sábado, 30 de janeiro de 2010

A-A+Descoberta muda estratégias militar e diplomática




A descoberta do pré sal e sua importânci energética e econômica produziram um novidade na estratégia da diplomacia e da defesa do Brasil: o tradicional discurso de proteção da Amazônia se modernizou e passou a ser compartilhado entre a fronteira ao norte e a fronteira marítima brasileira.

Estudos, projetos, análises geopolíticas e até entrevistas em foros internacionais agora englobam inevitavelmente o pré sal, que passou a ser também o carro chefe de política de compra de armamentos das Forças Armadas.
RAFALE
                                  Apressou inclusive a aquisição de quatro submarinos convencionais do tipo Scorpéne à França e a decisão de consolidar o projeto de construção do primeiro submarino brasileiro de propulsão nuclear. Um projeto projeto a ser assinado no próximo 7 de setembro, com um horizonte de 20 anos.
                                 submarino-sbr brasil france
“Vejos daqui e dali que reclamam da opção pelos submarinos franceses, mas fizemos todos os cruzamentos e constatamos que eles são os mais adequados à necessidade gerado pelo pré sal”, disse o ministro Nelson Jobim (Defesa).
                                                           snc-2
A Marinha também decidiu negociar com a cúpula do governo a duplicação da frota de 27 navios patrulha para a costa brasileira, a um custo estimado em R$ 2,16 bilhões. Dois navios já estão em construção na Inace (Indústria Naval do Ceará), com entregas previstas para 2010, e há uma licitação para mais quatro, com 500 toneladas de peso cada um, a R$ 80 milhões a unidade.
                                      sala de comando do submarino sbr                     atuais 27 navios patrulha, 19 fazem a fiscalização marítima de cerca de 4,5 milhões de Km², e os demais se ocupam das bacias fluviais. A frota já é considerada pequena mesmo sem considerar novos campos.

A Marinha – que chama as águas jurisdicionais brasileiras de “Amazônia Azul” – informa que a área petrolífera que o Brasil explora é de cerca de 150.000 Km², mas a descoberta de pré sal mostrou que é preciso pensar grande e longe. Caso novas reservas forem descobertas além dos atuais limites, o Brasil não terá nem controle nem direito a usufruto.
                                       futuros sbr brasileiros
Numa aliança entre o Itamaraty, a Defesa e a Marinha, o governo intensificou as negociações na ONU para ampliar o território marítimo brasileiro. O pedido original é de 2004 e previa mais 950.000 Km², equivalente a toda a região Sul. A ONU respondeu parcialmente a favor em 2007, deixando de fora cerca de 200.000 Km². O Brasil recorreu.
                                      Black Shark
Nas avaliações do governo, todo novo movimento militar na área do Atlântico Sul é tratado como ameaça, ou no mínimo acende o sinal amarelo. É o caso de reativação da 4ª Frota da Marinha dos EUA, apesar das explicações de Washington de que se tratou de mera “medida burocrática”.
                                          submarino americano 4 frota ameaça do prê sal- foi criada em 1943, em ambiente de antinazismo, e desativada sete anos depois. Ressurge em um contexto da descoberta do pré sal, de fortes oscilações no preço do barril de petróleo, incertezas políticas no Oriente Médio e relações estremecidas entre os EUA e a Venezuela de Hugo Chávez.

Encaixa-se também aí, nos temores dos estrategistas brasileiros, até a recente crise aberta pela ampliação do acordo militar EUA-Colômbia, pelo qual tropas norte americanas poderão usar pelo menos três bases militares colombianas.
                              avibras ja tem projeto de defesa anti aerio com s-150 km missil anti aerio
Militares e diplomatas avaliam se o raio de ação dos equipamentos atinge ou não o pré sal. Pelo sim, pelo não, a Marinha decidiu entrar com tudo na disputa pelos repasses de royalties, acumulados de ano para ano e estimados em cerca de R$ 4,9 bilhões até 2008.

Mais de 80% do petróleo brasileiro tem origem na área marítima, e a Marinha reivindica 15% a título de royalties.

defesa do brasil do prê sal  ss-300 anti aerio 
Estação Espacial Internacional



                                                                  marcos pontes
                                              

A ISS em sua configuração final vista sobrevoando Brasília. Vê-se claramente o plano piloto da cidade e o lago Paranoá. Concepção artística cortesia da Nasa.



                                            iss sobrevoando brasilia



Trata-se da maior obra de engenharia da história. Sozinha ela já representa uma nova era na astronáutica. Dezesseis nações trabalham juntas para construir a Estação Espacial Internacional (EEI ou ISS na sigla em inglês), a mais avançada plataforma de pesquisa espacial já construída.



Os primeiros módulos já estão no espaço e desde já espera-se garantir uma permanência humana constante no espaço. A Rússia desempenhou fundamental. Os valiosos anos de experiência da Estação Mir foram decisivos.



ISS, vista expandida: principais módulos e seus construtores.





Seqüência de montagem

A CONSTRUÇÃO EM ÓRBITA DA TERRA começou em 1988 e deve durar até o ano de 2010. Até lá terão sido mais de 40 lançamentos. Quando pronta, terá uma massa de 454 toneladas e quase 90 m de comprimento por 43 de altura, sem considerar a extensão dos painéis solares. O espaço destinado à habitação terá um volume equivalente ao interior de dois aviões 747.



Pelo menos três veículos de transporte, o ônibus espacial, a nave russa Soyuz e o foguete russo Próton irão se encarregar da montagem dos diversos componentes da estação espacial em órbita de Terra. Dezenove vôos, incluindo 15 missões do ônibus espacial, já aconteceram.



O primeiro vôo foi de um foguete russo Próton em 20 novembro de 1998, colocando em órbita o módulo Zarya. O segundo vôo ocorreu em 4 de dezembro daquele ano, com a missão de STS-88 do ônibus espacial Endeavour, que integrou o módulo Unit ao Zarya, iniciando a seqüência de montagem da ISS. A primeira tripulação permanente partiu em 31 de outubro de 2000, a bordo de um foguete Soyuz.



A órbita da ISS é inclinada 51,6° em relação à linha do equador e sua altitude é de 402 km. Sua órbita é tal que a estação pode ser facilmente alcançada por veículos espaciais lançados por todos os países participantes, possibilitando também uma excelente observação da Terra, cobrindo 85% da superfície terrestre e sobrevoando 95% da população mundial.

                                          Astronauta da estação espacial divulga foto da capital do Haiti

A área em azul mostra as regiões de onde

a estação pode ser vista.





Benefícios

EM ÓRBITA, OS EXPERIMENTOS CIENTÍFICOS ESTÃO LIVRES da pressão exercida pela gravidade terrestre. Como resultado, tratamentos de câncer podem ser testados em culturas de células vivas sem riscos para os pacientes. A microgravidade também será útil no desenvolvimento de diversos outros tipos de medicamentos, além da obtenção de novos materiais, como ligas metálicas mais leves e fortes e chips de computador mais poderosos.



Alguns experimentos terão lugar do lado de fora da estação, onde os efeitos da exposição ao severo meio espacial (como temperaturas extremas, altas doses de radiação e impacto de micrometeoritos) serão verificados em diferentes materiais e elementos fluidos. Observações da Terra permitirão o acompanhamento mais detalhado das mudanças climáticas e o controle dos impactos causados pela influência humana no meio ambiente. Novos empregos indiretos serão criados.



Parceiros

FOI EM 1988 QUE RONALD REAGAN, então presidente dos EUA, deu a estação o nome Freedom (Liberdade). Nos anos seguintes o Congresso americano forçou cortes no orçamento original e, em 1993, o presidente William Clinton sugeriu maior participação internacional no projeto, que foi então redesignado como Estação Alpha.



Quando os russos passaram a ser os principais fornecedores de elementos para a estação, ela finalmente ficou conhecida como International Space Station, ISS. De fato, a estação resulta do esforço conjunto de 16 nações, listadas a seguir em ordem alfabética.



Alemanha

Bélgica

Brasil

Canadá

Dinamarca

Espanha

Estados Unidos

França

Holanda

Itália

Japão

Noruega

Reino Unido

Rússia

Suécia

Suíça







Concepção do braço remoto

canadense montado na ISS.







Os Estados Unidos são responsáveis pelo desenvolvimento de vários sistemas de bordo, como o suporte à vida, o controle térmico, a navegabilidade e os sistemas de comunicação e dados, além de três módulos de conexão.



Os russos também contribuem com dois módulos de pesquisa e um módulo habitacional com todo equipamento necessário ao suporte à vida, além de plataformas para instalação de painéis solares e os fundamentais veículos de transporte, como a nave Soyuz, que serve ao transporte das tripulações.



O Canadá forneceu um braço remoto de 47 metros de comprimento, semelhante ao atualmente em uso pelos ônibus espaciais, e os europeus também fornecerão laboratórios pressurizados, entre outros equipamentos.



A participação brasileira

EM DEZEMBRO DE 1996 A AGÊNCIA ESPACIAL norte-americana (Nasa), convidou o Brasil para participar da construção da ISS. Em setembro do ano seguinte, após várias visitas de missões da Nasa ao Brasil e da Agência Espacial Brasileira (AEB) e do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) aos Estados Unidos, o Conselho Superior da AEB aprovou o programa de cooperação.



O Brasil fornecerá equipamentos e serviços em troca dos direitos de utilização da estação durante toda sua vida útil. Segundo o acordo firmado, o Brasil fornecerá equipamentos de vôo, modelos de treinamento. Além disso, deverá cooperar com serviços de logística, manutenção e reparos.



Se bem aproveitado, será uma oportunidade única para elevar o patamar técnico, tanto dos profissionais do INPE/AEB, quanto das universidades e centros de pesquisa envolvidos. As indústrias que se engajarem ao programa serão igualmente qualificadas, devido às exigências impostas aos fornecedores de equipamentos para missões espaciais tripuladas, o que também significará novas oportunidades de negócios.

sexta-feira, 29 de janeiro de 2010

S-33 termina seu PMG e volta ao mar em grande-SUBMARINO-TAPAJÔ NO MAR operação de Load Out.






Da Redação



No último dia 28 foi dada como concluída a operação de Load Out(retirada) do submarino Diesel-Elétrico S-33 Tapajó do galpão do AMRJ, Arsenal de Marinha do Rio de Janeiro na Ilha das Cobras, onde se encontrava para a realização do PMG(Período de Manutenção Geral), onde o submarino é inteiramente desmontado, revisado e modernizado, e depois praticamente reconstruído.







O Submarino tem 61,2m de comprimento e 6,25 de boca, e foi retirado do galpão e levado ao mar com a ajuda de dois guindastes, um suporte sobre rodas com 72 eixos e cerca de 100 profissionais que participaram de um planejamento de 60 dias para a operação.



Andando a uma velocidade inferior a 1km por hora, as carretas levaram cerca de 24 horas para levar o S-33 do galpão para o dique seco.


PAK FA RUSSIA Caça russo de 5ª Geração fez sua primeira aparição ao público; Assista ao vídeo do voo.


O protótipo decolou esta manha da base de Komsomolsk-on-Amur, no leste da Rússia, sob os olhares de repórteres e curiosos, ansiosos para ver o tão falado Pak Fa, cujo o design era mantido em segredo.




O primeiro voo teve duração de 47 minutos e foi acompanhado sempre por um Su-27 como "avião paquera". Testes de controle da aeronave e dos motores foram feitos durante o voo, e até o trem de pouso pôde ser recolhido em um dado momento. O piloto de testes foi Sergei Bogdan que, segundo a Sukhoi, fabricante da aeronave, teve uma performance excelente no controle do protótipo.







A Sukhoi afirma também que os elementos chave dessa nova aeronave são os materiais compostos utilizados por quase todo o corpo da aeronave, técnicas avançadas de aerodinâmica e medidas para reduzir a assinatura térmica das turbinas NPO Saturn. Essas medidas dariam ao Pak Fa uma baixa assinatura radar, ótica e infravermelha sem precedentes.



Combinando tudo com um moderno Radar AESA e outros sistemas de detecção ativos e passivos, o Pak Fa demonstra a vontade e a capacidade da Rússia de voltar a ter aeronaves de caça novas e modernas em seu arsenal, algo que não acontecia desde antes do fim da Guerra Fria.







A aposta da Força Aérea Russa é combinar o Pak Fa com os caças modernizados como o Su-35 para formar a espinha dorsal da aviação de caça pelas próximas décadas.



Os primeiros testes com o Pak Fa devem durar até 2012, quando se espera que a Rússia defina quantas aeronaves de 5ª geração vai operar e se inicie então a fase de produção do modelo.

Assista ao vídeo do primeiro vôo:
defesa mectron missil ar ar mectron 1b A Mectron foi fundada em 14 de fevereiro de 1991, tendo nascido em um momento em que


o país, e em especial a cidade de São José dos Campos, passava por uma profunda crise.

A empresa nasceu da associação de engenheiros oriundos das empresas e instituições
mss 1.2 missil anti blindados da mectron mss 1.2

de tecnologia do segmento aeroespacial de São José dos Campos.

Apesar da situação de profunda recessão, a empresa procurou, desde o seu início,

oportunidades nas áreas em que o conhecimento de seus especialistas,pudesse ser útil.

Logo após a sua fundação a Mectron foi contratada pela DACM (atual DSAM),

órgão da Marinha Brasileira então responsável pela escolha dos fornecedores para

o programa de modernização das fragatas classe Niterói visando capacitá-las para a defesa

anti-aérea contra ataques de mísseis voando a baixa altitude.
Arte das SMKB 82 e SMKB 83. Imagem: Britanite e mectron bombas guiadas

Na época a Marinha tinha ofertas de três consórcios internacionais para a realização

do trabalho, tendo sido sub-contratada à Mectron uma análise técnica de cada proposta,

no sentido de determinar qual se adequaria melhor aos requisitos da Marinha Brasileira.

Para a realização deste trabalho foi desenvolvido um software capaz de representar
mar-1..no aviâo da marinha do brasil, bombas guiadas da mectron ê missil piranha 1b

com realismo cenários de combate e toda a seqüência de eventos envolvidos,

desde a detecção dos alvos, a designação das armas, o acionamento das contra medidas,

o lançamento de mísseis de defesa e o disparo dos canhões, até a neutralização da ameaça

ou seu eventual impacto na fragata.

Paralelamente a empresa se esforçou na busca de outros clientes, com ênfase nas áreas

de automação industrial e controle de tráfego veicular, nas quais prestou serviços a empresas
mar-1 missil anti radar em breve na versâo  anti navio para a marinha do brasil

como Jonhson & Jonhson e General Motors, além de desenvolver um controlador eletrônico

de semáforos de baixo custo, posteriormente vendido a diversas cidades

do estado de São Paulo, como Jacareí, Valinhos e São José dos Campos.

quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

A versão naval do SA-10 é o SA-N-6 GRUMBLE, com VLS

A versão naval do SA-10 é o SA-N-6 GRUMBLE, com VLS :





O SA-10 Naval com VLS (SA-N-6).








A nova geração da família do S-300 é o S-400 TRIUMF (SA-X-20), desenvolvido pela PVO Almaz-Antev, com longo alcance de 400 km (distância substancialmente aprimorada), com mísseis 9M83M e 9M82M do SA-12.




O sistema S-400 consegue mesmo lançar mísseis de curto, médio e longo alcance, podendo ser usado contra mísseis de cruzeiro, aeronaves e também ogivas de mísseis balísticos a uma grande variedade de altitudes.





Pode interceptar mísseis balísticos ao alcance de 3.500 km, aproximando-se a uma velocidade de até 4,8 km/seg. Deveria ter entrado em serviço na Rússia em 2005, mas o primeiro regimento equipado com ele somente será ativado no final de 2006, na cidade de Fryazevo, próxima a Moscou.



Míssil sendo lançado pelo sistema S-400.




Contra os S-400, os F/A-22 são apenas uma ameaça relativa. Antigamente, os pilotos podiam executar manobras evasivas quando eram perseguidos por mísseis SAM. Hoje - e mais ainda no futuro, isso não é mais verdade, pois os SAM modernos são cada vez mais rápidos, têm alcance muito superior e são dramaticamente mais ágeis contra as aeronaves em alvo.




Sabe-se que um bom sistema de S-400, com 8 lançadores e 32 mísseis, pode ser adquirido por US$ 1 bilhão. Pelo que ele podem fazer contra as mais furtivas ameaças aéreas, significam um excelente custo-benefício. Basta pensar em quanto custa ter 32 caças F/A-22 e o quanto eles podem ser destrutivos ao atingirem seus objetivos.
Kh-59MK




A mais nova variante do Kh-59 é o Kh-59MK mostrado na MAKS 2009. O novo míssil tem capacidade todo tempo e maior alcance. O motor foguete original foi substituído por um turbojato Lyulka-Saturn 36MT (ou TRDD-50A) com 450kg de empuxo. O míssil não tem o motor foguete de aceleração que foi substituído por combustível adicional triplicando o alcance. O sensor de TV foi trocado por uma versão do radar ativo ARGS-345 usado no míssil anti-navio Kh-35. O radar varre +/- 45 graus em azimute e -20 a +10 em elevação com alcance máximo é de 20km. O Kh-59MK foi oferecido com o Su-30MKK e provavelmente para foi vendido para a China.



O projeto é derivado do Kh-59MA pensado para o caso de uma versão de longo alcance do míssil anti-navio Kh-35 fracassasse. O próprio Kh-35 teria papel anti-navio e ar-superficie como o SLAM americano em uma versão com sensor IR alemão.




O novo míssil tem 5,7 metros de comprimento, 1,3 metros de envergadura e 38cm de diâmetro. O peso total é de 930kg. A velocidade de cruzeiro é de 900 a 1.050km/h. O alcance é de 285km. A altitude de cruzeiro é de 10-15 metros e a altitude de ataque final é de 4,7 metros. A cabeça de guerra pesa 320kg
KAB-250L em cores de configuração de testes.




As variantes mais recentes são a KAB-500S-E e KAB-1500S-E da MKB Kompas equipados com guiamento por GPS/INS similar a JDAM. A bomba foi desenvolvida para preencher um requerimento de uma arma "dispare-e-esqueça" da Força Aérea Russa. As bombas já foram testadas e não se sabe se estão operacionais. Estas bombas são armas novas e não um kit adaptável a bombas burras como as JDAM.



O receptor PSN-2001 KB Compass (PSN – Pribor Sputnikovoi Navigatsi ou meio de navegação por satélite) tem duas antenas separadas na bomba e opera com 24 canais do Glonass russo ou do Navstar americano e muda de um para outro automaticamente se necessário. A constelação Glonass precisa de 18 satélites para se tornar completamente operacional o que ocorreu em 2007 com o Glonass-M e Glonass-K.



A KAB-500S pode ser lançada de 500 a 10 mil metros com velocidade de 100 a 720km/h com CEP de 5-10 metros. A KAB-500S pode ser usada pelo Su-27SM e Su-34 e futuramente no PAK-FA e Tu-160 dando capacidade convencional a esta aeronave. A KAB-500S-E é a versão de exportação e a Índia e a China são prováveis compradores.

Bombas Guiadas Russas




Seguindo sucesso americano no Vietnã com uso de bombas guiadas os russos iniciaram seus projetos aproveitando material capturado.



As bombas guiadas russas são usadas como armas de "segunda onda de ataque". A maioria das aeronaves táticas são armadas com mísseis guiados e apenas o Su-24M opera com um misto de bombas burras e mísseis. Os russos consideram que os mísseis são mais desejados em ambientes com defesa antiaérea de alta intensidade, permitindo disparo a baixa altitude e maior alcance (7-10km), dando proteção as aeronaves.



A primeira onda de ataque é feita em conjunto com aeronaves de supressão de defesa e apenas mísseis são usados. As bombas guiadas têm a vantagem de poderem ser lançadas a maiores altitudes após as defesas serem suprimidas. A segunda onda é feita mais dentro do território pelos Su-24M contra alvos vitais como centros de comando, pontes, etc. Os danos colaterais não eram considerados pela URSS e não desenvolveram bombas 250kg a não ser recentemente e mesmo assim para missões de apoio aéreo aproximado.



A experiência no Afeganistão e Chechênia chamou a atenção para a eficiência das armas guiadas com as aeronaves podendo atacar mais alto e fora do alcance de mísseis antiaéreos portáteis que era a melhor defesa do inimigo.




O primeiro uso em combate das bombas guiadas russas foram entre 1988 a 1989 com os Su-24M lançando bombas KAB-1500L contra posições protegidas dos Mujahedin no Afeganistão. No Afeganistão as bombas guiadas a laser KAB-500L e KAB-1500L foram disparadas pelos Su-24 poucas vezes mas o sistema de guiamento tinha problemas nas montanhas e logo pararam de usar. A Índia nunca teve problemas com suas bombas guiadas a laser disparadas pelos Mirage 2000 no Himalaia nem os americanos agora no Afeganistão com suas Paveway. As KAB foram usadas novamente em dezembro de 1995 para destruir um ponte no rio Argun, 10km a leste de Grozny na Chechênia.



A primeira tentativa russa de criar uma bomba guiada foi entre 1938 a 1942 com os "torpedos aéreos" e novamente entre 1947 a 1955 baseadas nas bombas alemães capturadas como a Fritx-X. O resultado final foi a UB-2000F "Tshaika" e a UB-5000F "Kondor," baseadas em bombas de 2 e 5 toneladas com guiamento por comando de rádio. Os russos testaram guiamento por TV com datalink, mas não entrou em operação. Também foi considerado guiamento por infravermelho, mas a tecnologia da época era insuficiente. A Tshaika foi aceita em serviço em 1955 com a designação B-2F ("Izdyelye 4A-22") fabricada pela GSNII-642. Duas podem ser levadas externamente nas asas de um Tu-16 ou uma na fuselagem do Il-28 para atacar navios.




O novo programa foi reiniciado em 1971 com a NIIPGM (agora FGUP ou Region) tendo a tarefa de criar uma bomba guiadas de 250kg e 500kg com guiamento a laser. O resultado foi a KAB-500 de 500kg inicialmente com guiamento por laser semi-ativo seguida da série KAB-1500.



A família KAB (Korrektiruyeskaya Aviatsionnaya Bomba), ou bomba aérea com correção de trajetória, são equivalentes a Paveway II e III e GBU-15 americanas e podem ter sido resultado de um requerimento semelhante. As KAB usam módulos comuns com projeto de seeker únicos e vários tipos de cabeça de guerra.



O desenvolvimento da KAB-500 foi terminado em 1973. Provavelmente usa engenharia reversa das bombas Paveway, Walleye e HOBOS capturadas no Vietnã. A configuração básica é de uma arma de 500kg com guiamento por TV e controle traseiro como a HOBOS e canard fixos menos os strakes da HOBOS. A arma de 1.500kg lembra mais a Paveway II e Hobos com configuração por canards .



As KAB usam dois seeker comuns disponíveis. Um é o laser semi-ativo 27N da Geofizyka-ART com aerofólio em anel similar ao da Paveway II (usados na KAB-500L e KAB-1500L). O CEP é de 4 metros consistente com algoritmo de navegação proporcional ao invés do bang-bang da Paveway II.




As KAB guiadas a laser usam designador laser como o Klen-54 do Su-22M2/M4, Klen PS do Su-25, Klyon PM/PS, Kaira 24M, I-25 Shkval, todos do NOP Zverev, e o casulo Sapsan-E ou até designadores ocidentais com código russo. Os designadores instalados no nariz tem a vantagem de serem apontados pelo sistema de controle de tiro, sendo bem precisos e liberam um cabide para levar armas. Por outro lado a aeronave tem que ir em direção ao alvo continuamente para guiar a bomba lançada por outra aeronave. Antes do disparo um detector laser ma aeronave mede o angulo do vetor velocidade da aeronave e a linha de visada com alvo. Depois do disparo a bomba é alinhada com o alvo automaticamente. O alcance do sensor da bomba é de 5-7 km em condições de visibilidade de 10km.