domingo, 17 de fevereiro de 2019

Rússia aperfeiçoa seu sistema de alerta precoce contra lançamentos de mísseis

A Rússia completou a reconfiguração do seu sistema de alerta antimíssil terrestre e corrigiu todas as brechas de cobertura deixadas após o colapso da União Soviética, declarou o vice-chefe da Força Aeroespacial da Rússia, major-general Igor Morozov.
"O governo do país e o Ministério da Defesa têm prestado a maior atenção nos últimos tempos a esse sistema estratégico. Nós conseguimos na prática completar a sua modernização", anunciou Morozov ao falar na rádio Ekho Moskvy
.Segundo ele, no ano passado a Rússia pôs em ação três novas estações de radar de alerta precoce, em Yeniseysk, Barnaul e Orsk. Foi criado um campo contínuo de cobertura, no qual anteriormente havia brechas, já que uma parte dos meios foi deixada nas antigas repúblicas da URSS. O oficial afirmou que uma parte do sistema foi liquidada a pedido desses países, por isso a Rússia se vê obrigada a reconstituir o sistema de novo.
Morozov ressaltou que ainda é necessário acabar algum trabalho pouco significativo de substituição de radares obsoletos em uma série de estações, o que levará cerca de 3 anos. Entretanto, o aperfeiçoamento dos algoritmos matemáticos de processamento de dados continuará permanentemente, acrescentou.
O general assinalou que o sistema se torna cada vez mais necessário no contexto da saída dos EUA do Tratado de Forças Nucleares de Alcance Intermediário (INF).
No dia 2 de fevereiro, os EUA suspenderam suas obrigações decorrentes do Tratado INF, assinado em 1987 com a então União Soviética e que proíbe os mísseis balísticos e de cruzeiro com alcance entre 500 e 5.500 quilômetros.
Moscou, por sua vez, anunciou que suspende igualmente a sua permanência do tratado e começa a desenvolver um míssil hipersônico, deixando claro que, além de não querer se envolver na corrida armamentista, também manterá suas propostas de desarmamento e esperará até que os EUA estejam prontos para negociações.

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