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segunda-feira, 26 de dezembro de 2011

Talibãs dizem que EUA fugirão do Afeganistão como os soviéticos

O movimento fundamentalista talibã declarou nesta segunda-feira que os Estados Unidos e seus aliados da Otan fugirão do Afeganistão assim como fez a União Soviética e advertiu que este não é um país no qual os invasores possam sobreviver.
Em mensagem divulgada por ocasião do 32º aniversário da invasão soviética, que no calendário ocidental é nesta terça, os talibãs destacaram que "os invasores atuais já têm a intenção de se retirar do Afeganistão para salvar sua pele mediante a fuga".
"Se for observada a sequência dos eventos, fica claro como água que o Afeganistão não é um país no qual os invasores podem sobreviver ou se instalar", afirmaram os fundamentalistas.
O movimento talibã denunciou que "três décadas depois da invasão do Exército Vermelho, os afegãos continuam sofrendo as consequências do pós-guerra" e defendeu a luta contra as forças da Otan presentes no território.
A resistência afegã à União das Repúblicas Socialistas Soviéticas (URSS) nos anos 1980 era formada por diversas facções mujahedins, que receberam apoio econômico e logístico dos Estados Unidos, Paquistão e Arábia Saudita.
Em 1989, após quase uma década de ocupação e milhares de soldados mortos, os soviéticos se retiraram do Afeganistão e começou no país uma sangrenta guerra civil entre as facções mujahedins.
No meio desta disputa emergiram os talibãs, que em 1996 tomaram Cabul e depois implantaram gradualmente seu regime fundamentalista em quase todo o território afegão.
Depois dos atentados de 11 de setembro perpetrados pela Al Qaeda, os talibãs se negaram a entregar Osama bin Laden - morto em maio desse ano no Paquistão -, que se escondia em seu território, e os EUA decidiram invadir o Afeganistão com o apoio da comunidade internacional.
As tropas americanas derrubaram rapidamente ao regime do mulá Omar, mas na última década os talibãs foram recuperando terreno e a guerra afegã está atualmente em um de seus momentos mais violentos desde seu início, em 2001.
Em julho, as forças da Otan também começaram a se retirar progressivamente do Afeganistão e a transferir o controle da segurança ao Exército e à Polícia afegãos.
Este processo deve terminar em 2014, caso se cumprem os prazos previstos.

Embraer apresenta pela 1ª vez jato executivo Legacy 500


Primeiro voo da aeronave está programado para o terceiro trimestre de 2012
Primeiro voo da aeronave está programado para o terceiro trimestre de 2012
Foto: Divulgação

A Embraer apresentou, pela primeira vez, seu jato executivo Legacy 500 no hangar da empresa em São José dos Campos (SP), na última sexta-feira. Segundo informações da assessoria de imprensa, agora os engenheiros de teste e de desenvolvimento poderão realizar ensaios em solo, antes do primeiro voo da aeronave, programado para o terceiro trimestre de 2012.
Conforme o diretor de programas da Embraer, Maurício Almeida, a entrega da aeronave permitirá que a empresa obtenha informações vitais durante os testes em solo, os quais serão utilizados para acelerar a campanha de testes em voo.
A aeronave é a primeira de três protótipos que serão usados nos testes de desenvolvimento, em solo, em voo e de certificação. Conforme a assessoria, o jato é equipado com dois motores turbofan Honeywell HTF 7500E, cada um com 6.540 libras de empuxo na decolagem, que permitirão à aeronave voar em cruzeiro de alta velocidade a Mach 0,82, bem como percorrer 5.600 km sem escalas, com quatro passageiros. O Legacy 500 acomoda 12 passageiros e conta com uma cabine de 1,82 m de altura e piso plano.

EUA: juiz responsabiliza Irã e Hezbollah por ataques de 11/9


Um juiz federal americano emitiu uma decisão judicial responsabilizando o Irã e o grupo radical islâmico Hezbollah pelos atentados de 11 de setembro de 2001, além do grupo terrorista Al-Qaeda e do antigo regime do Talibã no Afeganistão. O Tribunal Federal do Distrito Sul de Nova York publicou essa decisão nesta sexta-feira após a assinatura do juiz George Daniels. Segundo o tribunal, esta nova decisão envolve uma série de pessoas.
Entre os eles, figuram desde o já falecido Osama bin Laden, líder da Al Qaeda, até o líder supremo iraniano, o aiatolá Ali Khamenei. O ex-presidente iraniano, Ali Akbar Rafsanjani, os ministérios do Petróleo, de Comércio e de Defesa do mesmo país e o dirigente do talibã, Muhammad Omar, também estão envolvidos. Segundo o texto judicial, o juiz considera que o Irã "deu apoio direto e específico à Al Qaeda" para cometer os ataques de 11 de setembro de 2001 nos Estados Unidos contra as Torres Gêmeas, em Nova York, e contra o Pentágono, em Washington, os quais resultaram na morte de quase 3 mil pessoas. O juiz acrescenta que funcionários iranianos também estariam envolvidos no atentado contra uma entidade judia em Buenos Aires em 1994.
Segundo a decisão judicial, depois dos atentados até a atualidade, o Irã seguiu dando "apoio material e recursos à Al-Qaeda em forma de refúgio para seus líderes". Daniels também explica em sua sentença que a colaboração entre Teerã e a organização terrorista que Bin Laden dirigia incluía o ex-presidente Rafsanjani, o Exército iraniano, várias corporações estatais do setor petroleiro, o banco central e, inclusive, à companhia aérea nacional. "A acusação evidenciou várias conexões razoáveis entre o apoio material dado pelos acusados e os atentados de 11 de setembro. Desta maneira, a acusação estabeleceu que esses ataques foram causados pelo apoio material à Al-Qaeda dado pelos acusados", conclui o juíz.
A decisão judicial anunciada nesta sexta-feira foi emitida em resposta a uma reivindicação apresentada há quase uma década pela viúva de um homem que morreu nos atentados de 11 de setembro, a qual reivindica uma indenização de US$ 100 milhões pela morte de seu marido. A partir de agora, outro juiz será encarregado de tratar os assuntos pendentes deste caso e determinar se a indenização será recebida pela litigante.

Chefe militar de Guiné-Bissau reaparece e se reúne com governo


O chefe do Estado-Maior das Forças Armadas da Guiné-Bissau, Antonio Indjai, que teria sido vítima de uma insurreição, está nesta segunda-feira no Ministério da Defesa do país, onde vai se reunir com o governo da ex-colônia portuguesa.
Segundo a agência de notícias "Lusa", Indjai chegou ao Ministério em traje civil e acompanhado por cerca de 50 militares fortemente armados para se encontrar com os ministros de Defesa, Baciro Djá; Educação, Artur Silva; e Interior, Fernando Gomes.
A capital, Bissau, vive aparente calma após os disparos e movimentos militares ocorridos no começo da manhã de hoje, mas ainda não está claro o paradeiro do primeiro-ministro, Carlos Gomes Júnior, que segundo algumas fontes se refugiou em uma embaixada.
De acordo com a "Lusa", representantes de organizações cívicas relataram atividades militares "anormais" e detenções que despertaram o temor de um levante como o de abril do ano passado.
Fontes militares citadas pela agência portuguesa disseram que o general Indjai não foi detido por amotinados, como chegou a ser informado, mas estava em um quartel de uma tropa de elite e de lá tentava controlar a situação.
Um porta-voz de Indjai afirmou que o militar convocou todos os oficiais para uma reunião de emergência e tem intenção de fazer um discurso para todo o país assim que possível para explicar a situação.
O chefe do Estado-Maior da Armada, Bubo Na Tchuto, apontado em Bissau como rival de Indjai, convocou jornalistas para dizer que não tem ligação com os movimentos militares de hoje.
"Meu nome é sempre associado a confusões, mas posso dizer ao país que não tenho nada a ver com o que está acontecendo", declarou.
Segundo Na Tchuto, o general Indjai o chamou hoje para lhe perguntar os homens que tentaram atacar seu quartel estavam sob seu comando, e como resposta o informou que não tinha qualquer relação esse incidente.
Um dos países mais pobres da África, Guiné-Bissau sofreu vários golpes de Estado e levantes militares desde que se tornou independente de Portugal em 1973.
Embora em calma, Bissau registra hoje movimentos incomuns de veículos militares e reforço dos efetivos que patrulham os principais quartéis da cidade, incluindo a sede principal das Forças Armadas.
A "Lusa" informou que medidas similares são observadas no quartel da Força Aérea e no dos Paracomandos (força especial), próximo ao aeroporto. Apesar dos movimentos militares, a circulação de civis e veículos particulares é normal e muitas lojas estão abertas.
Um dos líderes do Movimento da Sociedade Civil de Guiné-Bissau, Luís Vaz Martins, disse à agência portuguesa de notícias que as atividades militares são mais uma "insubordinação" militar.
O último levante militar em Guiné-Bissau aconteceu no dia 1º de abril de 2010, quando um grupo de militares liderados por Indjai e Na Tchuto destituiu o então chefe do Estado-Maior das Forças Armadas, Zamora Induta, e reteve por várias horas o primeiro-ministro.
Indjai, que era o subchefe do Estado-Maior, substituiu Zamora Induta, e Na Tchuto, que fugira para Gâmbia após ser acusado de tentativa de golpe de Estado, foi reincorporado à cúpula militar.

Brasil bate Reino Unido e se torna 6ª maior economia do mundo, diz jornal


Clarissa Mangueira, da Agência Estado
SÃO PAULO - O Brasil superou o Reino Unido e ocupa agora o posto de sexta maior economia do mundo, reportou o jornal britânico The Guardian, citando uma equipe de economistas. A crise bancária de 2008 e a subsequente recessão deixou o Reino Unido no sétimo lugar em 2011, atrás da maior economia da América do Sul, que cresceu rapidamente no rastro das exportações para a China e Extremo Oriente.

O CEBR prevê que a Rússia e a Índia deverão se beneficiar de um aumento do crescimento durante os próximos 10 anos, levando a economia do Reino Unido a cair para a oitava posição. O órgão também estima que a economia francesa recuará num ritmo ainda mais rápido que a do Reino Unido, ficando com o nono lugar entre as maiores economias do mundo. Segundo o órgão, a Alemanha também declinará para a sétima colocação em 2020."O Brasil tem batido os países europeus no futebol por um longo tempo, mas batê-los em economia é um fenômeno novo. Nossa tabela de classificação econômica mundial mostra como o mapa econômico está mudando, com os países asiáticos e as economias produtoras de commodities subindo para a liga, enquanto nós, na Europa, recuamos", afirmou o chefe-executivo do Centro de Pesquisa para Economia e Negócios (CEBR, em inglês) do Reino Unido, Douglas McWilliams, segundo o jornal.
Perspectivas
A União Europeia continuará a ser o maior bloco comercial coletivo do mundo, embora uma recessão deva atingir o crescimento mundial no próximo ano, prevê o CEBR. Segundo o The Guardian, previsões recentes do centro apontam que o crescimento mundial recuará para 2,5% em 2012, uma revisão em baixa da previsão feita em setembro. O centro alertou, no entanto, que em um cenário envolvendo "a saída de um ou mais países da zona do euro, defaults soberanos e falência e resgate de bancos poderá provocar uma desaceleração ainda maior do crescimento da economia mundial em 2012, para 1,1%.
Já as economias emergentes, que viram seus mercados acionários despencarem nos últimos meses, à medida que os investidores avaliavam as consequências da crise do euro, vão recuperar a sua dinâmica, projeta o CEBR. Segundo o centro, a economia brasileira deverá crescer 2,5% em 2012, após avançar 2,8% neste ano. A China terá expansão de 7,6%, a Índia, de 6%, e a Rússia, de 2,8%.