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quinta-feira, 3 de maio de 2012

míssil antinavio Exocet MM40 com motor de fabricação brasileira


Estivemos hoje na coletiva de imprensa realizada pela Marinha do Brasil, MBDA e Avibras realizada no Rio de Janeiro. O evento contou com a presença de Patrick de La Revelière, vice-presidente de vendas para a América Latina da MBDA, do vice-almirante (Ref) Ronaldo Fiuza de Castro, Gerente de Programa de mísseis superfície-superfície da MB e de Sami Youssef Hassuani, presidente da Avibras.
Durante a coletiva foi revelado que o primeiro míssil antinavio Exocet MM40 com motor de fabricação brasileira foi disparado com sucesso no dia 18 de abril de 2012, pela corveta Barroso  (V34), também de construção nacional.
Foram feitas apresentações pelos representantes da MB, MBDA e Avibras sobre o desenvolvimento do motor nacional do míssil e a cooperação francesa no programa.
O vice-almirante Fiuza discorreu sobre a decisão da Marinha de nacionalizar a propulsão dos mísseis Exocet de seu inventário, pois o motor é perecível com o passar do tempo e a MBDA já descontinuou a produção desses mísseis, já que produz versões mais modernas com outro tipo de propulsão.
Segundo o almirante, “quem produz o motor foguete pode pensar em desenvolver seus próprios mísseis”.
A MB solicitou à MBDA a cooperação para o projeto de uma nova propulsão e esta escolheu como parceiro brasileiro a Avibras, que já tinha vasta experiência na produção de foguetes.
Foi destacado que o novo motor não é produto de engenharia reversa: ele foi desenvolvido do zero seguindo as especificações fornecidas pela MBDA. É a primeira vez que a MBDA ajuda uma empresa estrangeira num projeto desse tipo.
Engenheiros da MBDA cooperaram com os engenheiros da Avibras no projeto e fabricação do novo motor. Cerca de 300 engenheiros e técnicos da Avibras trabalharam durante 2 anos em tempo integral na produção e certificação do motor.
Foram feitas de 30 a 40 certificações com o motor funcionando em bancada de testes e no dia 18 de abril foi feito o primeiro lançamento a partir de um navio.
Os mísseis da MB deverão ser todos remotorizados até o final de 2013. Até lá, também será possível estabelecer a vida útil dos motores que estão sendo testados pelo método de envelhecimento acelerado.
Os resultados obtidos nos testes foram melhores do que o esperado, com o motor superando as características do motor original. O tempo de queima do “sustainer” (o motor que leva o míssil até o alvo, depois da queima do “booster”, que faz a primeira impulsão) chegou a 270 segundos. O motor original tem tempo de queima de 240 segundos.
O míssil lançado pela corveta Barroso no dia 18 de abril foi disparado contra um alvo no limite do alcance, a uma distância de 38 milhas (70km).
Patrick de La Revelière salientou a importância da Mectron no processo de validação do primeiro lançamento. A empresa forneceu o equipamento de telemetria instalado no míssil que permitiu a coleta dos parâmetros do motor  durante o voo até o alvo.
A Marinha do Brasil espera agora poder atender a demanda de clientes internacionais que utilizam centenas de mísseis MM40 das primeiras versões. Os mísseis AM39 lançados de helicópteros também terão seus motores substituídos e será feita a integração com os helicópteros EC725.
A MBDA, por sua vez, tem grande interesse em cooperar com o Brasil, de olho nas futuras aquisições de mísseis Exocet SM39 para os submarinos SBR e também de mísseis Aster para as futuras fragatas do Prosuper. Segundo Patrick de La Revelière, a cooperação com a Avibras pode ser vista como uma espécie de antecipação de “off-sets”.

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Ministério da Defesa inicia Operação Ágata 4 com efetivo de 8,5 mil militares na região Norte


Manaus, 02/05/2012 – Com a participação de 8,5 mil militares e uma centena de agentes civis, o Ministério da Defesa deu início na manhã desta quarta-feira à Operação Ágata 4 – a maior ação conjunta das Forças Armadas – na região Norte, na fronteira com Venezuela, Suriname, Guiana Francesa e Guiana. Nas próximas semanas, tropas da Marinha, do Exército e da Aeronáutica, com a participação da Polícia Federal e da Força Nacional de Segurança Pública, entre outros, estarão patrulhando uma área de cinco mil quilômetros entre a foz do Rio Oiapoque ao município de Cucuí, no estado do Amazonas.
Desta vez, a Ágata será executada a partir do Comando Militar da Amazônia (CMA) e terá, como nas edições anteriores, ações de cunho social, uma vez que a população ribeirinha enfrenta problemas com as cheias do rio Negro e seus afluentes.Ontem (1º), um hospital de campanha da Força Aérea (foto acima) zarpou do 7º Comando Aéreo Regional (Comar) para prestar atendimento aos moradores do distrito de Moura e do município de Barcelos, na região metropolitana de Manaus. Montado numa balsa, o hospital tem capacidade de atender entre 350 e 400 pacientes por dia.
Sob a coordenação do Estado-Maior Conjunto das Forças Armadas (EMCFA), a Operação Ágata integra o Plano Estratégico de Fronteiras (PEF), lançado em junho do ano passado pela presidenta Dilma Rousseff. Em 2012, a presidenta autorizou a realização de três edições da operação.
O vice-presidente da República, Michel Temer, e o ministro da Defesa, Celso Amorim, devem visitar pontos da Ágata dentro dos próximos dias. No âmbito do PEF, existem duas mobilizações de patrulhamento da fronteira: a Ágata, de caráter pontual, com data marcada para começo e término; e a Operação Sentinela, comandada pelo Ministério da Justiça, que constitui uma ação de caráter permanente nas divisas do Brasil com os países sul-americanos.
Ágata 4
A partir de estudos detalhados, o EMCFA decidiu realizar a quarta edição da Operação Ágata numa área que abrange os estados do Amazonas, Pará, Amapá e Roraima. Militares e civis buscarão alvos como garimpos irregulares, pistas clandestinas, ações de madeireiros, tráficos de drogas e pessoas, bem como demais crimes contra o meio ambiente.
Ontem, as equipes que participam da missão se reuniram na sede do CMA. Coube ao general-de-brigada Franklimberg Ribeiro de Freitas, chefe do Centro de Operações do CMA, dar as diretrizes para o início da operação. Segundo relato do general, essa edição da Ágata vem sendo elaborada nos últimos meses com a participação de entidades militares e civis. No desenrolar da operação, oficiais da França, da Venezuela e dos demais países da região de fronteira atuarão como observadores das missões.
“Estamos efetivamente prontos para o início da operação. Atuaremos de forma integrada com as demais forças e entidades participantes”, anunciou Franklimberg.
Em seguida, foram repassadas instruções operacionais, bem como a divulgação do cronograma da missão. Depois, o chefe do Comando Militar da Amazônia, general-de-exército Eduardo Dias da Costa Villas Bôas, deu ênfase à transparência da operação e afirmou que o comando da Ágata 4 vai privilegiar a divulgação das ações e seus resultados na mídia nacional, regional e local.
Outra ação do general Villas Bôas ocorre nesta quarta-feira, na sede do CMA, com a participação de entidades representativas da sociedade da região amazônica. Foram convidados o governador Omar Aziz; o prefeito de Manaus, Amazonino Mendes; parlamentares; empresários; e dirigentes sindicais para uma reunião que tem por objetivo apresentar a Operação Ágata 4.
Hospital de campanha
ImagemAlém da presença militar nas fronteiras, a Operação Ágata 4 tem previstas ações sociais. Ontem, o hospital de campanha da Força Aérea Brasileira (FAB) deixou o píer do 7º Comar e se deslocou para o município de Barcelos, a 490 quilômetros de Manaus. Até 9 de maio, uma equipe de 38 profissionais do serviço médico atenderá moradores nas especialidades de clínica médica, ginecologia, geriatria, pediatria, odontologia, ortopedia e dermatologia. O hospital tem condições de realizar exames de raio-X, ultrassonografia e hemogramas. Os resultados são fornecidos de imediato.
“Caso sejam comprovadas doenças mais graves, os pacientes serão encaminhados a centros médicos de Manaus”, afirmou o tenente-coronel médico Roberto Thury, comandante do hospital de campanha. Ele informou que os equipamentos já foram usados em tragédias no Haiti e México, além do Paraná e Rio de Janeiro, nas enchentes mais recentes.
O comandante do 7º Comar, major-brigadeiro-do-ar Nilson Carminati, disse durante a solenidade de lançamento do navio-hospital que a integração do equipamento será de grande utilidade para as populações situadas nas regiões mais vulneráveis, onde predomina a ausência de assistência médica.
Além do hospital montado numa balsa, a Força Aérea Brasileira (FAB) emprega na Ágata 4 os seguintes equipamentos:
• aviões de alerta aéreo antecipado E-99, que utilizam radares para localizar voos clandestinos;
• caças A-29 Super Tucano capazes de perseguirem e interceptarem voos clandestinos e, desse modo, fazem com que as aeronaves pousem em locais determinados pela FAB;
• aviões de sensoriamento remoto R-99 que utilizam os modernos sensores para localizar pistas clandestinas utilizadas pelo narcotráfico;
• helicópteros H-60 Black Hawk podem decolar com equipe de medidas de controle de solo, especialmente treinada para deter tripulantes de voos ilícitos e preservar provas até a chegada da Polícia Federal;
• radares que se posicionam em pontos estratégicos na função de vasculhar os céus da fronteira em busca de aeronaves suspeitas.
Enchente no Amazonas
A Ágata 4 acontece no instante em que as cheias do rio Negro desalojam moradores na região metropolitana de Manaus e mais 24 cidades do Amazonas. Ontem, no bairro Educandos, na capital amazonense, moradores reclamavam da falta de atendimento. Numa das vielas, a doméstica Ângela Maria Magalhães Moreira contou que teve que abandonar um barraco de madeira com o marido e sete filhos porque a água invadiu a moradia.
O rio atingiu a cota de 29,20 metros, quase 54 centímetros para repetir as cheias de 2009, a maior tragédia nessa região. A funcionária autônoma Suelen Patrícia do Rego Silva – que se alojou com o marido e dois filhos na casa de vizinhos – queixa-se do fato de não poder trabalhar, pois tem de manter a vigília para não perder os móveis e eletrodomésticos.
Nascida nessa comunidade há 66 anos, Vitória Estevam da Silva contou que o lugar sempre teve problemas com as cheias. Ela lamenta a falta de empenho das autoridades. No momento, Vitória espera que a mobilização da Ágata 4 possa chamar a atenção para as necessidades da população e resolver por completo o estado de calamidade dos moradores...SEGURANÇA NACIONAL

Brasil se dispõe a participar de operação para libertar jornalista francês


Efe
BOGOTÁ - O ministro da Defesa, Celso Amorim, disse nesta quarta-feira, 2, em Bogotá que, caso se confirme que o jornalista francês Roméo Langlois está em poder das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) e o governo da Colômbia pedir, o Brasil estaria disposto a participar de uma missão humanitária para libertá-lo."Seria preciso saber se está sequestrado ou não, e o Brasil, como em outras ocasiões, se o governo colombiano assim requisitar, estaria disposto a participar de uma operação humanitária", afirmou Amorim ao término de uma reunião com seu colega colombiano, Juan Carlos Pinzón.
O ministro colombiano reconheceu que "há indícios" que Langlois possa estar em poder das Farc desde sábado, 28 de abril, quando desapareceu durante um combate entre policiais e militares com guerrilheiros no departamento de Caquetá.
"Se é assim, se as Farc realmente o têm em seu poder, estariam atentando contra a liberdade de imprensa, contra um jornalista, contra um civil e contra todas as normas do Direito Internacional Humanitário", declarou Pinzón.
Os dois ministros da Defesa se expressaram assim um dia depois que uma mulher, que disse ser guerrilheira, comunicou a jornalistas na área do suposto sequestro que as Farc mantêm o jornalista francês como "prisioneiro de guerra".
O ministro colombiano ressaltou também que as Farc estariam descumprindo seu compromisso de "não sequestrar", como anunciaram há alguns meses quando tornaram pública sua promessa de libertar todos os sequestrados que então tinham em seu poder.
O governo brasileiro emprestou em abril os helicópteros e as tripulações que participaram da operação de libertação dos dez últimos policiais e militares que as Farc mantinham sequestrados.
Quanto a Langlois não se sabe de seu paradeiro desde a noite de sábado, quando foi visto no meio do fogo cruzado entre guerrilheiros e forças de segurança que estavam realizando uma operação antidrogas na aldeia de Unión Peneya.
O jornalista havia viajado com os militares e os policiais para documentar a operação para o canal de televisão France 24, para o qual trabalha na Colômbia.
Nesses combates pelo menos um policial e três soldados morreram, enquanto Langlois desapareceu e aparentemente está ferido de bala em um ombro, segundo a suposta guerrilheira.
Os ministros da Defesa da Colômbia e do Brasil se reuniram hoje em Bogotá às vésperas de uma reunião da União de Nações Sul-Americana (Unasul) em Cartagena para examinar assuntos da agenda bilateral e regional em matéria de segurança, cooperação militar e integração.
Tanto o Brasil como a Colômbia defendem a criação de uma instância de luta contra o crime organizado transnacional no âmbito da Unasul, um dos temas em debate a partir de amanhã em Cartagena. 
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