O vice-primeiro-ministro e ministro de Serviços de Inteligência, Dan Meridor, defendeu um aumento das sanções para pôr fim ao programa nuclear do Irã e afirmou que o país deve perceber que se não modificar sua política, um ataque militar "é uma possibilidade real".
"Os iranianos devem saber que é sério, que se não modificarem sua política, será uma possibilidade real", indicou Meridor em entrevista publicada nesta sexta-feira pelo jornal francês Le Monde, sem responder à questão de quanto tempo resta para que essa ação seja tomada.
O ministro também não quis dar mais detalhes sobre a "opção militar". "Não porque não exista, pelo contrário, mas porque talvez seja inclusive contraproducente falar publicamente", afirmou.
Quanto à pergunta de se Israel decidirá sozinho pelo ataque, explicou que "o melhor para qualquer país não é atuar de maneira solitária" e que neste caso "não é correto apresentar esta questão como um problema unicamente para Israel".
"Se pudermos atuar coletivamente, é preferível, mas não acho que a comunidade internacional atuará por nós, ninguém lutará por nós, temos que nos defender sozinhos", acrescentou Meridor.
Com relação à pressão internacional contra os planos nucleares do Irã, acusado de querer produzir a bomba atômica, considerou "inegável" que por enquanto não tenha apresentado resultados, o que não significa que não serão obtidos.
"Se as sanções enviam claramente aos iranianos a mensagem determinada e persistente de que não obterão a bomba e que o preço que devem pagar não para de aumentar, tendo a pensar que podem reconsiderar sua decisão", afirmou o ministro israelense e membro do partido conservador Likud.