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quarta-feira, 17 de agosto de 2011

Brasil-China – mais espaço e muito além do espaço


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Brasil-China – mais espaço e muito além do espaço
Por José Monserrat Filho chefe da Assessoria de Cooperação Internacional da
Na próxima segunda-feira, 22 de agosto, reúne-se em Beijing, China, a Subcomissão do Espaço da Comissão Sino-Brasileira de Alto Nível de Concertação e Coordenação (COSBAN). E na terça-feira, dia 23, também na capital chinesa, reúne-se a subcomissão de Ciência, Tecnologia e Inovação. O que as duas subcomissões aprovarem será levado à consideração da COSBAN, que tem reunião marcada para o início de setembro, em Brasília.
Agência Espacial Brasileira (AEB).
Estes encontros devem articular a implementação das decisões tomadas durante a viagem à China da presidente Dilma Rousseff, em 12 e 13 de abril, quando foi recebida pelo presidente chinês, Hu Jintao, com quem assinou um comunicado conjunto de 29 pontos.
Trata-se não apenas de um dos maiores parceiros comerciais do Brasil. “A China hoje é um vetor muito importante na ordem mundial. E quem não estiver de certa forma interagindo com a China, tende a ficar alienado desse movimento mundial”, notou muito bem, em julho passado, Segen Estefen, diretor de Tecnologia e Inovação da Coordenação de Programas de Pós-Graduação de Engenharia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (Coppe-UFRJ).
Na reunião de Beijing, em 22 de agosto, estarão em pauta não apenas os CBERS 3 e 4, mas também vários outros assuntos:
1) Os próximos passos da política de distribuição de imagens a países sul-americanos e africanos, a fim de se preparar a infraestrutura para a recepção das imagens do CBERS-3, com lançamento programado para outubro do ano que vem;
2) A decisão de lançar ou não o CBERS-4b;
3) Os projetos dos CBERS 5 e 6;
4) A construção conjunta do satélite SAR, equipado com radar de abertura sintética;
5) O apoio de estações terrestres do Brasil a voos tripulados da China (Missão Shenzhou); e
6) A construção do satélite BRICS
Serão também discutidas questões de política espacial internacional e a ideia de elaborar um programa decenal de cooperação espacial Brasil-China. Dois temas de cooperação espacial constam da pauta da Subcomissão de CT&I, que se reúne em 23 de agosto:
1) Criação do centro bilateral de pesquisas meteorológicas por satélite, unindo o INPE e o Centro Nacional de Meteorologia da Administração Meteorológica da China; e
2) Programas de mobilidade, capacitação e treinamento na área espacial, em parceria com os institutos de ensino e pesquisa da Academia de Ciências da China, com base, inclusive, no programa “Ciências sem Fronteiras”, lançado pelo governo brasileiro.
Outros acordos também firmados instituem programas de cooperação nas áreas de defesa, nanotecnologia, recursos hídricos, normas fitossanitárias, tecnologia agrícola e agricultura tropical.
O investimento chinês no Brasil, só nas áreas de CT&I, deve superar um bilhão de dólares, calcula o ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Fernando Pimentel. A Petrobras, por seu turno, assinou contratos com as empresas estatais chineses Sinopec e Sinochem para a exploração e aproveitamento de óleos de poços praticamente extintos.
Cooperação em nanociência, nanotecnologia e biotecnologia – A Subcomissão de CT&I examinará, agora no dia 23, uma pauta rica, em que despontam dois projetos:
1) Centro Brasil-China de Pesquisa e Inovação em Nanotecnologia, com a elaboração de um programa de trabalho em nanociência e nanotecnologia, incluindo-se o cronograma de atividades, a previsão dos recursos financeiros necessários, a lista da instituições, equipes de pesquisadores e empresas participantes;
2) Trabalho conjunto em genética de plantas entre o Laboratório Virtual da Embrapa (Labex), com sede na China, e a Academia de Ciências Agrárias da China. Em abril, durante a visita da presidente Dilma Rousseff à Beijing, a Embrapa assinou acordos de cooperação com duas Academias chinesas, a de Ciências (CAS) e a de Ciências Agrárias Tropicais (CATAS). Há, ainda, possibilidades de cooperação em biomedicina, genética humana e bioinformática.
Mudanças climáticas e tecnologias inovadoras para energia – Outro avanço cooperativo é o Centro China-Brasil de Mudança Climática e Tecnologias Inovadoras para Energia, que promoveu um seminário na Coppe-UFRJ, em 27 de julho último, com resultados especialmente úteis ao desenvolvimento de energias renováveis.
O centro, criado pela Coppe e pela Universidade de Tsinghua, principal instituição chinesa de engenharia, tem por missão formular estratégias e ações destinadas a subsidiar decisões dos dois governos nas áreas de energia e meio ambiente.
Em breve, a Coppe deve assinar acordo com uma grande empresa chinesa produtora de aerogeradores, que serão adaptados às condições brasileiras. Pesquisadores da Coppe também trabalham na China na produção de biocombustíveis, com ênfase no biodiesel a base de palma, tecnologia desenvolvida por chineses e dinamarqueses, passível de ser adaptada ao Brasil.
A cooperação Coppe-Universidade de Tsinghua pode resultar em transferência de tecnologia chinesa ao Brasil e de tecnologia brasileira à China. Cada parte com o direito de agregar valor à solução da outra. A China, em geral, é mais avançada em tecnologias de energia solar e eólica. Mas o Brasil também tem o que oferecer: a Coppe, por exemplo, trabalha com a geração de energia a partir de ondas e marés, que pode ser útil aos chineses. E os chineses estudam na Coppe a tecnologia de produção de petróleo em águas profundas, de que o Brasil é líder mundial.

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Exclusivo: Grupo Britânico BMT revela o seu projeto de SSK oceânico Vidar 36


Os escritórios de projetos navais britânicos BMT, acabam de revelar o seu mais novo projeto de um submarino diesel-elétrico que terá a possibilidade opcional de sistemas de propulsão AIP.  A BMT Defense Services, uma subsidiária do grupo TMO, revelou seu mais novo design o Vidar-36, um submarino de  3600 ton, o submarino será do tipo convencional SSK.
De acordo com James, um submarino de  3.600 toneladas preenche  uma importante lacuna do mercado e o grupo  TMO pretende acessá-lo. Navios nesta tonelagem e categoria são indicados para  países com orçamentos de defesa reduzidos, mas que possuem extensas áreas do oceano para patrulhar.
Segundo o porta-voz do grupo,  Philip James, a maioria dos submarinos diesel-elétricos são muito menores e variam entre 500 e 2.500 toneladas, enquanto que os submarinos nucleares começam em 5.000 toneladas. 
Simon Binns, direto de projeto da BMT, afirmou que uma das características principais do novo projeto reside na capacidade opcional do sistema de propulsão independente do ar, AIP, por sistemas de célula combustível alimentada por oxigênio líquido reformado e metanol. 
O sistema permitirá aos submarinos permanecerem submersos por até quatro semanas, contrastando como os convencionais diesel-elétricos que precisam vir a superfície com mais freqüência para reabastecer e recarregar.
“Isso significa que estamos diminuindo o risco de detecção”, disse Binns.
Outra característica do projeto é a sua modularidade, que permite uma maior flexibilidade para as marinhas clientes, dando-lhes a possibilidade de incorporar os sistemas e recursos que necessitam. “Em vez de uma tradicional sala de torpedos,  o projeto inclui um espaço reconfigurável que pode acomodar diferentes tipos de torpedos e diferentes de mísseis”, disse Binns.
O Vidar-36 tem seis tubos de torpedose espaço para recargas de outros  18 torpedos, mísseis, ou até 36 minas.
Seu desenho é modular e pode integrar vários modelos de mastros de comunicação, o que permite a incorporação de sistemas mais modernos e mesmo as suas atualizações para tecnologias mais recentes.
O Navio será equipado com um novo sistema de comunicação que permite-lhe permanecer submerso enquanto comunica-se em sistemas de alta freqüência, normalmente, um submarino teria que vir perto da superfície e levantar um mastro para se comunicar, com isto ele fica exposto as ameaças, quebrando assim a sua maior defesa a ocultação, o novo sistema de comunicação permitirá ao Vidar 36 comunicar-se sem necessitar emergir.
Os navios poderão lançar, operar e recuperar veículos submarinos autônomos e não tripulados.
Ficha Técnica
Comprimento: 79m
Boca: 8,4m
Deslocamento submerso:3600 ton
Profundidade de operação: +200m
Velocidade máxima submerso: 20 knt
Autonomia: 9 000 milhas náuticas com possibilidades de extensão com o uso do AIP
Sensores: Sonares ativos e passivos, detectores de minas e obstáculos, radar de superfície alça optronica e mastro equipado com sistemas de comunicação e ECM, lançamento e recuperação de veículos não tripulados submarinos
Tubos de torpedos: 6 para torpedos de 21 polegadas
Armas: 18 torpedos ou mísseis de cruzeiro ou de ataque naval ou 36 minas navais
Forças especiais: acomodação e lançamento e recuperação  para 10 comandos.
Mastro: 8 baias para mastros modulares e alças optronicas, radar ECM e sistema de comunicação por satélites,  sistemas de comunicação integrado via satélite, submarina e submarina superfície

A TMO é um parceiro do Ministério britânico da Defesa de longa data, sua experiência se estende desde os projetos dos submarinos da classe Trafalgar aos da classe Vanguard, atuando também no projeto dos novíssimos submarinos da classe  Astute.
O Vidar 36 está sendo concebido para realizar além da tradicional missão de caçar outros submarinos e navios de superfície, as importantes missões de coleta de informações, vigilância, reconhecimento, ataque a superfície, lançamento de comandos especiais  e patrulhas oceânicas de longo raio