sexta-feira, 22 de junho de 2018

Por que EUA temem a cooperação russo-indiana?

No início de julho, os ministros das Relações Exteriores dos EUA e da Índia se encontrarão em Washington. De acordo com algumas fontes, o assunto principal da pauta é a cooperação militar de Deli com Moscou, que causa insatisfação na Casa Branca.
Moscou e Deli têm o que perder e não é apenas o fornecimento de armas. Em 2017, o comércio entre os dois países atingiu o montante de US$ 8,2 bilhões (R$ 30 bilhões), com saldo positivo a favor da Rússia: as exportações russas para a Índia atingiram US$ 5,6 bilhões (R$ 21 bilhões); as importações cifraram-se em US$ 2,6 bilhões (R$ 9,7 bilhões). Por sua vez, segundo o Instituto Internacional de Estudos para a Paz de Estocolmo (SIPRI, na sigla em inglês), a exportação de armas caiu de US$ 2,2 bilhões (R$ 8,2 bilhões) para US$ 1,9 bilhões (R$ 7,1 bilhões). Consequentemente, a parcela de bens não militares é de 66%.
Acredito que neste ano poderemos superar a barreira de US$ 10 bilhões (R$ 37 bilhões). Os líderes políticos da Rússia e da Índia estabeleceram metas para elevar o comércio bilateral até US$ 30 bilhões (R$ 113 bilhões) até 2025. Para isso, é necessário um aumento anual de 15%", informou o representante oficial em Nova Deli, Yaroslav Tarasyuk.
As relações russo-indianas são um vasto conjunto de acordos construídos ao longo de 65 anos a partir da assinatura do primeiro acordo comercial e de assistência técnica.
A Índia é um grande mercado para os produtos russos. Isso também se refere ao gás natural liquefeito (GNL). O primeiro lote foi fornecido no início de junho em conformidade com o acordo de longo prazo entre a Gazprom e a empresa indiana Gail. Nos próximos 20 anos, a Gail deverá receber 2,5 milhões de toneladas de gás anualmente.
Por sua vez, Moscou respeita o desejo do governo indiano de não se limitar apenas à compra de armas, mas adquirir tecnologia, estabelecer a produção de armamentos no seu país, de acordo com o programa Make in India (Faça na Índia, em português). Entre tais projetos estão incluídos o caça Su-30MKI, os tanques T-72M1 e T-90S, entre outros. Nenhum país firma esses acordos exceto a Rússia.
Ao desencadear uma guerra comercial com todos os parceiros, a administração de Trump voltou-se para a Índia. Certamente, será muito difícil estabelecer boas relações no curto prazo, considerando que os EUA apoiaram ativamente o Paquistão no final do século passado.
Por isso, a Casa Branca usou todos os meios –  a ameaça de sanções e o aumento de tarifas sobre as importações de bens indianos. Devido às novas tarifas sobre o alumínio e aço, a Índia já perdeu US$ 241 milhões (R$ 907 milhões) e, em contrapartida, impôs tarifas a 30 produtos norte-americanos.
A cooperação entre a Rússia e a Índia está seriamente ameaçada. Como as transações entre os dois países estão sendo efetuadas em dólares norte-americanos, as estruturas financeiras indianas temem entrar na lista negra dos EUA e congelaram o capital destinado aos contratos de cooperação militar e técnica com a Rússia.
A mídia indiana informa que, desde abril, os bancos congelaram US$ 2 bilhões (R$ 7 bilhões) reservados para os projetos críticos, entre os quais a manutenção do submarino nuclear alugado à Rússia — o projeto 971 Schuka-B.
Uma das principais queixas do lado norte-americano é a intenção das Forças Armadas da Índia de comprar o sistema de mísseis antiaéreos S-400 Triumph, no valor de cerca de US$ 6 bilhões (R$ 22 bilhões). Provavelmente, durante o encontro em Washington, o secretário de Defesa dos EUA James Mattis tentará convencer sua homóloga Nirmala Sitharaman a adquirir o Patriot norte-americano, inferior ao S-400.
A ministra da Defesa da Índia terá que escolher: ou ceder às exigências dos EUA e ficar atrás do maior concorrente geopolítico, a China, que já comprou o S-400, ou estragar as relações com Washington.
Evidentemente Deli prefere comprar o S-400 e evitar as sanções norte-americanas. Para isso há opções.
Segundo a mídia indiana, Moscou e Deli já começaram a discutir esse assunto. Uma fonte de alto escalão no governo da Índia observa que a primeira e mais óbvia solução é fazer as transações em moeda nacional. Assim que as partes concordarem, a ameaça das sanções dos EUA desaparecerá e a cooperação russo-indiana poderá continuar no setor da defesa.

Forças Especiais - Noite dos Guerreiros

IACIT RADAR OTH FAROL DO ALBARDAO RS ROBERTO CAIAFA

Como se manter seco no campo de batalha (dicas úteis)

Primeiro porta-aviões construído na China conclui os testes de mar

O primeiro porta-aviões da China, conhecido como Type 001A, zarpou do estaleiro de Dalian, na província de Liaoning, no dia 13 de maio, para o seu primeiro teste no mar. O primeiro teste marítimo concentrou-se principalmente em testar a confiabilidade e a estados sistemas de energia do navio.
O primeiro porta-aviões de construção nacional da China concluiu com êxito todos os testes no mar, disse Hu Wenming, presidente da Corporação da Indústria de Construção Naval da China (CSIC), em 19 de junho, informou o ThePaper.cn.
O navio partiu e iniciou os testes no mar antes do previsto, completando todos os testes antes de sua entrega à Marinha do Exército de Libertação Popular (PLA Navy). Os especialistas preveem que será incorporado antes do final do ano.
A CSIC fez grande progresso na fabricação de novos equipamentos e na aplicação de novas tecnologias; a qualidade de todos os principais projetos está sob controle e todo o trabalho está sendo realizado de maneira ordenada, divulgou Hu.
O navio é o segundo porta-aviões da China depois do Liaoning, e sua construção começou em 2013.