velada aos dois nomes preferidos pelo eleitorado neste momento, de acordo com recentes pesquisas: Luiz Inácio Lula da Silva(PT) e Jair Bolsonaro (PSC).
Defensor da indicação do governador paulista Geraldo Alckmin como o presidenciável do PSDB nas próximas eleições, FHC foi além ao pregar a necessidade que os políticos se reconectem com a população. Para ele, a sociedade está cansada.
"As pessoas estão cansadas de tanta confusão: é violência, crime, roubo. Nós precisamos voltar a acreditar no país, que já passou por muita coisa. Precisamos olhar para frente, para o futuro. Estamos em um momento em que é preciso conectar os políticos com a população", disse.
É tal desconexão entre partidos políticos e as demandas populares que aumenta o temor do tucano que alguém que relembre o líder nazista Adolf Hitler, o magnata e presidente dos EUA Donald Trump, ou do ex-banqueiro e presidente da França Emmanuel Macron, acabe eleito.
"O mundo todo está sofrendo esse desgaste porque a democracia social mudou, assim como a sociedade. A demanda das pessoas aumentou, elas querem mais", explicou.
Críticas
O ex-presidente tucano ainda falou um pouco mais sobre Lula e Bolsonaro. Na visão dele, o petista vende o discurso de que é vítima de perseguição da Justiça, mas considera que isso não é sustentável. Ele disse o que espera ver do PT após o julgamento do recurso de Lula, no Tribunal Regional Federal da Quarta Região (TRF-4), no próximo dia 24, em Porto Alegre.
Pessoalmente, não tenho nenhuma satisfação em ver esse pessoal [políticos] na cadeia, não tenho esse espírito de vingança. Quem decide é a Justiça […]. O PT é um partido e vai continuar existindo. Se entrar na disputa com candidato próprio, vão apoiar quem? Esses temas vão permanecer. Caso seja absolvido, o 'outro lado' também vai sentir", afirmou.
As palavras foram ainda menos elogiosas a Bolsonaro, chamado por FHC de "autoritário".
"Conheço Lula muito bem, mas não conheço Bolsonaro. O Lula tem partido, história, trajetória, você pode gostar ou não, mas ele tem compromisso. Já Bolsonaro é um homem autoritário. Quais são as opiniões dele? Não sei […]. Bolsonaro ainda não existe", analisou.
Nota ,,Snb Eu prefiro um Adolf Hitler do que um bando de corrupto acabando com meu brasil covardes malditos traidores da pátria mãe olha só quem fala isto um saqueador da pátria parece piada de.. ANO NOVO
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