sexta-feira, 15 de janeiro de 2010


5. Satélite em órbita às vésperas de 2010




Brasil marca data para lançar Ciclone 4





Raymundo Costa escreve para o “Valor Econômico”:



O Brasil já marcou data, mas está atrasado na implantação do acordo que fez com a Ucrânia para o lançamento do foguete Ciclone 4, a partir de uma base em Alcântara, no Maranhão.



A data é julho de 2010, a três meses da eleição presidencial. Talvez por isso agora procura acelerar para acertar o passo com os parceiros da Europa oriental e ingressar num mercado estimado em US$ 10 bilhões, para os próximos dez anos, de lançamento de satélites.



No início do mês, o ministro Sergio Resende (Ciência e Tecnologia) e o diretor-geral da parte brasileira da binacional Alcântara Cyclone Space (ACS), Roberto Amaral, estiveram em Kiev para acertar os ponteiros com os sócios. Como resultado dessa reunião, nos próximos dias o presidente Luiz Inácio Lula da Silva reúne no Palácio do Planalto três ministros, dois secretários, o Ministério Público Federal e o Incra para adotar as providências necessárias para acelerar o projeto..



Se há atraso no Brasil, os ucranianos tomaram todas as providências burocráticas e estão dentro do cronograma acertado para que o primeiro lançamento ocorra em julho de 2010. "No Brasil temos dois problemas", diz Roberto Amaral, ex-ministro da Ciência e Tecnologia e diretor-geral da ACS. "Primeiro, as relações difíceis com unidades quilombolas; depois, estamos atrasados na construção do porto".



No caso dos quilombolas, a reunião do Planalto deve decidir pela realização de obras e regularização fundiária das terras ocupadas por cerca de 202 descendentes de escravos. Em relação ao porto, a ACS espera a liberação de R$ 100 milhões. O porto será fundamental para as operações do centro de lançamentos da ACS, pois o foguete Ciclone 4 será construído na Ucrânia e transportado, talvez em partes, para o Brasil.



Nessa primeira fase do projeto, o Brasil só terá acesso à tecnologia ucraniana no que se refere à estação de lançamento. No que se refere ao foguete propriamente dito, ele será desenvolvido inteiramente na Ucrânia por ucranianos. Trata-se de um desenvolvimento do Ciclone 3 - já ocorreram 121 lançamentos, sendo que somente cinco foram abortados e nenhum deles por acidente. Como diz Roberto Amaral, "é um foguete de sucesso, já testado".



"A Ucrânia entra com o desenvolvimento do Ciclone, o planejamento do sítio e com a tecnologia da plataforma", discorre Amaral. "O foguete vem construído. Desmontado. Já a plataforma toda será construída aqui, com a participação de técnicos e operários brasileiros", disse. Enquanto operam com o Ciclone 4, Brasil e Ucrânia acertaram que vão formar uma parceria para o desenvolvimento do Ciclone 5 - aí sim, com a transferência de alguma tecnologia de foguetes.



No mercado estimado em US$ 13 bilhões, nos próximos dez anos, a ACS estima que pode "absorver" no período US$ 4 bilhões. O valor que pode ser cobrado de cada lançamento do Ciclone 4 é avaliado em US$ 50 milhões. A ACS estima fazer entre seis e oito lançamentos anuais e assegurar uma receita entre US$ 300 milhões e US$ 400 milhões.



No estudo de mercado em execução pela ACS, o público alvo da empresa são os EUA, hoje responsáveis por 42% do mercado mundial de satélites. O Brasil ainda precisa negociar mecanismos de salvaguardas para que a autoridade americana mais tarde não diga "pode ou não pode". Aos olhos do governo de hoje, não é necessário a realização de um acordo para os americanos usarem os centros de Alcântara. O que precisa haver é o acordo de salvaguardas.



O governo rechaça os termos de um acordo que era negociado pelo embaixador Ronaldo Sardenberg para a cessão da base de Alcântara aos EUA, que entre outras acusações valeram a pecha de "entreguista" ao diplomata - sem transferência de tecnologia e sem poder investir o que fosse arrecadado com os lançamentos no desenvolvimento do Veículo Lançador de Satélites (VLS), projeto genuinamente brasileiro.



O que o Brasil quer discutir é o lançamento de satélites de origem americana pela ACS. Para isso, terá de fazer um acordo de salvaguardas, no sentido de que não tentará abrir tecnologia alheia, mas também pretende impor condições, como saber qual é a carga a ser transportada. O argumento é que se essa carga cai no mar, é preciso saber minimamente o conteúdo para decidir o que fazer. Toxidade, por exemplo.



O que o Brasil oferece em troca para falar tão grosso? A localização de Alcântara, situada próxima à linha do Equador, o que torna o lançamento de foguetes a partir de suas bases 30% mais barato - ou capaz de levar o equivalente a 30% a mais de carga. "Não tem concorrentes", diz Amaral.



Na realidade, tem sim: a base aérea de Kourou, na Guiana Francesa, localizada tão próximo da linha do Equador quanto Alcântara, só que mais ao Norte, enquanto a cidade maranhense está mais ao Sul. Mas os franceses operam um veículo - o Ariane 5 - muito maior que o Ciclone. É uma questão de nicho de mercado. Se o cliente tiver um satélite cujo veículo lançador é da classe do Ciclone, ele não vai optar pelo Ariane 5, e vice-versa.



Antes de fechar o acordo com os brasileiros, os ucranianos fizeram consultas ao governo dos EUA. Os americanos teriam apenas imposto condições em relação à transferência de tecnologia e ao uso militar - se um país é capaz de por um satélite em órbita, também é capaz de construir um míssil intercontinental.



Os planos para Alcântara, é bom ressaltar, não se restringem mais ao centro de lançamento do VLS, aquele mesmo em que ocorreu o acidente em que morreram 21 técnicos brasileiros e destruiu completamente a plataforma do veículo. Trata-se agora do projeto de um complexo. Não mais de apenas um sítio de lançamento, mas de vários. Três, para ser exato.



Um deles é o centro de lançamento do Ciclone. Os outros dois podem ser negociados pelo governo brasileiro. Nada impede que seja com os EUA ou a Rússia, que, aliás, está dando uma mão no desenvolvimento do VLS, que é um foguete apropriado para o lançamento de satélites pequenos, científicos. Se tudo der certo, será um satélite desses que Lula terá em órbita em 2010, a três meses da eleição.

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Corpo de Zilda Arns chegou ao Brasil durante a madrugada e é levado a Curitiba, onde será feito o velório da médica e sanitarista fundadora da Pastoral da Criança. Zilda Arns morreu no terremoto que atingiu o Haiti
População haitiana briga por água e comida nas ruas


Ajuda humanitária ainda encontra dificuldades para chegar às vítimas do terremoto



 ..Três dias depois do terremoto mais violento em 200 anos no Haiti, a ajuda humanitária ainda encontra dificuldades para alcançar vítimas do tremor.



Nas ruas da capital Porto Príncipe, pessoas brigam por causa da pouco comida que chega. Há falta de água, e os corpos estão espalhados pelas ruas. Com a situação de higiene precária, aumentam os riscos de doenças.



A Cruz Vermelha estima que entre 45 mil e 50 mil pessoas tenham morrido por causa do terremoto. O governo haitiano fala em "centenas de milhares de mortos".

quinta-feira, 14 de janeiro de 2010

HOMENAGEM  A  OS  MILITAR BRASILEIRO NO HAITI
 RAFALE, Esta com 100% para ser da FAB 36 Caça no total de 120 Caça
.América Latina


Sobreviventes relatam situação de caos e angústia em Porto Príncipe



Terremoto pode ter atingido até 3 milhões de pessoas no Haiti

Testemunhas do tremor de 7 graus na escala Richter, que atingiu a capital do Haiti na tarde desta terça-feira, relataram cenas de caos, devastação e angústia, com edifícios destruídos e pessoas mortas e feridas em Porto Príncipe e nos arredores.
“Quando você anda pela cidade, ou passa de carro, pode ver esses corpos, com pessoas passando próximas, muitas delas confusas, completamente tomadas pelo que aconteceu a este país, o que aconteceu a esta cidade”, relata Davies.




Ele compara o ambiente na cidade a um cenário de filme de terror. “O barulho de pessoas chorando, de pessoas rezando, e o som de coros religiosos que podem ser ouvidos pelo ar, tornam a situação ainda mais surreal”, diz.meu deus e o fim do mundo seria ja 2012 eu vou ora pelos haitianos, pedro!!!