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sexta-feira, 1 de junho de 2012

Inpe e CAST concluem testes elétricos do CBERS-3


Testes elétricos do satélite sino-brasileiro CBERS-3, que tem lançamento previsto para o final de novembro, foram concluídos pelos especialistas do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) e da Academia Chinesa de Tecnologia Espacial (CAST, na sigla em inglês) no dia 25 de maio, em Pequim. Esses testes precedem os ensaios ambientais (que simulam as condições em órbita), programados para o período de junho a setembro.

O Inpe é o responsável no Brasil pelo Programa CBERS (sigla para China-Brazil Earth Resources Satellite; em português, Satélite Sino-Brasileiro de Recursos Terrestres), parceria iniciada com a China há mais de 20 anos e que garantiu a ambos os países o domínio da tecnologia do sensoriamento remoto para observação da Terra.

Na China, as atividades de montagem, integração e teste (AIT) do satélite ocorrem no Instituto 529 e no Centro Espacial, ambos pertencentes à CAST. Os objetivos das atividades de AIT são montar o modelo de voo do satélite, demonstrar o bom funcionamento em condições ambientais semelhantes ao lançamento e órbita e identificar e corrigir eventuais problemas.

O AIT do CBERS-3 teve início com o envio para a China da estrutura do satélite, que antes estava no Laboratório de Integração e Testes (LIT) do Inpe, em São José dos Campos. Especialistas chineses e brasileiros realizaram a integração do subsistema de propulsão (montagem e alinhamento dos propulsores e a instalação da tubulação que conecta os tanques de hidrazina aos propulsores e válvulas) e a realização do teste de vazamento, atividades concluídas em agosto de 2011.

Em outubro de 2011, foram enviados para o Instituto 529 os primeiros equipamentos de voo desenvolvidos, fabricados e testados pela indústria brasileira para que, juntamente com os equipamentos chineses, fossem instalados na estrutura do satélite e iniciados os testes elétricos.

Devido à complexidade do satélite, os testes elétricos foram realizados por ‘Estados’, chamados de A, B, C e D. O satélite foi progressivamente integrado e testado em cada um de seus Estados.

No Centro Espacial serão realizados os testes ambientais em infraestruturas especiais (câmara anecóica, câmara acústica e câmara termovácuo). Ao final, o satélite estará pronto para a campanha de lançamento, que deve iniciar em outubro.INPE SEGURANÇA NACIONAL BLOG

Satélite indica que Irã 'limpou' base sob suspeita


GUSTAVO CHACRA, CORRESPONDENTE / NOVA YORK - O Estado de S.Paulo
Um centro de estudos de Washington publicou ontem uma série de fotos de satélite mostrando que o Irã demoliu prédios e movimentou grandes volumes de terra em um local colocado sob suspeita por inspetores. Países ocidentais e Israel afirmam que a movimentação buscou "limpar" resíduos deixados por testes para desenvolver tecnologia nuclear para fins militares.
As suspeitas foram apresentadas pelo Instituto para Ciência e Segurança Internacional (Isis, na sigla em inglês) aos países-membros da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), entidade da ONU responsável pela fiscalização do programa nuclear iraniano. As imagens são referentes ao complexo militar de Parchin, perto de Teerã. Na última vez em que estiveram no Irã, há dois meses, observadores internacionais não tiveram autorização para entrar na base.
Países ocidentais afirmam que o Irã construiu uma câmara de testes nucleares em Parchin que não tem uso civil, apenas militar. Desenhos do aparelho chegaram a ser vazados à imprensa e um ex-inspetor da AIEA afirmou que as características da câmara são semelhantes a de outros aparelhos usados pelos cientistas iranianos. Teerã, porém, nega a acusação.
Uma das imagens apresentadas ontem foi registrada no início de abril e mostra dois pequenos prédios próximos da câmara de testes. Na foto seguinte, de 25 de maio, os mesmos prédios não aparecem mais, em um claro sinal de que foram demolidos. Além dessa alteração, há indicações de uso de veículos e máquinas pesadas em uma estrada de terra em direção ao local.
O governo de Teerã, por meio de seu representante na AIEA, Ali Ashgar Soltanieh, negou as acusações dizendo que "essas alegações não passam de barulho e não têm base nenhuma".
O Isis, em seu relatório, não diz que as imagens comprovam que o Irã está desenvolvendo armas nucleares. Apenas confirma, de acordo com o instituto, que o regime de Teerã tentou esconder algo ao demolir os dois pequenos prédios em algum momento nos últimos 50 dias.
"Essas atividades levantam novas preocupações em relação aos esforços iranianos para destruir evidências de supostas tentativas anteriores de militarizar seu programa nuclear", disse David Albright, presidente e fundador do centro de pesquisa. As imagens foram compradas pelo Isis do satélite DigitalGlobe.
Ao longo dos últimos anos, os inspetores da AIEA tentam sem sucesso visitar o complexo. A entidade com base em Viena já havia indicado no passado que Parchin teria sido usada para "uma série de atividades". O governo do Irã nega as acusações e diz que "não há nada de especial neste complexo militar".
Encontro. O anúncio de imagens suspeitas ocorre pouco depois de um encontro em Bagdá entre autoridades de Teerã e enviados do P5+1, grupo composto pelos cinco membros permanentes do Conselho de Segurança, mais a Alemanha, para tentar negociar uma saída para o programa nuclear iraniano. Apesar de declarações bem intencionadas dos dois lados, houve pouco avanço.
Os EUA e seus aliados europeus acusam o Irã de ter um programa de desenvolvimento de armas nucleares. Os iranianos negam e dizem que buscam apenas desenvolver tecnologia para uso civil, em acordo com o Tratado de Não Proliferação Nuclear (TNP), do qual Teerã é signatária.
A partir do próximo mês, Teerã será alvo de duras sanções contra o seu banco central e também contra as suas vendas de petróleo.
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