sábado, 27 de agosto de 2011

J-20 pode alcançar capacidade Operacional efetiva até 2018, diz Pentágono


Um relatório emitido pelo Pentágono destacou uma série de avanços que a Força Aérea da China (FAC) tem realizado nos últimos anos, em especial, no desenvolvimento do seu futuro jato de combate supersônico stealth Chengdu J-20.
Segundo o Pentágono, o J-20, que deverá ser utilizado como uma plataforma de ataque de longo alcance e não como caça, poderá alcançar o estágio operacional por volta de 2018, sendo que até então o principal desafio das equipes de projeto da China será o desenvolvimento de uma turbina capaz de garantir as características de invisibilidade ao radar.
Chengdu J-20
Atualmente existem várias discussões quanto a qual será o exato emprego do J-20. Alguns especialistas afirmam que o jato de combate será um rival direto do Lockheed Martin F-35 Lightning II, enquanto outros acreditam que ele deverá ser usado para atacar porta-aviões e outros alvos fortemente defendidos.
Por outro lado, o relatório também trouxe outros dados relativos a rápida modernização que a FAc vem sofrendo nos últimos anos. Em 2000, apenas 2% dos aviões em serviço eram considerados modernos, número este que cresceu para 25% com a chegada de aeronaves mais avançadas como Sukhoi Su-27, Su-30 e o próprio Chengdu J-10.
Atualmente acredita-se que mais de 1.600 caças e 620 aviões de ataque e bombardeio façam parte do inventário da FAC.

Governo libera recursos para aquisição de moderno sistema de foguetes nacional para o Exército


O Governo Federal deu um sinal claro, ontem, de que pretende levar adiante a consolidação de uma base industrial de defesa no país. Um decreto assinado pela presidenta da República, Dilma Rousseff, liberou crédito suplementar no valor de R$ 45 milhões para o início do Projeto Astros 2020, destinado a equipar o Exército Brasileiro.
O projeto, que tem valor total de R$ 1,09 bilhão, prevê a aquisição do mais avançado sistema de lançamento de foguetes terra-terra desenvolvido no país. O Astros 2020 é uma versão evoluída do Astros II, maior sucesso de vendas da empresa Avibras Aeroespacial. Exportado para diversos países, o Sistema Astros é considerado líder no pequeno, seleto e competitivo grupo de concorrentes internacionais.
Ao todo, o projeto prevê a aquisição de 49 viaturas para o Exército, divididas em três baterias: 18 veículos lançadores, 18 veículos para transporte de munição, 3 unidades de controle e monitoramento de tiro, 3 estações meteorológicas, 3 de veículos oficina, 3 blindados de comando e controle para cada bateria e um último, integrado, de comando e controle de grupo.
A principal vantagem do novo conceito é a incorporação do AV-TM, míssil de cruzeiro com alcance de 300 quilômetros e alta precisão. Diferentemente dos foguetes – que têm trajetória balística, definida a partir do impulso que recebem –, o míssil é guiado e pode ter sua trajetória controlada. Outro avanço importante é na área eletrônica, que passa a ser toda digital.
Além de sinalizar a disposição de levar adiante o processo de reaparelhamento das Forças, a aquisição do Astros 2020 é vista como um ponto de equilíbrio para as finanças da Avibras. Em julho de 2008, a empresa requereu o regime de recuperação judicial. Posteriormente, iniciou um plano de capitalização com o Governo Federal, que envolve o refinanciamento de dívidas. A compra do sistema lançador de foguetes é mais um passo em direção ao saneamento econômico e financeiro da companhia.
A recuperação da Avibras tem uma dimensão estratégica para a indústria de defesa brasileira. Além da capacidade de exportar sua produção, a empresa desenvolve mão-de-obra especializada. A manutenção desse capital intelectual sinaliza interesse na produção de material de defesa com tecnologia exclusivamente brasileira .
O projeto é visto também como uma forma de incrementar a futura pauta de exportações e favorecer a balança comercial brasileira. Isso porque a negociação externa do produto exige, como condição essencial, que o sistema seja adotado por, pelo menos, uma das Forças Armadas do Brasil.
O investimento total no Projeto Astros 2020 será feito ao longo de seis anos – de 2011 a 2016.

China prepara-se para lançar protótipo de laboratório espacial próprio


Tiangong é um protótipo de oito toneladas que ficará em órbita durante dois anos

A China lançará no início de setembro o módulo não tripulado Tiangong I, um protótipo de laboratório espacial que será o primeiro passo do país asiático para a criação de uma estação própria de pesquisas no espaço, informa o jornal Global Times.
O protótipo e seu foguete propulsor já estão sendo preparados no centro de lançamento de Jiuquan, no noroeste do país, à espera de condições meteorológicas favoráveis para o lançamento em poucos dias, embora a data exata não seja divulgada até a última hora.
O Tiangong (“Palácio Celestial”, em mandarim) é um protótipo de oito toneladas que ficará em órbita durante dois anos.
Naves do modelo Shenzhou lançadas durante esse período realizarão, junto a este protótipo, os primeiros acoplamentos do programa espacial chinês (primeiro com veículos não tripulados e mais tarde com astronautas).
Segundo o programa espacial chinês, desenvolver as complicadas técnicas de acoplamento espacial é um passo vital para o sucesso da primeira estação espacial da China, que o país deseja ter em funcionamento até 2020 – uma resposta à rejeição de outros países a que Pequim se envolva mais na Estação Espacial Internacional (ISS).
Na semana passada, um satélite de última geração chinês foi perdido ao não entrar na órbita designada, o que semeou dúvidas sobre o futuro de todos esses projetos, mas responsáveis do programa espacial garantiram que o lançamento do Tiangong e as futuras Shenzhou seguirão os planos previstos

Programa espacial brasileiro teve início promissor, mas esbarra em metas ambiciosas e recursos escassos


No final da década de 1970, o Brasil reunia boas condições para desenvolver competência e tecnologia no setor espacial. Três décadas depois, esse patrimônio encontra-se em risco.
Havia o embrião de uma indústria implantado em São José dos Campos (SP) pela Aeronáutica, do qual nasceria a Embraer. Tinha como vizinhos centros de excelência em pesquisa aplicada como o Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA) e o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe).
Naquele bom momento, o país formulou o programa ambicioso da Missão Espacial Completa Brasileira. Em 1979, previa lançar quatro satélites -construídos pelo braço civil do programa- a bordo de foguetes nacionais, sob responsabilidade da Aeronáutica.
Três décadas depois, constata-se que só os satélites decolaram, de fato, mas carregados por lançadores estrangeiros. Cinco foram postos em órbita pelo Inpe, em colaboração com a China. O projeto de um Veículo Lançador de Satélites (VLS) resultou em três tentativas fracassadas; na terceira, em 2003, pereceram 21 técnicos e engenheiros na explosão do foguete na base de Alcântara (MA).
O governo Itamar Franco, a fim de aplacar restrições -sobretudo dos EUA- ao fornecimento de equipamentos passíveis de aplicação militar (mísseis), criou um órgão civil para gerir o programa, a Agência Espacial Brasileira (AEB).
Depois disso, já no governo Luiz Inácio Lula da Silva, firmou bilionária parceria com a Ucrânia para desenvolver um lançador comercial, o Cyclone-4. O foguete seria usado para explorar as vantagens geográficas de Alcântara, que, próxima do Equador, permite economizar até 30% de combustível.
O Cyclone-4 ainda está no chão, com lançamento adiado de 2010 para 2013. Só conseguirá pôr em órbita satélites de até duas toneladas, quando alguns artefatos chegam a quatro. Clientes americanos são 80% do mercado, mas não poderão usar Alcântara porque o Congresso não ratificou o Acordo de Salvaguardas Tecnológicas firmado com os EUA em 2000.
Em retrospecto, percebe-se que o programa espacial brasileiro enveredou por várias direções, com muita ambição e parco investimento -menos de R$ 150 milhões por ano, em média, desde 1980, diz a revista “Pesquisa Fapesp”.
O orçamento foi de R$ 326 milhões em 2010. Estima-se que só o componente de satélites demandaria R$ 500 milhões anuais para sair da média modesta de um artefato lançado a cada quatro anos. Índia e China aplicam cinco a sete vezes mais no setor.
O ministro da Ciência e Tecnologia, Aloizio Mercadante, cogita relançar o programa com uma inovação institucional: fundir a AEB e o Inpe, unificando o braço civil. Com as restrições orçamentárias, contudo, será necessário ousar mais e arbitrar prioridades, decidindo, por exemplo, se faz sentido manter o plano de um VLS em paralelo com o Cyclone-4.


quarta-feira, 24 de agosto de 2011

fotografaram um pôr do Sol na Terra visto do espaço.


SÃO PAULO – Os seis astronautas a bordo da Estação Espacial Internacional fotografaram um pôr do Sol na Terra visto do espaço.
Os membros da expedição 27 registraram o momento em que a América do Sul anoitece. A foto foi feita por volta das 19:37, hora local,e foi divulgada na semana passada.Todos os dias os tripulantes vêem, em média, 16 vezes o sol nascer e se por. Como estão desde março no espaço, e só devem descer em setembro, isso significa que terão passado por mais de três mil auroras e crepúsculos.
Para alguém aqui na Terra, seriam necessários quase 10 anos para visualizar os fenômenos tantas vezes.

Cargueiro espacial russo cai na Sibéria, diz agência

A nave de carga, que levava provisões para a Estação Espacial Internacional, caiu na Sibéria, logo após seu lançamentoUma nave de carga, que levava provisões para a Estação Espacial Internacional (ISS, na sigla em inglês), caiu na Sibéria, logo após seu lançamento, na quarta-feira, no último de uma série de reveses que têm afetado o programa espacial russo.

A nave sem piloto Progress M-12M transportava cerca de três toneladas de provisões para a tripulação internacional a bordo da ISS, mas não conseguiu entrar na órbita correta, noticiou a agência espacial russa Roskosmos.

"Segundo informações preliminares, no segundo 325, houve um problema operacional com o sistema de propulsão, que causou sua suspensão emergencial" cerca de cinco minutos após o lançamento, explicou a Roskosmos em um comunicado curto.

"A nave de carga Progress M-12M não entrou em sua órbita adequada", continuou o texto.

Fragmentos do cargueiro caíram na região de Altai, na Sibéria russa, na fronteira com a Mongólia e a China, afirmaram autoridades locais, mas não houve registro de vítimas no solo.

"Os fragmentos caíram em uma área não habitada" do distrito de Choisky, disse o chefe do governo de Altai, Yuri Antaradonov.

"Os serviços de emergência trabalham no local, mas os esforços são dificultados pelo fato de que agora é noite" na região, declarou Antaradonov à agência de notícias Interfax.

A nave de carga havia sido lançada às 17h00 de Moscou (10h00 de Brasília), a bordo de um foguete Soyuz-U, do cosmódromo russo de Baikonur, no Cazaquistão. Segundo a Interfax, este foi o primeiro problema com uma missão de entrega de provisões com uma nave de carga soviética ou russa desde 1978.

O controle da missão russo informou que não houve necessidade de evacuar os seis tripulantes da ISS, apesar da falha no lançamento.

"É claro que temos que analisar a situação, mas provisoriamente podemos dizer que não é tão crítico que devêssemos falar em um retorno antecipado dos membros da tripulação da ISS", disse o porta-voz do controle da missão, Vladimir Solovyov, à agência Interfax.

Em um comunicado em separado, a Roskosmos acrescentou que o acidente "não terá impacto nos sistemas de manutenção da vida" da tripulação da ISS.

De acordo com a Nasa (agência espacial americana), os seis tripulantes a bordo da estação têm comida e combustível suficiente e não serão imediatamente afetados pela queda do cargueiro.

"Temos uma reserva muito boa de comida, combustível e outros itens de consumo a bordo da ISS, depois da missão STS-135 do ônibus espacial" Atlantis, disse o porta-voz da Nasa, Kelly Humphries, à AFP.

A perda da nave Progress cerca de cinco minutos depois da decolagem exigirá algumas mudanças na "logística em geral, mas não deve ter um impacto imediato na população", acrescentou.
"É prematuro discutir a possibilidade de reduzir o tamanho da próxima tripulação. Eu não antevejo isto", acrescentou.

Embora o acidente não deva representar uma ameaça imediata à segurança dos tripulantes da estação, que teriam um estoque de dois a três meses de combustível e oxigênio, tripulações menores podem, sim, ser consideradas, explicou um especialista russo.

"Considerando que os ônibus espaciais (americanos) não voam mais, o controle da missão russo pode decidir reduzir o tamanho da tripulação a bordo da ISS por causa de problemas de abastecimento", disse à agência Interfax o analista Sergei Puzanov.

Uma fonte da indústria disse à agência de notícias RIA Novosti que o acidente pode forçar a Rússia a manter missões com foguetes Soyuz no chão temporariamente e atrasar o próximo contato com a ISS.

A próxima missão tripulada rumo à ISS está provisoriamente marcada para 22 de setembro.

O incidente ocorre apenas duas semanas depois do fim do programa de ônibus espaciais americanos, que fez da Rússia o único elo entre a Terra e a ISS e ponto de partida das tripulações multinacionais que se revezam na estação.

A Rússia já sofreu cinco falhas de lançamento nos últimos nove meses, mas não tem tido problemas recentes com missões de foguetes Soyuz rumo à ISS.

Em dezembro do ano passado, Moscou sofreu um de seus fracassos mais embaraçosos dos últimos tempos, quando três satélites de navegação para o sistema de posicionamento global russo Glonass caíram no mar, na altura do Havaí, antes de conseguirem alcançar a órbita.

Autoridades admitiram mais tarde que a culpa foi de um simples erro de cálculo de combustível. Meses depois, em fevereiro, a Rússia colocou seu novo satélite militar Geo-IK-2 na órbita errada, tornando-o inútil para propósitos de defesa.

E na semana passada, a Rússia perdeu seu novo satélite Express-AM4 para TV digital, telefone e internet via satélite, depois de um lançamento fracassado em Baikonur.

Líbia - Pentágono: armas de destruição em massa líbias estão seguras


O Pentágono afirmou nesta quarta-feira que as reservas de armas químicas da Líbia estão "seguras", mas que um arsenal de centenas de mísseis de curto alcance continua sendo motivo de preocupação.
Consultado sobre se os locais onde estão armazenadas as armas químicas estavam seguros, incluindo cerca de 10 t de gás mostarda, o porta-voz do Pentágono, Coronel Dave Lapan, disse "sim".
Lapan não quis dar maiores detalhes. Disse apenas que não há planos para enviar tropas americanas para proteger os depósitos de armas químicas.
Apesar de o regime de Muammar Kadafi possuir gás mostarda, carecia de meios militares para lançar um ataque com esses produtos químicos, de acordo com especialistas em controle de armas.
Kadafi aderiu à Organização para a Proibição de Armas Químicas (OPCW) em 2004 depois de renunciar às armas de destruição em massa em dezembro de 2003, mas, mesmo assim, teve que eliminar 11,25 t de gás mostarda quando começaram os protestos para tirá-lo do poder em fevereiro.

Líbia: da guerra entre Kadafi e rebeldes à batalha por Trípoli
Motivados pelos protestos que derrubaram os longevos presidentes da Tunísia e do Egito, os líbios começaram a sair às ruas das principais cidades do país em fevereiro para contestar o coronel Muammar Kadafi, no comando desde a revolução de 1969. Rapidamente, no entanto, os protestos evoluíram para uma guerra civil que cindiu a Líbia em batalhas pelo controle de cidades estratégicas de leste a oeste.
A violência dos confrontos gerou reação do Conselho de Segurança da ONU, que, após uma série de medidas simbólicas, aprovou uma polêmica intervenção internacional, atualmente liderada pela Otan, em nome da proteção dos civis. No dia 20 de julho, após quase sete meses de combates, bombardeios, avanços e recuos, os rebeldes iniciaram a tomada de Trípoli, colocando Kadafi, seu governo e sua era em xeque.