sábado, 12 de outubro de 2013

Brasileira do Greenpeace passa meses em navios durante as missões

MORRIS KACHANI
DE SÃO PAULO
Ela é avessa ao consumismo, cuida de animais de rua desde quando era criança e foge dos salões de beleza. Diz que uma roupa foi feita para durar dez, quinze anos.
Assim amigos, parentes e parceiros de trabalho descrevem a gaúcha Ana Paula Alminhana Maciel, 31, presa na Rússia desde 19 de setembro por um protesto contra exploração de petróleo no Ártico.
A bióloga é ativista do Greenpeace desde 2006. Começou como voluntária, distribuindo panfletos e participando de mobilizações em terra. Sempre sonhou em embarcar em um dos três navios da entidade, em expedições.
É uma disputa acirrada: no Brasil, a maioria dos cerca de 200 voluntários alimentam esse desejo.
Ela chegou a trancar faculdade para embarcar pela primeira vez, como assistente de cozinha. Ganhou espaço mostrando boa vontade e disposição. "Até as funções mais masculinas, como carregar carga pesada, ela faz. Você nunca vai vê-la de mau humor", conta Paola Bleicker, amiga desde os tempos da Ulbra (Universidade Luterana do Brasil), em Canoas (RS).
Ana Paula é marinheira, encarregada de fazer a faxina e manutenção dos barcos.
Viaja a cada três meses, recebendo ao menos € 2.500 mensais (R$ 7.350) quando está em alguma missão no mar. Nos intervalos das viagens, faz bico como auxiliar em uma clínica veterinária.
Pelo Greenpeace já esteve no Ártico, Caribe e Amazônia. Foi detida em pelo menos duas outras ocasiões. Em Santarém (PA), ficou um dia e meio presa na delegacia, por participar do bloqueio do porto da multinacional Cargill, contra o avanço da soja.
Em São Cristóvão, no Caribe, em ação contra a caça às baleias, a situação se repetiu.Ana Paula sabe escalar e pilotar botes de assalto em mar aberto. O treinamento é necessário: são 15 kg de roupa nestas ocasiões, entre galochas, roupas emborrachadas à prova d'água, capacete e máscara contra o vento.
Nunca se queixou das condições, só do frio -no verão, a temperatura oscila de 10º C negativos aos 10º C positivos no Ártico- e dos dias longos. Em junho e julho, não escurece totalmente.
romances
Ela iniciou os dois últimos relacionamentos amorosos em expedições. Não são viagens fáceis: muito serviço, um beliche por cabine, banheiro coletivo.
Além do refeitório, o único ponto de encontro é o lounge do navio, equipado com TV, DVD e alguns violões. Cada um pode beber no máximo duas latas de cerveja.
Com o italiano Rossano Filippinni se casou. Chegaram a morar na Itália e em Portugal. Há um ano, já com o casamento desfeito, engatou com Miguel Angel Arguelles, mexicano, que hoje vive em Cozumel, trabalhando como mergulhador especializado em profundidades.
Ontem, pela primeira vez, Ana Paula conseguiu contato por telefone com a mãe, Rosângela.
"A conversa foi curta, mas boa. Ela disse que está bem na medida do possível. Que não estão lhe faltando as coisas, tudo que ela precisa o Greenpeace providencia. Reclamou um pouco do frio mas disse que está sendo bem tratada pelos carcereiros", disse sua mãe, motorista de perua escolar que vive em um bairro de classe média de Porto Alegre.
Houve pouco choro: "A gente se controlou para poder falar. Eram só cinco minutos".
Ana Paula conversou também com a sobrinha, Alessandra. "Você não sabe como ficou famosa", disse-lhe Alessandra. "Na TV, nos jornais, em todo lugar". Ana Paula reagiu com um sonoro e gaúcho "mas bah, capaz!".
Ela no momento está lendo um livro sobre pirataria. Em uma carta à família, relatou as dificuldades do dia a dia: vivendo em uma cela individual, só tem uma hora por dia para esticar as pernas e caminhar.
"Ela gosta de liberdade. Nunca me deixou colocar grades nas janelas do apartamento. É como você capturar um pássaro na floresta e colocá-lo em uma gaiola. Ele fica doente, deprimido, este é meu receio", diz a mãe.
Em uma das cartas, conta a mãe, Ana Paula afirmou que depois do episódio estava "revendo os conceitos de sua vida". "Não sei o que isso pode significar. De repente, talvez não queira mais participar das embarcações..."
FONTE FOLHA SEGURANÇA NACIONAL BLOG SNB

quinta-feira, 10 de outubro de 2013

Dirigível Experimental telhado Damages o colapso da União Soviética Entrepreneur-nascido

RIA Novosti) - A União Soviética-nascido $ 35000000 zeppelin protótipo do empresário foi perfurado por destroços de um colapso parcial do telhado em um hangar na Califórnia, provocando um vazamento de hélio, de acordo com relatos da mídia dos EUA.
Não houve feridos quando um pedaço de telhado desembarcaram na 266 pés (81,07 metros) de comprimento Aeroscraft dirigível início da manhã segunda-feira. Os funcionários foram evacuados e uma equipe de materiais perigosos foi convocado para o site em Tustin, Califórnia, para lidar com o vazamento de hélio, o Los Angeles Times relatou .
Representantes de zeppelin construtor Worldwide Aeros, que foi fundada por soviético-nascido empresário Igor Pasternak, já havia contactado o governo federal sobre rangidos no hangar, que está localizado em uma base do Corpo II Guerra Mundial era marinho, mas não tinha recebido nenhuma resposta, televisão KCBS em Los Angeles, informousegunda-feira.
Pasternak imigrou para os Estados Unidos em 1993, onde fundou uma empresa semelhante à que ele tinha na Rússia dirigíveis de fabricação a ser utilizado para publicidade.
Pasternak disse que as versões finais de suas aeronaves Aeroscraft, muito maiores do que o protótipo que foi danificado, irá revolucionar o transporte de carga, porque os dirigíveis podem transportar cargas mais pesadas para locais mais distantes do que pode aviões tradicionais e veículos terrestres.
O desenho final zeppelin deverá ser mais do que 400 pés (122 metros) de comprimento e capaz de transportar uma carga de 66 toneladas (59.874 kg).
O protótipo danificado foi financiado pelo Pentágono e da NASA, que esperam usar aeronaves para missões militares e humanitárias.
Cancelado para certificação de aeronavegabilidade experimental pela Administração de Aviação Federal dos EUA no mês passado, o acidente é um revés considerável para Pasternak e Worldwide Aeros.
Um representante da empresa disse em setembro que a empresa espera realizar um vôo de teste untethered "dentro de algumas semanas."
SNB

FAB TV - FAB em Ação mostra os bastidores de uma operação aeroespacial

O FAB em Ação acompanhou uma operação aeoespacial para mostrar a rotina do Centro de Lançamento de Alcântara (CLA). Vamos conhecer o trabalho de preparação até o momento da contagem regressiva e o foguete ser lançado ao espaço. Veja o programa:
>

Fonte: Agência Força Aérea SNB

terça-feira, 8 de outubro de 2013

20 years later, never-before-seen video of Black Hawk Down emerges

SEGURANÇA NACIONAL BLOG

Brasil-EUA, hora da verdade

Rubens Barbosa* - O Estado de S.Paulo
Aconteceu de eu estar em Washington, liderando uma delegação empresarial da seção brasileira do Conselho Empresarial Brasil-EUA, no dia em que os presidentes dos dois países decidiram anunciar o adiamento da visita de Estado de Dilma Rousseff, prevista para este mês. Apesar da surpresa e do desapontamento manifestados por todos os funcionários norte-americanos dos diversos ministérios e da Casa Branca com quem conversamos, parece não haver dúvida de que o adiamento foi a melhor solução para evitar maiores constrangimentos aos dois presidentes. Não se podia ignorar o risco de que, enquanto a presidente brasileira estivesse na Casa Branca, fossem divulgadas novas informações sigilosas do governo do Brasil.
A decisão final do governo brasileiro evitou o radicalismo proposto pelo PT, que, além do cancelamento da visita, queria a retirada do embaixador em Washington e a expulsão de elementos da NSA e da CIA lotados na Embaixada dos EUA em Brasília. Certamente as autoridades norte-americanas sabem que a campanha presidencial de 2014 já começou e que no Brasil, como em muitos outros países, uma atitude antiamericana sempre rende votos.
A decisão de adiamento foi menos uma bravata confrontacionista e mais uma reação natural a práticas ilegais de interceptação de comunicações e dados de cidadãos, empresas e membros do governo, temperada por considerações de ordem política doméstica. Ninguém é ingênuo para pensar que os EUA estejam sozinhos na prática de espionagem, ao contrário, mas não se podia minimizar o ocorrido. Como escreveu conhecido escritor e político britânico, há um 12.º mandamento a ser respeitado: não deverás ser descoberto...
Sem dúvida, dados a importância e o simbolismo das visitas de Estado na liturgia do poder nos EUA, deverá haver repercussões de curto prazo no relacionamento bilateral. O pronunciamento da presidente Dilma nas Nações Unidas não terá ajudado a diminuir o impacto negativo. Pode-se esperar um retrocesso temporário nos acordos e entendimentos em andamento. E não me surpreenderia se uma orientação de nível mais alto tiver determinado a desaceleração e a revisão do relacionamento com o Brasil. O que fará o governo brasileiro caso o pedido público de desculpas dos EUA e as explicações satisfatórias não venham? Como ficarão as relações entre os dois países?
O adiamento da visita reflete também a baixa prioridade política e diplomática que os dois países atribuem hoje à sua relação bilateral. Do lado do Brasil, nos últimos 12 anos, por considerações ideológicas e partidárias, as prioridades são as relações Sul-Sul, com destaque para a América do Sul, a África e o Brics. Da parte dos EUA, em razão da ausência de ameaças à segurança nacional e de seu foco estar voltado para a China e para o Oriente Médio, a América do Sul e o Brasil estão fora dos radares dos formuladores de política de Washington.
Talvez o episódio gerado pela revelação da espionagem possa transformar-se num elemento positivo para uma eventual mudança nesse quadro.
A dar crédito ao que ambos os governos registraram nas respectivas notas em que anunciaram o adiamento da visita, a relevância e a diversidade das relações bilaterais são de interesse recíproco. Assim, a retomada dos entendimentos oficiais poderia ser uma oportunidade para se encontrar um novo enfoque para a relação bilateral, deixando de lado os radicais de ambos os lados.
Numa perspectiva de médio e de longo prazos, parece ser de nosso interesse a ampliação da relação, num ambiente de respeito mútuo e de confiança restaurada. O problema é saber como conectar interesses concretos do governo e do setor privado de forma a criar uma base e um ambiente que não permitam situações como a que foi agora criada. Brasil e EUA devem superar os estereótipos e preconceitos recíprocos e têm de definir o que desejam da relação com o outro.
De forma pragmática, Washington e Brasília deveriam dar um tratamento de choque na relação entre os dois países. Novas ideias - e não apenas os assuntos rotineiros que há anos frequentam a agenda dos dois governos - deveriam ser trabalhadas. E o setor privado deveria ter papel relevante nesse sentido. Gostem ou não os que aqui se opõem a um relacionamento mais estreito entre os dois países, o reconhecimento para o Brasil se sentar à mesa principal dos fóruns mundiais de decisão passa não só pela crescente projeção externa do País, mas, sobretudo, pela boa relação com e pela percepção positiva de alguns dos países, que estão no centro de poder global, liderados pelos EUA.
No início de seu governo o presidente Barack Obama declarou que o México e o Brasil deveriam ser tratados de forma diferenciada. Não sei se agora o governo americano ainda está interessado nisso. Em caso positivo, poderia estender ao Brasil o mesmo tratamento dispensado à Índia, à Coreia do Sul e à Turquia. Nestes casos prevaleceram evidentes considerações de natureza estratégica e militar. A motivação no caso do Brasil seria o interesse dos EUA em incrementar uma efetiva parceria com o nosso país nas áreas de comércio e investimento, sobretudo em setores sensíveis, como inovação, defesa, espaço e nuclear. Nessas áreas o Brasil, para não continuar fora desse mercado por restrições e controles à exportação de produtos, serviços e tecnologia de uso dual, poderia ser incluído na lista de países que se beneficiam de isenções de licenças de exportação (Strategic Trade Authorization) ou que negociaram acordos de cooperação.
Como ocorreu com países europeus e com a Índia e o México, também afetados pela espionagem dos EUA, espera-se que o Brasil dê prioridade, na relação com Washington, aos interesses nacionais permanentes sobre os objetivos ideológicos e partidários de curto prazo.
*Rubens Barbosa é presidente do Conselho de Comércio Exterior da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (FIESP).
SNB

segunda-feira, 7 de outubro de 2013

DECISÃO BRASILEIRA DE DESCENTRALIZAR A INTERNET É POTENCIALMENTE PERIGOSA”

Conforme noticiado recentemente, os países do Brics (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul) planejam lançar uma internet alternativa a partir de 2015.
Trata-se de um cabo submarino de fibra ótica com 34 mil quilômetros e capacidade de 12,8 bit/s, que se estenderá de Vladivostok, na Rússia, até Fortaleza, no Brasil, passando por Shantou (China), Chennai (Índia) e Cidade do Cabo (África do Sul). Mas o que pensam os observadores internacionais sobre o assunto?
Kirill Miámlin, jornalista e autor do livro “Comunitarismo como ideal russo”
“Dilma Rousseff deu um passo histórico na esteira das revelações de Snowden sobre a espionagem da Agência Nacional de Segurança (NSA, na sigla em inglês). Os especialistas americanos afirmam que a decisão brasileira de se afastar da internet baseada nos EUA é ‘potencialmente perigosa’, já que poderia ser o primeiro passo rumo à fragmentação da rede mundial. Assim, surgiria um novo ambiente sem a intervenção de qualquer governo; em particular, sem a intervenção do governo dos EUA.”
Michael Dorfman, escritor israelense-americano e ativista político
“Nos EUA não se prestou muita atenção a essas notícias. Foi diferente com relação ao Sputnik soviético, que até hoje assusta os americanos.

A existência de alternativas é sempre algo positivo. Quanto mais possibilidades de escolha houver, melhor. Contudo, ninguém pode garantir que essa internet será mais segura que a dos EUA, e esses países se serão capazes de proteger de maneira mais eficiente os direitos dos usuários, incluindo a privacidade dos dados pessoais ou o livre acesso aos conteúdos.
Cedo ou tarde, teremos um mundo multipolar, e os EUA perderão seus monopólios – não apenas o da internet, mas também o financeiro e o militar. Isso não acontecerá subitamente, levará uns 25 ou 30 anos.”
Iúri Iúriev, observador político e blogueiro ucraniano
“Apesar da livre concorrência, a internet com base nos EUA se tornou um verdadeiro monopólio que permite às autoridades ‘controlar’ os direitos dos usuários. Atualmente, todo o planeta depende da base tecnológica americana e, para criar outra alternativa, são necessários novos canais como esse.” 
Aleksandr Khurchudov, jornalista e economista
“Isso significa que a informação divulgada por Snowden não pegou nenhum país desprevenido. Porém, mais cedo ou tarde, toda ação gera uma reação, especialmente ações tão impertinentes como as dos EUA.”
 
Mais desconfiada do que nunca
A presidente Dilma Rousseff ficou indignada com os documentos divulgados pelo ex-agente de inteligência norte-americano Edward Snowden, segundo os quais a Agência de Segurança Nacional dos EUA (NSA) teria espionada a Petrobras, cidadãos brasileiros e até mesmo as trocas de mensagens pessoais da presidente. Durante o discurso de abertura da 68ª Assembleia-Geral da ONU, Dilma fez questão de condenar severamente as ações de espionagem dos Estados Unidos.
SNB

Documentos revelam que Canadá espionou Ministério das Minas e Energia

O monitoramento tinha como alvo telefones, e-mails e internet da pasta, segundo reportagem da Rede Globo

O Canadá, por meio da Agência de Segurança e Comunicação (CSEC, na sigla em inglês), teria espionado o Ministério das Minas e Energia. Os documentos foram repassados ao jornalista norte-americano Glenn Greenwald por Edward Snowden, ex-funcionário de uma prestadora de serviço da Agência Nacional de Segurança (NSA) dos Estados Unidos que revelou as ações de inteligência e hoje está asilado na Rússia.
O monitoramento tinha como alvo telefones, e-mails e internet do ministério, que foram mapeados em detalhes. Os documentos não mostram se houve acesso aos conteúdos nem especifica o período em que as interceptações teriam sido feitas, mas trazem os contatos feitos pela pasta para órgãos dentre e fora do Brasil.
A denúncia se soma a outros dois casos em que documentos de Snowden apontaram espionagem do governo americano em território brasileiro: o da estatal Petrobras e o da própria presidente Dilma Rousseff. As informações foram divulgadas este domingo (6) pelo Fantástico, da Rede Globo.
O ministro Edison Lobão afirmou que a espionagem é “um fato grave que merece repúdio, o que já foi amplamente feito por Dilma na ONU”. Segundo o ex-presidente da Eletrobras Pinguelli Rosa, as informações podem servir a empresas que concorrem a leilões e podem dar vantagem competitiva a quem espiona.
As denúncias de espionagem da NSA levaram os Estados Unidos e o Brasil a um impasse diplomático. O Brasil exigiu um pedido formal de desculpas e Dilma cancelou sua visita aos EUA, a única oferecida pelo governo dos EUA a um líder estrangeiro, em outubro deste ano. Dilma também fez um discurso duro ao abrir o debate da 68ª Assembleia Geral da ONU.
Após chamar o episódio de “grave violação dos direitos humanos e das liberdades civis” e uma “afronta aos princípios que devem guiar as relações entre os países”, a presidente anunciou que o Brasil apresentará propostas para o estabelecimento de um marco civil multilateral para a governança e uso da internet para assegurar a efetiva proteção dos dados que navegam pela internet. Neste domingo, Dilma usou o Twitter para fazer novas críticas à espionagem e cobrar explicações.
ÚLTIMO SEGUNDO...SNB