sábado, 28 de janeiro de 2012
Ex-hacker brasileiro projeta miniaviões para encontrar carros roubados
VIGIA AÉREO: O modelo Vant, criado por Abreu Júnior, é versão compacta dos usados no Oriente Médio
O tempo não decide entre ensolarado, nublado e chuvoso na Ilha de Guaratiba — bairro do Rio de Janeiro a 45 km do centro. “É bom que a gente já vê se o aviãozinho se garante em qualquer clima”, diz o engenheiro Wanderley Abreu Júnior. É o primeiro teste oficial do seu Veículo Aéreo Não Tripulado (doravante, Vant). Quem olha não dá nada. O aeromodelo mede 1,60 m da ponta de uma asa à da outra e pesa 750 g, mas tem versões maiores — de 3,5 kg e de 20 kg. O design também não é o forte, mas isso não parece preocupar Abreu Júnior. Seu negócio não é fabricar as aeronaves, mas o sistema de câmeras e sensores infravermelhos que as transforma em robôs de vigilância e monitoramento de tráfego.
Os Vants desenvolvidos pelo brasileiro são bem diferentes daqueles que ficaram conhecidos por custarem milhões de dólares e participarem de ações militares como a Guerra do Afeganistão e a captura de Bin Laden. Fazem parte de uma nova leva de veículos mais baratos, com menos recursos e projetados para o uso civil. Abreu Júnior não está só. A polícia da Austrália já recomendou ao governo que adote esse tipo de equipamento na busca por automóveis roubados, e a Inglaterra planeja empregar Vants durante as Olimpíadas para patrulhar bancos, motoristas com “comportamento antissocial” e manifestantes. Esse tipo de Big Brother aéreo é também o objetivo do brasileiro. Seus aviões poderão monitorar o trânsito, auxiliar na busca de veículos suspeitos e no controle das fronteiras de propriedades rurais. O software do equipamento é preparado para, por exemplo, identificar a placa de um carro roubado e fornecer a sua localização à polícia.
Não é de hoje que Wanderley Abreu Júnior está envolvido com tecnologia de segurança. Ele ficou famoso no começo dos anos 2000 por ter ajudado a Procuradoria da República a desmontar redes de pedofilia. Filho de um engenheiro eletrônico em telecomunicações, começou a hackear ainda na infância, quando adotou o apelido “Storm”. Um dia mostrou para o pai um material que tinha encontrado no site da CIA, e ele ficou desesperado: “Devolve essa porcaria!”. Mas, em vez de ser preso, o garoto era convidado por instituições invadidas para que cooperasse com o sistema de segurança — foi assim que conheceu a Nasa. A habilidade virou trabalho, ele abriu a empresa Storm Security, e começou a ajudar a polícia a apontar os crimes virtuais. “Virei parte do negócio. Cheguei a pular o muro de uma casa com os policiais para pegar um pedófilo.”
Os Vants desenvolvidos pelo brasileiro são bem diferentes daqueles que ficaram conhecidos por custarem milhões de dólares e participarem de ações militares como a Guerra do Afeganistão e a captura de Bin Laden. Fazem parte de uma nova leva de veículos mais baratos, com menos recursos e projetados para o uso civil. Abreu Júnior não está só. A polícia da Austrália já recomendou ao governo que adote esse tipo de equipamento na busca por automóveis roubados, e a Inglaterra planeja empregar Vants durante as Olimpíadas para patrulhar bancos, motoristas com “comportamento antissocial” e manifestantes. Esse tipo de Big Brother aéreo é também o objetivo do brasileiro. Seus aviões poderão monitorar o trânsito, auxiliar na busca de veículos suspeitos e no controle das fronteiras de propriedades rurais. O software do equipamento é preparado para, por exemplo, identificar a placa de um carro roubado e fornecer a sua localização à polícia.
Não é de hoje que Wanderley Abreu Júnior está envolvido com tecnologia de segurança. Ele ficou famoso no começo dos anos 2000 por ter ajudado a Procuradoria da República a desmontar redes de pedofilia. Filho de um engenheiro eletrônico em telecomunicações, começou a hackear ainda na infância, quando adotou o apelido “Storm”. Um dia mostrou para o pai um material que tinha encontrado no site da CIA, e ele ficou desesperado: “Devolve essa porcaria!”. Mas, em vez de ser preso, o garoto era convidado por instituições invadidas para que cooperasse com o sistema de segurança — foi assim que conheceu a Nasa. A habilidade virou trabalho, ele abriu a empresa Storm Security, e começou a ajudar a polícia a apontar os crimes virtuais. “Virei parte do negócio. Cheguei a pular o muro de uma casa com os policiais para pegar um pedófilo.”
Formado em Engenharia Mecatrônica na PUC-Rio (“a gente fazia muita guerra de robôs no laboratório”), e com pós no MIT (“colei demais de um chinês lá”), ele também trabalhou para a Agência Espacial Europeia em 2006, num projeto de criptografia para as redes da Otan. “Fazia gestão de falhas para sistemas que não podem parar e nem ser hackeados, como usinas nucleares.” Na Agência, os pesquisadores eram estimulados a desenvolver projetos. Foi aí que veio a ideia de projetar aviões não-tripulados de baixo custo, que decolou quando voltou ao Brasil, no final de 2007.
Durante os testes, Wanderley convidou o amigo Luciano Freitas de Agostinho para pilotar o avião. Além da pista de aeromodelos, Agostinho é dono da fábrica que havia produzido o aeromodelo de testes. “Eu não sou muito bom nisso, fico só com a tecnologia”, diz Abreu Júnior. Os dois bolaram um minissistema de aparelhos de navegação, com sensores de pressão, acelerômetro, GPS, um giroscópio (que ajuda na orientação do avião) e um tubo de pitot (instrumento para medir a velocidade do ar). Tudo colado artesanalmente com fita filamentosa.
O sistema é o mesmo nas versões maiores do Vant, a diferença fica no peso que os aviões podem sustentar, no tempo de voo e na decolagem — os menores não decolam sozinhos, precisam ser lançados. Ele explica que é possível controlar até 5 aviões de um computador e mostra vídeos de voos anteriores: numa tela, a imagem nítida captada pela câmera com zoom óptico de até 10 vezes; noutra, a rota especificada por pontos no GoogleMaps: tudo elaborado com softwares livres.
O Vant de Abreu Júnior é cria de um projeto militar da Companhia Europeia de Defesa Aeronáutica e Espacial com aplicações civis. A maior aeronave do projeto do ex-hacker tem autonomia de até 26 horas de voo e, além de monitorar carros e tráfego, pode levar cargas para dispersão química, em voos planejados para jogar agrotóxicos em uma fazenda. Outra aplicação prevista é disparar gás de pimenta sobre multidões descontroladas. Mas ele não quer vender o produto para militares: polícia sim, além de fazendeiros que desejem controlar as fronteiras de sua propriedade e companhias que gerenciam o trânsito.
O maior diferencial do projeto é o custo. A versão mais barata do aeromodelo será vendida por R$ 25 mil. Para o avião médio, o preço inicial será de R$ 100 mil (sem dispersão química nem câmeras com infravermelho) e o avião maior não sairá por menos que R$ 1,2 milhão. Ainda um preço ridiculamente baixo perto de versões militares como o caça Reaper, que custou US$ 10 milhões aos Estados Unidos.
Durante os testes, Wanderley convidou o amigo Luciano Freitas de Agostinho para pilotar o avião. Além da pista de aeromodelos, Agostinho é dono da fábrica que havia produzido o aeromodelo de testes. “Eu não sou muito bom nisso, fico só com a tecnologia”, diz Abreu Júnior. Os dois bolaram um minissistema de aparelhos de navegação, com sensores de pressão, acelerômetro, GPS, um giroscópio (que ajuda na orientação do avião) e um tubo de pitot (instrumento para medir a velocidade do ar). Tudo colado artesanalmente com fita filamentosa.
O sistema é o mesmo nas versões maiores do Vant, a diferença fica no peso que os aviões podem sustentar, no tempo de voo e na decolagem — os menores não decolam sozinhos, precisam ser lançados. Ele explica que é possível controlar até 5 aviões de um computador e mostra vídeos de voos anteriores: numa tela, a imagem nítida captada pela câmera com zoom óptico de até 10 vezes; noutra, a rota especificada por pontos no GoogleMaps: tudo elaborado com softwares livres.
O Vant de Abreu Júnior é cria de um projeto militar da Companhia Europeia de Defesa Aeronáutica e Espacial com aplicações civis. A maior aeronave do projeto do ex-hacker tem autonomia de até 26 horas de voo e, além de monitorar carros e tráfego, pode levar cargas para dispersão química, em voos planejados para jogar agrotóxicos em uma fazenda. Outra aplicação prevista é disparar gás de pimenta sobre multidões descontroladas. Mas ele não quer vender o produto para militares: polícia sim, além de fazendeiros que desejem controlar as fronteiras de sua propriedade e companhias que gerenciam o trânsito.
O maior diferencial do projeto é o custo. A versão mais barata do aeromodelo será vendida por R$ 25 mil. Para o avião médio, o preço inicial será de R$ 100 mil (sem dispersão química nem câmeras com infravermelho) e o avião maior não sairá por menos que R$ 1,2 milhão. Ainda um preço ridiculamente baixo perto de versões militares como o caça Reaper, que custou US$ 10 milhões aos Estados Unidos.
1. BATERIA > Suporta até 1h50 de voo no aeromodelo. As versões maiores têm autonomia de até 26 horas (com o uso de gasolina e gerador) 2. TRANSMISSOR > No modelo de 20 kg, mantém comunicação num raio de até 40 km 3. GPS > Ajuda a determinar a direção e a altitude do aparelho |
Pentágono quer bomba mais poderosa contra o Irã, diz jornal
O Pentágono concluiu que a maior bomba convencional à disposição do Exército americano ainda não é capaz de destruir as fortificações subterrâneas do Irã e requisitou secretamente mais recursos para incrementá-las, informa neste sábado o jornal americano The Wall Street Journal citando autoridades informadas sobre o plano.
A bomba de 13,5 toneladas MOP (Massive Ordnance Penetratro, em inglês) é atualmente o artefato convencional mais avançado dos Estados Unidos e foi desenhado para destruir as mais fortificadas instalações nucleares da Coreia do Norte e do Irã. No entanto, segundo o WSJ, testes apontam que ela não é capaz de destruir completamente algumas instalações iranianas, seja por causa da profundidade destas ou pelo fato de o Irã ter incrementado a proteção.
Em decorrência desta insuficiência, o Pentágono teria solicitado secretamente US$ 82 milhões adicionais para tornar a bomba MOP mais eficiente – US$ 330 milhões já foram gastos para desenvolver 20 destas bombas, segundo o jornal americano. A solicitação faz parte de um plano de contingência para um possível ataque ao programa nuclear iraniano, disseram ao WSJ autoridades americanas.
Em entrevista publicada na quinta-feira pelo mesmo jornal, o secretário de Defesa dos EUA, Leon Panetta, reconheceu que a bomba é insuficiente contra bunkers iranianos instalados em grandes profundidades, mas afirmou que as atuais já seriam suficientes para provocar “grandes danos” e que o artefato ainda está sendo desenvolvido para conseguir destruir qualquer instalação nuclear do país oriental. “Eu estou confiante, francamente, que nós teremos esta capacidade e teremos em breve”, disse Panetta.
De acordo com a agência de notícias BNO News, uma instalação nuclear iraniana visada pelos EUA está encravada a 61 m de profundidade em uma montanha na região de Fordow. Atualmente, a bomba MOP já tem a capacidade de penetrar esta distância antes de explodir, mas fatores como a densidade do solo e tipos de rocha e pedra no caminho podem diminuir a efetividade do artefato. Segundo a agência, alguns especialistas acreditam que apenas uma bomba nuclear seria capaz de destruir instalações como esta.
Em declarações recentes, o presidente americano, Barack Obama, expressou que acredita que sanções internacionais sejam capazes de frear o programa nuclear iraniano. No entanto, Obama já solicitou opções militares ao Pentágono, segundo o WSJ.
Asteroide do tamanho de ônibus passou perto da Terra nesta sexta
Efe
Um asteroide do tamanho de um ônibus passou de raspão pela Terra na noite desta sexta-feira, 27, informou o serviço de acompanhamento de asteroides da Agência Espacial Americana (Nasa).
JPL-Caltech/Nasa
Segundo calcularam os astrônomos da Nasa, o objeto viaja a 9,9 quilômetros por segundo
O asteroide 2012 BX34 esteve a 60 mil quilômetros do planeta, um quinto da distância para a Lua, mas não apresentou risco de colisão, afirmaram os especialistas por meio do Twitter. Ainda assim, foi um dos objetos espaciais a chegar mais próximo da Terra.
"Não conseguiria passar intacto por nossa atmosfera", explicaram os cientistas do Observatório de Asteroides da Nasa.
Segundo calcularam os astrônomos, o asteroide mede cerca de 11 metros de diâmetro e viaja a 9,9 quilômetros por segundo, mas ainda assim foi catalogado dentro da categoria de "objetos pequenos".
"Asteroides tão pequenos como este são difíceis de detectar e felizmente não causam a menor preocupação. Nosso objetivo é encontrar os maiores", acrescentaram.
A Nasa detecta e rastreia habitualmente os asteroides e cometas que passam perto da Terra usando telescópios terrestres e espaciais por meio do programa "Spaceguard", para averiguar se algum deles poderia ser potencialmente perigoso para o planeta.
Em 2009, lançou o satélite explorador infravermelho (Wise, na sigla em inglês) com a missão de detectar a presença de objetos próximos à Terra, que permitiu elaborar um completo mapa de asteroides.
Segundo dados publicados pela Nasa em setembro do ano passado, há 19 mil e 500 asteroides de tamanho médio vagando perto da Terra.
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