sábado, 22 de outubro de 2011

SSBN 941 “AKULA” – O tubarão soviético

 O maior submarino do mundo e certamente um dos mais temidos submarinos soviéticos da guerra-fria, os submarinos da classe Typhoon (embora o nome soviético/russo para esta classe seja Akula (Tubarão), a OTAN adotou a denominação Typhoon (Tufão), provavelmente em decorrência das palavras proferidas pelo premiê soviético Leonid Brezhnev, no ano de 1974, onde ele mencionava a construção de um novo SSBN chamadoTayfun. Importante salientar que esta classe de SSBN nada tem em comum com os submarinos SSN designados Akula pela OTAN, cuja denominação russa é Bars) impuseram grande temor às forças de defesa norte-americanas.Os submarinos Typhoon, que navegavam especialmente nas as águas gélidas do Atlântico Norte, não necessitavam submergir ou mesmo navegar para poder lançar seu impressionante arsenal nuclear composto por 20 mísseis MIRV de longo alcance (alcance de 10000 km) R-39 (também chamados SS-N-20), cada um transportando 10 ogivas de 2MT, e tendo como alvo os Estados Unidos. Era possível iniciar o lançamento de seu arsenal mesmo estando aportado, mais uma razão para estes submarinos serem extremamente temidos.

O projeto do submarino incluía características que lhe permitiam navegar tanto sob uma espessa camada de gelo, quanto navegar na superfície, rompendo a camada de gelo. Superfícies de controle de profundidade horizontais foram instalados na seção da proa e se retraíam para dentro do casco. Também foram instaladas superfícies de controle de profundidade nas laterais dos eixos das hélices. O sistema de equipamentos retráteis incluía dos periscópios (um par ao comandante e um para uso geral), rádio sextante, radar, mastros de rádio-comunicação, navegação e localização. Estes mastros eram instalados em uma célula na torre, célula esta que possuía cobertura reforçada para o rompimento de superfícies congeladas.
Os míssseis R-39 eram acomodados em duas fileiras de 10 mísseis cada, acomodados à frente da torre do submarino. Os Typhoon também contavam com um sistema de carregamento automático de seus seis tubos de torpedos dianteiros, que possuíam calibres de 533 e 650 mm.
A propulsão deste gigantesco barco era providenciada por dois reatores, cada um produzindo 190 MW. A velocidade máxima da embarcação podia atingir os 27 nós. Se compararmos o Typhoon com os submarinos nucleares soviéticos da primeira e segunda gerações, sua manobrabilidade era impressionante, mesmo com seu gigantesco deslocamento. Também podemos afirmar com certeza que o Typhoon é um dos submarinos soviéticos mais silenciosos já fabricados. Grande parte dessa redução se deve a um sistema pneumático de dupla absorção de impacto, a um novo sistema de transmissão através de engrenagens, a um novo sistema de isolamento acústico e a uma cobertura hidroacústica.
Cabe também citar que o Typhhon era equipado com um sistema hidroacústico “Slope”, que consiste em quatro estações hidroacústicas, capazes de engajar e rastrear acusticamente até 12 navios. Além disso o sistema do Typhoon contava com 2 antenas flutuantes, para a recepção de transmissões de rádio, dados sobre localização de alvos e sinais de navegação via satélite, essenciais para a navegação a grande profundidade e sob superfícies congeladas.
O desenvolvimento do submarino estratégico 941 foi autorizado em dezembro de 1972 e a 19 de dezembro de 1973, o governo soviético formalizou oficialmente a ordem para projetar e construir o SSBN 941. O projeto ficou a cargo do Escritório de Projetos Leningrado, atualmente Escritório Central de Projetos para Engenharia Marinha “Rubin”. Após extensos testes, o 941-”TK-208″ foi lançado em setembro de 1980, sendo entregue à Frota Norte, em 12 de dezembro de 1981. Entre os anos de 1981 e 1989, seis submarinos da classe Typhoon entraram em serviço, tornando-se parte da 1ª Frotilha de Submarinos Nucleares da Frota Norte, baseada em Nyerpichya. Uma sétima embarcação foi iniciada, mas sua construção foi cancelada antes de sua conclusão.
Inicialmente esperava-se que os submarinos da classe Typhoon fossem modernizados, tendo seu sistema de lançamento D-19 substituído por outro mais moderno e passando a operar os mais modernos mísseis SS-N-28 Bark. O primeiro submarino a ser construído, o TK-208 Dmitry Donskoi, teve iniciadas as oprações de modernização em 1992, após um acidente com um de seus mísseis. Kuroedov, Comandande em Chefe da Marinha de Guerra da Rússia, ordenou pessoalmente a modernização do TK-208. Como o novo míssil SS-N-28 era 20 milímetros mais espesso que o SS-N-20, os tubos de lançamento tiveram que ser reconstruídos, a um custo de 10 bilhões de rublos (cerca de 292 milhões de dólares). Os SS-N-28 já estavam em fase de testes quando a Marinha russa preteriu o projeto em favor de um novo projeto, de criação do Moscow Teplotechnika Institute. O instituto de lobby junto ao Ministro da Defesa Sergei Ivanov, assim foi decidido modernizar o TK-208 para a utilização do novo míssil Bulava.
A vida operacional destes submarinos era estimada entre 20 e 30 anos, mas para tal, fazia-se necessária uma modernização de seus equipamentos a cada 7 ou 8 anos, caso contrário a vida útil da embarcação cai para 10-15 anos. Em 1997, após o descomissionamento de dois Typhoon, os oficiais russos alegavam que seria possível operá-los sem modernizações pelo menos até 2007 (22-25 anos de vida útil)
O Tratado Não-Lugar de Cooperação para Redução Nuclear, firmado entre os EUA e Rússia estabelecia como data limite o ano de 1999. para o desmantelamento de 25 embarcações da classe Delta, 5 embarcações da Classe Typhonn e uma embarcação da Classe Yankee, embarcações estas capazes de lançar juntas, mais de 400 mísseis e 1700 ogivas nucleares.
Por volta de junho de 2000, a Marinha Russa afirmava ter em operação 26 SSBN, transportando 2272 ogivas em seus 440 mísseis balísticos. A força consistia de 5 submarinos Typhoon, 7 submarinos Delta IV e 13 submarinos Delta III (obviamente que a soma destes submarinos resulta em 25 embarcações e não em 26), mas de acordo com um reporte de 1999, somente um submarino da classe Typhoon permanecia na ativa e estima-se que não mais que três estejam na reserva.
Em janeiro de 2000, um reporte informava que 3 dos 6 Typhoon permaneceiam em serviço ativo, empregados principalmente para testes dos novos mísseis SS-N-28 Bark, contrariando o acordado no Tratado de Cooperação e a informação que o Bark havia sido cancelado por conta de falhas do projeto. Ao mesmo tempo a Marinha russa informava que 12 SSBN seria o número mínimo necessário para manter sua estrutura de defesa.
Em 2002. o comandante da Frota Norte da Marinha russa, informou que 3 submarinos Typhoon haviam sido desmantelados e dois Typhoon modernizados já estavam prontos para serem reincorporados pela marinha. O primeiro Typhoon modernizado a ser reincorporado foi o TK-208, que foi reativado após 10 anos.
Em 24 de maio de 2004, o almirante Gennady Suchkov, comandante da Frota Norte, ordenou o descomissionamento dos Typhoon remanescentes, uma vez que o pedido de modernização foi negado. O Almirante havia sido suspenso por Putin, sob a alegação de ser culpado pela morte de 10 tripulantes que morreram no naufrágio de um submarino descomissionado. Condenado a 4 anos de prisão, a sentença foi revogada no final de maio de 2004.
As informações a respeito do real paradeiro dos submarinos da Classe Typhoon são controversas. Em 2006, as informações davam conta que o TK-208 era utilizado apenas como base para testes dos novos mísseis Bulava, o TK-20 permanecia na ativa, mas transportando apenas 10 mísseis, sem possibilidades de completamento, uma vez que as instalações de produção do SS-N-20 foram desmanteladas. E o TK-17 permanecia na ativa, mas sem transportar nenhum míssil. Em dezembro de 2006 foi iniciado o desmantelamento do TK-12, como financiamento dos EUA. O desmantelamento completo estava estimado para o final do ano de 2007 .
Informações mais recentes dão conta que apenas o TK-208 encontra-se na ativa, e os outros dois estão na reserva, em parte por causa de seu altíssimo custo operacional.

Investigador da ONU alerta sobre uso de aviões não-tripulados



O investigador independente da ONU para mortes extrajudiciais, Christof Heyns, criticou nesta sexta-feira o uso de aviões não-tripulados e missões militares em países onde não haja conflitos reconhecidos, independente do motivo apresentado. Para exemplificar, o investigador da ONU citou os casos do Paquistão e do Iêmen, onde os Estados Unidos adotaram abertamente esta política. Heynes também advertiu que estes sistemas operacionais têm um alto custo em termos de vítimas civis.
"O uso desses métodos por parte de alguns Estados para eliminar oponentes em países terceiros abre espaço para uma pergunta: porque os outros Estados não poderiam fazer eles mesmos?", indagou Heyns, considerando que "o perigo seria uma possível guerra mundial sem fronteiras, na qual ninguém estaria a salvo".
O investigador da ONU também alertou a comunidade internacional sobre a necessidade de iniciar um debate para esclarecer esta nova e perigosa tendência.

sexta-feira, 21 de outubro de 2011

O momento da prisão de cabras Muammar Gaddafi Sobhan humilhante

ASSISTA: Vídeo exclusivo mostra opositores celebrando ao lado de corpo de Kadafi


MISRATA – O enviado especial do jornal O Estado de S. Paulo e do estadão.com.br à Líbia, Andrei Netto, obteve o vídeo abaixo de opositores do regime de Muamar Kadafi, morto na quinta-feira. As imagens mostram pessoas dançando, cantando e comemorando ao lado do corpo de Kadafi e de Mutassim, um dos filhos dele, também morto ontem.

Veja também:
HOTSITE: O ex-ditador líbio Muamar Kadafi
Segundo o jornalista, o vídeo foi gravado na noite de ontem, quinta-feira, ou na madrugada de hoje, sexta, em Misrata, a 250km de Trípoli, para onde o corpo de Kadafi foi levado depois da captura, em Sirte.
“Misrata é a cidade mais castigada pelo regime durante a revolução. Durante mais de três meses, os combatentes foram cercados por tropas kadafistas, que bombardeavam a cidade dia e noite”, conta Netto. As linhas de frente chegaram a se enfrentar a uma distância de 100 metros, segundo relatos. “A destruição na cidade é enorme. Kadafi é odiado na região. E foram rebeldes de Misrata que o prenderam”, explica o jornalista.
Esse fato pode explicar as suspeitas de execução sumária, sem julgamento, do ditador.
Veja a seguir fotos feitas por Netto no local.

    Operação Ágata - Força-Tarefa Negro

    Neste Exército Notícias Especial - Operação Ágata - Resumo da Operação da Força-Tarefa Negro

    EN 104 - Tiro Real do Blindado Guarani

    Assista neste Exército Notícias como foi o tiro real do Guarani, que compõe a nova família de Blindados do Exército. E ainda, Radar Saber M60 é entregue à Força Terrestre

    Bateria de caminhão costeiras disparar um míssil Harpoon Marinha


    Harpoon é um sistema de míssil antinaviooriginalmente desenvolvido pela McDonnell Douglas dos Estados Unidos da América, cuja produção e desenvolvimento se encontra agora sob a tutela da Boeing Integrated Defense Systems. Em 2004, a Boeing entregou a 7000ª unidade produzida, desde a entrada desta poderosa arma ao serviço, em1977. O sistema de mísseis foi já desenvolvido para uma versão de ataque costeiro, o Standoff Land Attack Missile(SLAM).
    O Harpoon faz uso da tecnologia de active radar homing e trajectória a muito baixa altitude para aumentar a precisão e sobrevivência do próprio míssil. As plataformas de lançamento possíveis são:
    • Aviões (AGM-84);
    • Navios (RGM-84, dotado de um foguete de propulsão que é descartado após disparo, para delegar a propulsão aos turbojactos embutidos);
    • Submarinos (UGM-84, também dotado de foguete e encapsulamento, para possibilitar o disparo debaixo de água, por um tubo de torpedo)
    • Baterias de defesa costeiras.
    Da concorrência a este míssil, destacam-se o Exocet de fabrico francês, o russo SS-N-25 

    Novo motor do caça Gripen provavelmente vai esquentar a competição no Brasil


    A atualização da Saab no motor de seu caça Gripen dá ao fabricante de defesa sueco uma vantagem na corrida para ganhar os bilhões de dólares do Brasil na concorrência de caças F-X2. Depois de uma vitória no início das negociações pelo caça Rafale da França, feito pela Dassault Aviation, a Boeing iniciou na competição uma campanha de lobby silencioso que conquistou o apoio do presidente dos EUA, Barack Obama, quando ele se reuniu com a presidente brasileira, Dilma Rousseff, em março.
    A Boeing está na corrida com o caça F/A-18 E/F Super Hornet, enquanto o JAS-39 Gripen NG da Saab está esperando ganhar uma vantagem sobre o Rafale, que permanece sem vendas fora da França. O Rafale está depositando esperanças em negócios na Índia e os Emirados Árabes Unidos para definir precedente para outros potenciais compradores do jato de caça.
    A concorrência F-X2 do Brasil tem sido notícia desde que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva estabeleceu planos em 2008 para modernização da defesa, que incluia os gastos adicionais para a marinha e as forças terrestres.
    Um acordo do FX-2 foi relatada como ao longo de 2010, mas foi adiado para 2012. Brasileiros citaram cortes orçamentais e variadas ofertas de transferência de tecnologia, que eles vêem como um degrau para o desenvolvimento de sua própria indústria de aviação de defesa.
    O Gripen é visto por analistas de defesa como um sério rival para os dois caças, da Boeing e da Dassault, mas tem enfrentado críticas de que sua aeronave depende muito de peças fabricadas nos EUA. O anúncio da Saab, de uma atualização do motor, sinalizou a determinação do fabricante de ofuscar seus rivais na licitação FX-2.
    O Brasil planeja comprar até 36 caças de última geração, mas ainda não determinou as quantidades finais da encomenda ou o prazo de pagamentos e entregas.
    Com melhorias no motor do Gripen, a Volvo Aero se afasta da dependência norte americana.
    Em setembro, a Volvo Aero AB anunciou planos para aumentar o empuxo produzido pelo motor RM12 utilizado em caças Gripen. Uma série de soluções técnicas para atingir essa capacidade foram apresentados numa conferência internacional importante de motores aeronáuticos em Gotemburgo, na Suécia.
    A Volvo informou que vai aumentar a propulsão entre 2% e 15%, dependendo dos requisitos do cliente, através do desenvolvimento de um novo fan ou alterações aerodinâmicas que proporcionarão um aumento da massa do fluxo de ar através do motor e uma turbina nova com materiais capazes de suportar temperaturas mais elevadas e um fluxo de resfriamento aumentado.
    A Volvo Aero disse que seus engenheiros vão conseguir isso, adaptando e modificando uma versão mais recente da turbina da General Electric.
    “Temos afirmado anteriormente que é possível aumentar significativamente o empuxo do existente motor RM12 a um custo muito competitivo”, disse Henrik Runnemalm, chefe de pesquisa da Volvo Aero. “Teremos então um motor mais potente e econômico. Isso também significa que podemos atualizar os 220 motores que a Força Aérea Sueca já possui, mantendo a competência de fabricação do motor dentro do país.”
    Ambos os Gripen e Rafale aproveitaram a campanha da OTAN sobre a Líbia para mostrar as suas habilidades de batalha.
    O governo sueco insistiu que a caças Gripen estão limitados a apoiar a zona de exclusão aérea e não vão realizar missões de ataque ao solo. Relatórios da mídia sueca disseram que o envolvimento do Gripen na Líbia pode incentivar as vendas.
    Fonte: UPI – Tradução: Cavok

    Exército dos EUA compra pequenas aeronaves kamikazes não tripuladas



    O Exército dos Estados Unidos assinou um contrato para a compra de pequenas aeronaves portáteis não tripuladas, capazes de destruir um alvo com sucesso, lançando-se contra ele e ativando cargas explosivas que levam acopladas, informou a empresa construtora do equipamento.
    No final de junho, o Exército dos EUA fechou um acordo de US$ 4,9 milhões com a companhia AeroVironment para adquirir, o mais rápido possível, essas aeronaves batizadas como “Switchblade”, disse o fabricante.
    O equipamento aéreo pesa menos de dois quilos e pode ser transportado na mochila dos combatentes. No momento do lançamento, é expulso por um tubo e abre então as asas.
    A aeronave não tripulada mantém-se no ar com a ajuda de um pequeno motor elétrico que transmite imagens de vídeo captadas por uma pequena câmera a ela incorporada, o que lhe permite uma visão precisa do alvo, explicou a empresa em um comunicado.
    Ao obter imagens do alvo graças às transmissões diretas da aeronave, o operador pode confirmar se este é o alvo desejado, evitando assim que haja vítimas colaterais, afirmaram a empresa fabricante e o Exército dos EUA.
    Assim sendo, o aparato aponta para o alvo e se lança sobre ele, detonando então sua carga explosiva.
    Uma vez lançados, os mísseis das aeronaves Predator ou Reaper não podem ser desviados do alvo, e tampouco a explosão pode ser anulada. O Switchblade pode ser utilizado como uma arma controlada à distância, mas também como dispositivo de reconhecimento.


    Cassidian apresenta radar SPEXER 1000


    Radar de segurança – SPEXER 1000
    Durante a feira internacional Milipol, em Paris, a Cassidian, divisão de defesa e segurança da EADS, está introduzindo no mercado um novo radar de segurança: trata-se do SPEXER 1000 (ilustração fornecida pela empresa), mais novo membro da família de radares SPEXER.
    O novo modelo é otimizado para vigilância de instalações críticas como campos de petróleo, usinas, aeroportos e acampamentos militares.
    Com alcance instrumentado de 0,1-18km e uma razão de atualização muito elevada, o equipamento pode detectar movimentos suspeitos no solo, no ar ou no mar, em um estágio ainda inicial. Alvos pequenos e se deslocando a pouca velocidade são detectados sem problemas, devido à alta resolução “doppler”.

    Nasa e Japão divulgam mais completo mapa topográfico da Terra em 3D


    Lua e Marte farão parte de chuva de meteoros que ocorrerá neste sábado

    WASHINGTON - A Lua e Marte farão parte do espetáculo estelar que poderá ser visto neste fim de semana na abóbada celeste durante a chuva anual de meteoritos de Oriónidas, que neste ano é esperada para o próximo sábado, informa a Nasa (agência espacial americana).Os meteorologistas estimam que mais de 15 meteoritos por hora, desprendidos do cometa Halley, atravessem a atmosfera terrestre no sábado ao amanhecer, quando a chuva alcançar seu máximo apogeu.

    "Embora não seja a maior chuva de meteoros do ano, definitivamente vale a pena se levantar para vê-la", disse Bill Cooke, do Escritório Ambiental sobre Meteoritos da Nasa.
    O especialista indicou que, neste ano, as Oriônidas emergirão do céu na noite emolduradas por algumas das constelações mais brilhantes procedentes de Órion e passarão por Touro, Gêmeos, Leão e Ursa Maior.
    Mas este ano, além disso, Lua e Marte são parte do espetáculo. O satélite natural da Terra e o Planeta Vermelho formarão os dois vértices de um triângulo celeste que fechará Regulus, a estrela mais brilhante da constelação Leão no momento mais ativo da chuva, horas antes do amanhecer.
    Cooke e sua equipe estarão vigiando os meteoritos que atravessarem a Terra e também os que impactarem na Lua, já que, segundo ele, os restos de cometas como o Halley estão presentes em todo o sistema Terra-Lua.
    A diferença é que a Lua, por não ter atmosfera, recebe os meteoritos diretamente, os quais impactam e explodem na superfície lunar, provocando o aquecimento térmico das rochas lunares e um brilho que às vezes é visto da Terra com telescópios.
    A equipe de Cooke começou a trabalhar em 2005 e, desde então, detectou mais de 250 meteoritos lunares, alguns dos quais explodem "com energias superiores a centenas de quilos de dinamite".
    Neste período, registraram 15 Oriônidas que bateram a Lua, duas em 2007, quatro em 2008, e nove em 2009.
    Observar como esses meteoritos batem no satélite é uma boa maneira de aprender sobre a estrutura dos fluxos de detritos do cometa e a energia de suas partículas, explica o cientista, que ajudará seu grupo a calcular os fatores de risco para os astronautas que esperam, algum dia, voltar a caminhar sobre a superfície lunar.

    Nave Soyuz é lançada pela 1ª vez da Guiana Francesa


    KOUROU, Guiana Francesa - Após problemas que adiaram o lançamento na quinta-feira, 20, a nave Soyuz foi lançada com sucesso da Guiana Francesa nesta sexta-feira, 21, às 8h30 (Horário de Brasilia). As naves Soyuz voam desde 1966, e são mais antigas até mesmo que os primeiros mísseis balísticos intercontinentais da Guerra Fria. Mas esta é a primeira vez que ela foi lançada de fora do território da ex-União Soviética.

    A bordo da nave viajam os dois primeiros satélites europeus da rede europeia de geolocalização Galileu. No final da década, quando estiver plenamente operacional, esse sistema dará autonomia aos europeus em relação ao sistema GPS, que é norte-americano. A Rússia diz que concluiu no começo deste mês um sistema semelhante.

    O foguete russo foi adaptado para permitir que a empresa europeia de lançamentos Arianespace, que opera o "mamute" Ariane-5, leve para órbita uma carga considerada média, de 3,2 toneladas.

    A Rússia deve receber dezenas de milhões de dólares por cada lançamento, dinheiro que ajudará a financiar suas atividades espaciais. Ao mesmo tempo, a presença dos foguetes russos na base espacial europeia de Kourou, perto do Equador, ajudará a Arianespace a reduzir custos.

    quinta-feira, 20 de outubro de 2011

    PROSUB – Ministro Amorim Visita DCNS




    nforme distribuído pela DCNS

    Durante a visita oficial de hoje (19OUT11) a Cherburgo,  o Ministro da Defesa Celso Amorim,  pôde medir os avanços do programa de submarinos, confiado à DCNS no final de 2008. Depois de ser recebido por Patrick Boissier, Presidente diretor-geral da DCNS, Celso Amorim visitou as oficinas onde se realizam parte dos trabalhos deste programa estratégico, o mais importante jamais assinado a nível internacional pela DCNS.

    «A DCNS se empenhou em um ambicioso programa de transferência de tecnologia permitindo que o Brasil adquira competências e domine tecnologias estratégicas para a sua indústria de defesa», declarou Patrick Boissier, Presidente diretor-geral da DCNS. «Através desta visita, que ilustra o acordo de parceria estratégico assinado entre o Brasil e a França, reafirmamos o nosso empenho a longo prazo na realização deste programa. Felicitamo-nos pelo seu avanço que confirma a capacidade da DCNS em realizar uma transferência de tecnologia de grande porte. A confiança da Marinha brasileira confirma igualmente o valor tecnológico da DCNS e a competitividade quanto à exportação do Grupo.» 

    No final de 2008, foi de fato confiada à DCNS a concepção e a realização, com transferência de tecnologia, de quatro submarinos convencionais do tipo Scorpène, a assistência para a concepção e a realização da parte não nuclear do primeiro submarino brasileiro de propulsão nuclear, bem como o apoio à realização de uma base naval e de um estaleiro de construção naval no Brasil. Em relação ao submarino de propulsão nuclear, a assistência técnica fornecida pela DCNS diz respeito à parte não nuclear do submarino, sendo a Marinha brasileira totalmente responsável pela casa das caldeiras nucleares. O programa é integralmente conduzido através de uma vasta transferência de tecnologia e supervisionado pela marinha brasileira.

    Em conformidade com a agenda do contrato, os primeiros trabalhos começaram em Cherburgo em maio de 2010, dia do corte da primeira chapa da parte dianteira do primeiro dos quatros submarinos. Esta parte é, de fato, inteiramente realizada em Cherburgo. Será entregue ao estaleiro brasileiro no quarto trimestre 2012. A construção da parte traseira do primeiro submarino começou no Brasil, em julho de2011.

    O início da construção no Brasil do primeiro submarino constitui uma das etapas mais importantes do programa. Na verdade, ela indica que os engenheiros, os técnicos e operários que seguiram a formação na DCNS, na França, adquiriram os conhecimentos necessários para a realização do casco de submarinos de última geração e que o Brasil possui as ferramentas industriais necessárias.  Além disso, os trabalhos de terraplenagem e fundações da obra da base naval já começaram.

    Os quatros submarinos convencionais S-BR do tipo Scorpène respondem às especificações particulares da marinha brasileira: São perfeitamente adaptados às necessidades de proteção e de defesa dos 8.500 quilômetros de litoral brasileiro. São submarinos oceânicos polivalentes concebidos para todos os tipos de missões, incluindo na luta contra navios de superfície, na guerra antissubmarina, nas operações especiais e na coleta de informações.
     

    Lançamento da nave Soyuz é adiado em pelo menos 24 horas


    KOUROU, Guiana Francesa - O lançamento de um foguete Soyuz com os dois primeiros satélites do sistema de navegação Galileu foi adiado nesta quinta-feira em pelo menos 24 horas, informou a Agência Espacial Europeia (ESA, na sigla em inglês). Uma nova tentativa de lançamento será realizada nesta sexta-feira, 21, às 8h30 (Horário de Brasilia)
    Trata-se de um cancelamento de última hora decidido pelos responsáveis do Soyuz, depois que na reunião técnica prévia organizada durante a madrugada na base de lançamentos de Kourou, na Guiana Francesa, o lançamento fora aprovado para as 8h34 de Brasília.
    "O problema não ocorreu no Soyuz, mas nos sistemas em Terra", explicou à imprensa em Kourou, na Guiana Francesa, o presidente de Arianespace, Jean-Yves Le Gall. O adiamento foi decidido depois da detecção de uma anomalia durante o abastecimento de combustível do foguete Soyuz, segundo a ESA.
    O sistema automático em Terra que controla os conectores emitiu um alerta ao registrar uma "redução da pressão" inesperada, revelou Gall, quem explicou que os responsáveis do lançamento decidiram "esvaziar os tanques e substituir a válvula" com defeito.
    "É preciso ver se é possível substituir essa válvula e se nossas equipes, que passaram a última noite em claro, têm condições de se organizar para uma segunda noite insone", detalhou Gall, visivelmente contrariado com a situação.
    O cancelamento foi decidido de última hora pelos responsáveis da Soyuz, depois de uma reunião técnica prévia organizada nesta mesma madrugada na base de lançamentos de Kourou.
    "Decidimos às 2h30 no horário local (5h30 de Brasília) encher os foguetes Soyuz. Ao fim da terceira fase detectamos falhas em dois conectores que permitem essa operação", explicou Gall.
    Arianespace insistiu em que tanto o foguete quanto os dois satélites Galileu ficaram "em condições de máxima segurança".
    Os responsáveis presentes no Centro Espacial Europeu da Guiana francesa tinham previsto dar mais explicações sobre o incidente nesta manhã. Arianespace avançou que nesta quinta-feira anunciará uma nova data de lançamento.
    Soyuz. As naves Soyuz voam desde 1966, e são mais antigas até mesmo que os primeiros mísseis balísticos intercontinentais da Guerra Fria. Mas esta é a primeira vez que ela será lançada de fora do território da ex-União Soviética.
    A bordo da nave, quando lançada, viajarão os dois primeiros satélites europeus da rede europeia de geolocalização Galileu.
    No final da década, quando estiver plenamente operacional, esse sistema dará autonomia aos europeus em relação ao sistema GPS, que é norte-americano. A Rússia diz que concluiu no começo deste mês um sistema semelhante.
    O foguete russo foi adaptado para permitir que a empresa europeia de lançamentos Arianespace, que opera o "mamute" Ariane-5, leve para órbita uma carga considerada média, de 3,2 toneladas.
    A Rússia deve receber dezenas de milhões de dólares por cada lançamento, dinheiro que ajudará a financiar suas atividades espaciais. Ao mesmo tempo, a presença dos foguetes russos na base espacial europeia de Kourou, perto do Equador, ajudará a Arianespace a reduzir custos.