domingo, 29 de julho de 2018

Rússia celebra Dia da Marinha

Hoje (29) a Rússia celebra o Dia da Marinha. Das celebrações participam as maiores cidades portuárias russas. O Desfile Naval Principal é realizado nos portos das cidades russas de São Petersburgo e Kronstadt.
O presidente da Rússia, Vladimir Putin, veio a São Petersburgo e cumprimentou os tripulantes dos navios que participam do desfile. O presidente parabenizou os marinheiros e felicitou os veteranos da Marinha.O Dia da Marinha russa, cuja gloriosa história remonta ao reinado de Pedro, o Grande, é comemorado anualmente no último domingo de julho. Dezenas de navios de guerra, submarinos, aviões e militares são mobilizados em toda a Rússia para comemorar as vitórias navais do país.
Os residentes e visitantes de São Petersburgo e Kronstadt têm a possibilidade de assistir o Desfile Naval Principal de mais de 41 navios militares de todas as classes, 18 deles são novíssimos. As celebrações e desfiles militares são organizados nas maiores cidades portuárias russas, entre elas Sevastopol, Vladivostok, Kaliningrado, Severomorsk e outras.
"Durante o desfile da Marinha em São Petersburgo e Kronstadt serão mostradas novas unidades de armamento e matérial bélico. Entre eles estão 18 navios e lanchas, entre eles o navio de mísseis pequeno de classe Karakurt, construído neste ano, e o navio de reconhecimento Ivan Khurs", revelou o ministro da Defesa da Rússia, Sergei Shoigu. Do desfile tambem participa a fragata Admiral Gorshkov, o primeiro navio do projeto 22350, que entrou em serviço da Marinha Russa em 28 de julho. 
Além disso, do desfile em São Petersburgo participam 38 aeronaves e mais de 4.000 militares de todas as frotas russas e da Flotilha do Mar Cáspio. Durante o desfile são apresentados os aviões modernizados Il-38N, equipados com o sistema de pontaria Novella, caças Su-30SM da última geração e Su-33 modernizados, bem como helicópteros Ka-27M com equipamento de rádio e hidroacústico aperfeiçoado.

rmãos em guerra: galeses lutaram em lados opostos nas Malvinas

A comunidade galesa reside na Argentina há 153 anos. Seus membros se consideram patriotas da nação sul-americana desde há muitas décadas e lutaram a favor do país platino na Guerra das Malvinas. Foi precisamente nesse conflito armado que a comunidade galesa se viu do lado oposto de seus irmãos do País de Gales.
A Sputnik Mundo entrevistou Milton Rhys, um ex-militar argentino de origem galesa que compartilhou suas experiências durante a guerra.
Em 1982, a Argentina era governada por um governo militar liderado pelo presidente Leopoldo Galtieri, que tinha sido nomeado pelo denominado Processo de Reorganização Nacional, que chegou ao poder em 1976.
Segundo Denis Lukyanov, da Sputnik Mundo, Rhys se especializou como operador de rádio e comunicações. Além disso, os líderes militares sabiam que ele era bilíngue e falava inglês. Como resultado, ele foi enviado para as Malvinas como operador de rádio bilíngue. O descendente de galeses era o único em seu distrito militar que foi para a guerra.
"Por quase duas semanas ninguém realmente acreditou que os britânicos estavam vindo, porque durante muitos anos não se deu importância a essas ilhas. Finalmente soube que eles estavam vindo realmente, já que eu estava na Casa de Governo onde o governador militar [das Malvinas] Mario Menéndez mantinha seu escritório. Eu ouvia e via muita informação que transitava por ali", comentou Rhys.
Segundo o ex-militar, os argentinos sabiam que as tropas britânicas eram muito superiores em tecnologia, mas o que prejudicou o exército do país latino-americano foi a posição do Chile, que estava do lado dos britânicos.
A Guerra das Malvinas foi muito peculiar pelo fato de os galeses terem lutado tanto do lado da Argentina como do Reino Unido. Os soldados argentinos de ascendência galesa eram provenientes da província de Chubut, na Patagônia, enquanto os galeses britânicos faziam parte do regimento de granadeiros da Guarda de Gales.
Rhys enfatizou que durante o transcorrer da guerra as tropas galesas foram proibidas de falar em idioma galês, porque eles já sabiam que poderiam cruzar com "inimigos" que falavam a mesma "antiga língua celta".
Ao discutir a questão de seus sentimentos em relação às tropas do Reino Unido, Rhys disse que nunca teve dúvidas sobre sua visão do inimigo.
"Eu considero que eles sempre foram invasores, tanto do nosso território argentino como de outros lugares no mundo", proclamou.

As botas de combate