SEGURANÇA NACIONAL SNB BRASIL

sexta-feira, 26 de janeiro de 2018

EB avalia, no futuro, evoluir do Leopard 1A5 para o 2A4

E, por agora, evita a tentação do MBT nacional

Roberto Lopes
Especial para o Forças Terrestres
A incerteza sobre a disponibilidade de recursos nos próximos anos (alardeados como de recuperação da Economia), a necessidade de obter um modelo de viatura resultante da conversão da VBTP-MR Guarani 6×6 em um blindado de combate 8×8, as circunstâncias estratégicas nas fronteiras do país e o extenso rol de pendências no conjunto de programas do Exército Brasileiro (EB), estão levando o Comando da Força Terrestre a tratar de forma pragmática, cautelosa e conservadora, o assunto da atualização tecnológica de sua frota de carros de combate pesados.
Este ano e no próximo, a prioridade é obter um novo lote de veículos Leopard 1A5 que permita a padronização da principal força de choque (couraçada) da corporação.
O Forças Terrestres apurou que a atualização tecnológica dos MBTs (Main Battle Tanks) brasileiros acontecerá sobre a linha Leopard: primeiro com a obtenção, em meados dos anos de 2020, de uma pequena partida de carros Leopard 2 A4; e depois (dentro de uns dez anos) por meio da incorporação de um núcleo de viaturas mais modernas, das versões A6 ou A7.
Estudos conjuntos do Estado-Maior do Exército com o Centro de Instrução de Blindados General Walter Pires, de Santa Maria (RS), estimaram que o programa de desenvolvimento de um tanque pesado projetado no país, não pode ser concluído em menos que uma década – e, por enquanto, não há tranquilidade financeira para que essa empreitada seja tentada.
Isso, apesar das repetidas demonstrações de boa vontade da filial brasileira da companhia alemã KMW, fabricante do Leopard.
Técnicos da KMW já conhecem algumas das predileções dos militares da Arma Blindada para o futuro MBT nacional: peso no patamar das 50/54 toneladas (significativamente inferior às 62,3 toneladas do modelo alemão 2A6), canhão de 120 mm, armamento secundário remotamente operado e blindagem modular incluindo placas de proteção reativas. Mas isso ainda está no plano dos sonhos.
Também descartada parece estar, nesse momento, a ideia de sair da linha Leopard.
Peru – Existem, claro, “tentações”, como a possibilidade de, no início da próxima década, o Exército dos Estados Unidos disponibilizar, por meio do sistema FMS (Foreign Military Sales) alguns dos seus carros Abrams da versão A1, de 61,3 toneladas (e preço unitário, hoje, na casa dos 6 milhões de dólares).
O Exército do Peru, que desde 2015 se encontra, declaradamente, em busca de um novo MBT, vem sendo assediado pela empresa sul-coreana Hyundai Rotem, fabricante do K2 “Pantera Negra” – viatura de 55 toneladas que até mesmo os especialistas americanos consideraram um impressionante amontoado de tecnologia de ponta. E que talvez por isso esteja cotado a 8/10 milhões de dólares a unidade.
Como os peruanos se assustaram com o preço, os sul-coreanos ofereceram a alternativa do K1A1 – modelo “inspirado” no M1A1 Abrams –, de 51 toneladas, canhão de 105 mm (segundo os próprios coreanos, 1,5 vez inferior ao modelo de 120 mm do K-2) e preço unitário bem mais amigável, na casa dos 4 milhões de dólares.
No atual estágio evolutivo do EB, a prioridade é, contudo, evitar que os carros de combate de 2ª mão adquiridos pela Força permaneçam em serviço por décadas, mesmo com altos índices de indisponibilidade.
Caso, por exemplo, das imponentes viaturas M-60 A3TTS, compradas pelo governo FHC no fim dos anos de 1990.
A conservação de máquinas antiquadas não representa apenas uma diminuição do poder de choque da corporação. De acordo com um oficial de blindados ouvido pelo Forças Terrestres, ela engessa os conhecimentos dos tanquistas em um patamar tecnológico inferior; e, em alguns casos, termina por desmotiva-los.
A opção, na próxima década, pela viatura Leopard 2A4 – um ícone da década de 1990 – não pode ser considerada “mais do mesmo” (blindado ultrapassado), pois, conforme ficou evidente nos carros adquiridos pelo Exército do Chile, o modelo A4 aceita bem o canhão e outros equipamentos da versão 2 A6.
Guarani 8×8 – A exequibilidade dos planos depende, entretanto, das circunstâncias.
Há dúvidas sobre a capacidade do Exército de investir em carros de combate pesados, enquanto as tropas da Infantaria Motorizada – candidatas à transformação em “tropas médias” das unidades Mecanizadas – demandam fortemente não apenas a viatura Guarani 6×6, mas também o modelo 8×8, dotado de canhão de 105 mm (ou de peças menores).
E na Força Terrestre Brasileira existem ainda outras limitantes para a aposta em tanques pesados.
MBTs exigem obras de arte (pontes e viadutos) que os suportem, além de rede ferroviária bem ramificada e estruturada, e infraestrutura de manutenção extremamente onerosa. Especialmente para uma corporação que não pode, simplesmente, remetê-los à conservação no fabricante.
Já os veículos Guarani podem, eventualmente, ser inspecionados e reparados na fábrica de Minas Gerais, de onde saíram novinhos em folha.
Por fim, existe a questão conceitual: em que medida, dentro de um cenário limitado de ameaças fronteiriças, como o nosso, deve o EB priorizar os tanques pesados, sobre lagartas, e não as viaturas bem mais ligeiras e baratas, sobre rodas, que transportam um canhão de 105 mm e chegam a alcançar, em estrada, velocidades em torno dos 100 km/h?
Como se vê, o assunto se espraia por uma rede de variáveis estratégicas, técnicas e financeiras que se entrelaçam, sugerindo a uma Força de poucos recursos – e, do ponto de vista geopolítico, excêntrica –, uma ousadia medida, nos centímetros, pelo pragmatismo e pela cautela (mas não, necessariamente, pelo conservadorismo).

Nuvens de guerra nuclear estão sobre a Península da Coreia, diz jornal norte-coreano

Um jornal da Coreia do Norte publicou nesta sexta-feira que um "redemoinho sombrio de uma guerra nuclear" está à espreita sob a Península da Coreia, mencionando que a ameaça envolve a agressiva política dos Estados Unidos contra Pyongyang.

"O que [os EUA] deseja o tempo todo não é a paz e a estabilidade da península, mas a instabilidade da situação e o agravamento das tensões militares", publicou o Rodong Sinmun, o jornal do Partido dos Trabalhadores da Coreia do Norte.

A passagem foi atribuída a Choe Song-ho, pesquisador de política internacional no Instituto Norte-Coreano de Ciência Social.
Para sustentar o seu ponto de vista, Choe mencionou uma recente reunião de chanceleres de vários países em Vancouver (Canadá), na qual os EUA enfatizaram a urgência de implementar ainda mais sanções internacionais contra a Coreia do Norte – o encontro foi condenado por China e Rússia.
De acordo com o pesquisador, tudo não passou de uma estratégia dos EUA para fortalecer os seus ativos na região da Ásia e do Pacífico.
"A situação na península ainda é aguda, mesmo que as correntes do diálogo e da paz fluam ostensivamente. Um redemoinho escuro da guerra nuclear está a espreita como uma bomba de tempo abaixo deles", ponderou Choe.
O analista considerou um "jogo terrível" o que Washington está fazendo, destacando que tudo não passaria ainda de uma medida desesperada para obstruir a reconciliação entre Pyongyang e Seul, que se aproximaram e realizaram neste mês os primeiros encontros de altos oficiais em mais de dois anos.
Neste início de 2018, a Coreia do Norte vem reforçando o discurso de conciliação com a Coreia do Sul, enfatizando ainda que cabe às duas Coreias resolverem os seus assuntos, sem a interferência de outras nações – um claro recado aos EUA.

Os novos mísseis balísticos da China

"INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL" A MAIOR AMEAÇA DA HUMANIDADE

Como anda o PROSUB?

'Vi algo bom em Hitler': cantora dos EUA faz comentário polêmico e vira alvo nas redes

A cantora americana Erykah Badu fez algumas declarações controversas em uma entrevista que ela deu à revista local Vulture, na qual ela indicou que ela tenta encontrar o lado bom de cada pessoa, incluindo o ditador nazista Adolf Hitler.
Essas palavras e a defesa de outras figuras públicas impopulares por crimes que cometeram causaram indignação nas redes sociais.
"Eu amo Bill Cosb
Para defender pessoas impopulares como o comediante Bill Cosby, denunciado por abuso sexual por pelo menos 35 mulheres ao longo de sua carreira, ela argumentou: "preciso conhecer os fatos em cada caso para fazer um julgamento de valor" porque "eu o amo" e "se ele está doente, por que eu deveria ter raiva dele?".
A cantora explicou que ela não é muçulmana ou cristã, mas "observadora" de "coisas boas e más", e lamentou que a sociedade tenha polarizado suas opiniões.
Se você diz algo bom sobre alguém, outros acreditam que você escolheu um lado. Vejo o lado bom em todos […]. Não escolho", ressaltou.
Eu vi algo bom em Hitler"
Ao expor seu ponto de vista, Erykah Badu assegurou que ele também viu "algo bom em Hitler" e declarou: "eu não sou uma pessoa antissemita, mas uma humanista".
O entrevistador pediu-lhe para repetir o que acabara de dizer e Badu reiterou que "Hitler era um pintor maravilhoso".
Não, não era, e mesmo que fosse, o que sua habilidade como pintor tem a ver com 'algo bom' nele?", insistiu o jornalista. Então, a cantora reconheceu que "bem, ele era um pintor terrível, pobre, ele teve uma infância terrível".
A repercussão foi imediata e negativa. O jornalista britânico Joshua Zitser não poupou críticas à cantora.
Por favor, pare de me dizer, como neto de um sobrevivente de Auschwitz, que o homem responsável pelo assassinato da minha família e de milhões de outros inocentes tinha 'algo de bom' porque 'não é algo que eu quero ouvir'", afirmou.
Devido à repercussão da entrevista, Erykah Badu explicou que, embora usasse "um dos piores exemplos possíveis", as pessoas entenderam mal suas palavras e confirmaram que ele não apoia o "doente e psicopata" Adolf Hitler.

Revelado 'defeito' de novos blindados alemães destinados a 'conter' Rússia

O novo blindado Puma das tropas terrestres alemãs, projetado para as forças da OTAN, cujo principal objetivo será conter a Rússia, parece ter algo que impedirá todos os seus planos.

Segundo escreve o canal N-tv.de, aparentemente este veículo blindado se tornará o novo "filho problemático" da Bundeswehr (Forças Armadas da Alemanha).
De acordo com fontes militares alemãs, os novos veículos blindados de combate de infantaria construídos para o exército têm caraterísticas antigas, enquanto sua modificação necessita de muitos gastos. Além disso, pouco tempo resta para o início planejado do serviço.
Bundeswehr já recebeu 190 blindados de 350 encomendas. É necessário modernizar pelo menos 40 deles para as forças da OTAN, no valor estimado em € 500 milhões (R$ 1,95 bilhões), segundo dados do N-tv.de.
O principal problema é a ausência de aparelhos de rádio capazes de transmitir sinais criptografados. Sem esse aparelho, o Puma não tem nada para se opor à tecnologia dos blindados com armamento moderno. Agora, o Ministério da defesa da Alemanha deve tomar a decisão de gastar ou não o dinheiro em sua modernização.
Caso sejam investidos, um terço será gasto em modernização de blindados existentes, outro terço — em aparelhos de rádio e software, e o último, em detalhes adicionais e recuperação.
No entanto, para que a OTAN seja capaz de usar 40 blindados em 2023, é preciso que entrem em serviço em 2020, pois são necessários três anos para os preparativos de utilização e treinamentos.

Curdos sírios pedem proteção de Assad e Erdogan fala em devolver Afrin aos seus 'donos'

Oficiais curdos em Afrin pediram a Damasco que envie tropas para proteger a soberania da Síria do "ocupante turco". Já Ancara insiste em que retornará o enclave ao seu "dono original" depois da "libertação" dos "terroristas".
O enclave auto-administrado e curdo no norte da Síria emitiu um pedido de ajuda ao governo sírio de Bashar Assad na última quinta-feira, reiterando seu compromisso com a integridade do país.
Reafirmamos que a região de Afrin é parte integrante da Síria e que nossas forças são as unidades de proteção das pessoas", disse o comunicado, argumentando que a operação militar turca em Afrin "ameaça a integridade territorial da Síria, a segurança e a vida dos civis".
Enquanto as unidades curdas continuam a repelir a ofensiva militar turca e resistir às tentativas das forças turcas para invadir a cidade, o governo central da Síria deve enviar suas próprias forças para "proteger suas fronteiras com a Turquia dos ataques do ocupante turco", sugeriram as autoridades curdas no sexto dia da operação "Ramo de Oliveira".
O presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, entretanto, rejeitou as acusações de invasão do país no território sírio, enfatizando que Ancara não está interessada em terras, mas apenas na garantia de sua segurança nas fronteiras. Erdogan argumentou que, assim que o Exército turco forçar os "terroristas" para fora de Afrin, será rápido para devolver a cidade aos seus "donos originais".
Operação polêmica
Uma grande operação militar aérea e terrestre lançada pelo turco na área fronteiriça já desgastou as relações entre a Turquia e o seu principal aliado na OTAN, os EUA. Este último vem apoiando as Unidades de Proteção do Povo Curdo (YPG) que Ancara vê como uma extensão do Partido dos Trabalhadores Curdos (PKK), que é proibida como uma entidade terrorista na Turquia.
A Turquia diz que a operação tem como objetivo combater o Daesh e impedir que os "terroristas" curdos ganhem um ponto de apoio permanente e uma autonomia subsequente. Ela foi lançada em meio a relatos de um plano dos EUA para criar uma Força de Segurança de Fronteira (BSF) de 30.000 soldados, metade do qual seria extraído das Forças Democráticas Sírias (SDF) dominadas pelos curdos.
As tensões se acentuaram ainda mais após um telefonema entre Erdogan e o presidente dos EUA, Donald Trump, na quarta-feira, enquanto autoridades turcas contestaram a transcrição da conversa, dizendo que, em nenhum momento, o líder dos EUA havia manifestado "preocupações" com a "violência crescente" em Afrin.
Anteriormente, a Casa Branca relatou em seu resumo da conversa que Trump "remetia a preocupações de que a escalada da violência em Afrin […] que corre o risco de minar nossos objetivos compartilhados na Síria", enquanto pede aos turcos para diminuir a operação e "limitar" sua força militar.
Apesar disso, Erdogan anunciou que a operação pode se espalhar para outro enclave curdo, Manbij. Mais tarde, o vice-primeiro ministro da Turquia, Bekir Bozdagt, disse que pode haver um confronto cara a cara entre os EUA e Ancara em Manbij, embora a possibilidade de tal eventualidade seja "pequena".
Na quinta-feira, os militares turcos anunciaram que até o momento mataram pelo menos 306 militantes do Daesh e "terroristas" curdos desde o início da ofensiva no sábado, observando que ela visa exclusivamente militantes e coloca a "maior importância" em não prejudicar civis.

O AVIÃO MAIS MISTERIOSO DO MUNDO

Não se aproxime das minhas tropas!", mensagem do Pres. Trump para o Pres. Erdogan

Novo objetivo dos EUA é dotar seus soldados de força super-humana

Especialistas norte-americanos decidiram desenvolver um equipamento semelhante ao do Iron Man (Homem de Ferro), um dos heróis mais famosos da franquia Marvel.

Exército estadunidense tenciona criar armadura de combate futurística que será muito parecida com a usada pelo super-herói Iron Man.
Segundo informa o jornal britânico The Daily Mail, o Exército dos EUA está procurando por cientistas inovadores para projetar uma armadura especial de combate que permitiria seus soldados a evitar ferimentos cerebrais.
Em dezembro do ano passado, o Comando de Operações Especiais, que faz parte do Departamento da Defesa dos Estados Unidos, publicou um anúncio direcionado a qualquer "indústria, instituição educacional particular ou organização governamental" interessada em desenvolver uma "super-armadura" especial para uso militar.
O objetivo de desenvolver um traje militar com essas características, é evitar que os soldados sofram danos cerebrais e dotá-los com maior força.
No ano passado, o Exército dos EUA estava testando o equipamento do projeto batizado de TALOS (Tactical Assault Light Operator Suit), criado para garantir que os agentes especiais tivessem maior mobilidade e proteção.
O dispositivo deve ser constituído por um exoesqueleto que permitirá transportar projéteis pesados e o respectivo equipamento militar. Terá também uma proteção à prova de balas muito reforçada. A armadura incluirá também geradores de energia e computadores de comando e controle.
Às vezes, nos referimos a ela como 'a armadura do Iron Man' para atrair a atenção, a imaginação e o entusiasmo das indústrias e das instituições educacionais", declarou Michel Fieldson, ex-diretor de desenvolvimento do projeto TALOS.
Os primeiros testes realizados provaram que esse exoesqueleto pode multiplicar em até 37 vezes a produtividade dos militares.
No entanto, ainda é incerto se o Exército dos EUA planeja se equipar com esse equipamento.

Novo avião russo de reabastecimento realiza seu primeiro voo

O protótipo do moderno avião de reabastecimento aéreo Il-78M-90A realizou seu primeiro voo, informou o centro russo de projeto e fabricação de aeronaves Ilyushin.
"Hoje, 25 de janeiro, o moderno avião de reabastecimento Il-78M-90A realizou seu primeiro voo", lê-se no comunicado publicado no site da empresa. 
A empresa construtora destacou que se trata da primeira aeronave de reabastecimento produzida no território da Rússia na época pós-soviética. 
Anteriormente, a produção de aviões Il-78M era realizada no Uzbequistão. 
"A nova versão aperfeiçoada do avião de reabastecimento foi criada com base no moderno avião de transporte militar Il-78M-90A", especificou a empresa.
O avião foi equipado com quatro motores PS-90A-76 da nova geração, que são mais poderosos e respondem aos padrões de ruído e baixos níveis de emissão de substâncias tóxicas na atmosfera. Seu gasto de combustível é 12-14% menor que do motor D-30KP, implantado em outras modificações de aviões de reabastecimento. 
"Assim, o Il-78M-90A possui maior alcance de voo e pode levar um volume maior de combustível para reabastecimento de aviões", acrescentou o serviço de imprensa.
O avião será o principal para reabastecimento no ar de aeronaves de longe alcance, frota e aeronaves especiais. O Il-78M-90A permitirá realizar reabastecimento simultâneo de dois aviões da frota (da classe Su-27, MiG-29) com um equipamento especial instalado na asa. 
Anteriormente, construtores do avião assinalaram que compradores de vários países, inclusive do Sudeste Asiático e países africanos, demonstraram seu interesse pelo avião modernizado.

Especialista: 'mesmo se for preso, Lula tem direito de ser candidato'

Um dia após os três desembargadores da Oitava Turma do Tribunal Regional Federal da Quarta Região (João Pedro Gebran Neto, Leandro Paulsen e Victor Laus) ampliarem a condenação de Lula para 12 anos e 1 mês de reclusão, o PT reuniu a sua direção executiva nacional para confirmar a candidatura do ex-presidente na eleição de outubro.

Em decisão unânime na quarta-feira, 24, os três desembargadores mantiveram a condenação imposta a Lula pelo juiz Sérgio Moro, da Sétima Vara Federal Criminal de Curitiba, porém ampliaram a pena que, inicialmente, era de 9 anos e 6 meses de reclusão. Os crimes atribuídos a Lula são os de corrupção passiva (recebimento de um apartamento de cobertura no Guarujá da construtora OAS em troca de alegadas facilidades concedidas à empresa em negócios com a Petrobras) e lavagem de dinheiro.
Tão logo o resultado se tornou conhecido, a senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR), presidente nacional do Partido dos Trabalhadores mobilizou a executiva nacional para uma reunião na quinta-feira, 25, que aconteceu na sede da CUT (Central Única dos Trabalhadores) em São Paulo, com a participação, também, dos líderes dos movimentos sociais ligados ao PT.
Um dos participantes da reunião, o senador Jorge Viana (PT-AC) contou à Sputnik Brasil que as metas estabelecidas no encontro teriam de ser necessariamente as que foram adotadas:
"Não nos restou nenhuma outra alternativa que não essa, a de manter e ratificar a candidatura de Luíz Inácio Lula da Silva à Presidência do Brasil. O presidente disse em nossa reunião que aceitou a tarefa, e somente ele tem todas as condições para pacificar e governar o país".
Jorge Viana também declarou que o Partido dos Trabalhadores tem somente um candidato à Presidência da República:
"O PT não tem nenhuma alternativa a Lula. O candidato do Partido dos Trabalhadores à Presidência da República é Lula e somente Lula. Qualquer alternativa a ele, seria crucificá-lo e seria tornar um inocente culpado".
Já o senador José Medeiros (Podemos-MT) disse que recebeu sem surpresas a decisão do TRF-4 em relação ao ex-presidente Lula:
Para quem estava em Brasília, acompanhando o dia a dia do Congresso Nacional e os comentários dos políticos e da população, a decisão dos três desembargadores do Tribunal Regional Federal da Quarta Região em relação ao ex-presidente Lula não foi surpresa alguma. Inclusive o placar da decisão, três votos unânimes contrários ao ex-presidente. Nós já sabíamos que, diante de tantos indícios e de tantos depoimentos evidenciando a responsabilidade de Lula pela obtenção de vantagens indevidas, seria muito difícil para seus advogados obter a absolvição do seu cliente".
Especialista em Direito Eleitoral, a advogada Paula Bernardelli afirma que a inscrição da candidatura de Lula à Presidência da República está dentro das normas legais apesar de sua condenação:
"Juridicamente, o Lula pode ter o registro de sua candidatura apresentado ao Tribunal Superior Eleitoral e pode, inclusive, realizar os atos de campanha, o que inclui concessão de entrevistas e participação em debates de rádio, televisão e quaisquer outros meios eletrônicos admitidos pela legislação eleitoral. Ele também pode participar dos atos de pré-campanha e da campanha propriamente dita. Não há ilegalidade alguma nestes procedimentos, mesmo com o ex-presidente condenado".
A advogada também esclarece que a decisão dos desembargadores não produz o efeito automático de enquadrar Lula na Lei da Ficha Limpa, Lei esta que ele mesmo sancionou, sem vetos, em 2010:
"A condenação de Lula pela Justiça de Primeiro Grau (juiz Sérgio Moro) e mantida em Segundo Grau, com ampliação de pena, pelos desembargadores do Tribunal Regional Federal da Quarta Região não induz, automaticamente, à inclusão do nome do ex-presidente na Lei da Ficha Limpa. Lula passou por julgamentos na Justiça Criminal que não é competente para analisar questões de inelegibilidades. Esta competência é estritamente da Justiça Eleitoral. A situação jurídica de Lula, do ponto de vista eleitoral, é esta: a partir da decisão do TRF, ele está em hipotese de inelegibilidade que precisa ser averiguada, analisada e debatida pelo fórum competente, no caso, o Tribunal Superior Eleitoral".
Paula Bernardelli chama a atenção para os prazos que terão de ser observados:
"O Partido dos Trabalhadores terá de fazer o que determina a Lei das Eleições: registrar a candidatura de Lula no TSE até 15 de agosto e aguardar o julgamento da Corte que deverá ocorrer até 17 de setembro, prazo máximo para que os partidos efetuem eventuais mudanças na composição das chapas. Se a candidatura for deferida pelo TSE, a campanha prossegue; se for impugnada, Lula será afastado da disputa eleitoral".
Ainda que seja detido, Lula poderá se manter em campanha segundo Paula Bernardelli:
"Mesmo se for preso, Lula tem o direito de ser candidato porque ele ainda não tem seus direitos políticos suspensos. Isto só vai acontecer depois de toda questão transitar em julgado, ou seja, depois que não couber mais a apresentação de nenhum outro recurso contra a condenação e o cumprimento da pena".
Ao aceitar a resolução do PT para concorrer à Presidência da República em outubro, Lula afirmou que pretende ganhar a eleição e governar. Conclamou a militância a trabalhar junto com ele e disse que não é candidato para se proteger da Justiça:
"Minha proteção é minha inocência. Vou ser candidato para governar decentemente esse país".