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segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

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Irã Guerra da Marinha Clipe

Rússia prepara exercícios militares no Cáucaso


O ministério da Defesa russo começou os preparativos para novos exercícios estratégicos de postos de comando, em uma operação batizada de Cáucaso-2012. De acordo com um relatório oficial do ministério, contrariamente às manobras do ano passado, neste ano os exercícios, que serão realizados em setembro, serão mais abrangentes e mais ajustados às realidades político-militares existentes e abrangerão o sul da Rússia, Abkházia, Ossétia do Sul e Armênia.
Deverão incluir, entre outras atividades, o treinamento de operações militares em um contexto de uma eventual guerra dos EUA e vários outros países contra o Irã e de outros conflitos possíveis na região do Mar Cáspio e no Cáucaso Meridional.

Ao contrário dos exercícios anteriores, as próximas manobras serão de importância estratégica, isto é, envolverão todas as forças armadas, incluindo a Força Aérea, Marinha, tropas de mísseis estratégicos, defesa aeroespacial e tropas de desembarque aéreo, além de unidades do ministério do interior, serviços federais de segurança, ministério para as situações de emergência e várias outras entidades. Em outras palavras, os exercícios de 2012 irão envolver toda a estrutura militar do país.
Um dos principais objetivos será o treinamento de operações no âmbito de uma guerra centrada em redes, com a utilização de todos os meios de comunicação e reconhecimento eletrônico e via satélite, aeronaves não tripuladas, armas de precisão e novos sistemas de controle automatizados.
Essa informação foi divulgada oficialmente pela primeira vez pelo chefe do Estado-Maior, general Nikolai Makárov, durante uma reunião com adidos militares de países estrangeiros, em dezembro do ano passado.
Segundo fontes oficiais da Região Militar do Sul, cerca de vinte veículos de comando modernizados equipados com o sistema de navegação via satélite Glonass já chegaram às unidades militares aquarteladas no Cáucaso Setentrional.  O sistema Glonass foi instalado também em unidades de artilharia e defesa antiaérea e em todos os novos helicópteros e aviões da Região Militar do Sul destinados a realizar missões de reconhecimento na zona de responsabilidade do comando militar do sul. Além disso, a Região Militar do Sul recebeu um novo sistema de controle do espaço aéreo, o Branaul-T, que já entrou em serviço e monitora o espaço aéreo sobre a Rússia e o Cáucaso Meridional. O novo sistema é extremamente importante, pois a 102ª base militar russa instalada na Armênia está separada da Região Militar do Sul.
Segundo o diretor do Centro de Previsões Militares, Anatóli Tsiganók, os “preparativos para os exercícios Cáucaso-2012 começaram agora, devido, em grande medida, ao aumento da tensão na região do Golfo Pérsico”. “Como uma eventual guerra contra o Irão poderá envolver algumas das ex-repúblicas soviéticas do Cáucaso Meridional, o Estado-Maior terá de elaborar medidas preventivas e aprender a organizar o apoio logístico às tropas, especialmente aquelas estacionadas no exterior, como, por exemplo, na Armênia”, completou.
Como prova disso, Tsiganók citou a recente declaração do assessor de imprensa da Região Militar do Sul, Ígor Gorbúl, de que, no âmbito dos preparativos para os exercícios Cáucaso-2012, as tropas dutoviárias, pertencentes às unidades logísticas, começaram a treinar as operações de montagem de condutas tubulares e transporte de combustível. A Rússia é o único país do mundo a possuir tropas dutoviárias. Durante as manobras táticas de junho de 2011, as unidades dutoviárias russas montaram uma conduta tubular de 75 km de extensão entre a aldeia de Ardon, na Ossétia do Norte, e a fronteira com a Ossétia do Sul.
Embora os exercícios Cáucaso-2012 se realizem de acordo com o calendário de treinamentos militares existente, isso “não significa que eles não sejam ajustados conforme uma situação político-militar concreta no Cáucaso, onde a Rússia tem determinados interesses geopolíticos”, acredita o presidente da Academia de Problemas Geopolíticos, general Leonid Ivashov. “É para defender seus interesses que a Rússia realiza esses e outros exercícios militares”, completou.


Aeronáutica avança na tecnologia de lançadores


“O Brasil concluiu importante etapa no processo de desenvolvimento de motores para foguetes movidos a combustível líquido, tecnologia utilizada há vários anos pelos principais veículos lançadores de satélites no mundo. Os propulsores líquidos também são usados em satélites de sensoriamento remoto, meteorológicos e de comunicação para realizar manobras de correção de órbita.

Por Virgínia Silveira

Apesar da escassez de recursos financeiros e humanos que o setor aeroespacial enfrenta, o primeiro motor brasileiro a combustível líquido foi testado com sucesso, em dezembro, no Instituto de Aeronáutica e Espaço (IAE), órgão de pesquisa do Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial (DCTA/FAB/MD).
small;">"Realizamos teste de qualificação em solo do primeiro motor, batizado de L5 e projetado para operar com oxigênio líquido e etanol", explica o pesquisador e chefe da subdiretoria de espaço do Instituto de Aeronáutica, coronel Avandelino Santana Junior. O próximo passo do projeto é o lançamento em voo, que deverá ser feito primeiro em um foguete de sondagem suborbital.

O domínio dessa tecnologia é uma das prioridades que o governo federal estabeleceu em decreto, em dezembro de 2008, na “Estratégia Nacional de Defesa” (END) para o setor espacial brasileiro. Segundo Santana Junior, o Brasil precisa evoluir a tecnologia dos seus lançadores, pois o atual Veículo Lançador de Satélites (VLS-1), que usa combustível sólido, não tem capacidade para atender todas as futuras missões do programa espacial, como o satélite geoestacionário, que será comprado pelo país até 2014.

VLS-1

Além de dominar tecnologia mais avançada na área de lançadores, o projeto desse motor tem como objetivo substituir o atual quarto estágio do foguete brasileiro VLS-1 em suas futuras versões. O próximo VLS-1, que será lançado ao espaço entre o fim deste ano e início de 2013, ainda usará o motor de propulsão sólida.

Com combustível de maior eficiência energética, segundo o pesquisador, ao invés de lançar um satélite de 115 quilos a 750 quilômetros de altitude, o VLS-1 poderá colocar um satélite de 200 quilos em órbita da Terra e de maneira mais precisa. Para se ter ideia da potência do novo motor, o L5 tem força para empurrar um bloco de meia tonelada. Além disso, o propulsor líquido tem a capacidade de interromper e reiniciar o lançamento, sem a necessidade de destruir o foguete, como acontece com o foguete movido a combustível sólido.

O custo de produção também é vantajoso, pois Santana Junior calcula que o motor do quarto estágio do VLS-1 chega a ser oito vezes mais caro que o L5. Além disso, afirmou que um quilo de hidrazina custa 20 vezes mais que um quilo de etanol [usado peloL5]. A hidrazina é um dos combustíveis líquidos que serão usados pelo foguete ucraniano Cyclone-4, que está sendo desenvolvido pela binacional ACS (Alcantara Cyclone Space), criada pelo Brasil e Ucrânia.

Além da questão do custo, a seleção do etanol e do oxigênio líquido para o motor L5 usou, como critérios, a segurança no manuseio, o baixo nível de fuligem e a não agressividade ao meio-ambiente. O objetivo era, principalmente, ter à disposição um combustível no mercado nacional que garantisse independência do Brasil em relação aos mercados externos, disse Santana Junior.

O VLS-1 usa o perclorato de amônio, produzido pela Usina Coronel Abner, mantida pela Aeronáutica, enquanto o polibutadieno (PBLH) teve sua produção descontinuada no Brasil e passou a ser importado.

[OBS deste blog ‘democracia&política’: coerente com o processo de desmantelamento e redução do Estado brasileiro e de seus setores estratégicos, conduzido pelos governos “neoliberais” Collor e FHC/PSDB por razões ainda não completamente reveladas e em benefício de potências e grupos estrangeiros, a Petroflex, que fabricava o elastômero PBLH, foi privatizada nos anos 90 e vendida a um grupo alemão, o qual, como já esperado, decidiu descontinuar a fabricação do produto no Brasil. Foi “golpe destruidor certeiro”, pois todos os foguetes fabricados e utilizados pelas Forças Armadas brasileiras adotam propelente sólido à base de PBLH. A importação pelo Brasil é muito difícil, por conta de rigorosos embargos impostos, especialmente, pelos EUA. Somente agora, o Brasil recupera essa capacidade. A Avibrás deverá fabricá-lo, em nova Unidade industrial em Lorena-SP; ver postagem imediatamente acima deste blog intitulada: “NOVA FÁBRICA DA AVIBRAS VAI CUSTAR R$ 46 MILHÕES”. Esse processo de desmantelamento do Estado brasileiro também foi direcionado, na década de 90, para a destruição do nosso  desenvolvimento espacial no tocante a foguetes de sondagem científica, veículos lançadores de satélites e centros de lançamento].

O pesquisador disse que há interesse em usar combustíveis líquidos também nos estágios superiores do novo foguete VLM (Veículo Lançador de Microssatélites), em fase de desenvolvimento, para dar prioridade ao uso de tecnologias limpas. O IAE também estuda outras opções de combustível verde para o VLM.
VLM, VLS-1 e VLS Alfa

PROJETO REQUER PARTICIPAÇÃO DE FABRICANTES BRASILEIROS

O domínio da tecnologia de propulsão líquida em motor-foguete de pequeno porte significa etapa importante em direção ao desenvolvimento de motores maiores. O primeiro passo foi dado pela Aeronáutica com o desenvolvimento do projeto do motor L75, que funcionará com oxigênio líquido e querosene, com força para empurrar 7,5 toneladas. Mas a indústria nacional já está envolvida no processo de fabricação de componentes para o novo motor L5.
Motor L75

O modelo L75 será pressurizado por turbobomba - um conjunto de turbina e bomba, com a função de injetar, sob pressão, o combustível e o oxidante na câmara de combustão. O nível de empuxo (força) foi escolhido para atender ao foguete VLS Alfa, primeiro veículo da nova geração brasileira de lançadores de satélites, denominada Cruzeiro do Sul. O VLS Alfa será capaz de lançar satélites com massa superior a 400 quilos em órbitas equatoriais de 400 quilômetros.

Um dos requisitos para o desenvolvimento desse veículo é o envolvimento da indústria em todas as fases de produção, principalmente na parte de propulsão líquida: turbobomba, câmaras de combustão, injetores, válvulas e reguladores de vazão e pressão, diz o coronel Avandelino Santana Junior, pesquisador do Instituto de Aeronáutica.

A empresa “Fautec” produziu a câmara de combustão; a “Laser Tools”, os injetores de combustível; e a “Brasimet”, o cabeçote de injeção. O etanol é comprado no mercado brasileiro e o oxigênio líquido pode ser fornecido por diferentes empresas, como AGA e White Martins.

A “Orbital Engenharia” está desenvolvendo, em parceria com a Aeronáutica, um sistema de alimentação de motor-foguete para propulsores líquidos como o L5, com a função de fornecer combustível e oxidante para os motores-foguetes movidos a combustível líquido. Os recursos para o projeto, avaliados em R$ 2 milhões, foram repassados pela “Financiadora de Estudos e Projetos” (FINEP). A "Orbital" vai produzir tanques de fibra de carbono e de alumínio, válvulas, reguladores, filtros, tubulação e suporte para fixação do motor.

O laboratório da Aeronáutica foi montado em 2005, após a formação do primeiro curso de especialização em propulsão líquida realizado noInstituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA/FAB/MD), com a participação de professores do “Moscow Aviation Institute”. Dos 18 especialistas formados, 14 permanecem no laboratório. Para Santana Junior, o ritmo de desenvolvimento ainda é lento por falta de recursos financeiros e humanos.”

FONTE: reportagem de Virgínia Silveira para o jornal “Valor Econômico”. Transcrita no portal da FAB  (http://www.fab.mil.br/portal/capa/index.php?datan=16/01/2012&page=mostra_notimpol) [imagens do google e trechos entre colchetes adicionados por este blog ‘democracia&política’].

Porta-aviões dos EUA cruza Estreito de Ormuz


O porta-aviões dos Estados Unidos USS Abraham Lincoln cruzou no domingo o Estreito de Ormuz e chegou ao Golfo Pérsico, informou o Pentágono. O fato acontece semanas após o Irã ameaçar fechar a estratégica rota marítima em represália às sanções impostas pelos países ocidentais à economia do país.
"USS Abraham Lincoln completou um trânsito regular e de rotina pelo Estreito de Ormuz para realizar operações previstas de segurança marítima", disse o porta-voz do departamento de Defesa, John Kirby, àAFP em um e-mail. "O trânsito foi completado como estava previsto e sem incidentes".
O porta-aviões, que pode transportar até 80 aviões e helicópteros, foi escoltado pelo cruzador de mísseis USS Cape St. George e por dois destroyers.
Mais cedo, o ministério da Defesa do Reino Unido informou que uma fragata britânica e um navio francês se uniram ao grupo do porta-aviões para cruzar o estreito.
Apesar de barcos aliados costumarem participar de exercícios navais dos Estados Unidos, a presença britânica e francesa no estreito parece ser uma mensagem ao Irã sobre a determinação ocidental de manter aberta esta via marítima.