segunda-feira, 20 de novembro de 2017

Sinais podem ser do SEPIRB, segundo submarinista ouvido pelo Poder Naval

Segundo um submarinista consultado pelo Poder Naval, o submarino argentino ARA San Juan pode estar em uma situação muito complicada para resgate.
Levando-se em conta a última posição divulgada do submarino, ele estaria em uma isobática de 1.000 (linha de carta náutica que une os pontos de igual profundidade), ou seja, numa região em que a profundidade chega a 1.000 metros. O submarino teria mais sorte se tivesse conseguido se deslocar para uma área de isobática mais rasa.
O problema maior é que o submarino não deve ter lançado a boia marcadora, mas pelos sinais de chamadas de satélite recebidos sem muita precisão do local de transmissão, o ARA San Juan parece ter lançado o SEPIRB (Submarine Emergency Position Indicating Radio Beacon).
O SEPIRB fica flutuando e o mar agitado atrapalha a transmissão. Se tivesse lançado a boia marcadora, o sinal seria mais consistente. Outra vantagem da boia marcadora é que ela fica presa ao submarino.
Segundo o submarinista, destacam-se duas hipóteses entre as prováveis: o ARA San Juan não conseguiu lançar a boia marcadora ou o submarino conseguiu lançar a boia, mas o cabo de aço da boia marcadora tem um comprimento de 900 metros, e o submarino estaria no fundo a uma profundidade maior que 900 metros. Esta seria a pior hipótese.
Se o submarino estivesse em local raso, seria possível fazer o escape individual dos tripulantes nos trajes de escape. Mas se estiver a mais de 900 metros, o resgate será muito difícil, até para o equipamento americano que está sendo enviado.
Para piorar a situação, os suprimentos de cal sodada que absorvem o gas carbônico e fazem o controle atmosférico duram 5 ou 6 dias no máximo. Então os tripulantes estariam no limite do consumo desses suprimentos e das velas geradoras de O2.
O Submarine Emergency Position Indicating Radio Beacon ou SEPIRB é um dispositivo de sinalização de rádio usado para localizar um submarino em perigo. O SEPIRB é armazenado a bordo do submarino e no momento da emergência é recuperado do armazenamento e lançado. O submarino pode estar na superfície ou submerso no momento do lançamento.
O SEPIRB vai à superfície e transmite uma mensagem digital para a rede de satélite COSPAS-SARSAT, que obtém a posição do SEPIRB dentro de um círculo de 100 jardas usando um receptor GPS integrado. A mensagem transmitida contém o tempo decorrido atual desde a ativação e o ID SEPIRB exclusivo (ID) até que uma localização válida seja obtida do GPS (a “localização inicial”).
Uma vez que a localização inicial é obtida do GPS, a mensagem transmitida contém o tempo decorrido, a ID, a localização inicial obtida pelo GPS e o tempo decorrido associado à localização inicial. Se nenhuma localização GPS for obtida e/ou transmitida pelo SEPIRB, a sua localização (dentro de aproximadamente duas milhas) será determinada por métodos COSPAS-SARSAT padrão.
Seis horas após a atuação, o SEPIRB começa a transmitir um rádio farol de 121,5 MHz que é usado tanto na localização/recuperação da boia quanto como backup nas transmissões de mensagens COSPAS-SARSAT. O SEPIRB continua tanto as transmissões de mensagens quanto o farol até que as baterias estejam esgotadas ou até que o dispositivo seja recuperado e desativado manualmente.

'Cisne branco' modernizado russo: pior pesadelo dos EUA se torna realidade

Em 17 de novembro foi apresentada ao público a versão modernizada do bombardeiro estratégico russo Tu-160. Espera-se que o primeiro voo da nova aeronave se realize em 2018.
O Ministério da Defesa da Rússia já informou que pretende adquirir 50 aviões porta-mísseis desse tipo. A produção em série do Tu-160M2 começará em 2022.
Atualmente, o custo de produção de um desses aviões alcança 254 milhões de dólares (R$ 857 milhões). A produção de um submarino estratégico Borei, por exemplo, custa 390 milhões de dólares (R$ 1,27 bilhão). Será que tem sentido um projeto de modernização tão caro?
O bombardeiro estratégico russo é o avião da sua classe mais avançado do mundo, sublinha Vladimir Tuchkov no seu artigo no portal russo Svobodnaya Pressa. É mais rápido, tem maior capacidade de carga, maior alcance e pode voar a maior altitude. 
Segundo o vice-ministro da Defesa da Rússia, Yuri Borisov, a eficácia militar do avião modernizado dobrará em comparação com seu antecessor, porque foram modernizados todos os sistemas eletrônicos a bordo, bem como os motores do avião. A nova aeronave será equipada com motores NK-32-02, com sistemas de gestão eletrônica, o que aumentará a fiabilidade da aeronave, além de diminuir o consumo de combustível. O impulso total dos quatro motores alcançará 104 toneladas de força. Desde modo, é de esperar que a velocidade máxima do avião supere 2.230 quilômetros por hora.
Embora as caraterísticas dos sistemas eletrônicos instalados no avião ainda sejam informação confidencial, segundo Tuchkov, ele será dotado do sistema de radar Novella-NV1-70, do sistema de navegação K-042K-1 e do piloto automático ABSU-2001. Além disso, terá um novo sistema de armamento que melhorará a eficácia do míssil de cruzeiro Kh-101/Kh-102, com um alcance máximo de 5,5 mil quilômetros. Mais do que isso, será aumentada a precisão dos bombardeios com mísseis guiados. Também serão modernizados os sistemas de guerra radioeletrónica e de comunicação. 
Graças ao uso das tecnologias mais avançadas, o “cisne branco” russo será capaz de participar das chamadas guerras centradas em redes – com forças dispersas, mas compactas e conectadas. Os sistemas mais importantes da aeronave foram desenvolvidos pelo consórcio KRET. Segundo o vice-diretor da empresa, Vladimir Mikheev, este sistema de defesa é capaz de proteger o avião de todo tipo de sistemas de mísseis existentes e dos meios de defesa antiaérea mais avançados.
A característica única do sistema de proteção da aeronave é a arquitetura aberta de seus sistemas eletrônicos. Se um dos processadores do sistema de guerra radioeletrônica falhar, será substituído por processadores de sistemas de defesa, de radar ou de comunicação.

Ministro britânico pressionou governo do Brasil em favor de gigantes petroleiras

O ministro do Comércio do Reino Unido, Greg Hands se encontrou com o vice-ministro brasileiro de Minas e Energia, Paulo Pedrosa com o objetivo de fazer o governo brasileiro aliviar tributações e regulação ambiental em favor da Shell, British Petroleum e Premier Oil. Conseguiu.
O relato do encontro consta em telegramas obtidos pelo Greenpeace e reproduzidos com exclusividade pelo The Guardian. De acordo com o jornal britânico, Hands viajou ao Rio de Janeiro, São Paulo e Belo Horizonte em uma visita para ajudar empresas britânicas de energia, mineração e água a fazer negócios no Brasil.
A Pedrosa, Hands expressou preocupação em torno das regulações de licenças ambientais no Brasil. Ouviu do vice-ministro que este pressionaria colegas no governo em torno das medidas propostas pelas petrolíferas.
Embora o governo do Reino Unido tenha negado a prática de lobby para enfraquecer o regime de licenciamento ambiental brasileiro, as negociações se provaram exitosas. Em agosto, o Brasil propôs redução tributária de bilhões de dólares para perfuração marítima. Dois meses depois, BP e Shell ganharam a maior parte das licenças no leilão do pré-sal brasileiro.
O Greenpeace acusou o Departamento de Comércio Internacional (DIT na sigla em inglês) de agir como um "braço de pressão da indústria de combustíveis fósseis". A negociação acontece em um momento em que o governo conservador da primeira-ministra Theresa May advoga pela implantação do Acordo de Paris e critica o governo do presidente americano, Donald Trump, pelo desprezo a questões ligadas a mudanças climáticas.
Em nota ao The Guardian, o DIT se defendeu, dizendo que não praticou lobby.
Não é verdade que nossos ministros praticaram lobby para afrouxar as restrições ambientais no Brasil — [o tema da] reunião foi sobre melhorar o processo de licenciamento ambiental, garantindo condições equitativas para as empresas nacionais e estrangeiras e, em particular, ajudando a acelerar o licenciamento e torná-lo mais transparente, o que, por sua vez, protegerá os padrões ambientais", diz o comunicado.
No leilão do pré-sal, a Shell levou duas áreas de exploração como operadora e uma como participante e se tornou a segunda maior produtora do Brasil, após comprar a gigante BG. Já a BP venceu como participante em duas áreas, ambas lideradas pela Petrobras, e se disse "ansiosa por avançar em um ritmo rápido" de acordo com declaração do chefe global da área de produção e exploração da empresa, Bernard Looney, citado pela Época.

domingo, 19 de novembro de 2017

Exército Brasileiro EB-2018

O Brasil perderá o HMS Ocean para a Turquia?

Terríveis armas da Rússia. Submarinos da quarta geração

Armas de retribuição. Iskander-M.

Rússia faz lançamento bem sucedido do míssil Iskander-M modernizado (VÍDEO)

A Rússia lançou o novo míssil Iskander-M durante as manobras conjuntas antiterroristas dos países membros da Organização do Tratado de Segurança Coletiva, que acontece entre 10 e 20 de novembro no Tajiquistão.
Durante a simulação, um campo de treinamento inimigo virtual foi atacado. O míssil conseguiu atingir seu alvo com uma precisão de 10 metros. O Iskander-M mostrou características melhoradas de precisão e invisibilidade.
O alvo, localizado no polígono de Kharbmaidon, perto da fronteira com o Afeganistão, foi destruído a uma distância de 130 quilômetros.
Além da Rússia, as manobras antiterroristas contaram com mais de 5.000 soldados do Tajiquistão, Bielorrússia, Armênia, Quirguistão e Cazaquistão, bem como mais de 1.500 peças de equipamento militar e mais de 60 aeronaves.

Diretor da PF indicado por Temer revela data para o fim das investigações da Lava Jato

O diretor da Polícia Federal, Fernando Segovia, revelou que as investigações da Operação Lava Jato têm data para acabar.
Queremos concluir as investigações antes do início do processo eleitoral. Vamos botar o número de policiais que for necessário para passar isso a limpo neste prazo", disse Segovia em entrevista ao jornal O Globo.

Segovia reuniu-se com a presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Carmen Lúcia, nesta semana e afirmou que a PF estuda realocar delegados para auxiliar nos processos que tramitam na corte. Os inquéritos e ações que estão no Supremo envolvem políticos com foro privilegiado, como senadores e deputados federais. 

Hoje, a PF tem 15 delegados atuando em 153 inquéritos no STF — boa parte deles abertos pela delação da Odebrecht.
Indicado por Michel Temer (PMDB) no dia 8 de novembro, o novo diretor da PF chegou ao cargo para substituir Leandro Daiello, que estava no posto desde 2011.
Sua indicação foi chancelada por políticos investigados pela Lava Jato, como o ministro-chefe da Casa Civil Eliseu Padilha. 
Até mesmo dentro da Polícia Federal sua escolha foi questionada. A Associação dos Delegados da Polícia Federal (ADPF) publicou uma nota criticando o processo de seleção e classificou a atitude como um movimento político.

Astronauta grava inédita queda de meteoro vista do espaço (VÍDEO)

O astronauta italiano Paolo Nespoli, que hoje se encontra na Estação Espacial Internacional, gravou um vídeo que captou a entrada de um meteorito nas camadas densas da atmosfera na região do Atlântico, publicando-o na sua página de Twitter.
"Na EEI, nós observamos muitos meteoros, mas nunca os consegui captar com a câmera. Desta vez tive sorte, e eu filmei uma bola de fogo brilhante. Este era um meteoro muito rápido que se deslocava a 40 km por segundo", revelou Nespoli.
E aqui vai uma olhada de pertinho! Pense seu desejo… Eu já pensei:)
Os representantes da Agência Espacial Europeia comunicaram que se trata de um corpo celeste com menos de um metro de dimensão que se deslocava duas vezes mais rápido que um meteoro comum.
O portal space.com, por sua vez, frisa que o corpo poderia fazer parte da chuva de meteoros Táuridas ou Leónidas. Os especialistas também não descartam que o objeto poderia ter sido um fragmento de algum satélite.
Mais cedo, na cidade russa de Murmansk foi filmada uma explosão no céu noturno que, supostamente, teria sido provocada por um meteoro, dado que no céu da Finlândia se registrou um fenômeno semelhante.

sábado, 18 de novembro de 2017

implantação sonobuoy diminuto Ultra Electrónica

Silencioso e rápido: assim é o novo submarino estratégico russo Knyaz Vladimir

O novo submarino russo, batizado com o nome do famoso príncipe e lançado à água na sexta (17), possui um deslocamento de 15 mil toneladas, uma velocidade de cerca de 55 km/h e pode levar a bordo 16 mísseis balísticos.

O submarino estratégico Knyaz Vladimir foi desenvolvido pelo Bureau de Construção Rubin e é um submarino de 4ª geração. Os navios desta classe são silenciosos devido à utilização de elementos especiais na sua construção. Eles possuem um revestimento de absorção de som de novo tipo, bem como outras soluções técnicas.
Arma estratégica silenciosa
Os corpos dos submarinos de quarta geração são feitos de aço levemente magnético, o que lhes permite alcançar uma profundidade de até 400 metros. 
Tal como o submarino multifuncional Kazan da classe Yasen-M lançado à agua no fim de março, o Knyaz Vladimir é dotado de sistemas modernizados de armas de guerra eletrônica. Entretanto todo o "recheio" eletrônico do navio é produzido nos antigos países soviéticos. 
Concorrente digno 
O Knyaz Vladimir é o submarino estratégico mais recente e avançado. Ele supera os principais submarinos norte-americanos da classe Ohio.
O primeiro Borei-A pode submergir a uma profundidade máxima de 400 metros, enquanto o análogo norte-americano só atinge 365 metros. Além disso, a tripulação do Knyaz Vladimir é de 107 militares, enquanto o dos Ohio é de 155.  
As armas principais do submarino estratégico russo são 16 mísseis balísticos intercontinentais P-30 Bulava, cada dos quais é dotado das ogivas autoguiadas de 150 quilotons. Assim, o Borei-A pode liquidar centenas de alvos com um só disparo. Os submarinos Ohio são dotados de 24 mísseis Trident II de 8 ou 15 blocos. Mas os mísseis russos possuem um alcance operacional maior – 9,3 mil quilômetros contra os 7,8 mil quilômetros dos análogos norte-americanos.  
Perspectivas para o futuro
Os submarinos nucleares Borei-B vão ser a continuidade do projeto 955. Segundo o chefe do Estado-Maior das Forças Armadas da Rússia, general Valery Gerasimov, os trabalhos de desenvolvimento do submarino já estão em curso. O comandante da Marinha russa, Vladimir Korolev, informou na sexta (17) que, após o Borei-B, vai ser iniciado o trabalho de desenvolvimento dos submarinos nucleares de 5ª geração. 
Trata-se de embarcações multifuncionais do projeto Haski. Elas vão ser armas estratégicas, mas serão capazes de cumprir os objetivos no âmbito da estratégia de dissuasão nuclear. De acordo com a informação disponível, estão sendo discutidas duas variantes dos submarinos. A primeira será dotada dos mísseis antinavio Kalibr para conter os submarinos estratégicos como os Ohio. A segunda pode ser equipada com os mísseis supersônicos russos Tsirkon. 

Calidus B-250 at Dubai Airshow 2017

Tu-160M2, o "cisne branco" renascido

Novaer/Calidus B-250 Bader, afinal, que avião é esse?