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segunda-feira, 9 de setembro de 2013

Suposta espionagem dos EUA tem motivação econômica, diz Dilma em nota

Após novas denúncias envolvendo Petrobras, presidente promete medidas para proteger país, governo e empresas

A presidente Dilma Rousseff afirmou nesta segunda-feira (9), por meio de nota, que, caso sejam comprovadas, as denúncias de espionagem americana a Petrobrasevidenciam que o monitoramento dos EUA visam atender interesses econômicos e estratégicos e não somente a segurança nacional e o combate ao terrorismo.
Reunião com Rice: Chanceler brasileiro viaja aos EUA para ouvir explicações 
Crise: Após denúncias, Senado brasileiro pedirá à Rússia para visitar Snowden 
Denúncias: Após Dilma, Petrobras teria sido alvo de espionagem dos EUA"Sem dúvida, a Petrobras não representa ameaça à segurança de qualquer país. Representa, sim, um dos maiores ativos de petróleo do mundo e um patrimônio do povo brasileiro", afirmou a presidente.
Dilma garantiu também que o governo brasileiro obterá esclarecimentos do governo do presidente Barack Obama sobre todas as supostas violações e exigirá medidas concretas. "De nossa parte, tomaremos todas as medidas para proteger o país, o governo e suas empresas", acrescentou.
No domingo, a TV Globo fez uma nova denúncia envolvendo a Agência Nacional de Segurança dos EUA (NSA, sigla em inglês), afirmando que a agência espionou a Petrobras. A reportagem foi realizada com base em documentos fornecidos porEdward Snowden , ex-funcionário terceirizado da NSA.
O programa exibiu slides de uma apresentação da NSA, com data de maio de 2012, que teria sido usada para treinar novos agentes a espionar redes privadas de computadores. Além da Petrobras, o Google teria sido alvo da ação da NSA.
Em meio às denúncias, o chanceler brasileiro, Luiz Alberto Figueiredo Machado, vai se reunir entre quarta e quinta-feira com a conselheira de Segurança Nacional dos EUA, Susan Rice, em Washington, com o objetivo de cobrar as explicaçõesprometidas por Obama sobre as denúncias de espionagem a presidente Dilma, empresas e assessores brasileiros.
Na semana passada, em São Petersburgo, na Rússia, durante a cúpula do G20, Dilma e Obama  conversaram sobre o mal-estar causado pelas denúncias de espionagem a presidente. Segundo ela, Obama prometeu responder às perguntas encaminhadas pelo governo do Brasil . De acordo com a presidente, se for necessário voltrá a conversar com Obama.
“O presidente Obama declarou para mim que assumia a responsabilidade direta e pessoal pelo integral esclarecimento dos fatos e que proporia, para exame do Brasil, medidas para sanar o problema”, disse a presidenta, na ocasião.
“O que pedi foi o seguinte: 'acho muito complicado ficar sabendo dessas coisas pelo jornal. Eu quero saber: tem ou não tem? Além do que foi publicado pela imprensa, eu quero saber tudo o que há em relação ao Brasil. Tudo, tudinho, em inglês: 'Everything'”.
Confira a nota oficial na íntegra:
Mais uma vez, vieram a público informações de que estamos sendo alvo de mais uma tentativa de violação de nossas comunicações e de nossos dados pela Agência Nacional de Segurança dos EUA. Inicialmente, as denúncias disseram respeito ao governo, às embaixadas e aos cidadãos – inclusive a essa Presidência.
Agora, o alvo das tentativas, segundo as denúncias, é a Petrobras, maior empresa brasileira. Sem dúvida, a Petrobras não representa ameaça à segurança de qualquer país. Representa, sim, um dos maiores ativos de petróleo do mundo e um patrimônio do povo brasileiro.
Assim, se confirmados os fatos veiculados pela imprensa, fica evidenciado que o motivo das tentativas de violação e de espionagem não é a segurança ou o combate ao terrorismo, mas interesses econômicos e estratégicos.
Por isso, o governo brasileiro está empenhado em obter esclarecimentos do governo norte-americano sobre todas as violações eventualmente praticadas, bem como em exigir medidas concretas que afastem em definitivo a possibilidade de espionagem ofensiva aos direitos humanos, a nossa soberania e aos nossos interesses econômicos.
Tais tentativas de violação e espionagem de dados e informações são incompatíveis com a convivência democrática entre países amigos, sendo manifestamente ilegítimas. De nossa parte, tomaremos todas as medidas para proteger o país, o governo e suas empresas.
Dilma Rousseff 
Presidenta da República Federativa do Brasil
SNB

O descaso do Brasil com a Espionagem e a Defesa

Caros Leitores, boa tarde. Existe uma máxima, “cachorro que late não morde”. Não adianta gritar, espernear, ficar abismado, ficar perplexo e a Presidente Dilma Rousseff “cobrar geral” do Presidente americano Barack Obama sobre o caso da espionagem americana no mundo, e também no seu calo, pois na verdade, o “cobrar geral” esconde por trás da política externa e também da própria política de defesa brasileira, os erros, ou falta de um plano maior e estratégico sobre o Brasil, pelo menos no quesito defesa, que de alguma forma como é relegada, termina em um estado de segurança sofrível no país.
O governo brasileiro, e nossos políticos, tanto senado como deputados, quando se mostram perplexos com as denúncias de espionagem por parte dos americanos no mundo, na verdade demonstram que estão literalmente “cegos” e sem “inteligência” para tratar de um tema muito sensível para o país.
É a coisa mais piegas ver um Chefe de Estado, como nossa presidente Dilma, que pede “regras para a espionagem”, por favor me explique, como assim regras para a espionagem? Os Estados Unidos durante anos, cobram posturas contra a espionagem chinesa, russa e até mesmo alemã, e nem por isso afetam suas relações. Na história universal, a espionagem sempre foi uma das grandes “armas” para o desenvolvimento dos Estados. Tratar o tema, como o Brasil está tratando, na verdade é relegar a história universal para segundo plano, e deixar ao mundo uma imagem de um país totalmente enfraquecido do ponto de vista da Defesa Nacional e Internacional, por conseguinte, as conseqüências são claras e notórias, sofremos de um estado de insegurança pública, aumento vertiginoso do narcotráfico em todo território nacional, ações de bio-espionagem na Amazônia, perda de competitividade nas negociações internacionais, avanço do contrabando de armas em nossas fronteiras (considerando inclusive o desarmamento do cidadão de bem), e a última conseqüência, o descaso com a política nacional de inteligência (PNI) e a falta de investimentos em guerra cibernética e contra-espionagem brasileira.
Dar muito crédito para Edward Snowden e seu pupilo jornalista, Gleen Greenwald, na verdade é demonstrar que não entende nada da Atividade de Inteligência. Como diria o alto escalão da Agência de Segurança Nacional dos Estados Unidos (NSA), “quebrar códigos é nosso trabalho”, é muito claro na política americana, que os procedimentos de inteligência, além de terem apoio incondicional do Congresso Americano, os mesmos fazem parte de suas estratégias enquanto desenvolvimento da potência comercial e militar. Questionar isso, na verdade, demonstra mais uma falta de processo enquanto estadista, e também de posicionamento estratégico do Brasil perante o mundo. Particularmente acredito no que o Embaixador Americano, Thomas Shannon, afirmou sobre a espionagem americana, “o Brasil não é o nosso alvo”, mas o país tem todas as condicionantes que a inteligência americana necessita para produzir informações sensíveis sobre diversos temas mundiais, e até mesmo da América Latina. Considerando o poder regional do Brasil, sua riqueza energética, a fraqueza dos procedimentos de segurança, os problemas políticos em suas fronteiras, as percepções que as diversas células terroristas espalhadas no mundo têm sobre o país (“hotel” para planejamento de atos terroristas pelo mundo), corrupção dos políticos, corrupção nas instituições públicas e a falta de um projeto de poder nacional, o Brasil se torna o próprio ambiente para o desenvolvimento da espionagem americana, inclusive considerando um outro dado importante, o país é um dos principais “hub’s” de internet e comunicações no mundo.
Mas o mais descabido, e irreal neste caso todo, é ver que o tema já era tratado a muito tempo, tanto nas esferas da Agência Brasileira de Inteligência (ABIN), como também nas esferas da Inteligência Militar do Exército Brasileiro, inclusive em um trabalho publicado na Revista A Lucerna, da Escola de Inteligência Militar do Exército Brasileiro, em 2012, com diversos artigos sobre Guerra Cibernética e estudos de inteligência, o próprio sistema de inteligência americana e seus desdobramentos estão explícitos, considerando inclusive que com base nos diversos estudos, teoricamente, o governo brasileiro já devia saber destes procedimentos. Por sinal, desde 1999, agentes americanos têm autorização do governo brasileiro para atuar sob “cobertura diplomática” contra ações do terrorismo internacional e do narcotráfico, e não são somente agentes da CIA, mas sim da NSA, do FBI e da DEA (agência americana de combate ao narcotráfico). Por sinal, tanto Polícia Federal, como também a ABIN, recebem colaborações de inteligência por parte dos diversos órgãos de espionagem dos Estados Unidos.
Mas com isso, o problema é maior, pois os princípios da espionagem e inteligência de Estado, na verdade é suprir o Chefe de Estado com informações sensíveis, com menor risco possível e que possam contribuir no processo decisório do país. Inclusive em 2009, o professor Marco Cepik, produziu uma nota técnica sobre o Sistema Brasileiro de Inteligência com revisões e sugestões profundas para um melhor aparato do sistema, e potencializar o mesmo em defesa nacional, contra-espionagem, novo posicionamento internacional do Brasil e guerra cibernética. O estudo foi encomendado pelo Centro de Gestão e Estudos Estratégicos do Ministério da Ciência e Tecnologia. Para maior informação acesse: http://geopr1.planalto.gov.br/saei/images/publicacoes/2009/nota_tecnica_sistema_brasileiro_de_inteligencia.pdf
O professor Marco Cepik em 2003 publicou, pela Editora FGV, um tratado sobre a questão política e democrática da espionagem e da inteligência, seu livro, “Espionagem e Democracia”, foi um dos principais estudos sobre o tema, e uma profunda reflexão do uso e das atividades de inteligência no Estado. Com o estudo, ficou mais do que comprovado o uso contínuo das atividades de inteligência pelas grandes nações, como também a necessidade do Estado brasileiro em aprofundar as técnicas, considerando os cenários prováveis do avanço da mesma no mundo. Mas como tudo o que é produzido no Brasil de forma intelectual, os estudos ficam nas gavetas, e por exemplo, desde novembro de 2010 a Política Nacional de Inteligência está parada no Palácio do Planalto. Por quê será? Medo do que?
Outro ponto importante, em 2009 o professor e estrategista, Darc Costa, que inclusive foi Vice Presidente do BNDES no período de 2003 a 2004, escreveu um tratado, muito discutido em Brasília e na Escola Superior de Guerra no Rio de Janeiro, a obra “Fundamentos para o Estudo da Estratégia Nacional”, publicado pela Editora Paz e Terra. O mesmo é categórico em afirmar, considerando os diversos anos de estudos e construção de cenários para o Brasil, “os gastos com a defesa devem ser diretamente relacionados com o valor das riquezas a serem preservadas”, algo impensável hoje no Brasil, mas o mais interessante que o professor Darc Costa categoriza é: “a criação de grupos voltados para a guerra eletrônica e para o estudo de formas de ataques e defesa no campo da informática deve merecer a maior das prioridades na alocação de recursos de ciência e tecnologia para aplicações militares”. Nesse ponto complemento, para aplicações na contra-espionagem de Estado, e na própria política de defesa nacional.
E para concluir o descaso com a Defesa e a Espionagem, é mais do que reconhecido pelo Governo Brasileiro, que a falta de investimentos na política de defesa cibernética demonstra o quanto o sistema brasileiro está vulnerável. O próprio comandante do Centro de Defesa Cibernética do Exército, General José Carlos dos Santos, reconhece que “a falta de investimento deixa sistema sob risco constante” (Revista Veja, 11/09/2013).
O Governo Brasileiro não pode tratar o tema como tratou, ir para imprensa e se posicionar “abismado” com o ocorrido, pois parece que estão utilizando os acontecimentos com outras finalidades. Será um trabalho de desinformação contra a sociedade brasileira?
Se a Presidente Dilma quisesse saber o que está acontecendo, antes das novas notícias de Snowden no Programa Fantástico da TV GLOBO, ela deveria ter lido as obras, “Intelligence and Strategy – Selected Essays” de John Robert Ferris, e também um clássico da espionagem americana, “The Craft of Intelligence” de Allen W. Dulles.
Mas antes de gritar com Barack Obama, vamos ver o quanto estamos desguarnecidos com o tema inteligência e espionagem, e atuar para resolver, pois nossas fronteiras e o estado permanente de violência pública, só demonstram, que o Brasil está “burro” e precisa urgente de uma política clara de inteligência. Outro ponto, ouça mais os acadêmicos que já debruçam sobre o tema, e reveja sua estrutura de inteligência a partir do Gabinete de Segurança Institucional.
EXAME  ..SNB

HORUS FT100 EM OPERAÇÃO NO EXÉRCITO BRASILEIRO

A operação, realizada no dia 29 de agosto último, no Campo de Instrução de Gericinó – CIG, foi executada pelo Instituto Militar de Engenharia – IME em conjunto com o Centro de Avaliação de Adestramento do Exército – CAAdEx.

O objetivo da missão foi realizar o primeiro ensaio operacional do Projeto em apoio a tropa em tempo real através das imagens produzidas pelo Horus,  desta forma estabelecendo a conformidade do Horus com os Requisitos Operacionais Básicos do Estado-Maior do Exército.

“Para esta missão, deslocamos nossa equipe para o palco de operações, no Campo de Instrução de Gericinó, equipada com duas unidades do Horus FT100. Ambas estavam aptas a gerar imagens em tempo real do avanço da tropa sobre as posições ocupadas pela ForOp – Força Oponente.

Em ação, a ForOp executou ataque a localidade de um pelotão de fuzileiros do CAAdEx contra um Grupo de Combate que defendia a localidade de favela de Morro do Capim no CIG. “Na oportunidade, pudemos verificar a adequação do nosso equipamento ao objetivo da missão e estamos muito satisfeitos com os resultados”, afirma Nei Brasil, sócio-presidente da companhia.
Esta operação está inserida em um calendário de atividades envolvendo o Horus FT100 com finalidade de confirmar sua operacionalidade junto às diversas demandas do Exército Brasileiro e contou com a participação de representantes das Secretarias de Segurança e Defesa Civil do Estado do Rio de Janeiro, órgãos que também serão beneficiados pelo Projeto Vant Guanabara I, além da Polícia Militar da Bahia.. Também estavam presentes integrantes da EsACosAAe – Escola de Artilharia de Costa e Anti-Aérea, instituição parceira do IME e do CTEx responsável pelo estabelecimento de doutrina de aplicação de Vants no âmbito da DECEx.

Para o Maj Montenegro, gerente militar do projeto Guanabara I, “a missão permitiu mostrar que o Exército Brasileiro pode contar, em breve, com uma aeronave não-tripulada com tecnologia 100% nacional, destinada a estabelecer bases doutrinárias de aplicação para as tropas de pronto-emprego, em apoio à iniciativa do Estado-Maior do Exército e em apoio ao Projeto Vant do Centro Tecnológico do Exército”.

Particularmente, o projeto Guanabara I, sob responsabilidade da Flight Technologies em parceria com a Pós-Graduação em Engenharia de Defesa do IME, diz respeito à implantação, no Estado do Rio de Janeiro, de planta-piloto com capacidade fabril para essas aeronaves, o que coloca as Secretarias de Estado de Segurança e de Defesa Civil em situação de poderem demandar a tecnologia do vôo não-tripulado em escala comercial.

FAPERJ – Fundação Carlos Chagas de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro, que ampara a iniciativa do IME na pesquisa em aeronaves não-tripuladas desde 2005, agora trará para o Rio de Janeiro a solução definitiva, não mais demonstradores de tecnologia frutos de pesquisa em escala laboratorial, mas resultado da associação com a iniciativa privada genuinamente brasileira e comprovadamente competente.

“O Horus 100 definitivamente atende aos requisitos da tropa”, diz Montenegro.
 
Sobre a Flight Technologies

Fight Technologies (FT) é pioneira no desenvolvimento de Veículos Aéreos Não Tripulados (VANT). Fundada em 2005, a empresa 100% nacional atua no desenvolvimento de sistemas aeronáuticos, dando suporte ao desenvolvimento de sistemas robóticos em projetos do Ministério da Defesa Brasileiro. Participa dos principais projetos de Vants militares no Brasil, consolidando sua posição de liderança e referência na área. Detentora de tecnologias próprias de interesse para o país, a FT é considerada uma empresa estratégica para as Forças Armadas Brasileiras.
SNB 

Navantia foi premiada com um contrato da Marinha do Brasil para sistemas de controle de motor de uma classe corveta Inhaúma

Defensa.com) A Marinha Navantia brasileiro notificou a adjudicação de um contrato para fornecimento de sistemas de controle de motores de propulsão de uma classe corveta Inhaúma. Além disso, existe a possibilidade de que também os restantes modernizar a série para um total de cinco unidades. O valor do contrato para € 1 milhão para um barco, e representa uma carga de trabalho de cerca de 6.000 horas para os centros motores e sistemas de controle. A importância deste contrato é principalmente em Navantia bom posicionamento no Brasil ea possibilidade de futuros contratos neste país, perspectiva preferido.
Neste momento também está sendo oferecido, juntamente com a empresa alemã MTU, um novo motor para o programa de fragatas da classe Niterói modernização. Por outro lado, também apresentou Navantia proposta para o design, construção de transferência de tecnologia e parte do 5 fragatas, cinco carros de patrulha e um navio logístico (programa PROSUPER) e está participando de concursos para a construção de outros navios, como portaeronaves, anfíbios e oceanográfico.
Defensa.com...SNB

Documentos revelam que Petrobras foi alvo de espionagem dos EUA

Denúncias que envolvem a sétima maior empresa de petróleo e gás do mundo mostram supostas práticas de espionagem a serviço de interesses comerciais dos EUA, segundo reportagem do “Fantástico”, da Rede Globo

O governo dos Estados Unidos, por meio do programa de monitoramento da Agência Nacional de Segurança (NSA, na sigla em inglês), espionou a Petrobras, segundo documentos repassados ao jornalista norte-americano Glenn Greenwald pelo ex-funcionário de uma prestadora de serviço do órgão, Edward Snowden.
Apesar de negar fazer espionagem econônima, a NSA usou a empresa brasileira, a sétima maior do mundo de petróleo e gás, como exemplo em uma apresentação de treinamento ensinando novos agentes a monitorar redes privadas de grandes empresas, governos e instituições financeiras. As informações foram divulgadas este domingo (8) pelo “Fantástico”, da Rede Globo.Uma semana: Dilma dá prazo para EUA explicarem espionagem
O documento, de caráter ultrassecreto, aponta que o serviço tem como clientes a própria Casa Branca além da diplomacia americana e os serviços secretos. 
De acordo com a reportagem, a apresentação mostra o passo a passo de como espionar redes privadas e a Petrobras aparece em vários slides. O Google, a diplomacia francesa e a Swift (cooperativa que monitora transações de mais de dez mil bancos) também foram alvo das investigações.
Não se sabe ainda se a NSA teve acesso a algumas informações sigilosas da Petrobras como, por exemplo, detalhes do leilão marcado para outubro, da exploração do Campo de Libra, pertencente ao pré-sal da Bacia de Santos.
A denúncia acontece uma semana depois que outros documentos indicaram que as comunicações da presidente Dilma Rousseff e de seus principais assessorestambém foram monitoradas pela NSA .
Interesse gera polêmica
A espionagem à Petrobras pelo governo dos EUA deve gerar polêmica em todo o mundo, uma vez que a empresa descobriu algumas das maiores reservas de petróleo nos últimos anos. O pré-sal brasileiro pode conter até 100 bilhões de barris de petróleo, de acordo com a Univeridade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).
“Se a espionagem de fato ocorreu e o espião for competente, acho que ele deveria estar muito mais preocupado em espionar tecnologia, porque o pré-sal é monopólio do Brasil e a Petrobras sempre foi reconhecida por ser a segunda maior conhecedora de exploração de petróleo no mar”, diz Adriano Pires, diretor do Centro Brasileiro de Infra-Estrutura (CBIE).
Uma das reservas, localizada no campo de Libra, pode conter mais de 12 bilhões de barris de petróleo. De acordo com a Reuters, trata-se da quantia necessária para suprir as necessidades dos EUA por petróleo por um período de quase dois anos.
A estatal deve dobrar de tamanho até 2020, de acordo com estimativa de Graça Foster, presidente da Petrobras, divulgada em maio deste ano. A produção da empresa deve saltar dos atuais 2,2 milhões de barris equivalentes (petróleo e gás natural) por dia para 5,7 milhões em 2020. O número considera a produção da própria Petrobras e de empresas a ela conveniadas.
"Fizemos 53 descobertas no Brasil nos últimos 14 meses. Só no pré-sal, foram 15", disse Graça, durante o anúncio, em maio. "As reservas da Petrobras têm potencial para dobrar de tamanho e atingir 31,5 bilhões de barris de óleo equivalente nos próximos anos (…) Não há dúvida de que os resultados são fruto dos investimentos da companhia, que cresceram 21,5% ao ano desde 2000 e atingiram US$ 42,9 bilhões em 2012”.
A Petrobras ficou em 20º lugar no ranking das 100 maiores companhias do mundo elaborado pela revista Forbes em maio deste ano. A estatal, segundo a revista, tem valor de mercado de cerca de R$ 270 milhões (US$ 120,7 bilhões) e fica em 7º lugar entre as maiores companhias do setor de petróleo e gás do mundo.
Recentemente, Graça Foster, presidente da Petrobras, foi indicada como a 18ª mulher mais poderosa do mundo também pela Forbes. Entre as mulheres de negócios, ela ficou atrás apenas de Indra Nooyi, CEO da Pepsico. Graça assumiu a presidência da companhia em fevereiro de 2012, substituindo Sergio Gabrielli, que deixou o cargo para seguir carreira política na Bahia.
De acordo com o último balanço trimestral divulgado, a Petrobras teve lucro líquido de R$ 6,201 bilhões no segundo trimestre de 2013, revertendo prejuízo registrado no mesmo período do ano passado. O resultado superou as expectativas dos analistas, que esperam lucro próximo aos R$ 5 bilhões. Na comparação com o trimestre anterior, no entanto, o lucro foi 19% menor, devido à depreciação cambial sobre a dívida líquida.
Tensão diplomática
A espionagem sobre a Petrobras deve complicar ainda mais um impasse diplomático tenso entre os EUA e o Brasil, a maior economia da América Latina, provocada pela suposta espionagem da NSA às chamadas telefônicas privadas e e-mails da presidente Dilma Rousseff. O Brasil exigiu um pedido formal de desculpas e Dilma pode cancelar sua visita aos EUA, a única oferecida pelo governo dos EUA a um líder estrangeiro, em outubro deste ano.
As tensões na semana passada levaram a uma reunião improvisada entre Dilma e Barack Obama, presidente dos EUA, durante a reunião do G20, dos líderes das principais economias, na Rússia. Após a reunião, Obama disse que iria investigar as alegações.
Autoridades norte-americanas, incluindo Obama em uma viagem ao Brasil em 2011, e uma visita em junho do vice-presidente Joe Biden, citaram a importância de novas grandes descobertas de petróleo no País e assinalaram intenções de trabalhar em estreita colaboração com o país para as necessidades energéticas do futuro.
*Com informações da Reuters.SNB