quarta-feira, 4 de abril de 2018
Novíssimo navio de guerra dos EUA se liberta após 3 meses em 'armadilha'
Um novíssimo navio de combate dos EUA, USS Little Rock, finalmente voltou a navegar depois de ter sido congelado em um porto canadense devido a condições frias.
A embarcação ficou "presa" em Montreal durante três meses, mostrando que, às vezes, a natureza pode parar armas de guerra, bem como tudo que é fruto da Agência de Projetos de Pesquisa Avançada de Defesa (DARPA, sigla em inglês).
No sábado (31), o USS Little Rock deu início ao seu trajeto pelo oceano Atlântico, comunicou o portal USNI News, citando Courtney Hillson, comandante da Marinha dos EUA.
"O navio ficou ancorado no porto de Montreal até melhoria das condições climáticas, e o canal de São Lourenço derreteu bastante para passagem segura da embarcação", declarou Hillson. Ela notou que a decisão de preservar o navio em Montreal foi tomada levando em conta a segurança do barco e da tripulação.
DES GROSEILLIERS [guardas costeiras canadenses] acompanhando o USS Little Rock nesta manhã, 31 de março de 2018, passando pela ancoragem a Sorel-Tracy.
Mesmo com o derretimento no hemisfério Norte, o navio de guerra, da classe Freedom, não conseguiria ter atravessado sem ajuda do quebra-gelo da Guarda Costeira do Canadá.
Vi passando nesta manhã Trois-Rivières acompanhado pelo quebra-gelo do Canadá.
"Apreciamos muito o apoio e hospitalidade da cidade de Montreal, da Autoridade do Porto de Montreal e da Guarda Costeira do Canadá", declarou na segunda-feira (2) o comandante de Little Rock (capital do Arkansas), Todd Peters.
Como Brasil tem ajudado Rússia a organizar Copa do Mundo 2018?
Faltam apenas alguns meses até a maior festa de futebol para toda a torcida internacional, ou seja, a Copa do Mundo 2018 que desta vez decorrerá na Rússia. Neste campo, Moscou não se afastou da tradição e fez questão de trocar experiência com o anterior anfitrião do evento, o Brasil.
Claro que a questão prioritária que sempre se aborda durante as conversações está relacionada com a segurança. Por exemplo, no início do passado mês de dezembro, o presidente do Brasil, Michel Temer, se reuniu com o secretário do Conselho de Segurança da Rússia, Nikolai Patrushev, para discutir questões ligadas ao combate ao terrorismo internacional, inclusive na área do esporte, e à promoção do mundo multilateral no âmbito das diferentes organizações de países emergentes, como os BRICS.
Claro que a questão prioritária que sempre se aborda durante as conversações está relacionada com a segurança. Por exemplo, no início do passado mês de dezembro, o presidente do Brasil, Michel Temer, se reuniu com o secretário do Conselho de Segurança da Rússia, Nikolai Patrushev, para discutir questões ligadas ao combate ao terrorismo internacional, inclusive na área do esporte, e à promoção do mundo multilateral no âmbito das diferentes organizações de países emergentes, como os BRICS.
Assim, os dois países já tiveram várias oportunidades para efetuar um intercâmbio de práticas e experiências: tanto no campo olímpico, dado que a Rússia sediou os Jogos de Inverno de 2014 e o Brasil — os de Verão de 2016, quanto no campo da FIFA.
A Sputnik Brasil conseguiu obter um breve comentário exclusivo do presidente do Comitê Organizador da Copa do Mundo 2018, Aleksei Sorokin, nos bastidores do Fórum Gaidar anual na cidade de Moscou.
Nós participamos de modo muito ativo, na qualidade de observadores e adquiridores de experiência, da Copa do Mundo [de 2014]. Claro que conservamos muitos contatos. Hoje em dia, estes contatos continuam sendo preservados em diferentes direções funcionais. Claro que eu conheço muito bem meu homólogo [brasileiro], o presidente do Comitê Organizador [da Copa de 2014], Ricardo Trade", partilhou o alto responsável oficial.
Entretanto, Sorokin sublinhou que a cooperação bilateral esteve, por excelência, em pleno funcionamento nas primeiras etapas dos preparativos, enquanto hoje em dia a equipe do comitê organizador se foca mais em questões internas.
"Mas hoje em dia já estamos em uma fase na qual já é tarde demais para trocar experiência, já estamos envolvidos em tarefas práticas, só restam vários meses, por isso agora todas as consultas e intercâmbios de experiência terminaram, está chegando o momento de aplicar [os conhecimentos acumulados]", explicou.
Ademais, ele revelou que houve intercâmbio em áreas muito diversas.
"Enviávamos numerosas delegações, em vários áreas, no âmbito de transportes, segurança, comunicações, protocolo, ou seja, cooperamos absolutamente em todas as esferas, não nos limitamos a uma só", resumiu Sorokin.
EUA fazem de tudo para que países latino-americanos nem pensem em comprar armas russas?
Após um breve período de revitalização, a cooperação no campo militar entre os países latino-americanos e a Rússia parece ter desacelerado um pouco. A Sputnik Brasil discutiu as perspectivas dos respetivos projetos em exclusivo com o especialista russo e diretor comercial do jornal Arsenal Otechestva, Aleksei Leonkov.
Entre 4 e 5 de abril, o luxuoso hotel Radisson Blu Royal Hotel alberga a 7ª Conferência para a Segurança Internacional de Moscou, reunindo ministros e delegados de todas as partes do mundo. Durante o evento se discutem os principais desafios à segurança global, tais como o radicalismo islâmico, ameaça de terrorismo na África e Ásia, fatores geopolíticos de segurança na Europa, entre outros.
Nos bastidores da cúpula, a Sputnik Brasil teve uma oportunidade de falar com o eminente analista russo, Aleksei Leonkov, que manifestou sua opinião em relação à situação atual e às perspectivas do comércio bilateral na área militar entre Moscou e os países da América Latina.
"Se falarmos da cooperação com o Brasil, bem como com todos os países da América Latina em geral, esta não está decorrendo de modo fácil. Digamos que a cooperação mais eficiente nós tínhamos com a Venezuela, mas após ter falecido seu líder [Hugo Chávez] e o país ter enfrentado uma situação econômica carenciada, a questão, de fato, se agudizou. A questão é que há uma resistência fortíssima por parte do chamado vizinho do Norte, que interfere nos assuntos latino-americanos a todos os níveis e exerce uma pressão significativa", opinou o especialista.
Na opinião de Leonkov, isto é algo que impede em grande parte a cooperação técnico-militar da região com a Rússia, mas os próprios países almejam comprar equipamentos de qualidade.
Ao testar os equipamentos que há na Venezuela, todos se deram conta que as armas existentes até hoje não são, de fato, muito boas, mas custaram bastante. Pode ser que tenham uma aparência feroz, mas, como provaram as ações militares reais (pois estes equipamentos foram usados em uma série de conflitos quentes no Oriente Médio), os parâmetros técnicos reais, infelizmente, não correspondem à publicidade que promove estas armas", manifestou.
Já as armas russas, disse Leonkov, não só tem um bom aspeto, mas desfrutam de uma relação justa entre o preço e a qualidade.
Em princípio, os países da América Latina já sabiam disso — eles conhecem as nossas armas portáteis e lança-granadas antitanque que funcionam em quaisquer condições", frisou.
Assim, o analista acredita que muitos países estariam muito mais ativamente envolvidos no comércio com Moscou, inclusive no campo militar, mas os fatores políticos obstaculizam o processo.
"Por exemplo, quando tivemos uma reaproximação das nossas posições com o Brasil, aconteceu uma espécie de ‘impeachment' das autoridades que, claro, tinha sido fabricado por certas forças, o que desacelerou muitíssimo o desenvolvimento ulterior", explicou ele, adiantando que ter um parceiro como o Brasil no Atlântico sempre foi uma das prioridades do Kremlin, enquanto hoje em dia esta questão virou "dificilmente solucionável".
Deste modo, se antigamente se planejavam compras maciças de equipamentos russos para depois serem usados nas Forças Armadas do Brasil, por enquanto estes planos ficaram para trás, se reataram as negociações a nível mais baixo.
Para Leonkov, o motivo para isso é o fato das autoridades brasileiras "piscarem muito o olho" ao seu vizinho do Norte.
Entretanto, há uma chance que a situação mude, enfatizou, mas sob certas condições.
"No futuro breve, acho que haverá alguma espécie de avanço, caso os EUA, que de fato regulam a política latino-americana, abrandem seu aperto, como já fazem no Oriente Médio. Nesse caso, acredito, acontecerá algo que todos os países têm desejado — isto é, receberem armas eficientes que possam realmente defender a soberania destes países. Todos já entendem isso e entendem que as suas armas não o podem garantir. Sabemos da história que a maioria dos golpes militares foram efetuados com o apoio de forças que possuíam armas mais avançadas por seus parâmetros que as armas dos exércitos nacionais", argumentou.
Para mais, ele observou que a cooperação russo-brasileira não foi nada favorecida pela situação econômica no país verde e amarelo. Vale relembrar o caso dos sistemas Pantsir, que Brasília planejava comprar em lotes significativos, mas que afinal das contas suspendeu as negociações ao reconhecer, de fato, que não dispõe de recursos financeiros para tais fornecimentos
"Mas o Brasil também mergulhou em uma crise econômica que, claro, foi já uma consequência, pois as crises que temos, por mais banal que seja, são algo de deliberado. E estas crises são provocadas pelos países desenvolvidos. Eles, através de sanções, embargos, outras medidas, dificultam a oportunidade dos países economicamente mais fracos para se desenvolverem. Tanto mais que um país quer não só se desenvolver, mas também reforçar isso com algum armamento que influa na capacidade de autodefesa do país. Neste caso, eles [EUA] movem todas as alavancas", assinalou.
Resulta que a chamada Doutrina Monroe e a política intervencionista de Washington não mudaram muito ao longo dos séculos. Pelo menos, é isso em que acredita Leonkov.
"Os EUA não querem ter a sul países que os tratem por ‘tu'. Eles querem que estes países os olhem só de baixo para cima e fazem todo o possível para isso", realçou.
Nisto, acredita o especialista, reside a psicologia "colonial" dos EUA, Reino Unido e vários países europeus. Ou seja, estas potências continuam entendendo a região latino-americana como uma concentração de colônias, embora proclamem os valores democráticos e de soberania nacional.
"Logo que nestes países aparecem líderes que priorizam o desenvolvimento, eles enfrentam uma opressão ferocíssima. Vale relembrar Cuba e Fidel Castro. Quantos atentados houve contra ele, quantas sanções foram impostas contra esse país. Apesar de tudo, ele sobreviveu. Claro que não virou um país superdesenvolvido. Mas dá para entender por quê. Houve uma opressão forte na época. Quando a URSS colapsou, Cuba estava à beira da catástrofe, os americanos acreditavam que logo acabariam com esta Ilha da Liberdade e faziam tudo o que tinham sonhado por muito tempo. Mas não deu", ressaltou o interlocutor da Sputnik Brasil.
Assim, frisa Leonkov, Cuba "é um exemplo de que se pode sobreviver sob sanções". E a Rússia, pelo visto, também está dando o mesmo exemplo após "tomar coragem" para rechaçar a pressão de fora. Caso a América Latina o faça também, Moscou estará sempre pronta para "estender a mão", acredita o analista.
Mas não foi só por causa da situação interna brasileira que nos anos 2000 a cooperação com a Rússia não ganhou novo fôlego, adverte. A questão é que a Rússia na época se encontrava em uma situação bem precária, carente de parceiros comerciais, estando "disposta a qualquer ajuda, qualquer cooperação só para encher o orçamento com algo".
Hoje em dia, a situação mudou, a Rússia se tornou em um Estado mais forte, capaz de resolver quaisquer questões mesmo debaixo de sanções fortes", analisou.
Ao terminar a conversa, Leonkov se referiu a uma tendência interessante na geopolítica — os movimentos com caráter de direita — que dão um enfoque especial à questão nacionalista. De acordo com ele, a Rússia respeita tal posição e está pronta para cooperar com os países norteados por seus interesses nacionais, caso os seus próprios também sejam respeitados. O exemplo mais marcante disso, assinalou o especialista, é a cooperação entre a Rússia e a Turquia.
O que está por trás do 'design genial' da nova corveta russa?
Os EUA ficaram impressionados com os novos navios-patrulha russos do projeto 22160. Em entrevista ao serviço russo da Rádio Sputnik, o especialista militar, Viktor Litovkin, ressaltou as vantagens da embarcação que não se limita ao design perfeito.
A novíssima corveta russa do projeto 22160 tem um design "bastante genial" com enorme poder de combate mesmo sendo de pequeno porte, informa o portal The Drive.
O artigo do portal sublinha que o navio foi criado baseando-se no princípio de módulos, ou seja, equipamento e armas do projeto podem mudar de acordo com o objetivo, seja ele luta contra pirataria ou apoio a grandes operações de ataque.
Mais fotos do navio-patrulha do projeto 22160 Vasily Bykov na base naval de Novorossiysk, Rússia.
Além da artilharia de 57 milímetros, de metralhadoras e do complexo lançador de granadas antissabotagem DP-65, há um espaço vazio sob a plataforma de helicópteros. Esse espaço, nota a edição, pode ser usado para posicionamento de dois complexos de mísseis Kalibr (Club-K).
Segundo o autor do artigo, trata-se da possibilidade de pequenos navios-patrulha efetuarem ataques com oito mísseis contra alvos marítimos e terrestres a grandes distâncias.
A autonomia de navegação dos navios deste projeto corresponde a dois meses, durante os quais podem cobrir uma distância de até 11 mil quilômetros, sublinha o autor, adicionando que a corveta pode servir de inspiração para navios de guerra multifuncionais do Ocidente.
objetivo principal dos navios do projeto é proteger águas territoriais, lutar contra pirataria, bem como apoiar os seus "irmãos" no combate.
Em entrevista ao serviço russo da Rádio Sputnik, o especialista militar, Viktor Litovkin, ressaltou as vantagens do navio-patrulha.
"A corveta é boa por propiciar uma velocidade rápida. No mar ele chega a 27 nós [50 km/h]. Além disso, tem uma arma muito potente: canhão automatizado AK-630 que é uma arma com seis canos de 30 milímetros que, de fato, pode dividir o navio inimigo em duas partes", frisou.
O analista notou que a bordo também há mísseis de cruzeiro, o que é uma grande vantagem levando em conta o pequeno peso da corveta. De acordo com ele, no Ocidente, por certa razão, acham que na Rússia tudo é "feio". "Mas aqui na Rússia há muito que produzimos armas esteticamente atraentes", frisou.
"O design da embarcação não é mera decoração, é para garantir alta velocidade e boa navegabilidade para cumprimento das missões de combate", concluiu Litovkin.
Este navio parece com a nossa patrulha costeira de 500 toneladas NPa 500T-BR,
que nem saio do papel
O Jane’s noticiou que o Centro de Projetos de Navios (CPN) da Marinha do Brasil concluiu o desenvolvimento preliminar da classe de navio de patrulha costeira de 500 toneladas NPa 500T-BR, segundo informação da empresa estatal Emgepron (Empresa Gerencial de Projetos Navais).O CPN agora vai refinar o conceito até meados de 2017, e em seguida um contrato para desenvolver ainda mais o projeto será discutido. O contrato de projeto do NPA 500T-BR foi fechado pela Emgepron com o CPN em 10 de Abril de 2015, segundo a empresa.
A Emgepron está à procura de financiamento público ou privado para fazer uma licitação para a construção de um navio que será operado pela Marinha do Brasil. Um design comprovado, assim, permitirá que a empresa eventualmente busque contratos de exportação para o navio.
terça-feira, 3 de abril de 2018
36º aniversário da Guerra das Malvinas: analistas comentam impactante disputa territorial
Em 2 de abril se completaram 36 anos desde que as tropas argentinas desembarcaram nas ilhas Malvinas disputadas com o Reino Unido, o que levou a um conflito armado entre os dois países. A guerra, que demorou cerca de duas semanas, causou um impacto profundíssimo nos dois países.
A guerra, iniciada pelo então líder argentino, Leopoldo Galtieri, tinha como objetivo reestabelecer o controle da Argentina sobre as ilhas Malvinas, conquistadas pelo Reino Unido em 1833. O conflito, que demorou 74 dias, acabou com a derrota completa da Argentina, provocando centenas de vítimas entre os dois lados envolvidos.
Apesar de perder a guerra, a Argentina continua reivindicando as ilhas como territórios seus ocupados pelo Reino Unido.
Sobre os motivos da guerra e sobre o seu resultado a Sputnik Mundoentrevistou vários analistas, entre eles Boris Martynov, especialista do Instituto Estatal de Relações Internacionais de Moscou.
Martynov explicou que a Argentina não esperava que o Reino Unido fosse lutar pelas ilhas. Foi por isso que o país enviou forças mal preparadas, de fato, novos recrutas, no que podia ser qualificado como uma declaração política. Galtieri fez um grande erro ao considerar que os EUA manteriam sua neutralidade e que o Reino Unido "carecesse de forças" para enviar uma esquadra para um continente tão distante, assinalou o especialista.
Os EUA encontraram-se entre dois fogos. Precisavam escolher entre os dois aliados. É natural que os EUA tenham escolhido o parceiro mais importante e mais influente para eles", frisou o analista.
"Enquanto isso, o governo [da primeira-ministra britânica Margaret] Thatcher cooperava ativamente no posicionamento de mísseis de médio alcance na Europa", adicionou.
Ele apontou que, ironicamente, a União Soviética apoiou a Argentina, um governo anticomunista. A Força Aérea argentina recebia informações dos satélites soviéticos, sendo este um cenário "clássico" da Guerra Fria, apenas os lados trocaram suas posições.
Outro erro nos cálculos de Galtieri, segundo Martynov, foi ter iniciado a guerra sem assegurar a proteção de sua retaguarda. A Marinha argentina de fato não se envolveu nas ações de combate, já que o país esperava uma "punhalada nas costas" por parte do Chile: naquela época, os dois países disputavam as ilhas do estreito de Beagle. O especialista destacou que todos os países latino-americanos apoiaram a Argentina na disputa em torno das Malvinas, exceto o Chile.
Martynov assinalou que a política externa britânica usou a contradição entre o "direito à autodeterminação e o princípio da integridade territorial", acrescentando que essa contradição acontece em muitas outras regiões, inclusive no espaço pós-soviético.
Londres levou a cabo nas ilhas um referendo sobre a soberania política dessas ilhas e a maior parte de sua população votou a favor da permanência da administração britânica sobre o território, sublinhou o analista.
"Podemos falar sobre padrões duplos. Quer dizer, alguns milhares moradores das Malvinas têm o direito de decidir de que país eles querem fazer parte, enquanto que mais de dois milhões de cidadãos da Crimeia não têm este direito?!", pergunta Martynov, comentando o referendo realizado em 2014 em que a maior parte dos moradores da península da Crimeia se expressou a favor da adesão à Rússia.
No início dos anos 80, a Argentina era governada por uma junta militar impopular, foi por isso que seus chefes resolveram lutar pelas ilhas Malvinas. Antes das ações militares, o governo de Margaret Thatcher também não possuía um grande apoio por parte da população. Nesta situação, os dois lados apostaram em uma "pequena guerra vitoriosa" para recuperar a popularidade.
O especialista ressaltou que o tempo joga a favor da Argentina, opinando que em um futuro muito distante o país poderia reaver as ilhas.
Yan Burliay, ex-embaixador da Rússia na Argentina também acredita que, cedo ou tarde, o Reino Unido terá de devolver as ilhas Malvinas ao país sul-americano. Ele indicou que a Argentina possui o direito moral de ter a soberania sobre as ilhas que o Reino Unido conquistou de forma extorsiva, e que todos os latino-americanos compartilham a opinião que as ilhas são argentinas.
"A Argentina está pronta para negociar o estatuto das ilhas Malvinas, enquanto o Reino Unido se recusa arrogantemente a realizar conversações sobre essa questão. Contudo, cedo ou tarde, os britânicos terão de abandonar não somente as ilhas Malvinas, mas também Gibraltar", afirmou o analista em entrevista à Sputnik.
Entretanto, outro especialista em assuntos da Argentina e ex-embaixador russo neste país sul-americano, Yevgeny Astakhov, duvida que a disputa seja resolvida em um futuro próximo, uma vez que o Reino Unido "somente entende a linguagem da força".
Astakhov apontou também que a decisão de Washington de apoiar Londres lhe custou muito.
"Os EUA enterraram sua influência moral e política. Sem dúvidas, o país ainda possui a supremacia econômica e financeira, mas eles jamais poderão voltar a mandar nos outros países da região", assinalou o analista.
Para concluir, Yevgeny Astakhov frisou que para resolver a disputa a seu favor a Argentina tem de virar um estado militarmente forte, o que não deve acontecer nos próximos 50 anos.
Fusão da Embraer e Boeing é criticada em audiência no Senado
A Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa (CDH) do Senado realizou audiência pública nesta segunda-feira (2), para discutir a possível fusão entre a brasileira Embraer e a norte-americana Boeing, informou Agência Senado.
O vice-presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos (SP), Herbert Claros, pediu que o governo atue em favor do Brasil e exerça seu poder de veto diante da negociação. A venda da Embraer pode gerar riscos para os empregos dos funcionários da empresa e também para a segurança nacional, alegou Claros.
Por meio de financiamentos do BNDES, medidas de isenção de folha de pagamento e outros incentivos, o governo brasileiro contribuiu com cerca de US$ 24 bilhões com a Embraer nos últimos oito anos, explicou o ele.
Não faz sentido querer vender por US$ 6 bilhões. Temos todo os motivos para dizer que essa empresa tem que ser brasileira", afirmou o sindicalista.
Já o diretor do Sindicato dos Metalúrgicos de Botucatu (SP), Fabiano Roque, alegou que os funcionários e a sociedade precisam saber mais sobre a possível compra da
Embraer. Ele destacou que a decisão pode afetar os cerca de 18 mil funcionários.
Os empregados estão inseguros porque não sabem nada sobre essa negociação. Para eles decidirem, a longo prazo, levar nossa tecnologia para os Estados Unidos e fechar as portas daqui será muito fácil. Não vemos futuro nenhum nessa compra" declarou Roque.
A audiência foi uma iniciativa do senador Paulo Paim (PT-RS). CDH também enviou convites para a Embraer os ministérios da Defesa, da Casa Civil e da Ciência e Tecnologia. Os ministérios e a empresa, no entanto, não enviaram representantes.
De todo modo, um documento será elaborado pela comissão, a ser entregue para os envolvidos nas negociações.
"Eles não vieram ouvir, mas vão ter que ler", disse Paim, citado pela Agência Senado
.A Embraer foi criada como empresa de economia mista — com a participação estatal e privada — durante o regime militar, em 1969. O controle da companhia, entretanto, era estatal. A situação mudou em 1994, quando a Embraer foi privatizada em leilão por R$ 154,2 milhões, em valores não corrigidos. Suas ações são vendidas na bolsa de valores de São Paulo e Nova York. Mas não há nenhum acionista majoritário, de modo que as decisões passam pela Assembleia Geral da empresa.
Ainda que não seja mais o controlador da Embraer, o Governo Federal segue relevante porque detém a chamada "Golden Share", ou ação de classe especial. Com ela, o Palácio do Planalto pode vetar alterações na Embraer em sete casos, como transferência do controle acionário e possíveis negócios que comprometam os programas militares do Brasil.
Nota SNB Caros amigos eu sou a favor da fusão entre a EMBRAER e a boeing mais dês do
que isto não viole a nossa soberania nacional .. militar as duas empresa trabalhando juntos no desenvolvimentos conjuntos das novas tecnologia para os dos pais
quem nau quer os projetistas americano aqui juntos com uma parceria militar aeronáuticos bom para o brasil bom para os EUA
Divulgado VÍDEO do radar secreto que fará parte do sistema S-500 russo
A televisão russa mostrou pela primeira vez o radar Enisei, que fará parte do novo sistema de defesa antiaérea russa S-500 Prometei.
O vídeo dos testes do radar em 28 de março no polígono de Ashuluk, região de Astrakhan, foi divulgado pelo canal russo Rossiya-1.
Dos exercícios também participaram vários aviões militares e unidades dos sistemas de defesa antiaérea S-300, S-400 e Pantsir-S, que efetuaram disparos para eliminar alvos terrestres e aéreos.
Segundo um correspondente do canal, o radar Enisei é capaz de identificar mísseis balísticos a uma altitude de até 100 quilômetros, enquanto o raio de ação atinge 600 quilômetros.
A maioria das caraterísticas técnico-militares do futuro sistema S-500, que supostamente incorporará o radar Enisei, são guardadas em segredo. Anteriormente, foi informado que o Prometei poderá detectar e atingir ao mesmo tempo até dez alvos balísticos supersônicos, voando a uma velocidade de sete quilômetros por segundo.
O complexo de defesa antiaérea deverá entrar no serviço até 2020.
Se Lula se candidatar será necessária intervenção militar, diz general da reserva
O general de exército da reserva Luiz Gonzaga Schroeder Lessa, disse em entrevista publicada nesta terça-feira (03) que se o Supremo Tribunal Federal (STF) aceitar o habeas corpus pedido pelo o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva será necessária a intervenção militar.
Se acontecer tanta rasteira e mudança da lei, aí eu não tenho dúvida de que só resta o recurso à reação armada. Aí é dever da Força Armada restaurar a ordem. Mas não creio que chegaremos lá", disse ao jornal O Estado de S.Paulo.
Se acontecer tanta rasteira e mudança da lei, aí eu não tenho dúvida de que só resta o recurso à reação armada. Aí é dever da Força Armada restaurar a ordem. Mas não creio que chegaremos lá", disse ao jornal O Estado de S.Paulo.
Lessa afirmou que o STF estará agindo como "indutor" da violência entre os brasileiros, "propagando a luta fratricida, em vez de amenizá-la".
"O que querem no momento é abdicar da Justiça e fazer politicagem na mais Alta Corte do País", completou
Lessa foi comandante militar do Leste e da Amazônia e presidiu o Clube Militar. Ele já havia se manifestado a favor da intervenção militar em entrevista na semana passada à Rádio Bandeirantes, de Porto Alegre.
"Vai ter derramamento de sangue, infelizmente é isso que a gente receia." E acrescentou que essa crise "vai ser resolvida na bala", reiterou na ocasião.
Em nota enviada ao Estado de S.Paulo, o Exército disse que as declarações do general de exército da reserva Luiz Gonzaga Schroeder Lessa representam a "opinião pessoal" dele.
"O Exército brasileiro pauta sua atuação dentro dos parâmetros legais balizados pela Constituição Federal e outras normas que regem o assunto", escreveram.
Que país apresenta 'sinal de agressão' real?
A imprensa britânica sinalizou como um "sinal de agressão" a nova bomba aérea Drel (furadeira, em português).
A nova bomba aérea Drel, adotada pelo exército russo ainda neste ano, é mais um sinal de agressão do Kremlin, comunica o jornal britânico Daily Express.
O jornal expressa que a bomba destinada a equipar os caças russos de 5ª geração Su-57, aumenta as preocupações sobre o início da 3ª guerra mundial.
O artigo citou um representante do consórcio fabricante Tekhmash afirmando que a bomba é apta a ataques sobre instalações a 30 km de distância, evitando o espaço aéreo inimigo. E acrescenta que essa arma está equipada com 15 submunições autoguiadas suficientes para destruir uma coluna de tanques ou uma bateria de mísseis e, ao mesmo tempo, permanecer invisível ao radar.
O Daily Express afirma que a Rússia fez o anúncio da nova bomba logo após o envenenamento do ex-agente russo Sergei Skripal, o que, segundo o autor da publicação, pode ser considerado "mais um sinal de agressão do Kremlin".
Entretanto a Drel, que será adotada pelas Forças Armadas da Rússia em 2018, foi apresentada durante o fórum militar Exército 2016. Ela é destinada a derrotar veículos blindados, sistemas de radar terrestres sem entrar na zona de defesa aérea.
Em entrevista concedida ao serviço russo da Rádio Sputnik, o especialista militar Vladimir Kozin comentou as conclusões do Daily Express.
"É uma verdadeira bobagem. Antes de nos acusar, eles devem prestar mais atenção ao que está acontecendo em países da OTAN próximos às fronteiras russas no que tange as atividades militares. Todas as três doutrinas, que foram acordadas pela administração norte-americana, têm características agressivas, onde dois países são considerados inimigos potenciais dos EUA: Rússia e China. Os EUA realmente planejam a agressão e modernizam uma tríade nuclear estratégica com mísseis balísticos intercontinentais, mísseis de submarinos e bombardeiros pesados. Modernizam uma arma nuclear tática em forma de bombas nucleares B61, desenvolvem o sistema de defesa antimíssil de modo global. Está havendo uma exploração mais ativa ao redor das fronteiras russas por aviões da OTAN: na semana passada foi relatado 23 aviões de reconhecimento, eles bateram seu próprio recorde. Além disso, os caças multiusos dos membros da OTAN (Grã-Bretanha, EUA e França) aterrissam em três bases dos Países Bálticos. Eles podem transportar tanto armas convencionais como nucleares", disse.
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