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segunda-feira, 8 de dezembro de 2014

Marinha do Brasil vai avaliar o navio de assalto anfíbio francês ‘Siroco’

A MB enviará comitiva coordenada pelo CMG (EN) Luiz Carlos Delgado, outros 5 oficiais superiores e um Engenheiro de Tecnologia Militar, todos lotados na DEN, que embarcarão para Toulon, no dia 13.12.2014, para realizar visita técnica ao navio de assalto anfíbio (LPD) Siroco (L9012), da classe “Foudre”.
O objetivo é avaliar as condições do navio e a possibilidade de a MB vir a operá-lo. Caso a avaliação seja positiva, ele deverá ser adquirido.
A avaliação ocorrerá entre os dias 16 e 18 de dezembro.
FONTE PODER NAVAL ,,SEGURANÇA NACIONAL BLOG.SNB

SAAB E EMBRAER SERÃO PARCEIRAS NAS VENDAS MUNDIAIS DO GRIPEN

A Embraer e a sueca Saab vão explorar conjuntamente as oportunidades de vendas globais do caça Gripen NG, que será produzido no Brasil para a Força Aérea Brasileira (FAB). O vice-presidente de parcerias industriais da divisão aeronáutica da Saab, Jan Germudsson, disse que a empresa estima um mercado potencial de três mil caças nos próximos 20 anos.
"Nosso objetivo é capturar entre 10% e 15% desse volume, algo em torno de 300 a 400 aeronaves", disse o executivo durante entrevista na fábrica onde é produzido o Gripen, em Lindköping.
A ideia da Saab, segundo ele, é que a Embraer participe junto com a companhia das vendas, estimadas em mais de US$ 30 bilhões. O mercado total no segmento de caças, de acordo com o executivo, é projetado em cinco mil unidades, mas parte disso se refere às aeronaves chinesas e russas.
A Embraer e a Saab já assinaram um memorando de entendimento que atesta a posição de liderança da fabricante brasileira no programa de desenvolvimento do caça. A participação da brasileira envolve a coordenação das atividades de produção e entrega das versões monoposto e biposto (dois lugares) do caça, assim como desenvolvimento de sistemas, integração, testes em voo, montagem final e entregas.
As duas empresas também negociam a formação de uma parceria estratégica para a promoção das vendas do Gripen NG no mercado global.
Além da Embraer, a Mectron, do grupo Odebrecht Defesa& Tecnologia; Akaer; Inbra Aerospace; Ael Sistemas; e Atech, controlada pela Embraer, foram selecionadas pela Saab para serem as principais parceiras industriais no desenvolvimento do Gripen NG.
A Inbra foi escolhida pela Saab para a produção de partes estruturais do caça em material composto. A empresa será sócia majoritária, com 60% de participação, da fábrica de aeroestruturas (SBTA), que está construindo em São Bernardo do Campo em conjunto com a Saab. A companhia sueca fará investimento inicial de US$ 150 milhões no empreendimento.
O vice-presidente da sueca, Jan Germudsson, disse que o valor será aplicado na construção da fábrica, treinamento de mão de obra e preparação para a produção. A previsão é que a empresa inicie a produção de peças em 2017. O contrato assinado pela Saab com o governo brasileiro prevê que as entregas dos 36 caças comecem a partir de 2019.
O executivo da Saab acredita que a SBTA tenha potencial para faturar entre US$ 40 milhões e US$ 60 milhões por ano, mas este valor não inclui apenas o Gripen. "A empresa será capacitada para se tornar uma fornecedora de aeroestruturas de nível um e desta forma poderá acessar a cadeia aeronáutica global e exportar produtos."
Em entrevista recente ao Valor, o presidente da Copac (Comissão Coordenadora do Programa Aeronave), brigadeiro do ar José Augusto Crepaldi Affonso, disse que as empresas brasileiras se beneficiarão do programa dos caças tanto no aspecto tecnológico, pois terão a possibilidade de participar do desenvolvimento de um sistema aeroespacial no limite da tecnologia, como no comercial, uma vez que serão subcontratadas para realizar atividades no âmbito dos contratos de venda do caça.
Assinado no dia 24 de outubro, o contrato de compra de 36 caças da Saab pela FAB está avaliado em US$ 5,4 bilhões. Os primeiros pagamentos, segundo a Copac, serão feitos no ano de 2015, conforme consta no projeto de lei orçamentária, que prevê a liberação de R$ 1 bilhão.
A fábrica da Saab em Lindköping tem capacidade para produzir até 30 caças por ano, informou o diretor de produção, Hans Häggrot. A parceria com as empresas brasileiras, de acordo com o executivo, prevê a vinda de 100 a 200 engenheiros para a Suécia a partir de 2015 para iniciar o trabalho de treinamento e capacitar as equipes para produzir os caças no Brasil.
A montagem final de 15 caças será feita na fábrica da Embraer, em Gavião Peixoto. O Gripen NG possui cerca de 23 mil peças e componentes. Mais de 90% do avião é feito de alumínio e o restante de material composto.
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Satélite brasileiro em parceria com a China reduzirá dependência dos EUA


A apenas dois dias de completar um ano do fracasso do lançamento do satélite CBERS-3, o Brasil e a China se preparam para lançar na madrugada deste domingo (7), o CBERS-4, o quinto do programa de sensoriamento remoto resultante da parceria sino-brasileira, que existe desde 1988. Caso a operação tenha êxito, o Brasil voltará a produzir imagens próprias da Terra e do seu território. Desde o começo de 2010, com o fim das operações do CBERS-2B, o Brasil não possui um satélite próprio para esse fim e por isso compra algumas das imagens registradas pelos Landsats das agências norte-americanas, segundo informações da Agência Espacial Brasileira (AEB).
O lançamento -- que estava previsto inicialmente para dezembro de 2015, mas foi antecipado devido ao incidente com o CBERS-3 -- deve acontecer entre 10h30 e 11h30 (0h30 e 1h30 do mesmo dia no horário de Brasília), no Centro de Lançamento de Satélites de Taiyuan, na província de Shanxi, a 760 quilômetros a sudoeste de Pequim, capital da China. A missão poderá ser acompanhada pela internet através de um link no site no INPE (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais).
Segundo a AEB, ter um satélite próprio é de extrema importância para o monitoramento do desmatamento da Amazônia, das fronteiras e para colher informações sobre expansão agrícola e desenvolvimento urbano. As imagens do CBERS podem ser acessadas gratuitamente por qualquer usuário na internet.
Sobre as imagens disponibilizadas pelos Landsats, a agência não soube informar qual o custo para os cofres públicos e, através de sua assessoria de imprensa, afirmou que o governo brasileiro adquire as imagens através de uma cooperação com o governo norte-americano.A geóloga e professora do programa de pós-graduação em sensoriamento remoto da UFRGS (Universidade Federal do Rio Grande do Sul), Silvia Beatriz Alves Rolim, explica que algumas das imagens disponibilizadas são gratuitas. "Inspirados no exemplo brasileiro de disponibilizar gratuitamente as imagens, o governo norte-americano também não cobra por algumas delas. Eles têm uma gama de satélites, por isso algumas imagens mais exclusivas são mais caras e por isso cobradas."
Os investimentos feitos pelo Brasil para lançar os satélites CBERS-3 e 4 foram da ordem de US$ 320 milhões (o equivalente a R$ 830 milhões). Os dois países dividem igualmente os custos do programa. Antes dos CBERS-3 e 4 foram lançados com sucesso o CBERS-1 (1999), CBERS-2 (2003) e CBERS-2B (2007).
O foguete que tem a missão de colocar o CBERS-4 em órbita (a uma altitude de 778 quilômetros da Terra) é o Longa-Marcha 4B, o mesmo modelo chinês usado no ano passado para o lançamento da versão 3 do satélite, cuja uma falha na propulsão foi a causa do fracasso da missão. A Agência Espacial Brasileira garante, no entanto, que todos os testes necessários foram feitos por técnicos brasileiros e chineses para que o lançamento deste ano seja um sucesso.O CBERS-4 tem tecnologia parecida com a versão 3 e está equipado com um conjunto sofisticado formado por quatro câmeras: WFI (Imageador de Amplo Campo de Visada), MUX (Imageador de Média Resolução), IRS (Imageador Infravermelho) e PAN (Imageador de Alta Resolução). O MUX é uma das principais inovações desta versão do CBERS, por ser a primeira câmera para satélite inteiramente desenvolvida e produzida no Brasil, capaz de registrar imagens no azul, verde, vermelho e infravermelho, em faixas distintas.
A professora Silvia Beatriz Alves Rolim conta que o sucesso da missão significa autonomia para o Brasil no mapeamento e monitoramento dos recursos naturais renováveis e não renováveis, na proteção e monitoramento das fronteiras, no planejamento urbano e territorial, no monitoramento de mudanças climáticas, além de autonomia do desenvolvimento de satélites e de tecnologia de mapeamento e monitoramento.
"Quando dependemos de um satélite de outro país, dependemos do país. Se os Estados Unidos não quiserem, ou não puderem mais disponibilizar as imagens, ficamos à mercê dessa possibilidade. Quando, por exemplo, há um acontecimento meteorológico importante, como um furacão, é natural que eles direcionem seus equipamentos para esse tema e não nos disponibilizem as imagens com a frequência que precisamos. Por isso, nos tornamos reféns", afirma.
O professor de Física e Astronomia da PUC-SP (Pontifícia Universidade Católica de São Paulo), Walmir Cardoso, corrobora essa explicação. "O Brasil tem uma das maiores florestas do mundo, é uma região gigante, e monitorar essa área é fundamental para nós. Precisamos ter satélites porque eles colhem informações que nos interessam diretamente. Além disso, esse tipo de tecnologia necessária para a fabricação de satélites não se compra. Quem tem não vende e nem repassa essa tecnologia. Então, cabe aos países desenvolvê-la", afirma.
A geóloga da UFRGS é otimista quanto ao futuro do sensoriamento remoto e das pesquisas nessa área no Brasil. "O cenário é bem positivo. Temos capacitação e condições de desenvolver parcerias com outros países. O governo tem investido nessa área, mas toda ajuda é bem vinda, pois essa é uma área estratégica para o Brasil. Acredito que estamos no caminho certo",
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