SEGURANÇA NACIONAL SNB BRASIL

sexta-feira, 15 de março de 2013

FAB encerra processo de seleção de aeronaves reabastecedoras


O Centro de Comunicação Social da Aeronáutica informa que o Comando da Aeronáutica encerrou o processo de seleção das duas aeronaves de grande porte que substituirão os KC-137 operados pelo 2° Esquadrão do 2º Grupo de Transporte (2°/2°GT).

A proposta escolhida foi a da empresa Israel Aerospace Industries - IAI, que converterá aeronaves comerciais Boeing 767-300ER em plataformas capazes de realizar reabastecimento em voo, transporte estratégico de carga e tropa e evacuação aeromédica, de acordo com os requisitos formulados pela Força Aérea Brasileira.

O Projeto KC-X2, como foi chamado o processo de substituição dos aviões, foi instituído pelo Estado-Maior da Aeronáutica (EMAER) em 2008 e conduzido pela Comissão Coordenadora do Programa Aeronave de Combate (COPAC), que buscou as melhores soluções existentes no mercado, considerando requisitos técnico-operacionais, logísticos, industriais e de compensação comercial e tecnológica para o estado brasileiro.

Os antigos KC-137 foram fabricados na década de 1960 e incorporados à FAB em 1986, tendo sido empregados, desde então, em diversas missões operacionais e humanitárias de grande relevância para a Força Aérea Brasileira e para o Brasil.

Brasília, 14 de março de 2013

Brigadeiro do Ar Marcelo Kanitz Damasceno
Chefe do Centro de Comunicação Social da Aeronáutica


Nota DefesaNet

 
Programa KC-X2:
No ano passado foi divulgado pela FAB o programa KC-X2 com a intenção de comprar 4 novos aviões para substituir os já antigos e obsoletos KC-137E (Versão de reabastecimento do civil Boeing 707-320C) pertecentes ao Esquadrão Corsário sediado na Base Aérea do Galeão no Rio de Janeiro - RJ.
Os Sucatões como são conhecidos os KC-137 completaram esse ano 44 anos de vida, sendo um dos vetores mais antigos de toda a força. Além da necessidade da troca dos reabastecedores estratégicos também veio a necessidade da Força Aérea adquirir um avião presidencial maior e com maior alcance, pois o recente Airbus A319CJ entregue em 2008 pela Airbus Corporate Jets fazia até 2 escalas para ir para Europa para cumprir a agenda presidencial.
Após a divulgação do programa, 3 empresas apresentaram suas propostas:
- Airbus Military: Airbus A330 MRTT (Multi-Role Tanker Transport)
- Boeing Military: Boeing KC-767A International Tanker
- Israel Aerospace Industries (IAI): Boeing KC-767-300ER MMTT
Sobre as aeronaves concorrentes:
A330 MRTT: É um Airbus A330-200 de passageiros convertido pela própria Airbus para reabastecimento e transporte em sua fábrica em Getafe, Espanha.
É utilizado pelo Reino Unido, Austrália, Emirados Árabes, Arábia Saudita e França.
KC-767A: Um Boeing 767-200ER civil convertido para reabastecimento em voo (REVO) e transporte COMBI (Cargas e Passageiros ao mesmo tempo). Seus operadores são o Japão e Itália, além da recente encomenda dos Estados Unidos (designado KC-46A).
KC-767-300ER MMTT: Convertido pela IAI em Tel-Aviv, Israel teve sua primeira entrega há alguns meses para a Força Aérea Colombiana (versão 200ER). Assim como os concorrentes, pode levar carga e/ou passageiros e utiliza do próprio tanque de combustível para reabastecimento em voo.

A proposta vencedroa atende aos interesses da TAM que deverá repassar dois B767-300ER prestes a serem retirados de serviço.
SNB

Guerra no Iraque custa mais de US$ 2 trilhões aos EUA, mostra estudo


DANIEL TROTTA - Reuters
A guerra dos EUA no Iraque já custou 1,7 trilhão de dólares, com um adicional de 490 bilhões de dólares em benefícios devidos aos veteranos de guerra, e as despesas podem crescer para mais de 6 trilhões de dólares ao longo das próximas quatro décadas considerando os juros, mostrou um estudo divulgado nesta quinta-feira.
A guerra já matou pelo menos 134 mil civis iraquianos e pode ter contribuído para as mortes de até quatro vezes esse número, de acordo com o Projeto Custos da Guerra do Instituto Watson para Estudos Internacionais da Universidade Brown.
Quando as forças de segurança, insurgentes, jornalistas e trabalhadores humanitários foram incluídos, o número de mortos da guerra subiu para estimados 176.000 a 189.000, segundo o estudo.
O relatório, um trabalho de cerca de 30 acadêmicos e especialistas, foi publicado antes do 10º aniversário da invasão norte-americana no Iraque, em 19 de março de 2003.
Foi também uma atualização de um relatório de 2011 do Instituto Watson produzido antes do 10º aniversário dos ataques de 11 de setembro, que avaliou o custo em dólares e as mortes das guerras resultantes no Afeganistão, Paquistão e Iraque.
O estudo de 2011 apontou que o custo combinado das guerras foi de pelo menos 3,7 trilhões de dólares, com base em gastos reais do Tesouro dos EUA e compromissos futuros, como indenizações médicas e por incapacidade de veteranos de guerra dos EUA.
Essa estimativa subiu para quase 4 trilhões de dólares na atualização.
O número de mortos estimados das três guerras, anteriormente de 224.000 a 258.000, aumentou para 272.000 a 329.000 dois anos depois.
Foram excluídas as mortes indiretas causadas pelo êxodo em massa de médicos e pela infraestrutura devastada, por exemplo. Nos custos, não foram contabilizados os trilhões de dólares em juros que os Estados Unidos podem pagar nos próximos 40 anos.
Os juros sobre as despesas com a guerra no Iraque podem chegar a 4 trilhões de dólares durante esse período, segundo o relatório.
O relatório também analisou o peso sobre os veteranos e suas famílias, mostrando um custo social profundo, assim como um aumento nos gastos com veteranos. O estudo de 2011 apontou que as indenizações médicas e por incapacidade para veteranos depois de uma década de guerra totalizaram 33 bilhões de dólares. Dois anos depois, esse número subiu para 134,7 bilhões de dólares.
POUCOS GANHOS
O relatório concluiu que os Estados Unidos ganharam pouco com a guerra, enquanto o Iraque foi traumatizado por ela. A guerra revigorou os militantes radicais islâmicos na região, causou um retrocesso dos direitos das mulheres, e enfraqueceu um sistema de saúde já precário, segundo o relatório.
Enquanto isso, o esforço de reconstrução de 212 bilhões de dólares foi em grande parte um fracasso, com a maior parte do dinheiro sendo gasto em segurança ou perdido para o desperdício e a fraude, acrescentou.
A administração do ex-presidente George W. Bush citou sua convicção de que o governo do ditador iraquiano Saddam Hussein tinha armas de destruição em massa para justificar a decisão de ir à guerra. As forças dos EUA e aliadas mais tarde descobriram que esses estoques não existiam.
Os defensores da guerra argumentaram que a inteligência disponível na época concluiu que o Iraque tinha as armas proibidas e observou que mesmo alguns países que se opuseram à invasão concordaram com a avaliação.
SNB

Bombardeios dos EUA violam soberania do Paquistão, diz ONU


LOUIS CHARBONNEAU - Reuters
Os Estados Unidos violaram a soberania paquistanesa e destruíram estruturas tribais nos bombardeios feitos por aviões não-tripulados durante operações de combate ao terrorismo perto da fronteira com o Afeganistão, disse um investigador de direitos humanos da ONU em nota na sexta-feira.
Ben Emmerson passou três dias no Paquistão nesta semana como parte de uma investigação sobre das ações militares norte-americanas sobre os civis.
"Como uma questão de direito internacional, a campanha dos EUA com ‘drones' (aviões teleguiados) no Paquistão está (...) sendo conduzida sem o consentimento de representantes eleitos do povo, ou do governo legítimo do Estado", disse a nota divulgada pelo Alto Comissariado de Direitos Humanos, em Genebra.
Emmerson anunciou em janeiro que investigaria 25 ataques com drones no Paquistão, Iêmen, Somália, Afeganistão e territórios palestinos. Ele deve apresentar seu relatório final em outubro à Assembleia Geral da ONU.
Autoridades dos EUA disseram que não comentariam as declarações do relator
SNB

O enxame global


Estado de S.Paulo
"Um plano era usar um avião não tripulado para bombardear a área, mas ele foi rejeitado, pois recebemos ordem para capturá-lo com vida." Foi assim que Liu Yuejin, diretor do escritório antidrogas do Ministério de Segurança Pública da China, descreveu a caçada a Naw Kham, líder uma grande operação de narcotráfico no Triângulo Dourado, suspeito de ter matado 13 marinheiros chineses. Eles o apanharam numa emboscada noturna do outro lado da fronteira.
Esse caso é útil para se pensar o mercado global para sistemas aéreos não tripulados (drones) e para onde ele vai, um tópico que ganhou reforços na semana passada com a reportagem do New York Times a respeito da confusão sobre se foram drones americanos ou paquistaneses que realizaram um controvertido ataque aéreo.
Discutimos com frequência sobre um suposto monopólio dos EUA dos drones que estaria possivelmente se esgotando. Ou, como a revista Time intitulou uma matéria: "Monopólio sobre drones: esperamos que tenham aproveitado enquanto durou". O artigo diz em seguida: "Isso vai ocorrer; a questão é quando". A resposta é: muitos anos atrás. Hoje, os EUA lideram no campo da robótica militar, e como o país gasta mais dinheiro e faz mais uso de sistemas não tripulados, certamente deve liderar mesmo. Dito isso, há cerca de 8 mil aviões não tripulados no estoque americano e outros 12 mil veículos terrestres não tripulados. Um número crescente deles é grande e armado.
A depender da fonte que se queira citar, 75 a 87 países possuem aviões não tripulados. Desses, ao menos 26 possuem sistemas maiores e são armados. Ao que se sabe, somente EUA, Grã-Bretanha e Israel usaram drones armados, mas o motivo de outros não o terem usado é, com frequência, política, não tecnológica. Ou eles não estão em guerra ou optaram por não seguir essa via ainda. Mas esses limites políticos estão mudando. Veja-se a discussão aberta da China sobre seus planos no Diário do Povo, ou a recente decisão da Alemanha de adquirir drones armados para missões no exterior, acompanhando decisões de Itália, França e outros países.
Em suma, quando conversamos sobre um suposto futuro de proliferação de drones, é comum ignorarmos a realidade atual. Já temos um mercado que é global tanto com relação a seus consumidores quanto a seus fabricantes, de empresas americanas como General Atomics a ASN Technology, uma das maiores fabricantes da China, e ADE da Índia.
O que realmente importa não é a proliferação para um número maior de países, mas a proliferação da aquisição e o uso da tecnologia. A primeira geração de sistemas não tripulados se parecia com os que estavam substituindo. Agora, vemos um conjunto crescente de tamanhos, formatos e formas.
Nessa tendência, a questão tamanho é importante para a discussão sobre drones armados. Não se trata apenas de que os drones estão ficando menores, mas de que eles também estão transportando munição cada vez menor. Assim, se você quiser, por exemplo, realizar uma eliminação seletiva, teria de enviar um MQ-9 Reaper carregando um JDAM ou um conjunto de mísseis Hellfire? Ou um míssil teleguiado do tamanho de uma revista enrolada, ou uma minúscula bomba do tamanho de uma lata de cerveja equipada com GPS dariam conta do recado, em especial quando se trata de causar menos danos colaterais?
E se essa arma menor é tudo que você precisa, para que precisaria de um drone do tamanho de F-16 para carregá-la? Embora a discussão sobre a proliferação de drones armados tenha como foco países que abrigam sistemas grandes, em breve teremos de tratar dos que têm sistemas menores. E, em certo ponto, teremos de perguntar como definir um drone e como regulamentá-lo. Já estamos no mundo do Switchblade, o drone de vigilância que é carregado num pequeno tubo e pode voar a 80 km/h, mas se for preciso pode se transformar num meio letal e causar uma explosão do porte de uma granada de mão. Outra tendência que terá importância é a crescente inteligência e autonomia dos drones armados.
A expansão desse mercado vai mudar ainda mais dentro de alguns anos, quando a facilidade de uso encontrar barreiras políticas civis menores. Apesar de os drones estarem hoje principalmente ausentes de usos civis, há um processo em curso para integrar sistemas aéreos não tripulados nas partes civis do sistema de espaço aéreo nacional e global. O Congresso americano estabeleceu recentemente um prazo em 2015 para o espaço aéreo americano se abrir para um uso civil e comercial mais amplo de drones, e as mesmas tendências estão em jogo em muitos outros países, da Grã-Bretanha ao Brasil.
Já não vivemos em um mundo onde somente os EUA têm a tecnologia e não estamos avançando para um futuro em que a tecnologia será usada somente da maneira como a usamos agora. Enfrentar os desafios colocados pela proliferação de drones não é impossível. Se quisermos enfrentar os riscos e começar a criar padrões globais, o melhor é começar a reconhecer seu status hoje e para onde iremos no futuro muito próximo. / TRADUÇÃO DE CELSO PACIORNIK
SNB

Força Aérea dos EUA mantém contrato com Embraer


Agência Estado
WASHINGTON - O Departamento de Defesa dos EUA decidiu ignorar os protestos da Beechcraft e manter o contrato de US$ 427,5 milhões com a Embraer e sua parceira Sierra Nevada para o fornecimento de 20 aviões A-29 Supertucano à Força Aérea do Afeganistão. Citando a necessidade de avançar com esse projeto, depois de muitos adiamentos, o Pentágono anunciou "circunstâncias incomuns" para dar andamento ao projeto.
Na semana passada, a Beechcraft havia contestado o resultado da licitação junto ao Escritório de Prestação de Contas do Governo dos EUA (GAO), o que levou o Pentágono a suspender temporariamente o contrato, que havia sido reafirmado duas semanas atrás. A Beechcraft já havia contestado o resultado da concorrência em dezembro de 2011, provocando uma reavaliação que só foi concluída nos primeiros dias de março. As informações são da Dow Jones.
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