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sábado, 30 de novembro de 2013
sexta-feira, 29 de novembro de 2013
Contrato para construção do satélite brasileiro é assinado entre Telebras e Visiona
Sabrina Craide
A Telebras e a Visiona Tecnologia Espacial assinaram hoje (28) o contrato para executar o projeto do Satélite Geoestacionário de Defesa e Comunicações Estratégicas (SGDC). O acordo, no valor de R$ 1,3 bilhão, prevê a entrega do sistema no final de 2016. A Visiona é uma joint-venture da Embraer e da Telebras.
A Visiona, que teve sua criação aprovada pelo Cade em 31 de outubro de 2012, tem 51% de seu capital contrado pela Embraer e 49% pela Telebras. A empresa tem o objetivo inicial de atuar na integração do sistema do Satélite Geoestacionário de Defesa e Comunicações Estratégicas (SGDC) do governo brasileiro, que visa a atender às necessidades de comunicação por satelite do governo federal, incluindo o Programa Nacional de Banda Larga (PNBL).
Segundo o governo, a aquisição de um satélite próprio para as comunicações civis e militares brasileiras é uma decisão estratégica para garantir a soberania nacional. Atualmente, os satélites que prestam serviço no Brasil são controlados por estações que estão fora do país ou tem o controle de empresas de capital estrangeiro. “Em qualquer dos casos há riscos de acontecer interrupções dos serviços em uma situação de conflito internacional ou decorrente de outros interesses políticos ou econômicos”, explica nota divulgada pelo Ministério das Comunicações.
A construção do satélite brasileiro também é considerada estratégica para assegurar o fornecimento de internet banda larga aos municípios distantes e isolados, onde não chega a rede terrestre de fibra ótica. Atualmente, existem mais de 2 mil municípios brasileiros com condições de difícil acesso para a chegada de uma rede de fibra ótica terrestre
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quarta-feira, 27 de novembro de 2013
PREPARAÇÃO DE EQUIPES DE ALTA PERFORMANCE SOB ESTRESSE
Coronel (r) do EB Fernando de Galvão e Albuquerque Montenegro
O Cérebro humano é o dispositivo mais complicado que se tem notícia. Aprendeu-se mais sobre ele nos últimos 5 anos do que em toda existência da civilização.
Ele gerencia todos nossas atividades vitais. Ao longo da evolução da raça humana esse órgão duplicou de tamanho. Apesar de pesar menos de 1,5 Kg, consome 1/5 da energia do corpo. Alo longo dos milhões de anos, o cérebro evoluiu recebendo outros anexos e conexões sobre sua estrutura inicial.
A parte mais primitiva é o tronco encefálico, também presente nos répteis e outros animais. Nos mantém vivos e controla funções vitais como batimento cardíaco, digestão, pressão sanguínea e outras coisas que fazemos automaticamente sem pensar.
Centenas de milhares de anos depois foi acrescido o sistema límbico, onde ficam as amigdalas, pequenas como duas amêndoas. Elas transmitem nossas reações emocionais ao cérebro. Uma das emoções mais simples, primitivas e fortes é o medo.
Tive oportunidade de participar e conduzir por um bom tempo a formação dos Comandos, Forças Especiais e Guerreiros de Selva do Exército, onde os alunos são preparados para modificar a forma como o cérebro reage ao medo. Desde o início os alunos são submetidos a uma situação de pressão psicológica intensa visando a provocar o caos em suas mentes. O objetivo é submetê-los a uma situação de simulação de estresse de combate.
Foi observado que a maioria dos erros em combate está associada ao medo e ao pânico. Assim sendo, deduz-se que a capacidade de controlar esses impulsos seja extremamente importante. Como os militares que frequentam esses cursos estão sendo formados para as missões mais difíceis, perigosas e de altíssimo risco, os cursos são extremamente rigorosos. Em consequência, é muito grande o número de candidatos eliminados ou desistentes ao longo do processo de seleção e de formação.
Normalmente os alunos concludentes demonstram maior capacidade em ajustar a forma de pensar às exigências das atividades e respectivas pressões. Nem sempre são os alunos com melhor preparo físico que chegam ao final. Recordistas de natação, pentatlo, atletismo e medalhistas em outros esportes muitas vezes desistem durante algumas atividades extenuantes enquanto pessoas com performance física mais mediana mantêm a determinação de prosseguir no treinamento que envolve situações extremas de frio, dor, fome, sede, sono e o acabam concluindo.
As amígdalas tendem a levar instintivamente a um estado de pânico face às situações de medo. Elas enviam sinais ao tronco encefálico usando suas conexões. Sempre que o medo estiver presente, a ansiedade se manifestará em sua plenitude, seja em sinais físicos, seja em sinais psíquicos. A partir daí, várias reações podem ser manifestadas no organismo: taquicardia, respiração acelerada, sudorese, calafrios, tremedeira, boca seca, tontura, formigamento nos pés e mãos dentre outros sintomas.
O treinamento de contra terror das Forças Especiais é realizado sob pressão. Os alunos são treinados para identificar os alvos com precisão e realizar o disparo quando necessário, controlando os impulsos de estresse enviados pela amígdala.
O treinamento é gradativo. Na fase final, pode ocorrer o incremento de outras variantes como gás lacrimogêneo no recinto, treino com máscara e pouca visibilidade. Alguns treinadores ou integrantes da equipe ficam misturados aos alvos, e a execução é aleatória, exigindo maior atenção e os erros não podem ser tolerados. Às vezes, a reação correta é rápida e letal, outras vezes é apenas identificação do refém e controle do impulso de atirar.
A preparação de combate corpo-a-corpo é outro evento em que os alunos aprendem a controlar suas reações e testar sua rusticidade, resistência e agressividade sob estresse extremo. Na fase final dessa atividade, os alunos são levados a uma situação de exaustão e precisam identificar instantaneamente a qual ameaça estão sendo submetidos para aplicar vigorosamente a técnica adequada na defesa. Faz parte da avaliação o controle de agressividade, do cansaço e correção de movimentos.
Outra atividade em que o aluno é submetido intensamente a treinamentos exaustivos é o paraquedismo, pois necessita contrariar o instinto de preservação e se atirar no vazio. A sistemática busca automatizar procedimentos e reações possíveis para as diferentes emergências a que o paraquedista possa ser exposto. Nesses casos, o tempo que o militar tem para salvar sua vida é mínimo. Qualquer hesitação devido ao medo na tomada de decisão pode ser fatal.
Essa lapidação da reação dos combatentes só é possível porque o córtex frontal, outra parte do cérebro humano, também processa o medo. O córtex caracteriza uma maior evolução humana e surgiu após as amígdalas. Ele é a camada externa do cérebro, fina e enrugada, que pode chegar a ser quatro vezes maior que o dos outros primatas.
Foi descoberto que as informações dos nossos sentidos chegam às amígdalas com o dobro da velocidade que demoram para chegar aos lobos frontais. A diferença de velocidade dos sinais significa que sabemos reagir instintivamente a uma ameaça, caso contrário, ficaríamos paralisados de medo esperando os lobos frontais decidirem a reação correta.
Por trás do medo e do pânico está o desconhecido, não saber o que fazer. O cérebro paralisa, como um jacaré paralisa ao ver um facho de lanterna. A amígdala pode enviar sinais de medo muito velozes, mas nem sempre são corretos. Tão logo você percebe que a situação não corresponde a uma ameaça a volta à calma ocorre naturalmente.
O objetivo desse tipo de treinamento consiste em controlar os sinais emitidos pela amígdala através do lobo frontal, ou seja, de forma racional. Aprende-se a minimizar o retardo nas reações à situação de estresse, gerando movimentos/comportamentos instantâneos.
O Século XXI já vem sendo caracterizado pelo grande crescimento do emprego de Forças de Operações Especiais, assim sendo, os três principais centros de formação desses recursos humanos no Brasil (Centro de Instrução de Operações Especiais, Centro de Instrução Paraquedista e Centro de Instrução de Guerra na Selva) estão em constante busca da excelência na instrução e aperfeiçoamento dos processos de ensino.
Nos módulos de mergulho de treinamento das Forças Especiais aprende-se a controlar o medo da falta da respiração. O ser humano, ao longo de sua evolução, foi programado para temer situações sob a lâmina d´água. Por isso, é necessário muito autocontrole para conter o impulso de emergir e respirar.
Os alunos são preparados gradativamente para realizar tarefas subaquáticas complexas. Inicialmente realizam-nas fora d´água sem tempo, depois com tempo e então passam a enfrentar situações críticas totalmente imersos. Eles são submetidos a atividades planejadas que são conduzidas por um instrutor interrompendo seu fluxo de ar de diversas formas, escondendo as válvulas reguladoras, promovendo cambalhotas, arrancando a máscara e dando nós no seu equipamento em ataques contínuos que podem levar mais de quinze minutos enquanto são avaliados e observados em suas reações.
O aluno ansioso aumenta rapidamente o seu consumo de oxigênio, reduzindo sua capacidade de raciocínio e o tempo disponível para solucionar os problemas. Dependendo do desempenho do aluno, ele pode chegar a passar metade do tempo sem ar. Por mais que tenham aprendido e treinado a fazer isso fora d´água, praticar sob essas condições é extremamente difícil e reprova os alunos que não aprendem a lidar com o estresse sob essas condições.
Quando o aluno começa a ficar sem ar, suas amígdalas acionam o “botão” de pânico, que o impele a emergir. O córtex cerebral precisa controlar esse impulso para que o combatente continue autocontrolado. Nesse processo, o estudante tem que segurar a respiração muito além do normal enquanto a equipe de instrução avalia seus comportamentos.
Os impulsos nervosos emitidos pelo cérebro se deslocam a mais de 400Km/h e sob estresse as amígdalas liberam adrenalina e cortisol na corrente sanguínea, preparando o organismo para agir emergencialmente. Esses hormônios aceleram a respiração e o batimento cardíaco, elevam a pressão sanguínea, deixam os sentidos mais alerta, a memória mais aguçada e o corpo menos sensível à dor, mas mesmo assim, esse teste de competências subaquáticas é muito difícil. O maior inimigo do aluno nesse exercício é o pânico, que o leva a perder o controle debaixo d´água.
Em todas as situações citadas acima, o controle do medo é fundamental para o êxito no treinamento.
Verificando entre os concludentes desse tipo de treinamento, observou-se que quase todos eles balizam seu comportamento usando quatro ferramentas mentais que os ajudam a controlar o estresse mesmo nas situações mais extremas:
1. Estabelecimento de objetivos intermediários
2. Mentalização
3. Desenvolvimento da autoestima
4. Controle de respiração
O estabelecimento de objetivos auxilia os lobos frontais, que são os supervisores do cérebro. Com isso, é facilitado o raciocínio e o planejamento. Concentrar-se em metas específicas permite que o córtex mantenha as amígdalas sob controle. Os alunos costumam estabelecer prazos simples como: “vou chegar até a próxima refeição”, ou “até a próxima liberação”, e assim por diante. O importante é ele focar nesses objetivos intermediários e se manter firme nas convicções.
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terça-feira, 26 de novembro de 2013
HAITI – Manutenção do Batalhão Brasileiro depende de esforço logístico com aviões e navios
Uma aeronave C-130 Hércules da Força Aérea Brasileira (FAB) pousou na sexta-feira (22/11), em Porto Príncipe, com 11 toneladas de suprimentos para o 18º Contigente Brasileiro no Haiti, o maior efetivo de militares que atua na segurança do país mais pobre das Américas. A cada duas semanas, um avião da FAB chega à capital haitiana carregada de equipamentos, medicamentos, armamentos e materiais de consumo para suprir as necessidades de seis bases, incluindo uma de engenharia e uma de Fuzileiros Navais da Marinha do Brasil.
Viaturas blindadas e caminhões são enviados do Brasil de navio. Ao receber o Hércules da FAB, no Aeroporto Internacional Toussaint Louverture, o Chefe da Célula Logística de Apoio ao Contigente no Haiti, Coronel João Carlos Sobral das Chagas, explicou como faz para abastecer o Batalhão em um país carente em infraestrutura, saneamento básico, tecnologia, água potável e até alimentos.
Depois de seis meses, militares do 18º contigente brasileiro voltam ao Brasil e um novo efetivo de 1.450 homens e mulheres assumem a Missão das Nações Unidas para a Estabilização do Haiti (MINUSTAH). A substituição gradual, iniciada no dia 19/11, será concluída no dia 05/12.
A FAB participa do contigente com um pelotão de infantaria. Os 29 militares que pertencem aos Batalhões de Infantaria Especial da Aeronáutica sediados no Rio de Janeiro desembarcam em Porto Príncipe nesta terça-feira, 26/11. Quatro oficiais também farão parte do Estado-Maior do 19º Batalhão Brasileiro de Força de Paz (BRABAT 19, na sigla em inglês).
Veja entrevista com o Coronel João Carlos Sobral das Chagas
Fonte: Agência Força Aérea ,,SEGURANÇA NACIONAL BLOG,,SNB
segunda-feira, 25 de novembro de 2013
Cargueiro da Embraer voa em 2014
O gigante está trancado em uma sala grande como ele mesmo, um prédio inteiro para acomodar com folga o corpo de 35 metros. O modelo em escala real do novo jato da Embraer, o cargueiro militar KC-390, criado para cumprir várias missões, fica isolado na reservada unidade de Eugênio de Melo, a 20 quilômetros da sede da empresa em São José dos Campos. O jato em modelagem ainda está sem as asas – seriam necessários outros 35 metros.
Do mesmo local, há pouco menos de 40 anos, o Brasil influenciou guerras travadas no Oriente Médio e no norte da África, armou Exércitos latinos e equipou ex-colônias portuguesas. Em certa época, o complexo de Eugênio de Melo abrigou a extinta Engesa – de onde saíram os blindados batizados com nomes de serpentes brasileiras, Urutu e Cascavel.
O tempo é outro e a influência está regida pelo mercado. O KC-390 é uma iniciativa focada na ampla demanda internacional detectada pela Embraer – cerca de 700 aeronaves desse tipo serão negociadas em dez anos por US$ 50 bilhões. “Acreditamos que poderemos entrar na disputa por alguma coisa como 15% desse total, na faixa de 105 unidades”, diz o presidente da Embraer Defesa e Segurança, Luiz Carlos Aguiar.
Incluído no Programa de Aceleração do Crescimento – o PAC da presidente Dilma Rousseff -, o cargueiro e reabastecedor vai custar R$ 4,9 bilhões até a fase de construção dos 2 protótipos de desenvolvimento. A propriedade intelectual é da FAB. A etapa de encomendas pode chegar a mais R$ 3 bilhões – ao longo de 12 anos, estima o Ministério da Defesa.
O programa já acumula 60 cartas de intenção de compra emitidas por seis diferentes governos: Brasil (28 jatos), Colômbia (12), Chile (6), Argentina (6), Portugal (6) e República Checa (2). “Penso que, mais uma vez, chegamos na hora certa em um segmento restrito, não atendido pelas ações tradicionais”, diz Aguiar.
De fato, o nicho está virtualmente vago. O principal concorrente é nobre: o poderoso Hércules C-130J, o mais recente arranjo da Lockheed-Martin, para o seu quadrimotor turboélice. A primeira versão voou faz 60 anos. Até 2010, haviam sido entregues 2.500 deles para 70 clientes.
O KC-390 leva vantagem em quase tudo, a começar pelo fato de estar saindo agora das telas dos engenheiros de projeto. Mais que isso, transporta 23 toneladas contra os 20 mil quilos do C-130. Voa a 860 km/hora, mais alto, a 10,5 mil metros, e a um custo significativamente menor.
A concorrência de outras fontes é rarefeita e não se encaixa exatamente no mesmo viés, como é o caso do japonês Kawasaki C-2, em teste desde 2010, ou do europeu A-400M. Os dois são maiores e têm valor de aquisição elevado, de US$ 120 milhões a US$ 180 milhões. O modelo da Embraer fica na faixa pouco superior a US$ 80 milhões. E carrega tecnologia embarcada de última geração.
Os motores, por exemplo, permitem a operação nas pistas não pavimentadas e sem acabamento. As turbinas V-2500 da americana International Aero Engines não estão sujeitas à sucção de detritos. Todo o projeto utiliza conceitos avançados.
O pessoal. Na Embraer, o grupo de profissionais que trabalha no desenvolvimento do cargueiro e avião-tanque para reabastecimento em voo, é conhecido como “o pessoal do KC”.
Jovens quase todos, como o engenheiro Rodrigo Salgado, de 34 anos. Formado na escola de Itajubá, sul de Minas, trabalha na empresa há 11 anos. No programa, cuida dos aviônicos e da integração dos sistemas. Considera a possibilidade de conviver com o produto ainda por muito tempo, decorrência “do desenvolvimento contínuo e da atualização das funções”.
De olho na impressionante cabine, repleta de telas digitais, terminais móveis e painéis de instrumentos que dão ao módulo ares de ônibus espacial, um piloto de ensaios da Força Aérea torcia para estar na equipe dos testes, previstos para o primeiro semestre de 2015. Combatente, “com mais de 2 mil horas de voo” em supersônicos, e contemplado com um curso de especialização de custo estimado em US$ 1,2 milhão, o oficial avalia o advento do KC-390 na Aeronáutica “pelo valor estratégico: a aviação militar do País será capaz de se manter no ar, em quaisquer condições, com aeronaves de abastecimento, de ataque, transporte e inteligência, todas de projeto e fabricação próprios”.
O gigante da Embraer é parte de um acordo de cooperação entre a EDS e a Boeing. A composição abrange o compartilhamento de conhecimento tecnológico e avaliação conjunta de mercados. É um bom modelo. A Boeing produz transportadores de carga e reabastecedores em voo há não menos de 45 anos. A Embraer é inovadora e imbatível em redução de custos. Conforme Luiz Aguiar, a análise dos mercados potenciais incluirá clientes que não haviam sido considerados nas projeções iniciais para o KC-390. É uma forma cuidadosa de dizer que os alvos passam a incluir países como a Itália e, talvez, mesmo os Estados Unidos.O diretor do Programa KC-390 trabalha na Embraer há 13 anos – e desde 2005, depois de um longo período na área de inteligência de mercado, atua na definição dos conceitos que levaram ao maior avião produzido pela empresa. Paulo Gastão é engenheiro formado pelo Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA), turma de 1976.
Como nasceu o programa KC-390?
No começo, aí por 2005, a ideia era outra, era a de usar partes do modelo civil 190, integradas a uma nova fuselagem com rampa traseira, e um ou outro ajuste. Era muito menor e mais leve. Ele foi revelado como C-390, apenas cargueiro, em 2007. Ao longo de 2008, a FAB, que já tinha entrado na história, revelou parâmetros do que seria o avião que serviria à Força. Redefinimos do zero. Trabalhamos em um avião completamente novo. O contrato foi assinado em abril de 2009. Assim foi a gênese.
Houve dificuldades, claro.
Ah, sim. Cada fase tem algo difícil. A primeira foi convencer as pessoas que vinham da outra ideia, a migrar para o novo avião. Depois tem o momento em que se diz “Será que vai dar certo? Nunca fizemos nada desse tamanho…”. Foi a etapa do ganho de credibilidade. Hoje, temos 1.500 pessoas trabalhando no KC-390.
O avião sairá da fábrica de Gavião Peixoto, a 300 km de São Paulo. Que tamanho terá o hangar de produção?
O pavilhão maior, da montagem final, é imenso, tem 13 mil metros quadrados com pé direito de 22 metros, cerca de sete andares de altura. O vão livre para movimentar o avião tem de ter 18 metros. Fica pronto nas próximas semanas. O módulo por onde passará o KC-390 é um hangar de 40 por 60 metros.
Em relação ao mercado mundial, em que regiões o KC pode prosperar?
É um mercado muito espalhado, tem potencial em toda parte, não depende de poucos e grandes clientes. Nosso estudo de mercado endereçado indica demanda por 700 aeronaves em 80 países (menos Estados Unidos, Rússia e China) em 10, 15 anos. A gente quer disputar pelo menos 15% disso.
Quais são os concorrentes do 390?
Há um projeto conjunto da Índia e da Rússia, mas em fase preliminar. Os chineses falam do Y-9, um turboélice. Ainda indefinido. O japonês Kawasaki está focado na necessidade interna. Tem quem pergunte sobre o A-400M, da Airbus. É uma outra classe de carga, alcance maior, preço bem maior. Sobra o C-130J. Não é pouco. A Embraer encara todo concorrente com muito respeito.
Haverá uma versão de ataque ao solo como o Hércules Spectre/Stinger II, armados com canhões, mísseis, foguetes e bombas?
Não está no portfólio e depende de haver um cliente que eventualmente queira essa versão. Acho difícil.
Primeiros caças navais MiG-29 entram em serviço na Marinha russa
Os caças embarcados MiG-29K e MiG-29KUB são os aviões multiuso de geração 4++, destinados a cumprir missões de defesa antiaérea de unidades de belonaves e destruir alvos de superfície no mar e em terra, de dia e de noite e em quaisquer condições meteorológicas, utilizando armas de precisão dirigíveis.
VOZ DA RUSSIA ,,SEGURANÇA NACIONAL BLOG,,SNB
Leia mais: http://portuguese.ruvr.ru/news/2013_11_25/Primeiros-ca-as-navais-MiG-29-entram-em-servi-o-na-Marinha-russa-7485/
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