segunda-feira, 30 de agosto de 2010

Ministro chinês de Defesa faz visita oficial ao Brasil

O ministro da Defesa da China, Liang Guanglie, partiu nesta segunda-feira em uma viagem oficial ao México, Colômbia e Brasil.




Segundo informou a agência oficial Xinhua, Liang, que é membro do Conselho de Estado (Executivo chinês), fará uma "visita oficial de boa vontade" pela América Latina.



Durante a viagem, o ministro terá encontros com o secretário de Defesa mexicano, Guillermo Galván, o ministro de Defesa colombiano, Rodrigo Rivera, e seu colega brasileiro Nelson Jobim.



A nota oficial evitou mencionar detalhes sobre a viagem. Liang Guanglie é o responsável do Exército de Libertação Popular (ELP), o mais numeroso no mundo.



O ELP conta com 2 milhões de soldados em suas fileiras e a força aérea possui mais de 400 mil soldados e 2.024 equipamentos aéreos, o que a situa como a maior potência da Ásia e a terceira do mundo, atrás dos EUA e da Rússia.

Mars Express registra nova imagem de "cratera" misteriosa de Marte

A ESA (agência espacial europeia) divulgou nesta sexta (27) uma nova imagem da enigmática cratera marciana Orcus Patera, obtida pela nave Mars Express.




ESA/DLR/FU Berlin (G. Neukum)



Orcus Patera é uma depressão elíptica misteriosa em Marte, localizada entre os vulcões Monte Elysium e Monte Olympus

As bordas da Orcus Patera atingem 1.800 metros acima das planícies encontradas nas redondezas, e o leito da depressão encontra-se entre 400 e 600 metros abaixo do nível dessas planícies.



Uma possibilidade é que a "cratera" tenha surgido devido ao impacto de um objeto que teria atingido Marte a partir de um ângulo pequeno em relação à horizontal, menor que 5 graus.

sábado, 28 de agosto de 2010

Corveta Barroso: A Aurora, o quase fim e o florecer de uma Fênix

Corveta Barroso: A aurora, o quase fim e o florecer de uma Fênix




Poucos navios construídos para a Marinha do Brasil tiveram uma evolução tão cheia de idas e voltas como a Corveta Barroso. A “Quinta Corveta” foi concebida como uma evolução natural das corvetas da classe Inhaúma, navios que deveriam dar uma partida definitiva no desenvolvimento da indústria naval militar no país e que por diversas razões, não atingiram todos os objetivos traçados no seu projeto. A Barroso nasceu durante o governo Itamar Franco e levou inacreditáveis 14 anos, e quatro mudanças de governo para finalmente ficar pronta e ser entregue à área operativa MB. A “Fênix”, como foi apelidada por seus tripulantes, calou a boca de seus críticos, e, neste ano, realizou sua primeira viagem ao exterior, para seis países na costa oeste da África. A Barroso tem agora fortes perspectivas de vir a se tornar um sucesso de exportação da nova indústria naval brasileira. Venha com ALIDE conhecer o árduo caminho que fez da “Inhaúma melhorada” a melhor perspectiva de exportação de navios militares da indústria nacional.Foi nestes exatos termos, que um dos oficiais da Corveta Barroso expressou a ALIDE o quanto, em sua opinião, as extensas melhorias de projeto aplicadas sobre o projeto básico as corvetas da Classe Inhaúma tinham conseguido corrigir as tão divulgadas limitações das suas predecessoras.




O árduo caminho até a Barroso: as Niteróis, as Inhaúmas e o ModFrag



Desde muito tempo a Marinha acredita que a única maneira do país ser verdadeiramente independente nos mares é que se projetem e construam os meios navais que serão usados por ela aqui mesmo no nosso país. Uma lição do quanto isso é importante foi o “Plano Naval de 1906”. Nesta ocasião compramos três grandes encouraçados, os navios mais modernos e poderosos da indústria britânica sem, no entanto, dispor dos meios, orçamentários, humanos e técnicos dentro do país, para operá-los e mantê-los adequadamente.



Apenas no final da década de 60 esta visão pode ser plenamente implementada com as seis fragatas da classe Niterói. Destes navios representaram, finalmente, a capacitação plena da Marinha do Brasil para o desenvolvimento (ainda que com grande apoio do estaleiro britânico Vosper Thornicroft) de navios de escolta que eram militarmente capazes e verdadeiramente modernos. Esta nova classe, mais do que qualquer coisa, interrompia o longo ciclo de compras de meios de segunda mão iniciados durante a Segunda Guerra Mundial. As Niterói introduziam muitas novidades como: Centros de Operações de Combate (COC) apoiados sobre sistemas digitais e lançavam mísseis antiaéreos e antinavios. Esta classe foi fruto da extensa modificação do modelo básico Mk21 da Vosper. Do total de seis unidades duas foram completamente fabricadas no Arsenal de Marinha do Rio de Janeiro, reabrindo depois de décadas de ociosidade, a capacidade nacional de construção de navios de guerra de grande porte. A classe Niterói não foi além das seis unidades iniciais, mas, elas claramente pavimentaram o caminho para uma nova geração de navios de guerra, desta vez, completamente desenhadas no país, as corvetas da classe Inhaúma








 O casco do navio é sempre um dois itens mais críticos do projeto, e, na falta ainda do tanque de testes hidrodinâmicos eventualmente construído no COPPE-UFRJ, teve os testes de estabilidade do seu design de casco realizada na Alemanha pela firma MarineTechnik no tanque de flutuação. A despeito de toda esta consultoria internacional, justamente aí, residiu um dos maiores problemas deste novo projeto, o temperamental comportamento marinheiro das corvetas. Detalhes como a proa baixa, em conjunção com o grande peso do canhão de proa Vickers de calibre 4,5 polegadas, tornaram muito difícil o navio manter-se estável sob o efeito das ondas e do vento de través. A estabilidade longitudinal, o chamado ‘caturro’, tinha sido seriamente afetada gerando dificuldades para o tiro de canhão, para a operação de aeronaves e muito desconforto para a tripulação no mar pesado de alguns trechos da costa brasileira. Embora as Inhaúma oscilassem bastante, devido ao seu grande braço de endireitamento, elas não tinham a tendência a soçobrar, mas, sim, a se aprumarem sozinhas.




O Almirante Armando Vidigal, um dos mais importantes narradores da moderna história da MB, em seu livro “A Evolução do Pensamento Estratégico Naval Brasileiro”, de 2002, comentou que na sua opinião a decisão de se construir simultaneamente as quatro unidades da nova classe corveta Inhaúma, duas no AMRJ e duas no Estaleiro Verolme “não foi tecnicamente correta” já que isso impediu que a terceira e quarta corveta já fossem construídas com correções fruto das lições aprendidas com a operação dos dois primeiros navios.



O canhão Mk.8 da Vickers, por exemplo, foi escolhido para aumentar a comunalidade entre as corvetas e as fragatas da classe Niterói. Também nesta direção, as corvetas receberam o Sistema de Combate CAAIS 450 criado pela inglesa Ferranti, que era uma evolução do sistema CAAIS 400 empregado originalmente nas Niterói. O resto do armamento também reproduzia em parte as escolhas feitas para as Niterói uma década antes: os mísseis antinavio Exocet e torpedos Mk.46. Um grande diferencial era que enquanto as fragatas tinham sua defesa aérea de ponto usando mísseis SAM este armamento não foi incorporado nas corvetas, relegando essa função à questionável eficiência nos tempos atuais de canhões de 40mm.


A década de 90 foi a década das Inhaúma. Entrando em operação estes navios viraram o orgulho da frota e cumpriram inúmeras comissões para portos no exterior. Não era raro estes navios realizarem mais de 150 dias de mar por ano neste período. A despeito de sua grande semelhança filosófica com as Niterói, com a aposentadoria de diversos dos contratorpedeiros americanos velhos em serviço no Brasil as corvetas acabaram sendo submetidas à “Força de Contratorpedeiros”, e não a de Fragatas como seria de se esperar. Disso nasceu uma segunda classe de problemas das Inhaúma a quebra do seu paradigma de manutenção baseada em um time externo e comum de manutenção para compensar a grande redução de pessoal quando comparado com o projeto anterior das Niterói. Para a comunidade dos militares criados e acostumados aos rústicos e robustos contratorpedeiros da Segunda Guerra Mundial, as corvetas pareciam ser muito “sensíveis” e cheias de exigências incompreensíveis para eles. Essa colisão cultural foi raiz de muitos dos problemas posteriores da classe Inhaúma.




Entre a construção da última Inhaúma e a Corveta Barroso ocorreu o programa ModFrag que deu um novo fôlego à frota de Fragatas Niterói. Os seis navios desta classe passaram pelo Arsenal de Marinha para uma grande modernização, receberam o sistema Siconta, desenvolvido totalmente no Brasil e novos radares atualizados. Para a defesa anti aérea, mísseis italianos Aspide foram colocados no lugar dos obsoletos sistemas Sea Cat. Naturalmente, muito da tecnologia desenvolvida para o ModFrag acabou sendo re-aproveitada na conclusão da quinta corveta.


Lançador triplo de torpedos da empresa ARES









Os problemas identificados nas Inhaúma




As corvetas deveriam ser um navio de combate bem mais barato de se adquirir do que as fragatas da Classe Niterói, porém, contanto com quase o mesmo poder de fogo destas (Exocet e torpedos Mk 46) montados num casco menor. Elas seriam, essencialmente, “fragatas em um casco de Navio Patrulha Oceânico”, o que consequentemente obrigava usar uma tripulação significativamente menor do que as Niterói.

lançador Exocet

A parte da fragata demandava um grande número de horas de manutenção pela tripulação o que era incompatível com o número de horas-homem disponíveis para sua realização. Em 1992 foi implementada uma solução de contorno, ao exemplo do que se tem na força de submarinos foi criado um Grupo de Manutenção de Apoio (GruMApo) que seria comporto por praças e que se dedicariam a completar a tripulação da Corveta durante seus períodos em terra. O GruMApo, infelizmente durou pouco, tendo sido debandado poucos anos depois de criado. A pequena tripulação das corvetas gerou um programa de manutenção novo onde a cada três meses de período operativo, se previa um de período de manutenção em terra. Isso era um sistema muito peculiar e único e logo surgiram as mais diversas pressões para que as corvetas adotassem um sistema de manutenção mais próximo do resto da frota de escoltas, mas isso não tinha como ser feito e acabou solapando todo o esforço de manutenção da nova classe. O primeiro PMG, Período de Manutenção Geral que deveria ter ocorrido poucos anos após a entrada de serviço da Inhaúma só se deu aos 17 anos.



Nasce a quinta corvetaA contribuição da indústria nacional




Logo nos primeiros anos de operação a Marinha chamou os tripulantes das novas corvetas para darem feed-back detalhado sobre o design,características operacionais e desempenho de seus navios. Foi deste ‘Raio X’, publicado em 2002, que saíram as principais recomendações para o reprojeto das Inhaúma que algum tempo depois viria a produzir a Corveta Barroso. Nas palavras de seu comandante, CF Valicente: “o casco da Barroso é basicamente um casco de Inhaúma `jumborizado`. A linha da proa foi completamente redesenhada e elevada para corrigir a tendência de entrada de água da Inhaúma. Duas novas seções de casco foram inseridas, a vante e a ré, produzindo um novo navio com um comprimento 7,6 metros maior. Ao mesmo tempo, o formato da superestrutura foi revisto, reduzindo sua altura total de 30 metros para apenas 20 metros, fato que naturalmente gerou resultados claros no tamanho da seção reta-radar do nosso navio. O deslocamento maior (cerca de 400 toneladas a mais) aumentou um pouco nosso calado de e 5,30m para 5,70m, enquanto a boca moldada permaneceu constante nos 11,4 metros.”



O design da superestrutura das Inhaúma inclui dois característicos chanfros laterais, um em cada bordo. Esse formato peculiar faz com que o passadiço das Inhaúma seja bem mais estreito do que o que foi colocado na Barroso. Essa ampliação do espaço interno se percebe também, claramente, em todos os conveses da superestrutura, permitindo a adição de uma câmara para o Almirante da Força atrás do passadiço e uma ampliação na Praça d`Armas logo abaixo, no convés 01. A superestrutura da Barroso de vante onde fica o passadiço é toda feita em aço. Para diminuir a altura do centro de gravidade, hangar e toda a superestrutura de ré são construídos em alumínio. O característico mastro de treliça das Inhaúma foi inteiramente substituído por outro mastro bem menor, sustentando os vários sensores do MAGE Defensor. No modelo anterior, parte do mastro se projetava adiante da antena do radar do navio, gerando uma perda de desempenho, na nova Barroso, isso foi devidamente corrigido. O novo mastro colocou a antena do radar RAN-20S na exata mesma altura que ela fica nas Niterói ModFrag.








Com a decisão de se retomar a construção da Barroso o projeto dos seus sistemas foi devidamente atualizado para receber o mesmo conjunto de sensores das Niterói modernizadas (ModFrag). Isto envolvia uma versão ainda mais avançada do Siconta, o Mk3, no local do CAAIS 450 inicialmente previsto. Sendo este um navio cem por cento novo, o grau de automação implementado foi muito melhorado em relação às fragatas modernizadas.



A Barroso recebeu o novo Sistema de Medidas de Apoio a Guerra Eletrônica “Defensor” e o Sistema de Controle e Monitoração (SCM) desenvolvidos integralmente pelo Instituto de Pesquisa da Marinha (IPqM). O SCM é composto, na Barroso, por três subsistemas independentes, o SCMPA, que controla e monitora toda a operação dos motores, turbina e máquinas auxiliares, o SCAv – Subsistema de Controle de Avaria e do Subsistema Manual Remoto que permite à tripulação operar a propulsão do passadiço ou desde qualquer um dos consoles remotos do SCM.Entre o Centro de Controle de máquinas e os sistemas monitorados o SCM usar uma rede dedicada de fibra ótica para trafegar seu sinal. O SCAv recebe continuamente informações de centenas de sensores variados espalhados por todo o navio. São medidos fumaça, fogo, inundação, abertura e fechamento de portas, etc. Os fios que saem dos sensores são consolidados em 38 caixas coletoras de dados espalhadas por todo o navio, conectando-se em seguida o processador do sistema no Centro de Controle de Máquinas (CC M) via fios de fibra ótica.


For Export”




A entrega do NPa de 200 toneladas “Brendan Simbwaye” para a Marinha da Namíbia reenfatizou a disposição do Brasil de voltar a ser um país desenvolvedor, construtor e exportador de navios de guerra. A Emgepron está bem no centro do planejamento desta primeira viagem da Barroso ao exterior. Os países visitados, todos são candidatos a comprar navios brasileiro, sejam eles NPas de 200, 500 ou até mesmo uma Corveta da classe da Barroso. Os “prospects” mais quentes atualmente para a aquisição de pelo menos uma unidade da Barroso, são as marinhas de Gana e da Guiné Equatorial. Na Ásia, como se comenta informalmente, o cliente de maior potencial seria a Marinha do Paquistão, que, muito em breve, precisará aposentar muitos de seus meios navais comprados usados dos EUA e do Reino Unido.



Conclusão



Em agosto de 2010, ao voltar do que o Comandante da Marinha chamou de seu “périplo africano”, a Barroso passará pela sua primeira Avaliação Operacional das mãos da Esquadra. Apenas após isso completado a Marinha terá subsídios para tomar a decisão de autorizar uma nova leva de corvetas da Classe Barroso. O próprio Comandante da Marinha adiantou para ALIDE que, como os CTs Gearing e Sumner sofreram profundas mudanças em seu projeto (FRAM II, FRAM III...) as novas corvetas da classe Barroso deverão ser concluídas num padrão modernizado/atualizado. Devem ainda receber um design exterior mais contemporâneo, com maior ênfase na baixa refletividade radar, o conhecido e cada dia mais popular conceito “Stealth”.



Aguardemos, então, a conclusão da Avaliação Operacional.

A apresentação dos AH-2 Sabre – comentado

Hoje ocorreu a apresentação dos Mi-35M da FAB. Diversos sites já noticiaram o fato e eu destaco aqui a cobertura feita pelo Defesa Brasil, provavelmente o único site dedicado que esteve presente ao evento.




Estou reunindo algumas fotos e informações e depois volto a esse mesmo artigo com alguns comentários.



O Frag 01/5055, de 18 de abril de 2010:



Das várias informações divulgadas ontem, uma das mais interessantes foi um tuíte do Ministério da Defesa. O valor total do contrato e o que está incluído nele foi revelado:



O pacote dos 12 Helicópteros Sabre, mais material de manutenção para 5 anos e armamentos, custou US$ 363,9 mi. Russos compensarão 100%.



As demais considerações serão feitas baseadas nas fotos da cerimônia. Sugiro, como embasamento, a leitura de dois artigos de um ano atrás:



Configuração de armamentos dos Mi-35

Configuração do Mi-35 para a FAB (comentado)

O segundo artigo cita uma provável configuração do Mi-35M da FAB e vou usá-lo como guia para ver o que se confirmou e o que ficou diferente:





Cabine do atirador





O sistema de navegação será russo o KNEI-24 para posicionamento global usando o GLONASS.



Os MFD provavelmente serão da AEL (não confirmado ainda) e o NVG será o ANVIS 9 (ITT PADRÃO usado pela FAB)



O cockpit do piloto não apareceu em nenhuma ocasião. Mas o do atirador apareceu e é semelhante aos outros que já apareceram na internet. Posso apostar que a aviônica é russa e não da AEL.







Capacetes russos Zsh-7

Os capacetes que apareceram foram os russos (alguma versão do Zsh-7) e não os americanos. Muito provavelmente, a pane da adaptação ainda não foi totalmente sanada.



A blindagem será suficiente para resistir até a munição de 20mm e não apenas .50. Os flares e demais sistemas defensivos serão russos, lançadores de flares ASO 2V, RWR L 006LM contra radares de solo/aéreos e CME e MPE.



Os dispensadores de flares e chaffs aparecem montados na lateral da aeronave e não no cone de cauda, como se via nos Mi-24 mais antigos. Essa mesma disposição já foi vista nos Mi-24 russos, durante o conflito da Ossétia do Sul.





Sistema ASO-2V de lançamento de flares e chaffs

O sistema de comunicação seguirá PADRÃO FAB contando com rádios Digitais R&D M3 AR (usados no A-29, série 6000) com salto de frequência criptografia e rádio HF



Motorização: 2 motores VK 2500 de 2.200hp cada, vida útil de 6000h com overhaul a cada 2000h. Serviço que deverá ficar a cargo da empresa carioca FOCAL, a única homologada nesses motores fora da Rússia.



Não dá para ver pelas fotos.



O pacote de armamento inclui:



Canhão NPPU23 de 23mm de cano duplo (a cadência de fogo é estimada em 3000/3.400 tpm)



Foguetes não guiados S-8KO de 80mm.



Mísseis russos Ataka de 130mm, com guiagem por RF, alcance de 5,8km anti-blindados podendo perfurar blindagens de até 800mm



Para executar suas missões de ataque, o H-35 como deverá ser conhecido na FAB, usará radar (modelo não especificado) e câmara IR. O sistema de telemetria Laser find OPS 24N



O canhão se confirmou (é o padrão para o Mi-35M). Os foguetes ainda não deram o ar da graça, mas provavelmente devem ter sido comprados.







Cabide quádruplo, para mísseis 9M120 Ataka

Os mísseis são realmente os Ataka. Segundo o esquema da Jane’s, o Mi-35M dispara dois tipos de mísseis: o 9M114 Shturm e o 9M120 Ataka. Acontece que os Shturm são disparados de um cabide para dois mísseis e os Ataka usam um cabide para quatro mísseis. O que apareceu nas foto é o cabide para quatro. Assim podemos inferir com bastante chance de acerto que temos míssies 9M120.



O radar de tiro não apareceu, como era esperado (nenhum Mi-35 tem isso) e o FLIR é o modelo padrão deste helicóptero.



Podemos ver também que a aeronave apareceu com os tanques de translado subalares. Essa, provavelmente vai ser uma visão constante dele. A autonomia sem esses tanques adicionais é bastante restrita ao raciocinarmos com as distâncias amazônicas.



Outro assunto que também foi polêmico na internet é se os nossos Mi-35M disporiam dos supressores de calor nos motores. Isso já havia sido confirmado aqui e aqui e, durante a cerimônia de ontem pudemos ver duas aeronaves sem esses equipamentos instalados (foto no topo deste artigo) e uma com os supressores montados.



Fugindo um pouco do assunto, muito se pergunta se o MSS 1.2 da Mectron (ou sua “possível” versão ar-solo) poderia ser adaptado ao AH-2. Devemos levar em consideração que o Mi-35M tem apenas dois tipos de mísseis compatibilizados: o 9M914 Shturm e o 9M120 Ataka. Ambos são guiados por RF. Ele não lança, por exemplo, o 9M121 Vikhr, que é um míssil guiado por laser beam rider.



O MSS 1.2 é um míssil beam rider. Ou seja: para que ele (ou qualquer outro míssil com esse sistema de guiagem) fosse compatibilizado com o Mi-35M, seriam necessária mais modificações do que simplesmente adaptar o cabide e e o software de lançamento.



Para saber mais sobre os sistemas de guiagem de mísseis, leiam este artigo.



Para conhecer os sensores e sistemas do Mi-35,

sexta-feira, 27 de agosto de 2010

armamentos do Rafale kits de bombas guiadas AASM


A experiência francesa na Guerra do Golfo e Kovoso mostrou a necessidade de armas guiadas de precisão de longo alcance com capacidade qualquer tempo para atacar alvos no solo. A precisão era necessária para evitar danos colaterais e foi conseguido com as bombas guiadas a laser.




Em Kosovo ocorreu frequentemente o problema de uma boa parte das missões serem canceladas devido ao mau tempo que atrapalhava a pontaria dos designadores a laser aéreos. Isto não acontecia com as armas JDAM americanas guiadas por GPS disparada pelos bombardeiros B-2 Spirit. Por terem controle dos satélites GPS/NAVSTAR, o ataque de precisão agora é dominado pelos EUA e a Europa ficou atrasada. Os mísseis cruise também mostraram sua importância contra alvos bem defendidos e também são guiados por satélites.



Na época não existia um projeto similar a JDAM ou produção fora dos EUA. O primeiro projeto semelhante foi o Armement Air-Sol Modulaire (AASM - armamento ar-solo modular) francês. A AASM é o resultado da experiência francesa nos conflitos citados. Será a nova arma guiada do caça Rafale.



O projeto inicial era desenvolver kits para equipar bombas de 125kg, 250kg, 500kg e 1000kg com cinco tipos de sistema de guiamento (imagem IR, anti-radar, TV/datalink, radar SAR e onda milimétrica). O tipo de alvo e o objetivo determinaria a potência da bomba e o tipo de guiamento como a distância, defesas e condições climáticas. Os módulos incluem modos dispare-e-esqueça e man-in-the-loop. O projeto inicial se concentrou na munição de 250kg e guiamento IR.



O estudo de viabilidade foi iniciado em 1994. A concorrência para o projeto AASM foi vencido pela Sagem Défense Sécurité (SAFRAN Group) com a arma "Karin" que foi escolhida em setembro de 2000. A SAGEM não tem experiência neste tipo de arma, mas produz muitos sistemas relevantes. Entre eles estão estações de planejamento de missão muito importante para o caso de lançamentos simultâneos contra alvos múltiplos. Os concorrentes foram o Aramis da Matra Bae Dynamics, a AASM da Aerospastiale Matra e a JDAM da Boeing.  A AASM irá substituir o míssil guiado a laser AS-30L e as bombas guiadas a laser Paveway e Matra BGL-1000. O AASM também irá complementar os mísseis cruise Apache (anti-pista) e SCALP-EG (Emploi Général) bem mais caros. O Apache entrará em serviço em 2001 equipando o Mirage 2000D e depois o Rafale. O Apache leva 500kg de sub-munições anti-pista numa distância de 140km. O Scalp/EG entrou em serviço em 2003 com uma ogiva de 400kg e alcance maior que 400km. A Força Aérea Francesa irá adquirir 450 mísseis e a Marinha francesa 50.




A AASM serão kits de conversão de outras bombas não guiadas. Os kits AASM podem ser produzidos em várias versões, com CEP que variam de 10 metros a menos. O sistema combina um sistema inercial (INS) com um receptor de GPS. As versões mais precisas, chamadas métricas, irão usar um sensor de imagem infravermelha (IIR) para guiamento terminal com CEP de 1 metro.



Inicialmente estarão disponíveis duas versões. A primeira versão chamada decimétrica todo tempo (décamétrique tout temps) com navegação por GPS/INS com CEP de 10 metros. A segunda versão é a métrica diurna/noturma (précision métrique jour/nuit ) que mantém o guiamento por GPS/INS e é adicionado um sistema de guiamento final por imagem infravermelha permitindo atingir um CEP de 1 metro. O alcance é de 15km disparada a baixa altitude a 50km disparada a grande altitude (15 mil metros) e também depende da velocidade da aeronave lançadora.

O uso de navegação por INS é importante pois os EUA controlam o código de GPS e assim a precisão das armas guiadas por GPS. A outra opção seria usar os similares russos (GLONASS) e futuramente o Europeu (Galileu). A França já estudou armas com guiamento por INS antes. No fim da década de 80 estava em desenvolvimento a Excalibur que era uma arma anti-pista de longo alcance guiada por INS com um peso de 120-250kg.



A propulsão por foguete é opcional que queima por 30 segundos. A Roxel está desenvolvendo um motor que pode fazer o míssil subir a até 3.000 metros se disparada a baixa altitude. A versão tem opção de escolher o modo de atacar o alvo. O motor queima por várias dezenas de segundos e permitirá que a AASM ataque pistas de pouso de uma posição vertical após ser disparada a baixa altitude.



A primeira versão da AASM terá uma ogiva de 250kg (bomba francesa de 250kg ou Mk82 americana de 227kg) e será usada no Mirage 2000D seguida do Rafale F2, mas em 2009 a integração no Mirage 2000D foi cancelada por questões orçamentárias.



Estão em estudo o uso de bombas de 400kg e 800kg, penetrador, lançadoras de submunições e kits de guiamento radar, anti-radar, anti-navio, guiamento de meio curso por INS sem GPS e uso de datalink para transmitir imagens.



Em dezembro de 2006 a AASM foi disparada pela primeira vez de um Mirage 2000N para a qualificação da versão com guiamento por GPS/INS. Um Mirage 2000N disparou a AASM contra um alvo simulando uma pista de pouso enquanto voava a 300 metros de altura a 550kt em uma curva de 5,5g´s. A arma atingiu o alvo na vertical.







Em testes em 2007, uma AASM foi disparada de um Rafale M a 7 mil metros com um alvo a 85 graus fora do eixo de disparo a 10km de distância. Em outro foram disparados três AASM em sequência rápida a 6 mil metros de altura contra alvos a 60 a 30 graus fora eixo a 20-25 km de distância.

quarta-feira, 25 de agosto de 2010

Segurança nacional: Caça de tecnologia furtiva a Radar guiado por GPS ...

Segurança nacional: Caça de tecnologia furtiva a Radar guiado por GPS ...: "projeto, morcego negro BR-55-2 de tecnologia nacional,sua concepsção futurrista da AT medo,de construir,algo nuca visto no brasil ja qué nos..."

IAE realiza ensaios de carga útil do VSB-30

A Divisão de Eletrônica (AEL) do IAE realiza, de 23 a 27 de agosto, a verificação funcional e conjunta dos experimentos do segmento brasileiro da plataforma MICROG 1A com o módulo de serviço da Agência Espacial Alemã (DLR).




A plataforma MICROG 1A, carga útil do foguete VSB-30, levará ao espaço cerca de nove experimentos de diversas instituições de pesquisa e universidades brasileiras, sob a coordenação da Agência Espacial Brasileira (AEB), que há um ano vêm sendo testados.



Ao longo desta semana, serão realizados a integração da rede elétrica e os testes de telemetria com todos os experimentos e as partes da carga útil. Os ensaios ambientais no IAE devem ocorrer em setembro.