segunda-feira, 6 de setembro de 2010

Nave espacial irá se aproximar do Sol

SÃO PAULO – A NASA começou a desenvolver uma missão que irá estudar o Sol mais de perto do que nunca.






O projeto, chamado de Solar Probe Plus, deve ser lançado no mais tardar em 2018 e colocará uma nave em plena atmosfera solar.




A apenas 6.437.376 km da superfície do astro, uma região jamais visitada por qualquer sonda, o equipamento da Agência Espacial Americana terá que suportar temperaturas de mais de 1300º C e fortes radiações.





A nave, do tamanho de um carro, carregará cinco experimentos que têm a função específica de esclarecer dois mistérios-chave da física solar: por que a atmosfera exterior é tão mais quente do que a superfície visível do Sol; e o que impulsiona o vento solar que afeta a Terra e o nosso sistema planetário?





Em 2009 a NASA convidou pesquisadores a enviarem propostas científicas para integrarem a missão. Treze foram analisadas e as cinco escolhidas receberão US$180 milhões somente para análises preliminares, criação do design, desenvolvimento e testes.





O objetivo principal é entender, caracterizar e prever a radiação do Sol – o que seria muito útil para futuras missões espaciais tripuladas.

quarta-feira, 1 de setembro de 2010

Evento da Marinha traz muitas novidades sobre os programas chaves

Foi realizado no dia 12 e 13 de agosto, dentro da EGN no Rio de Janeiro, o 13° Simpósio de Pesquisa Operacional e Logística da Marinha. Este evento de cunho eminentemente técnico e teórico reuniu os militares das três forças com acadêmicos de todo o Brasil para discutir novas maneiras e ferramentas para o aperfeiçoamento dos processos de avaliação e de logística no âmbito militar. O SPOLM busca difundir as ferramentas teóricas que são usadas regularmente pelas áreas de alta tecnologia das forças armadas e por alguns grandes órgãos de governo e empresas privadas para a avaliação e modelagem de processos/problemas complexos das suas atividades fim. Apesar do esforço da Marinha, e do para sustentar o evento que ainda é visto pela maior parte das empresas como algo excessivamente teórico para ser usado no seu dia a dia




No entanto, para os não “iniciados” duas apresentações, em especial, ocorridas dentro da sessão plenária de abertura, apresentaram várias novidades do interesse dos leitores de ALIDE logo no primeiro dia. A primeira palestra, realizada pelo Almirante Öberg Diretor de Armas da Marinha, versou sobre o programa Sistema de Gerenciamento da Amazônia Azul, e em seguida, coube ao Almirante Fragelli falar sobre os planos e o andamento do programa de submarinos convencionais e de propulsão nuclear da MB.


A Marinha do Brasil vem divulgando intensivamente à mídia a importância da conclusão do seu Sistema de Gerenciamento da Amazônia Azul. Continuando na sua metáfora amazônica, o SisGAAz é apresentado ao público leigo como sendo o seu “SIVAM no Mar”.




Falando a ALIDE o Almirante Öberg explicou que o SisGAAz é o nome dado ao componente marítimo de uma solução que abrange também os vários CINDACTAs da FAB e o SisFron do Exército, todos eles funcionando integrados e sendo desenvolvidos coordenadamente sob a batuta do Ministério da Defesa. “A Amazônia Azul é um dos mais ricos patrimônios da nação brasileira, e ainda não se encontra protegida como deveria ser. Para obtermos o nível de proteção desejado, teremos que contar com o envolvimento de vários órgãos do governo.” Como todos os programas da MB, os requerimentos formulados para o SisGAAz foram definidos sob a forma de REMS (Requisitos de Estado Maior) e de RAN (Requisitos de Alto Nível) antes de serem entregues à Diretoria de Sistemas Armas da Marinha para seu completo desenvolvimento. Quando concluído, o SisGAAz será administrado pelo Comando de Operações Navais (CON) nas suas atividades regulares de controle do tráfego marítimo nas Águas Juridicionais Brasileiras (AJB).



O SisGAAz é o que se convencionou chamar de um “sistema de sistemas”. Ele integra um grande numero de sistemas já existentes, com outros ainda em planejamento ou em desenvolvimento, para controlar nas 24hs por dia, toda a movimentação de navios na superfície, submarinos na profundezas e aeronaves no ar, ao longo dos 4,5 milhões de Km2 da Amazônia Azul. O Almirante disse que: “Para que o tal “Sistema de Sistemas” seja eficaz e confiável, muitos passos intermediários serão necessários: o aumento da robustez e da digitalização dos meios de comunicação da MB; Uma ampliação nas capacidades de sensoriamento remoto e de comunicações da MB; assim como muito desenvolvimento da atividade de Pesquisa Operacional na Força Naval”.



Alguns dos itens mais “high tech” do SisGAAz são, simultaneamente, ainda aqueles itens ainda mais indefinidos. Os futuros satélites nacionais de comunicação de voz e dados, os desejados radares OTH (“além do horizonte” – “Over the Horizon”) a serem instalados em alguns pontos-chaves da costa brasileira e aos sensores acústicos submarinos (potencialmente uma rede tupiniquim criada aos moldes do sistema SOSUS americano...) ainda estão bem no princípio de suas fases de análise tecnológica e operacional. Perguntado se este sistema complexo poderia no futuro vir a ser exportado para uso por outras marinhas de países amigas do Brasil, o Almirante Öberg disse que: “Isso depende... principalmente porque para cada cliente, esta solução, provavelmente, terá que ser configurada sob requisitos muito particulares (ser ‘tailor-made’)”. Öberg ainda disse que: “os requisitos estão todos prontos e a etapa atual é aquela de desenhar a ‘arquitetura’. Apenas ao concluirmos esta fase é que nos será possível levantar os custos de cada etapa deste desenvolvimento de hardware e software. Tentar falar de preços agora é uma proposta muito pouco significativa, pois estamos, ainda, com muitas dúvidas no ar.”





Como ALIDE já havia adiantado anteriormente aos seus leitores, o SBR é a modificação e modernização do projeto básico do submarino da DCNS. As modificações se verificam claramente no aumento do seu comprimento total e no seu deslocamento que cresceram respectivamente de 66,40m para 71,62m, e, de 1717 para 1870 toneladas. A razão por trás destas importantes alterações reside principalmente na inserção de um módulo de casco novo que aumentará simultaneamente a quantidade de combustível carregado, o que permitirá a realização de longas missões pelo Atlântico. O alongamento do casco proporcionará ainda um nível de conforto para sua tripulação muito superior ao do modelo atual. Os submarinos da MB não usarão a tecnologia AIP, pois ela não agrega muita vantagem para uma marinha que opera numa costa aberta e devassada como a que temos aqui no Atlântico Sul. Uma das grandes novidades introduzidas nesta classe é o sistema de contramedidas torpédicas CANTO, sistema este que será instalado por fora do casco de pressão do submarino.



Para enfatizar a diferença entre as capacidades dos submarinos de propulsão convencional contra os nucleares, o Almirante Fragelli comentou na sua palestra que o Tikuna, um submarino convencional dos mais modernos do mundo, se quiser se deslocar submergido à velocidade de 20 nós, inevitavelmente esgotará sua carga de bateria em apenas duas horas e meia, forçando logo sua volta à superfície. O submarino nuclear brasileiro deverá deslocar entre 6000 e 6500 toneladas, sendo por isso muito maior que os SBR. Seu tamanho deve regular em tamanho com o modelo americano da classe Los Angeles para conseguir acomodar no seu interior o reator nuclear em desenvolvimento pela Marinha. Fragelli disse: “Nosso primeiro reator deve necessitar ter sua carga de combustível nuclear completamente trocada a cada período de sete anos, um tempo relativamente curto se comparado com os 30 anos do novo programa americano, o classe Virgínia”. Este longo tempo de duração da carga de combustível atômico faz com que os submarinos Virginia usem apenas uma única carga de combustível ao longo de toda a sua vida operacional, reduzindo, assim, os seus custos operacionais.



Fragelli disse também que o Brasil já pode ser visto como um player importante na esfera econômica, um “Global Trader”, e que, por isso, precisa graduar-se do patamar dospaíses que apenas podem “ver a guerra” para aquele dos que podem “fazer a guerra”. O submarino de propulsão nuclear é justamente o tipo de arma que vai nos inserir, definitivamente, na nova categoria.



Os submarinos convencionais serão entregues à Marinha a cada 18 meses, começando em meados de 2017. O último dos quatro SBR sendo entregue, assim, no final de 2021.



O primeiro submarino nuclear brasileiro, após sua conclusão em 2022, ficará ainda cinco semestres em testes, antes de ser entregue à área operacional da Marinha no ano de 2025.










O Almirante Fragelli contou à platéia do evento que apenas 30% do território nacional já foi devidamente prospectado para identificar reservas de urânio e de outros materiais radioativos. Assim mesmo, com as 150 mil toneladas já identificadas, o nosso país já conta com a sexta maior reserva de urânio no mundo. Potencialmente, estima-se que o Brasil possa ter reservas de até 800 mil toneladas de urânio. Atualmente, de todo o ciclo industrial de beneficiamento do urânio, apenas a etapa da transformação do Urânio em pó (o chamado “yellow cake”) para o tipo gasoso (hexafluoreto de urânio) ainda é feito fora do país, no Canadá, o resto todo já é feito comercialmente nas instalações da INB (Indústrias Nucleares do Brasil) em Resende, no sul do Estado do Rio de Janeiro. A partir de setembro deste ano, a usina de gaseificação do urânio (a chamada USEXA) em Aramar será finalmente colocada em operação, acabando com nossa dependência do exterior neste campo. Para seu transporte, de um lado para o outro, o hexafluoreto de urânio tem que ser acondicionado em grandes cilindros resistentes à pressão.




Na natureza o urânio é normalmente encontrado composto de 99,7% do isótopo U238 e de apenas 0,3% do isótopo desejado U235. Para seu uso na geração de energia o Urânio deve ser enriquecido para contar com pelo menos 20% de U238 e para isso são usadas no Brasil as ultracentrífugas. O design das ultracentrifugas brasileiras é inspirado no projeto original da Alemanha adquiridos na década de 70. O compartimento giratório do projeto alemão era feito de alumínio e pesava 700 gramas, girando à velocidade de 33000 RPMs. No novo modelos, desenvolvidos no país pela Marinha, ele foi substituído por uma nova peça criado inteiramente em fibra de carbono e pesando menos de 100g, podendo girar a impressionantes 66000 RPMs sobre um revolucionário mancal eletromagnético. Segundo o Almirante Fragelli, uma destas ultracentrífugas esta girando ininterruptamente em Aramar, no interior paulista, a mais de 15 anos. Dezenas das centrífugas já se encontram em produção industrial na planta da INB, mas, interessantemente, os equipamentos, em si, são 100% de propriedade da Marinha, estando meramente cedidos à INB, que paga à MB por seu uso.



Outra peça crucial do programa nuclear da Marinha é o “Labgene”, o Laboratório de Geração Núcleo-Elétrica, que já está sendo construído em Aramar. No seu interior uma cópia perfeita do reator desenvolvido para o nosso submarino nuclear será montado para a realização de exaustivos testes de operação em terra, antes que se inicie a construção do submarino nuclear propriamente dizendo. Frageli salientou que: “a decisão de construirmos o Labgene antes, visa, basicamente, reduzir os riscos do projeto, minimizando, assim, a possibilidade de se ocorrer problemas sérios como os que ocorreram em certo país da Ásia onde, ao se concluir a montagem do casco, o reator nuclear já não cabia no seu interior. Isso, gerou atrasos e muito desperdício de dinheiro”. O reator brasileiro é do tipo de água pressurizada a 150 milibares. Sob esta pressão a água exposta aos elementos radioativos se esquenta bastante, sem, no entanto, ferver. Esta água sob pressão transfere o seu calor para uma outra massa de água não pressurizada, que irá produzir vapor, e, assim, girar as turbinas que produzirão eletricidade para ser usada pelo motor do submarino nuclear. Após isso, este circuito de água intermediária será resfriado por contato com uma terceira tubulação de água (fria) para em seguida voltar a ser fervida, repetindo o ciclo da propulsão nuclear. “Os submarinos de propulsão nuclear da US Navy”, contou Fragelli, “tem seu hélice ligado por engrenagens à própria turbina, o que é bem simples, mecanicamente falando, mas acaba por produzir um alto nível de ruído. Os engenheiros franceses, no seu novo modelo Barracuda, optaram por uma instalação hibrida. Para a redução do ruído da propulsão, até os 15 nós se usa a geração elétrica para mover um grande motor elétrico instalado ao redor do eixo do hélice. Após esta velocidade, engrenagens mecânicas engatam mecanicamente o eixo do hélice aos motores diesel propelindo o submarino sob o mar”.



As usinas brasileiras de Angra I e II usam, como combustível, varetas de urânio enriquecido a 3,2%, enquanto a nova Angra III deve usar elementos enriquecidos à taxa de 4%. A taxa de enriquecimento a ser usado no reator do nosso submarino nuclear ainda não foi determinada com precisão, e este item só deverá ser decidido após a realização dos testes práticos no protótipo do reator instalado em terra (Labgene) em Aramar.

Fragelli contou que a “Marinha sempre soube que o IBAMA jamais autorizaria a construção de submarinos nucleares no Arsenal de Marinha do Rio de Janeiro, dentro da Baía da Guanabara, ao lado do Centro da cidade do Rio”. Pois isso, dispor de uma nova localidade para construir o submarino de propulsão nuclear e para abrigar sua nova base seria necessariamente condições básica para o início deste desafiador programa.




A empresa francesa DCNS selecionada para a construção dos quatro primeiros SBRs e do casco do SNBR se associou com a construtora nacional Odebrecht para formar o Consórcio Baía de Sepetiba que construirá toda a infraestrutura demandada por este programa. Além do estaleiro, na localidade conhecida como Ilha da Madeira (22°55'18.34"S 43°50'58.98"O), bem ao lado do Porto de Itaguaí, será construída também uma nova base operacional para a Força de Submarinos, que deixará as Base Almirante Castro e Silva (BACS) sua sede atual localizada no lado sul da Ilha do Mocanguê. O projeto completo entregue a este Consórcio foi orçado em 6,75 bilhões de euros.



A nova localidade do estaleiro é particularmente favorável a esta nova atividade industrial por se localizar a apenas 4,5 quilômetros da fabrica da Nuclep –Nuclebras Equipamentos Pesados. Foi lá onde, no passado, foram feitos os anéis do casco resistente dos quatro submarinos da classe Tupi fabricados no país. Como o envolvimento da Nuclep será muito maior nestes novo programa de construção de submarinos, haverá a construção também de uma nova construção industrial chamada Unidade de Fabricação de Estruturas Metálicas (UFEM) onde ocorrerá grande parte do “fitting out” (a instalação dos conveses, tubulações e anteparas) antes de sua entrega ao novo estaleiro para a montagem final. Com seus 90.000 metros de área construída, a UFEM será a primeira parte do empreendimento a sair do papel, com previsão de ficar pronta ainda em 2012. A futura base fica posicionada ao pé de um morro onde hoje existe um grave caso de material contaminante da extinta empresa Ingá, o Almirante Fragelli contou que: “entre os acordos realizados para a instalação da Marinha naquele local está a remoção destes dejetos químicos de lá”. O estaleiro deve ser completado, e ficar pronto para entrar em atividade em meados de 2014 enquanto a base deve ficar pronta até o fim deste mesmo ano.



A nova base será composta basicamente por duas áreas separadas, a Área Norte, mais externa, acomodará um Hotel de Trânsito, além de vários outros prédios administrativos e residenciais da Força de Submarinos. Está previsto que a ForSub seja transferida em peso da atual BACS para a sua nova base. Junto com ela irá o CIAMA (o centro de treinamento das tripulações de submarino e de mergulhadores da MB), mas, no entanto, a força de mergulhadores de combate, por prestar a maior parte de seus serviços junto à Esquadra, permanecerá em Mocanguê junto com o Centro de Medicina Hiperbárica da Marinha. No contrato assinado com a Marinha os franceses tem que entregar cinco modelos diferentes de simuladores dos sistemas do SBR que serão usados para treinar as tripulações antes mesmo delas saírem para o mar pela primeira vez.



Espremida entre dois morros e o mar, a Área Sul terá naturalmente um acesso bem mais restritivo. é lá onde ficarão o Estaleiro e a Base, construídos sobre um grande aterro em formato de “Y”. O acesso entre as duas partes do complexo será feito via um túnel de 800 metros de comprimento a ser construído sob o morro. A perna inferior deste “ípsilon” é a chamada “ilha nuclear”. Aqui, num terreno em terra firme serão construídos os dois diques secos cobertos dedicados à faina de troca de combustível do submarino nuclear e também será onde as barras de combustível gasto (com 1 ou 1,2 % de U238) ficarão armazenadas por mais 12 anos dentro d´água, numa grande piscina, até que seu nível de radiação residual atinja o patamar que permita sua remoção para um local de armazenamento definitivo e seguro.



A área de manobra definida pelos os braços do “Y” tem um tamanho que permitirá que até os nossos grandes submarinos de propulsão nuclear possam ser girados antes de partirem para o mar aberto. O Diretor da COGESN lembrou que: “esta manobra será realizada com o auxilio de rebocadores porque o SNBR terá apenas um eixo”. Com mais de 500.000m2 de área construída, este novo complexo passará a ser o maior estaleiro da MB, sendo significativamente maior que o Arsenal de Marinha do Rio de Janeiro. A atividade de construção dos submarinos será realizada dentro do chamado “Main Hall”, um grande galpão comprido medindo 50 metros de altura, e com capacidade de montagem simultânea de dois submarinos.

Para a realização deste projeto a MB teve que pedir licenciamento ambiental a 10 órgãos públicos diferentes. Foi preparado um Estudo de Impacto Ambiental (EIA) e um Relatório de Impacto Ambiental (RIMA) que analisaram e documentaram cada possível decorrência ecológica e se segurança às populações locais naquela região. Por se localizar a nova base numa área ambientalmente preservada, a MB teve que refinar, várias vezes, seu projeto antes de receber do IBAMA a aprovação do seu Projeto Básico Ambiental (com 24 condicionantes!) no dia 5 de maio deste ano.




A administração deste programa dentro da MB ficou a cargo da COGESN – Coordenadoria-geral de desenvolvimento do Submarino com Propulsão Nuclear, uma entidade matricial, subordinada a DGMM, que se utilizará por tempo determinado de recursos humanos especializados que fazem parte das diversas organizações regulares existentes dentro da MB, da Força de Submarinos à DEN e ao AMRJ. passando pela Diretoria de Pessoal e por uma dezena de outras unidades variadas. Para se obter e manter os recursos humanos necessários para este projeto será criada uma nova empresa, chamada “Amazul”, como maneira de se pagar os salários compatíveis com o patamar praticado no mercado.



A COGESN tem por missão gerenciar o projeto e a construção do Estaleiro e da Base, assim como o projeto e a construção dos submarinos nuclear e dos convencionais para a Marinha. O Almirante Fragelli contou que como o foco principal da Marinha do Brasil era a obtenção do submarino de propulsão nuclear apenas dois países poderiam ser considerados como potenciais parceiros por dominar o know-how tecnológico em ambos os segmentos, a França e a Rússia. Como o russos não demonstraram interesse em compartilhar sua tecnologia com o Brasil a França foi escolhida como parceira nesta empreitada. Foram assinados um total de sete contratos com o Consórcio Baía de Sepetiba (submarinos convencionais, submarino de propulsão nuclear, 30 unidades de torpedos franceses do tipo “F-21” e 50 unidades do sistema de contramedidas anti-torpedo CANTO. Um contrato específico para a questão de transferência de Tecnologia (ToT) e outro para a atividade de gestão foram ainda assinados, nesta mesma ocasião, com os franceses. O contrato que especificaria os itens de offset (compensações comerciais) deste projeto acabou se tornando no final um anexo dos contratos de construção dos submarinos. O Almirante Fragelli lembrou ainda que: “Ao todo toda esta papelada ocupava um calhamaço com 5000 páginas, sendo todas as variáveis e condições acertadas entre as partes ao longo de oito meses de negociação”.


A MB enviará um total de 80 engenheiros para serem formandos na França na atividade de construção dos nossos submarinos, 40 destes engenheiros irão agora, em setembro deste ano, para já iniciarem seu processo de aprendizado na unidade industrial da DCNS em Lorient. A seguir, em 2011 e em 2012, serão enviados mais dois grupos com 20 engenheiros e técnicos cada um. No seu ano de maior atividade haverá um total de 500 homens e mulheres envolvidos na produção dos submarinos brasileiros.


terça-feira, 31 de agosto de 2010

"É hora de virar a página", diz Obama sobre guerra do Iraque

Em cada etapa, homens e mulheres americanos em uniforme serviram com coragem e determinação. Como comandante-chefe, estou orgulhoso pelo seu serviço. Como todos os americanos, estou maravilhado pelo seu sacrifício, e pelo sacrifício de suas famílias", disse o presidente




Em seu dicurso de cerca de 20 minutos ainda, o presidente americano citou recentes operações que sinalizavam o fim das operações de combate no Iraque e lembrou que dar fim à guerra era uma de suas principais promessas de campanha, antes de ter sido eleito no fim de 2008.



"Anunciei um plano que levaria nossas brigadas de combate para fora do Iraque, enquanto duplicaríamos nossos esforços para dar solidez às Forças de Segurança do Iraque e apoio a seu governo e povo. É isso o que fizemos. Removemos cerca de 100 mil soldados do Iraque. Fechamos e transferimos centenas de bases para os iraquianos. E retiramos milhões de armamentos do Iraque", lembrou.



"Esta noite, anuncio que a missão de combate americana no Iraque acabou. A Operação Liberdade Iraquiana está terminada, e os iraquianos agora têm responsabilidade por sua segurança e pela segurança de seu país. Essa foi minha promessa ao povo americano como candidato a este posto”, enfatizou.



Ao lembrar que conversara com o ex-presidente George W. Bush, horas antes do pronunciamento, Obama evitou tecer duras críticas ao governo antecessor, mas lembrou de seus diferentes pontos de vista sobre a necessidade da invasão americana ao país do Oriente Médio.



“É bem sabido que ele e eu discordamos sobre o início da guerra. Apesar disso, ninguém poderia duvidar do apoio do presidente Bush a nossas tropas, ou do amor dele pelo país e seu comprometimento com nossa segurança. Como eu disse, houve patriotas que apoiaram esta guerra e patriotas que se opuseram a ela", concluiu.




Retirada pode ir contra interesses de EUA e Iraque

No pronunciamento feito no Salão Oval da Casa Branca reformado, o presidente americano também disse que os Estados Unidos estão aptos a aplicar mais recursos no Afeganistão devido à mudança no Iraque, e que o ritmo da retirada norte-americana naquele país dependerá das condições em terra, mas começará na data prevista, em julho de 2011.



"Como no Iraque, não podemos fazer pelo Afeganistão o que os afegãos têm de fazer por si mesmos", disse.



Contexto doméstico



Ao contextualizar o fim das operações no Iraque, Obama falou sobre a tarefa de colocar a economia americana nos eixos novamente e acabar com o desemprego. "Nesse momento, devemos combater os problemas internos como nossos homens e mulheres em uniforme fizeram na guerra", comparou.



"Hoje nossa tarefa mais urgente é restabelecer nossa economia e colocar os milhões de americanos que perderam seus empregos de volta ao trabalho. Para fortalecer nossa classe media, temos de dar a todas as crianças a educação que merecem, e a todos os trabalhadores as habilidades que necessitam para competir em uma economia global (...) Isso será difícil. Mas nos dias que estão por vir, deve ser nossa missão central enquanto povo, e minha responsabilidade central enquanto presidente”, alertou Obama.



A partir de quarta-feira, 1º de setembro, tem início a Operação Novo Amanhecer, período de transição que tem como objetivo estabilizar o país. Para a operação, ainda permanecem no Iraque cerca de 50 mil soldados americanos.



*Com Reuters

História da Nasa no Flickr

A Nasa colocou à disposição do público mais de meio século de história de uma base de fotografias na plataforma de internet Flickr e com isso espera que o público participe com seus comentários e suas lembranças.




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As fotos estarão disponíveis a partir desta segunda-feira,30, em uma galeria denominada “The Commons”.



Com esta iniciativa, a Nasa espera que antigos funcionários e aqueles que tenham visitado alguma vez as instalações da Nasa contribuam para elaborar uma memória comum.



Os usuários poderão acrescentar às imagens rótulos, palavras-chaves, identificar objetos e pessoas que reconheçam. Além disso, terão a oportunidade de conversar com outros visitantes e trocar comentários.



Para conseguir que esta iniciativa se tornasse realidade, a Nasa contou com a colaboração de Flickr do Yahoo, com sede em Sunnyvale (Califórnia) e a biblioteca digital internet Archive, uma organização sem fins lucrativos, com sede em São Francisco.



(EFE)

Furacão Earl atinge categoria 4

Earl avança sobre as Pequenas Antilhas. Foto: NOAA/Efe




MIAMI- O Earl se transformou nesta segunda-feira, 30, em um furacão de categoria 4 na escala Saffir-Simpson com ventos de até 215 km/h enquanto se desloca pelas águas do Caribe, informaram meteorologistas americanos.



De acordo com o boletim das 18h (horário de Brasília) do Centro Nacional de Furacões (NHC) dos EUA, o furacão ainda deve ganhar força.



Earl se desloca em direção oeste-noroeste a 24 km/h, mas deve fazer uma volta e ir rumo ao noroeste na terça-feira. Desta forma, o centro passaria, na noite de hoje, longe das Ilhas Virgens britânicas e dos Estados Unidos e amanhã ao leste de Turks e Caicos.



Uma previsão feita há cinco dias indicava que o Earl poderia afetar a costa leste dos Estados Unidos a partir da quinta-feira.



O NHC informou que foi emitido um aviso de tempestade tropical para Turks e Caicos e uma advertência para o sudeste das Bahamas.



Antígua e Barbuda e as ilhas Virgens britânicas substituíram o aviso de furacão por um de tempestade tropical, enquanto o restante das ilhas ao norte das Antilhas anulou os alertas.



Se mantém vigente um aviso de tempestade tropical para Porto Rico, incluindo as ilhas de Culebra e Vieques e para as ilhas Virgens americanas.



Enquanto isso, o furacão "Danielle" perdeu intensidade e virou uma tempestade tropical com ventos máximos de 110 km/h.



Na atual temporada, que começou no dia 1º de junho e termina no dia 30 de novembro, já se formaram cinco tempestades tropicais e três furacões.









segunda-feira, 30 de agosto de 2010

Giro de estrelas

Em pleno deserto do Atacama do Chile, telescópio do Observatório Europeu capta imagem curiosa de estrelas


Estrelas parecem formar círculos nesta imagem tirada pelo Observatório Europeu Sul, baseado no Chile.




As estrelas parecem girar em torno do pólo sul nesta imagem tirada por telescópio do Observatório Europeu Sul, baseado no Chile. O céu sobre Paranal fornecer ótimas oportunidades de observação para os astrônomos. No observatório de Cerro Paranal, no Deserto de Atacama do Chile, um dos quatro telescópios do observatóriopode ser visto à direita, realizando sua tarefa noturna de olhar para o céu. O ambiente seco e a altitude de 2600 metros favorecem o trabalho dos astrônomos.

Ministro chinês de Defesa faz visita oficial ao Brasil

O ministro da Defesa da China, Liang Guanglie, partiu nesta segunda-feira em uma viagem oficial ao México, Colômbia e Brasil.




Segundo informou a agência oficial Xinhua, Liang, que é membro do Conselho de Estado (Executivo chinês), fará uma "visita oficial de boa vontade" pela América Latina.



Durante a viagem, o ministro terá encontros com o secretário de Defesa mexicano, Guillermo Galván, o ministro de Defesa colombiano, Rodrigo Rivera, e seu colega brasileiro Nelson Jobim.



A nota oficial evitou mencionar detalhes sobre a viagem. Liang Guanglie é o responsável do Exército de Libertação Popular (ELP), o mais numeroso no mundo.



O ELP conta com 2 milhões de soldados em suas fileiras e a força aérea possui mais de 400 mil soldados e 2.024 equipamentos aéreos, o que a situa como a maior potência da Ásia e a terceira do mundo, atrás dos EUA e da Rússia.

Mars Express registra nova imagem de "cratera" misteriosa de Marte

A ESA (agência espacial europeia) divulgou nesta sexta (27) uma nova imagem da enigmática cratera marciana Orcus Patera, obtida pela nave Mars Express.




ESA/DLR/FU Berlin (G. Neukum)



Orcus Patera é uma depressão elíptica misteriosa em Marte, localizada entre os vulcões Monte Elysium e Monte Olympus

As bordas da Orcus Patera atingem 1.800 metros acima das planícies encontradas nas redondezas, e o leito da depressão encontra-se entre 400 e 600 metros abaixo do nível dessas planícies.



Uma possibilidade é que a "cratera" tenha surgido devido ao impacto de um objeto que teria atingido Marte a partir de um ângulo pequeno em relação à horizontal, menor que 5 graus.

sábado, 28 de agosto de 2010

Corveta Barroso: A Aurora, o quase fim e o florecer de uma Fênix

Corveta Barroso: A aurora, o quase fim e o florecer de uma Fênix




Poucos navios construídos para a Marinha do Brasil tiveram uma evolução tão cheia de idas e voltas como a Corveta Barroso. A “Quinta Corveta” foi concebida como uma evolução natural das corvetas da classe Inhaúma, navios que deveriam dar uma partida definitiva no desenvolvimento da indústria naval militar no país e que por diversas razões, não atingiram todos os objetivos traçados no seu projeto. A Barroso nasceu durante o governo Itamar Franco e levou inacreditáveis 14 anos, e quatro mudanças de governo para finalmente ficar pronta e ser entregue à área operativa MB. A “Fênix”, como foi apelidada por seus tripulantes, calou a boca de seus críticos, e, neste ano, realizou sua primeira viagem ao exterior, para seis países na costa oeste da África. A Barroso tem agora fortes perspectivas de vir a se tornar um sucesso de exportação da nova indústria naval brasileira. Venha com ALIDE conhecer o árduo caminho que fez da “Inhaúma melhorada” a melhor perspectiva de exportação de navios militares da indústria nacional.Foi nestes exatos termos, que um dos oficiais da Corveta Barroso expressou a ALIDE o quanto, em sua opinião, as extensas melhorias de projeto aplicadas sobre o projeto básico as corvetas da Classe Inhaúma tinham conseguido corrigir as tão divulgadas limitações das suas predecessoras.




O árduo caminho até a Barroso: as Niteróis, as Inhaúmas e o ModFrag



Desde muito tempo a Marinha acredita que a única maneira do país ser verdadeiramente independente nos mares é que se projetem e construam os meios navais que serão usados por ela aqui mesmo no nosso país. Uma lição do quanto isso é importante foi o “Plano Naval de 1906”. Nesta ocasião compramos três grandes encouraçados, os navios mais modernos e poderosos da indústria britânica sem, no entanto, dispor dos meios, orçamentários, humanos e técnicos dentro do país, para operá-los e mantê-los adequadamente.



Apenas no final da década de 60 esta visão pode ser plenamente implementada com as seis fragatas da classe Niterói. Destes navios representaram, finalmente, a capacitação plena da Marinha do Brasil para o desenvolvimento (ainda que com grande apoio do estaleiro britânico Vosper Thornicroft) de navios de escolta que eram militarmente capazes e verdadeiramente modernos. Esta nova classe, mais do que qualquer coisa, interrompia o longo ciclo de compras de meios de segunda mão iniciados durante a Segunda Guerra Mundial. As Niterói introduziam muitas novidades como: Centros de Operações de Combate (COC) apoiados sobre sistemas digitais e lançavam mísseis antiaéreos e antinavios. Esta classe foi fruto da extensa modificação do modelo básico Mk21 da Vosper. Do total de seis unidades duas foram completamente fabricadas no Arsenal de Marinha do Rio de Janeiro, reabrindo depois de décadas de ociosidade, a capacidade nacional de construção de navios de guerra de grande porte. A classe Niterói não foi além das seis unidades iniciais, mas, elas claramente pavimentaram o caminho para uma nova geração de navios de guerra, desta vez, completamente desenhadas no país, as corvetas da classe Inhaúma








 O casco do navio é sempre um dois itens mais críticos do projeto, e, na falta ainda do tanque de testes hidrodinâmicos eventualmente construído no COPPE-UFRJ, teve os testes de estabilidade do seu design de casco realizada na Alemanha pela firma MarineTechnik no tanque de flutuação. A despeito de toda esta consultoria internacional, justamente aí, residiu um dos maiores problemas deste novo projeto, o temperamental comportamento marinheiro das corvetas. Detalhes como a proa baixa, em conjunção com o grande peso do canhão de proa Vickers de calibre 4,5 polegadas, tornaram muito difícil o navio manter-se estável sob o efeito das ondas e do vento de través. A estabilidade longitudinal, o chamado ‘caturro’, tinha sido seriamente afetada gerando dificuldades para o tiro de canhão, para a operação de aeronaves e muito desconforto para a tripulação no mar pesado de alguns trechos da costa brasileira. Embora as Inhaúma oscilassem bastante, devido ao seu grande braço de endireitamento, elas não tinham a tendência a soçobrar, mas, sim, a se aprumarem sozinhas.




O Almirante Armando Vidigal, um dos mais importantes narradores da moderna história da MB, em seu livro “A Evolução do Pensamento Estratégico Naval Brasileiro”, de 2002, comentou que na sua opinião a decisão de se construir simultaneamente as quatro unidades da nova classe corveta Inhaúma, duas no AMRJ e duas no Estaleiro Verolme “não foi tecnicamente correta” já que isso impediu que a terceira e quarta corveta já fossem construídas com correções fruto das lições aprendidas com a operação dos dois primeiros navios.



O canhão Mk.8 da Vickers, por exemplo, foi escolhido para aumentar a comunalidade entre as corvetas e as fragatas da classe Niterói. Também nesta direção, as corvetas receberam o Sistema de Combate CAAIS 450 criado pela inglesa Ferranti, que era uma evolução do sistema CAAIS 400 empregado originalmente nas Niterói. O resto do armamento também reproduzia em parte as escolhas feitas para as Niterói uma década antes: os mísseis antinavio Exocet e torpedos Mk.46. Um grande diferencial era que enquanto as fragatas tinham sua defesa aérea de ponto usando mísseis SAM este armamento não foi incorporado nas corvetas, relegando essa função à questionável eficiência nos tempos atuais de canhões de 40mm.


A década de 90 foi a década das Inhaúma. Entrando em operação estes navios viraram o orgulho da frota e cumpriram inúmeras comissões para portos no exterior. Não era raro estes navios realizarem mais de 150 dias de mar por ano neste período. A despeito de sua grande semelhança filosófica com as Niterói, com a aposentadoria de diversos dos contratorpedeiros americanos velhos em serviço no Brasil as corvetas acabaram sendo submetidas à “Força de Contratorpedeiros”, e não a de Fragatas como seria de se esperar. Disso nasceu uma segunda classe de problemas das Inhaúma a quebra do seu paradigma de manutenção baseada em um time externo e comum de manutenção para compensar a grande redução de pessoal quando comparado com o projeto anterior das Niterói. Para a comunidade dos militares criados e acostumados aos rústicos e robustos contratorpedeiros da Segunda Guerra Mundial, as corvetas pareciam ser muito “sensíveis” e cheias de exigências incompreensíveis para eles. Essa colisão cultural foi raiz de muitos dos problemas posteriores da classe Inhaúma.




Entre a construção da última Inhaúma e a Corveta Barroso ocorreu o programa ModFrag que deu um novo fôlego à frota de Fragatas Niterói. Os seis navios desta classe passaram pelo Arsenal de Marinha para uma grande modernização, receberam o sistema Siconta, desenvolvido totalmente no Brasil e novos radares atualizados. Para a defesa anti aérea, mísseis italianos Aspide foram colocados no lugar dos obsoletos sistemas Sea Cat. Naturalmente, muito da tecnologia desenvolvida para o ModFrag acabou sendo re-aproveitada na conclusão da quinta corveta.


Lançador triplo de torpedos da empresa ARES









Os problemas identificados nas Inhaúma




As corvetas deveriam ser um navio de combate bem mais barato de se adquirir do que as fragatas da Classe Niterói, porém, contanto com quase o mesmo poder de fogo destas (Exocet e torpedos Mk 46) montados num casco menor. Elas seriam, essencialmente, “fragatas em um casco de Navio Patrulha Oceânico”, o que consequentemente obrigava usar uma tripulação significativamente menor do que as Niterói.

lançador Exocet

A parte da fragata demandava um grande número de horas de manutenção pela tripulação o que era incompatível com o número de horas-homem disponíveis para sua realização. Em 1992 foi implementada uma solução de contorno, ao exemplo do que se tem na força de submarinos foi criado um Grupo de Manutenção de Apoio (GruMApo) que seria comporto por praças e que se dedicariam a completar a tripulação da Corveta durante seus períodos em terra. O GruMApo, infelizmente durou pouco, tendo sido debandado poucos anos depois de criado. A pequena tripulação das corvetas gerou um programa de manutenção novo onde a cada três meses de período operativo, se previa um de período de manutenção em terra. Isso era um sistema muito peculiar e único e logo surgiram as mais diversas pressões para que as corvetas adotassem um sistema de manutenção mais próximo do resto da frota de escoltas, mas isso não tinha como ser feito e acabou solapando todo o esforço de manutenção da nova classe. O primeiro PMG, Período de Manutenção Geral que deveria ter ocorrido poucos anos após a entrada de serviço da Inhaúma só se deu aos 17 anos.



Nasce a quinta corvetaA contribuição da indústria nacional




Logo nos primeiros anos de operação a Marinha chamou os tripulantes das novas corvetas para darem feed-back detalhado sobre o design,características operacionais e desempenho de seus navios. Foi deste ‘Raio X’, publicado em 2002, que saíram as principais recomendações para o reprojeto das Inhaúma que algum tempo depois viria a produzir a Corveta Barroso. Nas palavras de seu comandante, CF Valicente: “o casco da Barroso é basicamente um casco de Inhaúma `jumborizado`. A linha da proa foi completamente redesenhada e elevada para corrigir a tendência de entrada de água da Inhaúma. Duas novas seções de casco foram inseridas, a vante e a ré, produzindo um novo navio com um comprimento 7,6 metros maior. Ao mesmo tempo, o formato da superestrutura foi revisto, reduzindo sua altura total de 30 metros para apenas 20 metros, fato que naturalmente gerou resultados claros no tamanho da seção reta-radar do nosso navio. O deslocamento maior (cerca de 400 toneladas a mais) aumentou um pouco nosso calado de e 5,30m para 5,70m, enquanto a boca moldada permaneceu constante nos 11,4 metros.”



O design da superestrutura das Inhaúma inclui dois característicos chanfros laterais, um em cada bordo. Esse formato peculiar faz com que o passadiço das Inhaúma seja bem mais estreito do que o que foi colocado na Barroso. Essa ampliação do espaço interno se percebe também, claramente, em todos os conveses da superestrutura, permitindo a adição de uma câmara para o Almirante da Força atrás do passadiço e uma ampliação na Praça d`Armas logo abaixo, no convés 01. A superestrutura da Barroso de vante onde fica o passadiço é toda feita em aço. Para diminuir a altura do centro de gravidade, hangar e toda a superestrutura de ré são construídos em alumínio. O característico mastro de treliça das Inhaúma foi inteiramente substituído por outro mastro bem menor, sustentando os vários sensores do MAGE Defensor. No modelo anterior, parte do mastro se projetava adiante da antena do radar do navio, gerando uma perda de desempenho, na nova Barroso, isso foi devidamente corrigido. O novo mastro colocou a antena do radar RAN-20S na exata mesma altura que ela fica nas Niterói ModFrag.








Com a decisão de se retomar a construção da Barroso o projeto dos seus sistemas foi devidamente atualizado para receber o mesmo conjunto de sensores das Niterói modernizadas (ModFrag). Isto envolvia uma versão ainda mais avançada do Siconta, o Mk3, no local do CAAIS 450 inicialmente previsto. Sendo este um navio cem por cento novo, o grau de automação implementado foi muito melhorado em relação às fragatas modernizadas.



A Barroso recebeu o novo Sistema de Medidas de Apoio a Guerra Eletrônica “Defensor” e o Sistema de Controle e Monitoração (SCM) desenvolvidos integralmente pelo Instituto de Pesquisa da Marinha (IPqM). O SCM é composto, na Barroso, por três subsistemas independentes, o SCMPA, que controla e monitora toda a operação dos motores, turbina e máquinas auxiliares, o SCAv – Subsistema de Controle de Avaria e do Subsistema Manual Remoto que permite à tripulação operar a propulsão do passadiço ou desde qualquer um dos consoles remotos do SCM.Entre o Centro de Controle de máquinas e os sistemas monitorados o SCM usar uma rede dedicada de fibra ótica para trafegar seu sinal. O SCAv recebe continuamente informações de centenas de sensores variados espalhados por todo o navio. São medidos fumaça, fogo, inundação, abertura e fechamento de portas, etc. Os fios que saem dos sensores são consolidados em 38 caixas coletoras de dados espalhadas por todo o navio, conectando-se em seguida o processador do sistema no Centro de Controle de Máquinas (CC M) via fios de fibra ótica.


For Export”




A entrega do NPa de 200 toneladas “Brendan Simbwaye” para a Marinha da Namíbia reenfatizou a disposição do Brasil de voltar a ser um país desenvolvedor, construtor e exportador de navios de guerra. A Emgepron está bem no centro do planejamento desta primeira viagem da Barroso ao exterior. Os países visitados, todos são candidatos a comprar navios brasileiro, sejam eles NPas de 200, 500 ou até mesmo uma Corveta da classe da Barroso. Os “prospects” mais quentes atualmente para a aquisição de pelo menos uma unidade da Barroso, são as marinhas de Gana e da Guiné Equatorial. Na Ásia, como se comenta informalmente, o cliente de maior potencial seria a Marinha do Paquistão, que, muito em breve, precisará aposentar muitos de seus meios navais comprados usados dos EUA e do Reino Unido.



Conclusão



Em agosto de 2010, ao voltar do que o Comandante da Marinha chamou de seu “périplo africano”, a Barroso passará pela sua primeira Avaliação Operacional das mãos da Esquadra. Apenas após isso completado a Marinha terá subsídios para tomar a decisão de autorizar uma nova leva de corvetas da Classe Barroso. O próprio Comandante da Marinha adiantou para ALIDE que, como os CTs Gearing e Sumner sofreram profundas mudanças em seu projeto (FRAM II, FRAM III...) as novas corvetas da classe Barroso deverão ser concluídas num padrão modernizado/atualizado. Devem ainda receber um design exterior mais contemporâneo, com maior ênfase na baixa refletividade radar, o conhecido e cada dia mais popular conceito “Stealth”.



Aguardemos, então, a conclusão da Avaliação Operacional.

A apresentação dos AH-2 Sabre – comentado

Hoje ocorreu a apresentação dos Mi-35M da FAB. Diversos sites já noticiaram o fato e eu destaco aqui a cobertura feita pelo Defesa Brasil, provavelmente o único site dedicado que esteve presente ao evento.




Estou reunindo algumas fotos e informações e depois volto a esse mesmo artigo com alguns comentários.



O Frag 01/5055, de 18 de abril de 2010:



Das várias informações divulgadas ontem, uma das mais interessantes foi um tuíte do Ministério da Defesa. O valor total do contrato e o que está incluído nele foi revelado:



O pacote dos 12 Helicópteros Sabre, mais material de manutenção para 5 anos e armamentos, custou US$ 363,9 mi. Russos compensarão 100%.



As demais considerações serão feitas baseadas nas fotos da cerimônia. Sugiro, como embasamento, a leitura de dois artigos de um ano atrás:



Configuração de armamentos dos Mi-35

Configuração do Mi-35 para a FAB (comentado)

O segundo artigo cita uma provável configuração do Mi-35M da FAB e vou usá-lo como guia para ver o que se confirmou e o que ficou diferente:





Cabine do atirador





O sistema de navegação será russo o KNEI-24 para posicionamento global usando o GLONASS.



Os MFD provavelmente serão da AEL (não confirmado ainda) e o NVG será o ANVIS 9 (ITT PADRÃO usado pela FAB)



O cockpit do piloto não apareceu em nenhuma ocasião. Mas o do atirador apareceu e é semelhante aos outros que já apareceram na internet. Posso apostar que a aviônica é russa e não da AEL.







Capacetes russos Zsh-7

Os capacetes que apareceram foram os russos (alguma versão do Zsh-7) e não os americanos. Muito provavelmente, a pane da adaptação ainda não foi totalmente sanada.



A blindagem será suficiente para resistir até a munição de 20mm e não apenas .50. Os flares e demais sistemas defensivos serão russos, lançadores de flares ASO 2V, RWR L 006LM contra radares de solo/aéreos e CME e MPE.



Os dispensadores de flares e chaffs aparecem montados na lateral da aeronave e não no cone de cauda, como se via nos Mi-24 mais antigos. Essa mesma disposição já foi vista nos Mi-24 russos, durante o conflito da Ossétia do Sul.





Sistema ASO-2V de lançamento de flares e chaffs

O sistema de comunicação seguirá PADRÃO FAB contando com rádios Digitais R&D M3 AR (usados no A-29, série 6000) com salto de frequência criptografia e rádio HF



Motorização: 2 motores VK 2500 de 2.200hp cada, vida útil de 6000h com overhaul a cada 2000h. Serviço que deverá ficar a cargo da empresa carioca FOCAL, a única homologada nesses motores fora da Rússia.



Não dá para ver pelas fotos.



O pacote de armamento inclui:



Canhão NPPU23 de 23mm de cano duplo (a cadência de fogo é estimada em 3000/3.400 tpm)



Foguetes não guiados S-8KO de 80mm.



Mísseis russos Ataka de 130mm, com guiagem por RF, alcance de 5,8km anti-blindados podendo perfurar blindagens de até 800mm



Para executar suas missões de ataque, o H-35 como deverá ser conhecido na FAB, usará radar (modelo não especificado) e câmara IR. O sistema de telemetria Laser find OPS 24N



O canhão se confirmou (é o padrão para o Mi-35M). Os foguetes ainda não deram o ar da graça, mas provavelmente devem ter sido comprados.







Cabide quádruplo, para mísseis 9M120 Ataka

Os mísseis são realmente os Ataka. Segundo o esquema da Jane’s, o Mi-35M dispara dois tipos de mísseis: o 9M114 Shturm e o 9M120 Ataka. Acontece que os Shturm são disparados de um cabide para dois mísseis e os Ataka usam um cabide para quatro mísseis. O que apareceu nas foto é o cabide para quatro. Assim podemos inferir com bastante chance de acerto que temos míssies 9M120.



O radar de tiro não apareceu, como era esperado (nenhum Mi-35 tem isso) e o FLIR é o modelo padrão deste helicóptero.



Podemos ver também que a aeronave apareceu com os tanques de translado subalares. Essa, provavelmente vai ser uma visão constante dele. A autonomia sem esses tanques adicionais é bastante restrita ao raciocinarmos com as distâncias amazônicas.



Outro assunto que também foi polêmico na internet é se os nossos Mi-35M disporiam dos supressores de calor nos motores. Isso já havia sido confirmado aqui e aqui e, durante a cerimônia de ontem pudemos ver duas aeronaves sem esses equipamentos instalados (foto no topo deste artigo) e uma com os supressores montados.



Fugindo um pouco do assunto, muito se pergunta se o MSS 1.2 da Mectron (ou sua “possível” versão ar-solo) poderia ser adaptado ao AH-2. Devemos levar em consideração que o Mi-35M tem apenas dois tipos de mísseis compatibilizados: o 9M914 Shturm e o 9M120 Ataka. Ambos são guiados por RF. Ele não lança, por exemplo, o 9M121 Vikhr, que é um míssil guiado por laser beam rider.



O MSS 1.2 é um míssil beam rider. Ou seja: para que ele (ou qualquer outro míssil com esse sistema de guiagem) fosse compatibilizado com o Mi-35M, seriam necessária mais modificações do que simplesmente adaptar o cabide e e o software de lançamento.



Para saber mais sobre os sistemas de guiagem de mísseis, leiam este artigo.



Para conhecer os sensores e sistemas do Mi-35,

sexta-feira, 27 de agosto de 2010

armamentos do Rafale kits de bombas guiadas AASM


A experiência francesa na Guerra do Golfo e Kovoso mostrou a necessidade de armas guiadas de precisão de longo alcance com capacidade qualquer tempo para atacar alvos no solo. A precisão era necessária para evitar danos colaterais e foi conseguido com as bombas guiadas a laser.




Em Kosovo ocorreu frequentemente o problema de uma boa parte das missões serem canceladas devido ao mau tempo que atrapalhava a pontaria dos designadores a laser aéreos. Isto não acontecia com as armas JDAM americanas guiadas por GPS disparada pelos bombardeiros B-2 Spirit. Por terem controle dos satélites GPS/NAVSTAR, o ataque de precisão agora é dominado pelos EUA e a Europa ficou atrasada. Os mísseis cruise também mostraram sua importância contra alvos bem defendidos e também são guiados por satélites.



Na época não existia um projeto similar a JDAM ou produção fora dos EUA. O primeiro projeto semelhante foi o Armement Air-Sol Modulaire (AASM - armamento ar-solo modular) francês. A AASM é o resultado da experiência francesa nos conflitos citados. Será a nova arma guiada do caça Rafale.



O projeto inicial era desenvolver kits para equipar bombas de 125kg, 250kg, 500kg e 1000kg com cinco tipos de sistema de guiamento (imagem IR, anti-radar, TV/datalink, radar SAR e onda milimétrica). O tipo de alvo e o objetivo determinaria a potência da bomba e o tipo de guiamento como a distância, defesas e condições climáticas. Os módulos incluem modos dispare-e-esqueça e man-in-the-loop. O projeto inicial se concentrou na munição de 250kg e guiamento IR.



O estudo de viabilidade foi iniciado em 1994. A concorrência para o projeto AASM foi vencido pela Sagem Défense Sécurité (SAFRAN Group) com a arma "Karin" que foi escolhida em setembro de 2000. A SAGEM não tem experiência neste tipo de arma, mas produz muitos sistemas relevantes. Entre eles estão estações de planejamento de missão muito importante para o caso de lançamentos simultâneos contra alvos múltiplos. Os concorrentes foram o Aramis da Matra Bae Dynamics, a AASM da Aerospastiale Matra e a JDAM da Boeing.  A AASM irá substituir o míssil guiado a laser AS-30L e as bombas guiadas a laser Paveway e Matra BGL-1000. O AASM também irá complementar os mísseis cruise Apache (anti-pista) e SCALP-EG (Emploi Général) bem mais caros. O Apache entrará em serviço em 2001 equipando o Mirage 2000D e depois o Rafale. O Apache leva 500kg de sub-munições anti-pista numa distância de 140km. O Scalp/EG entrou em serviço em 2003 com uma ogiva de 400kg e alcance maior que 400km. A Força Aérea Francesa irá adquirir 450 mísseis e a Marinha francesa 50.




A AASM serão kits de conversão de outras bombas não guiadas. Os kits AASM podem ser produzidos em várias versões, com CEP que variam de 10 metros a menos. O sistema combina um sistema inercial (INS) com um receptor de GPS. As versões mais precisas, chamadas métricas, irão usar um sensor de imagem infravermelha (IIR) para guiamento terminal com CEP de 1 metro.



Inicialmente estarão disponíveis duas versões. A primeira versão chamada decimétrica todo tempo (décamétrique tout temps) com navegação por GPS/INS com CEP de 10 metros. A segunda versão é a métrica diurna/noturma (précision métrique jour/nuit ) que mantém o guiamento por GPS/INS e é adicionado um sistema de guiamento final por imagem infravermelha permitindo atingir um CEP de 1 metro. O alcance é de 15km disparada a baixa altitude a 50km disparada a grande altitude (15 mil metros) e também depende da velocidade da aeronave lançadora.

O uso de navegação por INS é importante pois os EUA controlam o código de GPS e assim a precisão das armas guiadas por GPS. A outra opção seria usar os similares russos (GLONASS) e futuramente o Europeu (Galileu). A França já estudou armas com guiamento por INS antes. No fim da década de 80 estava em desenvolvimento a Excalibur que era uma arma anti-pista de longo alcance guiada por INS com um peso de 120-250kg.



A propulsão por foguete é opcional que queima por 30 segundos. A Roxel está desenvolvendo um motor que pode fazer o míssil subir a até 3.000 metros se disparada a baixa altitude. A versão tem opção de escolher o modo de atacar o alvo. O motor queima por várias dezenas de segundos e permitirá que a AASM ataque pistas de pouso de uma posição vertical após ser disparada a baixa altitude.



A primeira versão da AASM terá uma ogiva de 250kg (bomba francesa de 250kg ou Mk82 americana de 227kg) e será usada no Mirage 2000D seguida do Rafale F2, mas em 2009 a integração no Mirage 2000D foi cancelada por questões orçamentárias.



Estão em estudo o uso de bombas de 400kg e 800kg, penetrador, lançadoras de submunições e kits de guiamento radar, anti-radar, anti-navio, guiamento de meio curso por INS sem GPS e uso de datalink para transmitir imagens.



Em dezembro de 2006 a AASM foi disparada pela primeira vez de um Mirage 2000N para a qualificação da versão com guiamento por GPS/INS. Um Mirage 2000N disparou a AASM contra um alvo simulando uma pista de pouso enquanto voava a 300 metros de altura a 550kt em uma curva de 5,5g´s. A arma atingiu o alvo na vertical.







Em testes em 2007, uma AASM foi disparada de um Rafale M a 7 mil metros com um alvo a 85 graus fora do eixo de disparo a 10km de distância. Em outro foram disparados três AASM em sequência rápida a 6 mil metros de altura contra alvos a 60 a 30 graus fora eixo a 20-25 km de distância.

quarta-feira, 25 de agosto de 2010

Segurança nacional: Caça de tecnologia furtiva a Radar guiado por GPS ...

Segurança nacional: Caça de tecnologia furtiva a Radar guiado por GPS ...: "projeto, morcego negro BR-55-2 de tecnologia nacional,sua concepsção futurrista da AT medo,de construir,algo nuca visto no brasil ja qué nos..."

IAE realiza ensaios de carga útil do VSB-30

A Divisão de Eletrônica (AEL) do IAE realiza, de 23 a 27 de agosto, a verificação funcional e conjunta dos experimentos do segmento brasileiro da plataforma MICROG 1A com o módulo de serviço da Agência Espacial Alemã (DLR).




A plataforma MICROG 1A, carga útil do foguete VSB-30, levará ao espaço cerca de nove experimentos de diversas instituições de pesquisa e universidades brasileiras, sob a coordenação da Agência Espacial Brasileira (AEB), que há um ano vêm sendo testados.



Ao longo desta semana, serão realizados a integração da rede elétrica e os testes de telemetria com todos os experimentos e as partes da carga útil. Os ensaios ambientais no IAE devem ocorrer em setembro.

53 pessoas são resgatadas após queda de avião da Embraer; empresa envia nota oficial

Cinquenta e três passageiros foram resgatados depois que um avião da Embraer que transportava mais de 90 passageiros ultrapassou a pista e se acidentou na cidade de Yichun, na região nordeste da China, nesta terça-feira, informou a televisão estatal.




A assessoria de imprensa da Embraer no Brasil confirmou que trata-se de um modelo ERJ-190 da Henan Airlines.



O avião, chegando de Harbin, capital da província de Heilongjiang, caiu aproximadamente às 22h10 (11h10 no horário de Brasília), segundo a mídia estatal.



O vice-prefeito de Yichun, Wang Xuemei, disse que três pessoas estavam gravemente feridas.





Destroços da aeronave que sofreu acidente (crédito: Xinhua/Li Guangfu/Reuters)



Segundo informações da mídia chinesa, um total de 91 passageiros estavam a bordo. 43 mortos foram encontrados até o momento.



O último grande acidente com um avião civil chinês foi em 2004, quando um CRJ200 da China Eastern Airlines caiu em um lago congelado no norte da Mongólia Interior pouco depois de decolar, matando mais de 50 pessoas.



Yichun tem um pequeno aeroporto doméstico inaugurado no ano passado, e é um entre vários novos aeroportos que estão sendo construídos em regiões remotas da China para ajudar a impulsionar o desenvolvimento econômico.



Veja nota oficial da Embraer enviada à imprensa



São José dos Campos, 24 de agosto de 2010 – A Embraer expressa profundas condolências e desejo de pronta recuperação a familiares e amigos de pessoas que perderam a vida ou resultaram feridas no acidente de uma aeronave EMBRAER 190, no vôo 8387, da Henan Airlines, quando do pouso no aeroporto de Yichun, na China, hoje, aproximadamente às 22h locais.



A Embraer já disponibilizou equipe de técnicos que se dirige ao local, com o intuito de apoiar as autoridades aeronáuticas chinesas na investigação do acidente.

Ministro da Defesa anuncia que Irã testou o míssil Qiam

O Irã realizou um tiro de teste de um míssil terra-terra Qiam, anunciou nesta sexta-feira o ministro iraniano da Defesa, Ahmad Vahidi, sem informar a data do lançamento.




A televisão estatal exibiu imagens do tiro do míssil Qiam em uma zona de deserto. "O míssil tem aspectos técnicos novos e capacidade técnica única", disse o ministro.



"Por não ter asas, o míssil terra-terra tem grande poder tático, que reduz as chances de interceptação", destacou Vahidi. Em seu arsenal, o Irã dispõe de dezenas de mísseis de médio alcance (2 mil km).