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quinta-feira, 3 de novembro de 2011

Otan diz não ter intenção de intervir no Irã

 AE - Agência Estado
A Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) não tem intenção de intervir no Irã e apoia uma solução diplomática sobre a questão nuclear, disse nesta quinta-feira o general Anders Fogh Rasmussen, secretário-geral da aliança, após notícias de uma discussão em Israel sobre o lançamento de um ataque contra o país persa.
"Deixe-me enfatizar que a Otan não tem qualquer intenção de intervir no Irã", afirmou ele, em entrevista à imprensa. "É claro que nós apoiamos os esforços internacionais de buscar soluções diplomáticas e políticas para o problema do Irã", disse, exortando Teerã a cumprir as resoluções do Conselho de Segurança (CS) da ONU, que exigem a suspensão das atividades nucleares no país persa.
O jornal Haaretz, de Israel, divulgou nesta quarta-feira que o primeiro-ministro do país, Benjamin Netanyahu, estava em busca de apoio político para lançar um ataque militar contra o Irã, após dias de especulação sobre os planos para um ataque.
O jornal The Guardian, de Londres, informou que as Forças Armadas do Reino Unidos estavam intensificando os planos de contingência para o caso de os EUA optarem por uma ação militar no Irã. A edição desta quinta-feira citou fontes não identificadas do Ministério da Defesa que disseram acreditar que Washington poderia lançar ataques com mísseis às instalação iranianas - e poderia pedir ajuda militar para o Reino Unido.
O ministro das Relações Exteriores do Irã, Ali Akbar Salehi, afirmou nesta quinta-feira que estava "preparado para o pior" e advertiu os EUA sobre se postarem em "rota de colisão" com o país persa. "Os EUA, infelizmente, perderam a sabedoria e a prudência em tratar de assuntos internacionais. Depende apenas de poder. Eles perderam a racionalidade. Nós estamos preparados para o pior, mas esperamos que eles pensem duas vezes antes de se colocarem em rota de colisão com o Irã", disse ele.
As declarações do ministro foram dadas à margem de uma entrevista à imprensa na cidade líbia de Benghazi, quando ele foi questionado sobre reportagens de que Washington estaria acelerando os planos para um ataque contra o Irã em meio ao controverso programa nuclear do país persa.
Washington e outros potências ocidentais suspeitam que Teerã busca construir armas nucleares, o que o Irã nega, alegando que seu programa nuclear tem fins pacíficos. Jay Carney, porta-voz da Casa Branca, disse que "nós seguimos focados em um canal diplomático, uma rota diplomática para lidar com o Irã". As informações são da Dow Jones.

Nasa vigia formação de grande iceberg na Antártida


Efe
Observação de rachadura foi feita em voos de investigação feitos em outubro - Divulgação/Nasas
Divulgação/Nasas
Observação de rachadura foi feita em voos de investigação feitos em outubro
Santiago do Chile - Cientistas da Nasa (agência espacial americana) afirmaram nesta quinta-feira, 3, no Chile que vigiam a formação de um grande iceberg, de 880 quilômetros quadrados, produto de uma rachadura que se estende ao longo de 29 quilômetros na geleira da Ilha Pine, na Antártida.

A observação da enorme rachadura foi feita em voos de investigação realizados durante outubro pela equipe IceBridge, um conjunto de cientistas e técnicos da Nasa que analisam as mudanças nas camadas de gelo que cobrem a Antártida e a Groenlândia desde 2009.

"Nos voos observamos uma grande fissura que indica que um grande pedaço de gelo está prestes a partir. Trata-se de uma rachadura de 280 metros de largura e de 60 metros de profundidade, mais alta que a Estátua da Liberdade", declarou hoje à imprensa o chefe do projeto IceBridge, Michael Studinger, através de uma videoconferência.

O cientista ressaltou que a fissura sobre a geleira da Ilha Pine "faz parte do ciclo natural" de formação dos icebergs na área ocidental da Antártida - uma região "sensível", disse -, motivo pelo qual não acarreta risco ambiental em nível global.


"A rachadura não nos preocupa, faz parte do ciclo natural. Se ocorresse de forma mais frequente poderia causar problemas ambientais", explicou Studinger.


"Sabemos pouco da formação destes icebergs porque não observamos com frequência estes fenômenos. É primeira vez que sobrevoamos uma fissura tão grande. Esperamos que isto ajude a explicar como se formam para poder predizê-las", ressaltou Studinger, cujas pesquisas se prolongarão até 2015.

O projeto IceBridge, a maior pesquisa aérea das camadas de gelo do mundo, realiza medições anuais da elevação das geleiras na Antártica e na Groenlândia.

Com até seis aviões equipados com uma grande variedade de instrumentos de observação e medição, os cientistas da Nasa registram dados na estrutura das geleiras com o objetivo de determinar o impacto da mudança climática no derretimento destas extensas massas de gelo.

China conclui primeiro acoplamento de duas naves espaciais


Efe
PEQUIM - O primeiro acoplamento espacial de duas naves espaciais chinesas, a Shenzhou 8 e a Tiangong 1, foi concluído com sucesso nesta última quarta-feira, 2, durante a órbita dos dois veículos não-tripulados ao redor da Terra, segundo as imagens ao vivo exibidas pela emissora estatal chinesa "CFTV".
Acoplamento foi vistoriado da Terra com a ajuda de diversos centros de observação aeroespacial - CCTV via APTN/AP
CCTV via APTN/AP
Acoplamento foi vistoriado da Terra com a ajuda de diversos centros de observação aeroespacial
À 1h36 local de quinta-feira (15h36 de quarta-feira de Brasília), a Shenzhou 8 (que em mandarim significa barco divino), lançada nesta terça-feira, 1, se acoplou ao módulo Tiangong 1 (palácio celestial), em órbita desde 29 de setembro, quando ambas sobrevoavam o território da China.
A operação foi acompanhada por especialistas do programa espacial e políticos, que a presenciaram do Centro de Controle Aeroespacial de Pequim.
Controlada a partir da Terra com ajuda de diversos centros de observação aeroespacial chineses (e um situado no Paquistão), a ação durou cerca de meia hora. Nela, a nave Shenzhou se aproximou do módulo, entrou em contato com ele e, em seguida, o atraiu para perto. Por fim, desdobrou um sistema de ganchos e completou o acoplamento.
Boa parte da cúpula do Partido Comunista Chinês, incluindo o primeiro-ministro Wen Jiabao, observou a complexa operação no centro espacial - com exceção do presidente Hu Jintao, que se encontra na França para a Cúpula do Grupo dos 20 (G20, bloco das principais nações ricas e emergentes).
As duas naves permanecerão unidas orbitando ao redor do planeta durante 12 dias e se separarão no próximo dia 14, quando voltarão a realizar um segundo acoplamento experimental, este mais curto (dois dias), antes que a Shenzhou retorne à Terra.
O evento foi comemorado pelas autoridades de Pequim como um grande passo nos planos do regime de criar uma futura estação espacial permanente da China. O país considera este projeto uma prioridade, assim como a exploração da Lua, e espera iniciá-lo por volta de 2020.
Com este programa, a China, terceiro país a levar um astronauta ao espaço, quer demonstrar que possui tecnologia suficiente para trabalhar em bases permanentes no espaço, diante das objeções de alguns países - como os Estados Unidos - a que Pequim participe da Estação Espacial Internacional (ISS).

Nova geração de aviões não tripulados poderá ficar no ar por até 4 dias

O avião não tripulado mais eficiente já construído poderá ficar até quatro dias no ar e carregar aviões de combate a 65 mil pés de altitude. Esse é o cartão de visitas do The Phantom Eye, veículo produzido pela Boeing.



Movida a hidrogênio, a aeronave é desenhada para missões de vigilância e reconhecimento e tem com maior diferencial o fato de poder permanecer em altitudes elevadas.


A Boeing está desenvolvendo outro avião, também não tripulado e ainda sem nome, que poderá permanecer no ar por até 10 dias. O avanço da tecnologia das aeronaves do gênero indica ainda outro caminho para a indústria: a construção de aviões de combate não tripulados.


Ataque de avião teleguiado americano no Paquistão


Pelo menos três rebeldes morreram nesta quinta-feira (03/11/2011) em um bombardeio de um avião sem tripulação dos Estados Unidos em zonas tribais do nordeste do Paquistão.


O avião sem piloto disparou mísseis contra um conjunto de casas em Darpakhel Sarai, um reduto da rede afegã talibã Haqqani, perto de Miranshah, a principal cidade do distrito tribal do Waziristão do Norte, na fronteira com o Afeganistão.


"Pelo menos três rebeldes morreram", afirmou uma fonte dos serviços locais de segurança, em um balanço que foi confirmado por representantes dos serviços de inteligência.


De acordo com várias testemunhas, outro avião sem tripulação dos Estados Unidos havia disparado dois mísseis mais cedo contra o mesmo alvo, mas sem atingir o alvo.


A rede Haqqani é considerada pelos Estados Unidos o inimigo mais perigoso para as tropas da Otan no Afeganistão. (AFP)