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sexta-feira, 7 de setembro de 2012

Dia da Independência tem protestos contra corrupção em todo o País

Protestos nacionais marcam a comemoração da Independência do Brasil ao longo desta sexta-feira, 7. No ano passado, os movimentos atingiram cerca de 25 mil pessoas em uma megapasseata em Brasília, organizada pelas redes sociais. Neste ano, o objetivo é o mesmo, mas desta vez outros estados brasileiros também registrarão o marco contra o oportunismo na política nacional. Milhares de pessoas já confirmaram presença nos manifestos de todo o País.Mais de 22 mil pessoas confirmaram presença no evento do Facebook que registra o Dia do Basta. Entre todas as cidades do País, 58 confirmaram atos contra a corrupção, o fim do foro privilegiado e pelo voto aberto parlamentar.
No Distrito Federal, integrantes do movimento começam a se reunir às 10h em frente ao Museu Nacional. No Rio, a concentração tem início às 16h na Praça da Igreja do Carmo, em Angra dos Reis e às 16h no Posto 4 de Copacabana. Na capital paulista o grupo marcou encontro para às 15h no vão livre do Museu de Arte de São Paulo (Masp). Haverão passeatas também em outras cidades da Grande São Paulo: Osasco, São Bernardo do Campo e no litoral paulista, em Santos.
O grupo Nas Ruas, que também combate a corrupção envolvendo o dinheiro público, terá atos em 73 cidades de 26 estados brasileiros. Cerca de 12 mil brasileiros receberam convites, via Facebook, para participar dos manifestos.
A Esplanada dos Ministérios recebe o ato, segundo os organizadores será pacífico, a partir das 8h desta sexta. No Rio de Janeiro e em São Paulo, os protestos tem previsão de acontecer nos mesmos horários e locais do grupo Dia do Basta.
Em sua 17.ª edição, o Grito dos Excluídos acontecerá em 25 estados brasileiros. O movimento é encabeçado pela Pastoral Social da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) e tem como foco de crítica, neste ano, o modelo econômico do País.
O Grito começa por volta das 9h no Distrito Federal com concentração de batucada, capoeira e arte na rodoviária do Plano, onde haverá, também, confecção de faixas e cartazes. Às 12h o grupo organizou uma feira de troca e exibição de curtas-metragens. No Rio de Janeiro o movimento pretende começar o protesto às 9h, na esquina da Avenida Presidente Vargas com a Rua Uruguaiana, no Centro da capital. E em São Paulo, os integrantes do movimento farão caminhada a partir das 9h, entre a Praça Osvaldo Cruz, passarão pela Avenida Brigadeiro Luiz Antonio e seguem em destino ao Monumento das Bandeiras no Parque do Ibirapuera.
Marinha
A Marinha do Brasil faz nesta sexta o Desfile Naval na Orla do Rio de Janeiro. Como parte das comemorações do Dia da Independência, navios e aeronaves da Esquadra Brasileira desfilam ao longo das regiões do Recreio, Barra da Tijuca, São Conrado, Leblon, Ipanema, Copacabana e Leme.
Após o Desfile Naval, duas fragatas brasileiras, dois navios argentinos e um uruguaio atracarão no cais do Píer Mauá, onde ficarão abertos à visitação pública, no sábado, 8, e no domingo, 9. A visitação é aberta ao público das 14h e o final da tarde, de acordo com a Marinha.
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Jipe-robô faz 1ª análise de atmosfera em Marte desde anos 70


O veículo robótico Curiosity, da Nasa, está ''farejando'' a composição atmosférica de Marte.
As manchas azuis são as marcas deixadas pela sistema de pouso do jipe-robô - Nasa/Divulgação
Nasa/Divulgação
As manchas azuis são as marcas deixadas pela sistema de pouso do jipe-robô
O jipe-robô, que está percorrendo a superfície marciana e colhendo amostras, sugou uma amostra do ar do planeta, que está sendo processada pelo seu sistema de análise, conhecido pela sigla Sam.
É a primeira vez que a composição química da atmosfera marciana é analisada na própria superfície do planeta, desde os testes realizados pelas sondas Viking, na década de 70.
A análise ainda está em andamento, mas a expectativa é de que a substância dominante na atmosfera de Marte seja dióxido de carbono - a exemplo do que foi constatado pelas sondas Viking.
Os cientistas da Nasa têm interesse em verificar se a Curiosity irá detectar a presença de metano. O gás já foi identificado por satélites e por telescópios terrestres e sua presença no planeta vermelho é intrigante.
Metano
De um modo geral, o metano tem vida curta e sua persistência por mais tempo sugere a existência de algum tipo de ''reabastecimento'', que pode estar ocorrendo de forma biológica ou geoquímica. Espera-se que o Sam possa esclarecer a questão.
Os resultados dessa primeira análise devem ser anunciados na semana que vem, de acordo com a cientista Joy Crisp, da equipe da Curiosity, mas ela advertiu que ainda levará algum tempo até que se possam determinar mais detalhes sobre a presença do metano na atmosfera marciana.
A Curiosity, também conhecida como Laboratório Científico Marciano (MSL, na sigla em inglês), já percorreu mais de cem quilômetros desde a Cratera Gale, onde o veículo robótico pousou há um mês.
O veículo está se dirigindo a um ponto chamado de Glenelg, a cerca de 480 quilômetros de onde a Curiosity se encontra. Imagens de satélite indicam que Glenelg seria o ponto de encontro de três tipos de terrenos rochosos distintos. Geólogos acreditam que esse seria o local ideal para estudar a geologia da Cratera Gale.
Engenheiros resolveram interromper a trajetória do veículo por alguns dias para poder testar o longo braço robótico do veículo, de 2 metros. O braço conta com uma câmera, uma broca e um espectrômetro. Seu propósito é o de recolher amostras de pó de rocha e de terra.
O braço, que conta com dispositivos que pesam trinta quilos, precisa ser movido de uma forma que leve em conta a gravidade de Marte, que equivale a 38% da gravidade terrestre.
A missão vem também divulgando fotos realizadas pelo Equipamento Orbital de Reconhecimento de Marte, uma sonda que vem realizando fotos aéreas documentando a trajetória do veículo robótico. BBC Brasil 
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Uma chance ao Programa Espacial

Nos tempos da Embratel, o Brasil comprou duas gerações de satélites de comunicações, Brasilsat A e B. Nestas compras, o conteúdo local se restringiu a estágios técnicos para funcionários do Inpe nas empresas fornecedoras estrangeiras.
 
Após a privatização da Embratel, as empresas brasileiras operadoras compraram mais satélites de comunicações, agora sem qualquer participação das instituições governamentais dedicadas às atividades espaciais, a Agência Espacial Brasileira (AEB), o Inpe e o DCTA.
 
O primeiro projeto no Brasil foi o de um satélite geoestacionário para comunicações, que seria integrante do projeto SACI, na década de 1970. Entretanto, após esta iniciativa que não saiu do papel, nunca foi incluído no Programa Nacional de Atividades Espaciais o desenvolvimento de um satélite geoestacionário para comunicações. Agora, temos o projeto do Satélite Geoestacionário Brasileiro (SGB), cuja implantação será coordenada por uma empresa criada para essa finalidade, a Visiona.
 
O SGB é um resultado já em andamento dos novos rumos do programa espacial brasileiro, que, como foi enfatizado em reportagem publicada neste jornal no último dia 26 ( O Vale - São Jose dos Campos), é hoje parte fundamental da Estratégia Nacional de Defesa (END) e vai requerer um elevado grau de orquestração gerencial e orçamentária. Como uma das três áreas prioritárias da END (espacial, cibernética e nuclear), o setor espacial deverá atender a diversas demandas do País, que incluem as áreas de defesa, meio ambiente, comunicações, transporte e logística, meteorologia, entre outras. O envolvimento da indústria e a qualificação de recursos humanos são também prioritários, dentro dessa nova perspectiva.
 
No caso específico do INPE, a verdade é que os projetos importantes atualmente em desenvolvimento na instituição foram concebidos em um curto intervalo de tempo, na gestão do atual ministro da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), Marco Antonio Raupp, entre 1985 e 1988. São eles o programa dos Satélites Sino-Brasileiros de Recursos Terrestres, o CBERS, em parceria com a China; o Centro de Previsão de Tempo e Estudos Climático (CPTEC); a implantação da infraestrutura dos laboratórios de Integração e Testes de Satélites, do Centro de Controle de Satélites, e o desenvolvimento do primeiro satélite brasileiro, o Satélite de Coleta de Dados 1 (SCD1). Nada de muito relevante e novo aconteceu desde então.

No momento, a situação do programa espacial brasileiro é de paralisia, com atrasos sucessivos nos projetos que não permitem atualização tecnológica, pois acabam obsoletos antes de ficarem prontos. Acreditamos que o momento é muito favorável para uma reformulação completa do setor. Existe a possibilidade concreta de um excelente alinhamento entre as instituições Inpe, DCTA com a AEB e com o MCTI.

São pessoas que conhecem profundamente o programa e seus problemas, e ninguém mais indicado que o atual ministro para proceder à transformação necessária. Há 26 anos ele mudou a face do programa espacial, criou os projetos que dão até hoje vida ao Inpe. Tem, certamente, a experiência e visão para mudar a face do programa outra vez.
 
Portanto, é inócuo supor que pretende-se desmantelar o INPE. Como empresário do setor, acredito que o programa espacial tem agora a chance de tornar-se uma política de Estado. Vamos dar um crédito e incentivar os que têm condições de promover essas mudanças.
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