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segunda-feira, 14 de outubro de 2013

Rússia para oferecer ao Brasil Participação no Projeto de Combate Avançado Futuro

RIA Novosti) - Uma delegação militar russa prestes a visitar o Brasil vai oferecer o desenvolvimento conjunto de uma aeronave de combate de quinta geração "do tipo" de seu próprio mais novo lutador mais aos funcionários da defesa brasileira, membro da delegação disse RIA Novosti segunda-feira.
A proposta parece ser em apoio de uma oferta não solicitada pela da Rússia combate a fabricante de aviões Sukhoi de seu caça Su-35, que foi atingido off shortlist do Brasil para o concurso F-X2 da sua força aérea para a compra de 36 caças de US $ 4 bilhões. A Rússia ainda está esperando para vender a aeronave Su-35s ou similar para o Brasil fora do âmbito desse concurso, adoçante a lidar com a nova proposta.
Durante as negociações no Brasil, estamos prontos para oferecer aos nossos parceiros de entregas prontas para venda de aeronaves mais avançadas, como o Su-35, mas também o desenvolvimento conjunto de uma nova geração [de combate] aviões do tipo T-50", a fonte de delegação disse.
O T-50 PAK-FA, que compõem o núcleo da frota de caças futuro da Rússia, é um avião de guerra multirole com tecnologia "stealth", "super-manobrabilidade, capacidade de super-cruzeiro, e aviônicos avançados, incluindo uma matriz de varredura eletrônica ativa radar, de acordo com seu criador Sukhoi.
No final de abril, o presidente Vladimir Putin disse que a primeira T-50 entraria em serviço com as forças armadas da Rússia em 2016.
Rússia e Índia já estão desenvolvendo um derivado do T-50 para a Força Aérea da Índia. De acordo com executivos da indiana Hindustan Aeronautics Limited (HAL), que vai construir o avião, os dois lados concluído o projeto preliminar do avião, apelidado provisoriamente FGFA, no início deste ano e agora estão negociando um contrato detalhado.
O concurso F-X2 é a segunda tentativa do Brasil para encontrar um substituto para o seu envelhecimento Northrop F-5 e Dassault Mirage lutadores. Um concurso anterior, FX, foi cancelada em 2005 devido à falta de financiamento.
Três candidatos permanecem oficialmente na corrida - a sueca SAAB Gripen NG, o francês Dassault Rafale e EUA Boeing FA-18E / F Super Hornet. De acordo com a Defesa Industry Daily, o FA-18E / F estava perto de ganhar o negócio no mês passado, mas a revelação de que a Agência de Segurança Nacional dos Estados Unidos havia espionado o gabinete presidencial brasileiro colocar o negócio em espera. Poder revista Aero Brasil, citando as autoridades locais, diz o presidente do Brasil, Dilma Rousseff decidiu no final do mês passado, para adiar a sua proposta até 2015, após as eleições do próximo ano.


A delegação russa liderada pelo ministro da Defesa, Sergei Shoigu, vai visitar o Brasil e Peru em outubro 14-17 para promover as vendas de armamento russo para esses países.Ele inclui Alexander Fomin, chefe do Serviço Federal para a Cooperação Técnico-Militar (FSMTC) e Anatoly Isaikin, chefe das exportações de armas Rosobornexport monopólio.
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PROGRESSO’ EM VENDA DE CAÇAS FOI ‘ADIADO’ SEM IDA DE DILMA AOS EUA, DIZ BOEING

Pablo Uchoa
A presidente da Boeing no Brasil, a ex-embaixadora dos EUA em Brasília Donna Hrinak, disse nesta sexta-feira que o “progresso” nas negociações entre a empresa e o governo brasileiro para a compra de caças para a FAB (Força Aérea Brasileira) foi “adiado” na mesma medida em que também foi adiada a vista de Estado da presidente Dilma Rousseff a Washington, marcada inicialmente para este mês.
Falando durante uma conferência sobre o Brasil na capital americana, Donna Hrinak disse porém que a companhia ainda acredita que está oferecendo “o melhor pacote em termos de inovação” e defendeu a escolha de sua companhia para fornecer as aeronaves, independentemente das tensões entre os dois países por conta do escândalo de espionagem.

“Lamentei muito, porque acho que era a coisa certa a se fazer (o governo brasileiro aceitar a oferta americana) na hora certa”, disse Hrinak, durante o evento promovido pelo centro de estudos Wilson Center. “Isto dito, acho que as razões do adiamento foram certamente compreensíveis.”
“Esperávamos que a visita de Estado sinalizasse que o Brasil e os EUA quisessem o tipo de parceira estratégica que tornasse possível para o Brasil decidir a nosso favor. O adiamento da visita significa que qualquer progresso a esse respeito também foi adiado”, continuou Hrinak.
“Espero que, indepentemente de quão justificado seja o ultraje do Brasil com a NSA (agência do governo dos Estados Unidos responsável por fazer espionagem eletrônica), isso não leve as pessoas a ignorar os benefícios que podem advir dessa parceria.”
A Boeing (com seu caça FA-18 Super Hornet) está disputando com a francesa Dassault (caça Rafale) e a sueca Saab (caça Gripen NG) a preferência do governo brasileiro, que pretende comprar 36 aeronaves para a FAB em um contrato estimado em US$ 4 bilhões. Entre as cláusulas estarão requerimentos de transferência de tecnologia para o Brasil.
O processo começou em 2001 e ficou paralisado entre 2005 e 2008 por causa da conjuntura internacional. Em agosto, o comandante da FAB, Juniti Saito, disse que o governo Dilma pretende encerrá-lo “em curto prazo”.

Lamentações

A conferência está sendo realizada a apenas 12 dias da data em que a presidente Dilma Rousseff planejava visitar os EUA em caráter de Estado, em 23 de outubro. A visita foi oficialmente “adiada” – sem nova data para acontecer – após os escândalos envolvendo as denúncias de espionagem da NSA sobre a própria presidente Dilma Rousseff, seus ministros e a Petrobras.
Na abertura do seminário, o ex-embaixador americano no Brasil Anthony Harrington, presidente da Câmara de Comércio Brasil-EUA, disse que as razões para a visita continuam “profundas e válidas”.
Ele defendeu que o setor empresarial dos dois países continue trabalhando para reforçar as parcerias – principalmente no campo da inovação, área de interesse para o Brasil – e deixe as questões envolvendo a NSA “para os diplomatas”.
Mas o ex-diplomata brincou que o adiamento da visita foi provavelmente um “presente” de Dilma para presidente Barack Obama, pois poderia se dar em um momento em que, ironicamente, o governo federal continua fechado para os negócios.
O setor aéreo é uma das áreas em que Brasil e EUA têm um diálogo estratégico desde 2012, e no qual poderiam buscar resultados a partir de uma visita de Dilma a Washington.
O presidente da Embraer, Gary Spulak, ressaltou que 13 projetos destinados ao primeiro ano do diálogo aeroespacial – 90% do total – foram completados dentro do tempo, e que outras iniciativas, com horizonte de dois anos, devem ser estabelecidas em novos encontros do setor previstos para este mês.
Os projetos envolvem áreas como infraestrutura aérea, desenvolvimento de negócios, tráfego aéreo e certificação de aeronaves. O presidente da Embraer avaliou que este modelo de cooperação poderia se estender para outras áreas, como petróleo e gás e têxtil.
“Há tanto progresso em tantas frentes entre os nossos países”, afirmou o executivo. “Esse ímpeto existe e criou vida própria porque é bom para ambos os países e as companhias do setor privado que operam (nos dois países).”
BBC BRASIL SNB

ESPIONAGEM ABRE DISCUSSÃO SOBRE PREPARO DO BRASIL PARA UMA GUERRA CIBERNÉTICA

Maurício Moraes
Alvo de espionagem estrangeira, a presidente Dilma Rousseff disse em um discurso na ONU que "o Brasil sabe proteger-se" de ameaças vindas pela rede. O sistema de defesa cibernética do país, no entanto, ainda dá os primeiros passos e está longe de garantir segurança contra ataques, apesar de o tema já figurar como prioridade na Estratégia Nacional de Defesa.
Entre as medidas discutidas pelo governo, estão a criação de uma agência nacional de segurança cibernética, a instalação de uma escola nacional para o setor e a implementação de ações integradas entre os muitos órgãos envolvidos na proteção da rede de computadores brasileira.

De acordo com o general José Carlos dos Santos, chefe do Centro de Defesa Cibernética do Exército brasileiro (CDCiber), um dos dois principais órgãos responsáveis por garantir a segurança das redes no país, o país precisa se preparar para a possibilidade de uma "guerra em rede".
Na tarde de domingo, a presidente Dilma Rousseff, anunciou ter determinando ao Serviço Federal de Processamento de Dados a implantação de "um sistema seguro de e-mail em todo o governo federal", nas palavras dela, publicadas no Twitter. "É preciso + segurança nas mensagens p/ prevenir possível espionagem", acrescentou.

Fragilidade

A fragilidade do sistema de segurança cibernético brasileiro foi escancarada em meio ao escândalo envolvendo o vazamento promovido por Edward Snowden, ex-colaborador da Agência Nacional de Segurança dos Estados Unidos (NSA, na sigla em inglês). Documentos mostraram que a presidente foi alvo de espionagem, assim como o Ministério das Minas e Energia a a gigante Petrobras, com suspeitas de espionagem comercial nesse último caso.
Especialistas ouvidos pela BBC Brasil reforçam que "nenhum país está 100% protegido" da ação de hackers, sejam eles ativistas, integrantes de grupos criminosos ou funcionários de agências de inteligência de outros países.
Todos também destacaram que o Brasil está dando passos importantes na construção de um sistema de defesa e segurança cibernética, embora esteja em um estado ainda inicial. Nenhum deles se disse surpreso pelos casos de espionagem revelados por Snowden.
 
A espionagem em si é sobretudo resultado de uma vulnerabilidade do sistema de segurança cibernética (que inclui a proteção de dados de instituições governamentais, privadas e de cidadãos em geral).
Há também o conceito de defesa cibernética, nos moldes militares. Redes de órgãos públicos e de empresas estratégicas podem ser vítimas - agora e, principalmente, no futuro - de ataques que se assemelham aos de uma campanha de guerra.
A fronteira entre segurança e defesa pode ser tênue. E as batalhas não são convencionais - travada na rede mundial de computadores, essa guerra silenciosa pode ter caráter destrutivo, mas os que estão no front geralmente não vestem o uniforme de um país, embora estejam a serviço de interesses de Estados nacionais.

Estratégia de guerra

Em 2008, a Estratégia Nacional de Defesa recomendou o "fortalecimento de três setores de importância estratégica: o espacial, o cibernético e o nuclear".
Boa parte desta responsabilidade recai sobre o general José Carlos dos Santos, chefe do CDCiber, um dos dois principais órgãos responsáveis por garantir a segurança das redes no país.
"Baseados nas lições recentes, estamos plenamente conscientes de que isso é possível, uma guerra em rede", disse o general, em entrevista à BBC Brasil.
 
Entre as "lições" mencionadas pelo general estão os ataques virtuais a sites do governo, de bancos e jornais da Ucrânia, em 2007. Outro caso similar ocorreu durante a invasão russa à Geórgia, quando a ex-república soviética sofreu um "apagão" virtual. Nos dois episódios, pesaram suspeitas sobre Moscou.
Outro caso emblemático foi o ataque às instalações nucleares de Natanz, no Irã. O vírus autorreplicante Stuxnet destruiu várias centrífugas, retardando o programa nuclear do país, segundo a narrativa de especialistas da área. Israel foi apontado como provável responsável pelo ataque.
 
"Temos quee estar preparados para essas eventualidades", diz o general. Ele conta que as academias militares já incluíram programas de tecnologia e segurança da informação em seus currículos.Em 2009, segundo o general, o ministério da Defesa teve aprovado um orçamento de R$ 400 milhões a ser executado em quatro anos, apenas com a segurança e defesa cibernética. Já as verbas destinadas a operações especiais durante a Copa do Mundo são de R$ 40 milhões.

Vulnerabilidades

Para o professor Adriano Cansian, da Universidade Estadual Paulista (Unesp) de São José do Rio Preto, o principal desafio do Brasil é se proteger contra os chamados "ataques de negativa de serviço".
Tais ataques ocorrem quando sistemas são bombardeados com falsos acessos, que acabam congestionando e derrubando sites.
Foi o que ocorreu em 2011, quando o site da Presidência e de vários ministérios e órgãos da administração federal foram alvo de ataques ao longo de vários dias. O braço brasileiro do movimento de hackers LulzSec assumiu a ofensiva que, segundo o grupo, tinha a intenção de mostrar a vulnerabilidade do sistema.

Cansiam diz que as redes de determinados órgãos podem requerer atenção especial por serem estratégias em caso de guerra virtual.
"Considero a infraestrutura física mesmo. Em caso de conflito, emissoras de TV, rádio, centrais elétricas, ramificações de fibra ótica e data center de grandes empresas precisam ser protegidas", argumenta, apontando para alvos que também ficariam na linha de ataque em caso de guerras convencionais.
O pesquisador, que é consultor de segurança cibernética de órgãos governamentais, diz no entanto que "o maior problema é perder a conectividade da rede, por negativa de serviço".
"Como criamos dependência muito grande da rede, seja no comércio, no setor de serviços e entretenimento, se um ataque se prolongar, as consequências podem ser danosas. Imagina se por causa de um ataque a China ficar impossibilitada de fazer comércio com o mundo durante 20 dias… Isso vai ser sentido em todo lado", diz.
BBC BRASIL ,,SNB